quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Bíblia é o livro mais lido no Brasil, seguida dos didáticos

Quase todos os professores de escolas públicas no Brasil (98%) usam livros didáticos, segundo levantamento do QEdu: Aprendizado em Foco, uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para a educação. Do restante, 1% acredita que o livro não é necessário e 1% não usa porque a escola não tem. O levantamento é baseado nas respostas ao questionário socioeconômico da Prova Brasil 2011, aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Além disso, os livros didáticos ocupam o segundo lugar dentre os mais lidos pelos brasileiros, logo depois da Bíblia, segundo levantamento do Instituto Pró-Livro.

E-mails que nos alegram (37)

“Olá, Michelson. Me chamo Vinicius e há vários meses acompanho seu blog criacionista e sua luta pela verdade. Sou missionário, juntamente com minha família, há 13 anos em Siracusa, Itália, e mesmo morando em uma nação católica, o ateísmo, o universalismo e o agnosticismo são muito presentes. Como precisamos estar engajados, preparados para defender nossa fé em Cristo Jesus! Meu contato é somente para te parabenizar pelo trabalho e dizer ‘continue assim’! Dio ti benedica.”

(Vinicius Sartori Farinelli)

Grandes asteroides são ameaça para Terra

Os grandes asteroides são uma ameaça cada vez maior para a Terra, por isso será preciso investir mais no estudo desses corpos celestes, que até agora não estavam no centro das investigações espaciais, afirmou o cientista Yuri Zaitsev, da Academia de Engenharia da Rússia, em uma entrevista à agência Interfax. “Os asteroides nunca ocuparam um lugar central na astronomia nem nas investigações espaciais”, disse Zaitsev. O cientista russo explicou que ocorre esse baixo investimento pois se pensava que a probabilidade de um asteroide se chocar com a Terra era ínfima, portanto não fazia sentido gastar um volume muito grande de recursos para neutralizar uma ameaça tão improvável. “Acho que, após o que ocorreu em Tchelyabinsk [Rússia], esse enfoque será revisado. Se o corpo celeste tivesse explodido mais próximo da cidade, o desastre na usina nuclear de Chernobyl não nos pareceria tão grave”, alertou Zaitsev.

O acadêmico se referia ao meteoro que, no último dia 15 de fevereiro, se desintegrou na atmosfera e provocou uma onda de choque nas imediações dessa cidade russa, o que deixou mais de mil pessoas feridas, a maioria pela quebra de vidros e janelas.

Záitsev acrescentou que o perigo que representam os asteroides começou a ser considerado após a descoberta do Apophis, que, de acordo com os cálculos dos cientistas, passará a cerca de 40.000 quilômetros da Terra em 2029. É nessa distância que se localizam as órbitas da maioria dos satélites de telecomunicações. “Não se descarta que a gravidade terrestre afete a trajetória do Apophis, por isso pode-se esperar que ele passe mais próximo da Terra em 2036 - e, inclusive, se choque com nosso planeta”, acrescentou.

O cientista disse que as consequências da colisão serão muito mais graves que as do meteorito de Tunguska, que caiu na Sibéria em 1908 e destruiu milhões de árvores em uma área de mais de 2.000 quilômetros quadrados. No entanto, afirmou que o impacto “seguramente não teria caráter global”.

Em sua opinião, para que o choque de um asteroide contra a Terra seja uma catástrofe mundial, o corpo celeste teria que ter em sua parte mais larga mais de um quilômetro. O Apophis mede cerca de 325 metros.

O cientista lembrou que a superfície da Lua, Marte e Mercúrio está coberta de crateras deixadas por meteoros. Zaitsev acrescentou que Júpiter, por sua grande massa, recebe um grande número de asteroides, e que a atmosfera terrestre é uma boa defesa, mas só contra corpos relativamente pequenos.

“A Terra teve sorte com as rochas celestiais”, disse Zaitsev. “Mas não há garantias de segurança”, sustentou o cientista, para quem a Terra entrou em uma espécie de rastro de grandes corpos celestes.

O cientista explicou que na última década foram descobertos mais asteroides do que nos dois séculos anteriores, e que anualmente se detectam mais de mil novos corpos. “Os choques são inevitáveis. A pergunta é: quando ocorrerão?”, concluiu.

(UOL)

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Carlos Heitor Cony e sua vã filosofia

[Os comentários entre colchetes são do leitor Marco Dourado, de Curitiba.]

