Mudança maravilhosa |
Quando
levamos ideologias muito a sério a ponto de deixar dominarem nossa vida, muitas
vezes tomamos atitudes extremas e só nós damos conta disso mais tarde, quando o
amadurecimento chega e nos possibilita abrir os olhos. Eu me orgulho de muitas
decisões que tomei durante a vida, assim como me arrependo muito de outras. Uma
das coisas de que me arrependo em minha vida foi ter me afastado de Deus e
dedicado todo meu tempo à militância feminista. Muitas vezes bons amigos me
diziam: “Sara, você precisa cuidar da sua vida espiritual”, mas eu não dava
qualquer importância. Eu não tenho uma religião específica e também não acredito
100% na leitura de livros sagrados como Bíblia, Corão, Torá, etc. Mas uma coisa
que tenho certeza que acredito é em Cristo. Eu sempre tive medo de admitir isso
publicamente, pois Feminismo e Cristianismo são duas coisas antagônicas. Mas eu
acredito que não deveriam ser.
Arrependo-me
de não ter deixado uma menina evangélica participar do Femen Brazil, quando
esse era ativo. Ela tinha toda força de vontade pra lutar pelas mulheres, mas
eu simplesmente não deixei. Até hoje não sei por que não deixei; na minha
cabeça pequena e estúpida, ser cristã impossibilitava de lutar pelo fim da
violência contra a mulher. Hellen, hoje quero te pedir perdão, do fundo do meu
coração!
Como
disse, eu acredito em Cristo. Eu tomo pra mim muitos dos ensinamentos de Deus,
como os Dez Mandamentos [que estão na Bíblia...]. Existe coisa mais linda e
pura do que os Dez Mandamentos? Não digo todos os seres humanos, porém, aqueles
conhecedores da doutrina cristã [que está na Bíblia...], se levassem ao pé da
letra e priorizassem os Dez Mandamentos, tenho absolutamente certeza de que o
mundo seria um lugar melhor, com menos guerras, com mais amor, carinho e
respeito.
Eu
sigo uma filosofia e não uma religião. Eu pego como exemplo as pessoas mais
bondosas e justas de que tenho conhecimento e tento reproduzir na minha vida e
no meu dia a dia atitudes próximas às que elas teriam, como Jesus Cristo,
Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Buda, São Francisco de Assis e outros.
Eu
gostaria muito que as feministas se propusessem a praticar tal filosofia, assim
o Feminismo se transformaria em um movimento de amor, solidariedade e respeito,
ao invés de histeria, ódio e competição.
Muito
me magoou ver uma campanha Feminista a favor do aborto (sim, aquela lá com os atores globais), zombarem e humilharem a Virgem Maria.
Lembro-Me bem que enquanto eu tive todas as dificuldades do mundo pra amamentar (leite empedrado, dor, ardência, inflamação, bicos rachados, sangramento, mamilo caindo aos pedaços, literalmente, e até mastite), eu insistia pra amamentar meu filho; a cada sugada, era uma ferroada de dor, e enquanto isso eu rezava em voz alta a Ave Maria, e pedia pra essa mulher sagrada me abençoar e me permitir continuar amamentando.
Eu
não aprovo que políticos religiosos tirem proveito de suas posições para
introduzir religião (seja qual for), para facilitar ou dificultar projetos de
lei ou políticas públicas num geral. Assim como também não concordo com um
movimento que reivindica direitos para as mulheres faça chacota de qualquer
religião.
E
digo mais: mulheres são plurais, somos católicas, evangélicas, muçulmanas,
judias, umbandistas, espíritas, mórmons, candomblecistas, adventistas,
testemunhas de Jeová, pagãs, budistas e ateístas. Mas ainda assim somos
MULHERES. Esse fator basta para que possamos lutar pelo direito de quem? DAS
MULHERES.
O
feminismo deveria ser mais plural, deveria ser menos violento com mulheres que
têm qualquer tipo de fé. Eu vejo muitas feministas zoando, humilhando mulheres
que são tementes a Deus, e isso é nojento. Ter fé não é um retrocesso, e a
religião alheia deve ser respeitada.
O
Feminismo deveria acolher todas as mulheres, mas não está acolhendo.
Foi por isso que eu e duas amigas lindas, Bia e Jess, criamos o Movimento Pró Mulher, que acolhe mulheres de todas as etnias, classes, crenças e linhas políticas (seja de direita, esquerda ou apolítica).
Foi por isso que eu e duas amigas lindas, Bia e Jess, criamos o Movimento Pró Mulher, que acolhe mulheres de todas as etnias, classes, crenças e linhas políticas (seja de direita, esquerda ou apolítica).
Temos como objetivo nos unir para lutar por melhores políticas públicas para mulheres e contra todo tipo de violência.
Ademais,
peço perdão, hoje, a cada pessoa que ofendi por motivos religiosos; isso é
estúpido, infantil e covarde.
(Sara Winter, via
Facebook)
Nota: Percebo
que Sara está passando por um processo lindo de conversão, de abrir a mente e o
coração à atuação do Espírito Santo. Isso é maravilhoso, tendo em vista quem
ela foi e o que fez. De perseguidora à propagadora dos valores
judaico-cristãos! Que ela seja uma grande influência no meio em que militou e
uma prova viva do amor, da misericórdia e da paciência de Deus. Oremos por ela.
[MB]