Discurso interessante... |
Na reflexão que antecede a oração mariana do Angelus, o papa
Francisco meditou sobre o Evangelho deste penúltimo domingo do ano litúrgico
que propõe uma parte do discurso de Jesus sobre os eventos últimos da história
humana, voltada para o cumprimento do reino de Deus. O pontífice observou que se
trata de um discurso que Jesus fez em Jerusalém antes de Sua última Páscoa.
Francisco frisou que esse discurso de Jesus contém alguns elementos
apocalípticos, como guerras, penúrias, catástrofes cósmicas, todavia, esses
elementos não são a coisa essencial da mensagem. “O núcleo central em torno do
qual gira o discurso de Jesus é Ele mesmo, o mistério da Sua pessoa e da Sua
morte e ressurreição, e o Seu retorno no fim dos tempos. A nossa meta final é o
encontro com o Senhor ressuscitado”, lembrou Francisco que prosseguiu com uma
pergunta: “Gostaria de perguntar-lhes quantos de vocês pensam nisso? Haverá um
dia em que eu encontrarei o Senhor face a face. Essa é a nossa meta, esse
encontro. Não esperamos um tempo ou um lugar, mas caminhamos ao encontro de uma
pessoa: Jesus.”
Portanto, explicou, “o problema não é ‘quando’ acontecerão esses
sinais premonitórios dos últimos tempos, mas o fazer-se encontrar preparados
para o encontro. E não se trata nem mesmo de saber ‘como’ se darão essas
coisas, mas ‘como’ devemos comportar-nos, hoje, à espera desse encontro”.
Francisco explicou que somos chamados a viver o presente,
construindo o futuro com serenidade e confiança em Deus e que a perspectiva do
fim não distrai a nossa atenção da vida presente, mas nos faz olhar para nossos
dias numa ótica de esperança. “É aquela virtude tão difícil de ser vivida: a
esperança, a menor das virtudes, mas a mais forte. E a nossa esperança tem um
rosto, o rosto do Senhor ressuscitado.”
Francisco
observou ainda que o Senhor Jesus não é somente o ponto de chegada da
peregrinação terrena, mas é uma presença constante na nossa vida. “Sempre está
ao nosso lado, sempre nos acompanha; por isso, quando fala do futuro, e nos
projeta rumo a ele, é sempre para reconduzir-nos ao presente. Ele Se coloca contra os falsos profetas,
contra os videntes que preveem próximo o fim do mundo, e contra o fatalismo.
Jesus está ao nosso lado, caminha conosco, nos quer bem”, reiterou.
Cristo quer subtrair seus discípulos de todos os tempos da
curiosidade pelas datas, as previsões, os horóscopos, e concentra a nossa
atenção no hoje da história, prosseguiu. “Gostaria de perguntar-lhes, mas não
devem responder, cada um responda a si mesmo. Quantos de vocês leem o horóscopo
do dia? Calado! Cada um responda a si mesmo. E quando lhe der vontade de ler o
horóscopo, olhe para Jesus, que está com você. É melhor, lhe fará bem.”
O pontífice concluiu dizendo que essa presença de Jesus nos
chama à espera e à vigilância, que excluem tanto a impaciência quanto a apatia,
tanto o agir precipitadamente quanto o permanecer prisioneiros no tempo atual e
na mundanidade.
Por fim, Francisco pediu que não se esquecessem de rezar por ele
e desejou um bom domingo a todos.
Nota: Maranata! [MB]