[Segundo seu próprio testemunho, Cony chegou a ser considerado retardado pois só veio a falar por volta dos cinco anos de idade. No período conhecido por “antiguidade clássica”, nosso escriba seria descartado como um animal defeituoso, indigno de investimentos alimentares, afetivos e de manutenção. A partir da segunda metade do século I, enjeitados, ainda que saudáveis, eram eliminados em aterros sanitários mas escapavam da morte caso algum cristão tomasse conhecimento da barbárie, que então barbárie não era. Se esse “vão” do título de Cony (‘Nossa vã filosofia’) é disparado contra a filosofia baseada na teologia cristã, ele revela mais que ingratidão particular (sem os valores cristãos, o garotinho Carlos Heitor poderia ter sido tratado como um pedaço de mortadela estragada). Temos em apenas três palavras o desapreço por aquilo que nos garantiu muito das garantias e direitos individuais. Cony, de fato, é um humanista.]

[Começa assim o pequeno artigo de Cony:] Para nós, ocidentais, o livro-base continua sendo a Bíblia, em seus dois Testamentos. A ela devemos o relato da criação, escrito não se sabe por quem, apesar de os judeus atribuírem os cinco primeiros livros a Moisés.

[Também não se sabe quem escreveu a Ilíada, embora os gregos a atribuíssem a Homero - e isso vale para várias das obras antigas. Mas, sabemos, Cony não dirá sobre Satíricon preâmbulos como “escrito sabe por quem”, embora os romanos a tenham atribuído a Petrônio, não é, Cony? Especificamente quanto à autoria do Pentateuco, Cony age como o revisionista neurótico Pedro Pedreira, encarnado (ops!) pelo saudoso Francisco Milani. Pedreira desancava qualquer relato histórico que não estivesse inquestionavelmente documentado (uma declaração do Butantã do Antigo Egito, por exemplo, atestando que Cleópatra morrera pela picada de uma víbora).]

[Cony continua:] Nela [na Bíblia] está escrito que o espírito de Deus pairava sobre as águas, até que ele deu uma ordem ou expressou um pedido: “Fiat lux”. E a luz foi feita. Primeira pergunta: a quem ele deu essa ordem ou expressou esse desejo? A ele mesmo, ou havia alguém ou alguma coisa capaz de atendê-lo?

[O termo corretamente traduzido é: “Haja luz!” A Palavra do Senhor é a expressão de Seu poder (“Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir e brotar, para que dê semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da Minha boca: ela não voltará para Mim vazia, antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”, Is 55:10, 11). Para exemplificar direi: “Haja luz na mente de Cony!”, e para que a luz seja feita, explico a ele que as palavras do Verbo Eterno são descrições de Seus atos. E se mais luz brilhar na mente do escritor carioca, espera-se que ele (Cony) passe a usar maiúsculas SEMPRE ao se referir a Ele (Deus), e não esporadicamente.]

[Cony:] Ainda no processo da criação, Ele teria dito: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.” 

[“Teria dito” é só picuinha de Cony. Sendo a cena descrita por um profeta, Carlos Heitor questiona a audição desse, ou sua capacidade cognitiva, ou seu caráter. O futuro do pretérito aqui é desdenhoso. Generalizado, deveria ser utilizado para tudo aquilo de que não temos plena certeza. Por exemplo: Cony TERIA passado uns dias preso pelo regime militar.]

[Cony:] Usou o plural. Haveria alguém ao lado ou acima dele? 

[Será que o escritor (e, presumo, também leitor) Cony nunca ouviu falar da doutrina da Trindade? Ou estaria fazendo média com seus amigos unitaristas, que acusam os cristãos de politeísmo?]

[Cony:] Bem, a linguagem - qualquer linguagem - é metafórica ou simbólica, traduzindo em letras aleatórias uma realidade espiritual ou física para a transmissão de um conhecimento.

[Por que “aleatórias”? E no que isso implica que a descrição do evento da Criação seja metafórica e não real? Se eu disser “Carlos Heitor Cony, após passar oito anos inteiros espezinhando diuturna e injustamente um dos governos mais importantes da história da república brasileira, foi premiado indevidamente pelo sucessor e inimigo desse com uma indenização nababesca e uma pensão de marajá, chamados de bolsa-ditadura (vide Millor)”, estarei sendo metafórico? Infelizmente, não.]

[Cony:] Será que o Deus cultuado no Ocidente é um Deus menor, um demiurgo como queria Platão, com jurisdição limitada ao que nós chamamos de Universo? 

