terça-feira, outubro 20, 2020

Pesquisa: vida “começou” com animais parecidos com os atuais


Acredita-se que a vida se originou na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. Porém, como exatamente ela era, é difícil ter certeza. Acredita-se que seres unicelulares, como as bactérias, foram os primeiros habitantes vivos do planeta. Isso mostraria que a vida primitiva era muito diferente da atual. Agora, uma nova pesquisa liderada pelo geneticista evolucionista Momir Futo e publicada na Molecular Biology and Evolution mostrou que pode haver mais semelhanças do que o imaginado.

 Sabe-se que as bactérias se unem e criam uma casa comunitária protetora, formando colônias conhecidas como biofilmes, que fazem com que os organismos fiquem mais fortes. Isso porque, na segurança dessas estruturas, podem resistir melhor às mudanças climáticas, comunicar-se e até compartilhar uma espécie de memória coletiva. Agora, Futo e sua equipe descobriram que esses biofilmes também se desenvolvem como um organismo multicelular. Isso inclui divisão de trabalho, morte celular programada e autorreconhecimento.

 No laboratório, os pesquisadores investigaram o Bacillus subtilis em forma de bastonete, comumente encontrado no solo, em vacas e até nos humanos. A equipe estabeleceu uma linha do tempo de expressão genética do biofilme conforme ele se desenvolvia, começando com algumas células iniciais até dois meses de idade. Além disso, os cientistas compararam os produtos dos genes com os de outras bactérias da sua árvore genealógica, mapeando os relacionamentos evolutivos.

 “Surpreendentemente, descobrimos que os genes evolutivos mais jovens foram cada vez mais expressos em relação aos pontos temporais posteriores do crescimento do biofilme”, explicou Tomislav Domazet-Lošo, da Universidade Católica da Croácia. A ordem da expressão gênica durante o crescimento da estrutura reflete o tempo de evolução [sic] desses genes. O mecanismo é semelhante ao que embriões animais em desenvolvimento possuem.

 Esta, porém, não é a única maneira em que os biofilmes se assemelham aos embriões animais. Há também a organização passo a passo da expressão gênica. Ela representa um aumento na comunicação entre as células durante o desenvolvimento, o que, no caso dos biofilmes, coincide com o aparecimento de rugas 3D. “Isso significa que as bactérias são verdadeiros organismos multicelulares como nós”, destacou Domazet-Lošo. “Considerando que os fósseis mais antigos conhecidos são biofilmes bacterianos, é bem provável que a primeira vida também fosse multicelular, e não uma criatura unicelular como considerado até agora”, finalizou.

 Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram um novo método, conhecido como filoestratigrafia, e ainda há certa dúvida sobre sua confiabilidade. Além disso, a equipe afirma que os resultados são limitados a biofilmes de uma única espécie e em condições laboratoriais. Apesar disso, os pesquisadores concluíram que “é indiscutível que a célula é a unidade básica da vida; no entanto, isso não implica prontamente que a primeira vida foi estritamente unicelular”.

 (Olhar Digital)

 Nota: Quanto mais o tempo avança e mais pesquisas são feitas, mais se percebe que a vida “começou” com toda a complexidade conhecida hoje e necessária desde sempre. A hipótese do “surgimento” da vida a partir da não vida, de maneira rudimentar e aleatória, vai sofrendo golpe após golpe, e fortalecendo a ficção científica chamada “panspermia cósmica” (ato de jogar a “batata quente” para fora). [MB]

O paper original (open access) pode ser baixado aqui.

Assista ao vídeo "Panspermia cósmica: o retorno"

sexta-feira, outubro 02, 2020

Simpósio criacionista terá sua primeira edição sul-americana online

O Instituto de Pesquisa e Geociência da Igreja Adventista na América do Sul (GRI-DSA) vai promover neste fim de semana o 1º Simpósio Criacionista da Igreja Adventista no território. Com o tema “Origens”, o evento contará com a participação de convidados, com transmissão online nos canais oficias da denominação. Michelson Borges, jornalista e vice-presidente da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB), será um dos palestrantes do evento. Ele vai tratar da panspermia, uma teoria que considera que microrganismos ou precursores químicos da vida podem estar presentes no espaço, sendo capazes de dar surgimento à vida quando encontrarem um planeta adequado.