Evolução ou design inteligente |
[Senta
que lá vem balela evolucionista:] No mundo primata, peitos cheios só aparecem
durante o aleitamento materno. Mas essa regra não se aplica aos seres humanos.
As mulheres são peitudas o tempo todo, mesmo após a menopausa (com algumas
exceções, claro). De acordo com alguns cientistas, esse traço é um truque
evolucionário para os homens, pois sinaliza a capacidade da mulher de alimentar
seus filhos. Mesmo que eles pareçam completos, os seios de uma mulher só são
preenchidos com leite após ela dar à luz. O resto do tempo, eles são na sua
maioria compostos de gordura. Então, segundo David P. Barash e Judith Eve
Lipton, do Centro Nacional de Recursos de Sexualidade dos Estados Unidos, os
seios humanos poderiam muito bem ser uma espécie de engano biológico. No
entanto, Barash e Lipton relatam que seios fartos facilmente poderiam sinalizar
a verdade sobre a capacidade da mulher para armazenar gordura e sua
fertilidade. Por exemplo, meninas antes da puberdade, sem peito, são jovens
demais para ter filhos, e os peitos caídos encolhidos de mulheres mais velhas
podem sugerir que elas já passaram da fase de reproduzir.
Como
os seios às vezes atrapalham as mulheres, alguns cientistas desenvolveram uma
teoria evolucionária que eles chamam de “princípio da desvantagem”. De acordo
com essa teoria, seios pesados honestamente anunciam a saúde genética de uma
mulher, mas com o custo de ela carregá-los por onde for. E se você tem mamas,
sabe como essa “bagagem” pode ser um tanto pesada.
Barash
e Lipton explicam que essa mesma ideia se aplica a criaturas como o pavão
macho, que arma sua cauda ornamental na esperança de atrair fêmeas. Outra
teoria, apoiada por Leonard Shlain, cirurgião e autor do livro Sexo, Tempo e Poder: Como a sexualidade das
mulheres moldou a Evolução Humana, em tradução livre (Viking, 2003), sugere
que os seios das mulheres cresceram depois que os nossos primeiros ancestrais
ficaram em pé.
Nesse
ponto de vista, os seios dos antepassados de seres humanos do sexo feminino
evoluíram ao longo do tempo, juntamente com uma inclinação gradual da bacia, de
modo que a vagina foi orientada mais para a frente do corpo. Em conjunto, essas
transformações encorajaram o sexo, e marcaram uma saída a partir da posição
mais comum usada por outros primatas, em que o macho se aproxima da fêmea por
trás.
O
etólogo Desmond Morris também propôs essa teoria, sugerindo que os seios são
substitutos para as nádegas vermelhas de nossos ancestrais [dele, não meus]
símios fêmeas.
Nota:
É duro ter que ler tantas hipóteses absurdas para algo que é tão simples de
explicar: Deus desenhou a mulher para ser a criatura mais bela da natureza. É
difícil de entender isso? Ou então tudo o que aconteceu de mudança evolutiva no
corpo da mulher foi em função da atração do macho com o único objetivo de
perpetuar a espécie? As feministas que vivem repetindo a frase “meu corpo,
minhas regras” ou “o corpo é meu, faço o que quero com ele” não vão gostar nem
um pouco dessas “explicações” para o “surgimento” dos seios... Há várias
diferenças biológicas, estéticas, comportamentais, psicológicas que nos caracterizam
como humanos e nos diferenciam dos animais. Somos mamíferos “pelados” (e
ninguém sabe explicar direito por quê), não dependemos do cio e podemos
escolher quando, com quem e como nos relacionar sexualmente, e as fêmeas da
nossa espécie têm seios não apenas para amamentar seus filhos. É uma questão de
design inteligente e de muito bom
gosto. Simples assim. [MB]
Leia também: “A balela, digo, história evolutiva dos seios”