quarta-feira, novembro 18, 2015

Feministas, respeitem as mulheres religiosas!

Mudança maravilhosa
Quando levamos ideologias muito a sério a ponto de deixar dominarem nossa vida, muitas vezes tomamos atitudes extremas e só nós damos conta disso mais tarde, quando o amadurecimento chega e nos possibilita abrir os olhos. Eu me orgulho de muitas decisões que tomei durante a vida, assim como me arrependo muito de outras. Uma das coisas de que me arrependo em minha vida foi ter me afastado de Deus e dedicado todo meu tempo à militância feminista. Muitas vezes bons amigos me diziam: “Sara, você precisa cuidar da sua vida espiritual”, mas eu não dava qualquer importância. Eu não tenho uma religião específica e também não acredito 100% na leitura de livros sagrados como Bíblia, Corão, Torá, etc. Mas uma coisa que tenho certeza que acredito é em Cristo. Eu sempre tive medo de admitir isso publicamente, pois Feminismo e Cristianismo são duas coisas antagônicas. Mas eu acredito que não deveriam ser.

Arrependo-me de não ter deixado uma menina evangélica participar do Femen Brazil, quando esse era ativo. Ela tinha toda força de vontade pra lutar pelas mulheres, mas eu simplesmente não deixei. Até hoje não sei por que não deixei; na minha cabeça pequena e estúpida, ser cristã impossibilitava de lutar pelo fim da violência contra a mulher. Hellen, hoje quero te pedir perdão, do fundo do meu coração!

Como disse, eu acredito em Cristo. Eu tomo pra mim muitos dos ensinamentos de Deus, como os Dez Mandamentos [que estão na Bíblia...]. Existe coisa mais linda e pura do que os Dez Mandamentos? Não digo todos os seres humanos, porém, aqueles conhecedores da doutrina cristã [que está na Bíblia...], se levassem ao pé da letra e priorizassem os Dez Mandamentos, tenho absolutamente certeza de que o mundo seria um lugar melhor, com menos guerras, com mais amor, carinho e respeito.

Eu sigo uma filosofia e não uma religião. Eu pego como exemplo as pessoas mais bondosas e justas de que tenho conhecimento e tento reproduzir na minha vida e no meu dia a dia atitudes próximas às que elas teriam, como Jesus Cristo, Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Buda, São Francisco de Assis e outros.

Eu gostaria muito que as feministas se propusessem a praticar tal filosofia, assim o Feminismo se transformaria em um movimento de amor, solidariedade e respeito, ao invés de histeria, ódio e competição.

Muito me magoou ver uma campanha Feminista a favor do aborto (sim, aquela lá com os atores globais), zombarem e humilharem a Virgem Maria.

Lembro-Me bem que enquanto eu tive todas as dificuldades do mundo pra amamentar (leite empedrado, dor, ardência, inflamação, bicos rachados, sangramento, mamilo caindo aos pedaços, literalmente, e até mastite), eu insistia pra amamentar meu filho; a cada sugada, era uma ferroada de dor, e enquanto isso eu rezava em voz alta a Ave Maria, e pedia pra essa mulher sagrada me abençoar e me permitir continuar amamentando.

Eu não aprovo que políticos religiosos tirem proveito de suas posições para introduzir religião (seja qual for), para facilitar ou dificultar projetos de lei ou políticas públicas num geral. Assim como também não concordo com um movimento que reivindica direitos para as mulheres faça chacota de qualquer religião.

E digo mais: mulheres são plurais, somos católicas, evangélicas, muçulmanas, judias, umbandistas, espíritas, mórmons, candomblecistas, adventistas, testemunhas de Jeová, pagãs, budistas e ateístas. Mas ainda assim somos MULHERES. Esse fator basta para que possamos lutar pelo direito de quem? DAS MULHERES.

O feminismo deveria ser mais plural, deveria ser menos violento com mulheres que têm qualquer tipo de fé. Eu vejo muitas feministas zoando, humilhando mulheres que são tementes a Deus, e isso é nojento. Ter fé não é um retrocesso, e a religião alheia deve ser respeitada.

O Feminismo deveria acolher todas as mulheres, mas não está acolhendo.
Foi por isso que eu e duas amigas lindas, Bia e Jess, criamos o Movimento Pró Mulher, que acolhe mulheres de todas as etnias, classes, crenças e linhas políticas (seja de direita, esquerda ou apolítica). 

Temos como objetivo nos unir para lutar por melhores políticas públicas para mulheres e contra todo tipo de violência.

Ademais, peço perdão, hoje, a cada pessoa que ofendi por motivos religiosos; isso é estúpido, infantil e covarde.

(Sara Winter, via Facebook)

Nota: Percebo que Sara está passando por um processo lindo de conversão, de abrir a mente e o coração à atuação do Espírito Santo. Isso é maravilhoso, tendo em vista quem ela foi e o que fez. De perseguidora à propagadora dos valores judaico-cristãos! Que ela seja uma grande influência no meio em que militou e uma prova viva do amor, da misericórdia e da paciência de Deus. Oremos por ela. [MB]