[Em que a doutrina da Trindade diminui o Deus cristão, Cony-estranhador-de-termos-plurais? Leia os capítulos 1 tanto de Gênesis como de João e perceba que as três Pessoas da Tri-unidade estão ali nitidamente especificadas: o Espírito Santo de Deus (Gn 1:2), o Verbo-Filho Unigênito de Deus (Jo 1), além do próprio Deus-Pai (Gn 1:1). Onde se encontra nas Escrituras Sagradas menção a algum demiurgo?]

[Cony:] A mesma pergunta transcende ao Deus criado por judeus, árabes e cristãos em oposição aos deuses do paganismo, responsáveis por civilizações antigas, como a dos persas, a dos egípcios, a dos gregos e a dos romanos. Paganismo que fez Abraão abandonar sua cidade natal - qualquer entendido em palavras cruzadas sabe que ele saiu de Ur, na Mesopotâmia, porque acreditava e fez seus descendentes acreditarem num único Deus.

[Alô, editores do Grupo Coquetel! Vejam de onde Carlos Heitor Cony deve ter tirado suas ilações teológicas: das palavras cruzadas publicadas por vocês (Picolé? Fácil? Letrão?).]

[Cony:] Ele teria usado o plural para fazer o homem à sua imagem e semelhança. Seria Ele o responsável pelo antropomorfismo, dando à sua criatura as características ontológicas de seu Ser, sendo Ele “ens ut ens”? 

[Cony quase, quase chegou lá. Digo “quase” porque se realmente tivesse compreendido o texto, concluiria que os plurais “façamos” e “nossa” se devem ao fato de o homem ser “imagem e semelhança de Deus” - um Ser Triúno - por três similaridades: 

1) Ao contrário dos outros seres vivos deste planeta, o homem é um ser moral: tem a capacidade, o direito e o dever de fazer escolhas morais.

2) Ao contrário dos anjos, o homem pode gerar vida à sua imagem e semelhança, isto é, produzir descendência.

3) O homem, enquanto isolado, não pode ser imagem e semelhança de Deus pois o Criador é um relacionamento entre Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.]

[Cony:] Daí o nome de Deus em hebraico ser plural: Elohim.

[Se essa é a conclusão mais lógica, para que tantos descaminhos nos parágrafos anteriores? Deve ser o tributo que o vício paga à virtude.]

[Cony termina:] São perguntas que não sei responder, como não sei se Lula tinha ou não domínio do fato que resultou no mensalão.

[Finalzinho schmaltzy, como nos sitcoms furrecas (furreca, aliás, é uma tradução possível para esse termo yiddish) que poluem a grade de programação da TV. Nada que surpreenda; começou mal, terminou mal. ]


Sensação de ser superior aos outros tem razão biológica

Cientistas dizem ter descoberto mecanismos biológicos que fazem as pessoas se sentirem superiores às outras, estado chamado por eles de “ilusão de superioridade”. A ilusão, afirmam os pesquisadores, é determinada pela interação de regiões cerebrais sob a influência da dopamina. Ela está profundamente ligada à evolução humana e atinge a maioria dos indivíduos. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (25) no site da PNAS, a publicação da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Entre as instituições responsáveis pelo estudo estão a Agência de Ciência e Tecnologia do Japão e a Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos EUA. A dopamina, neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar e prazer, tem papel de “regular” o estado de “ilusão de superioridade”, segundo os cientistas. Eles descobriram que a substância “modula” as interações entre duas áreas do cérebro - o córtex frontal e o neoestriado.

“A conexão funcional entre o córtex frontal e o neoestriado” determina os níveis de “ilusão de superioridade”, dizem os pesquisadores no estudo. “Nossa descoberta ajuda a entender como esse aspecto essencial da mente humana é biologicamente determinado, e a identificar alvos neurológicos e moleculares para o tratamento da depressão.”

Para os cientistas, a descoberta é importante para estudos futuros no combate à depressão. Pensamentos negativos sobre si mesmo são características do estado depressivo, e a ideia de sentir-se acima da média, em níveis moderados, ajuda na saúde mental.


Nota: O adultério já tinha origens biológicas (confira aqui e aqui), agora encontramos também uma desculpa para o orgulho. Seria bem melhor admitir que o pecado causou esses desequilíbrios neurológicos e esses sentimentos negativos – ampliados e piorados por um estilo de vida contrário às recomendações de Deus. Claro que os medicamentos podem ajudar em casos patológicos, mas é importante reconhecer a pecaminosidade da arrogância, do orgulho, da altivez. Deus pode mudar nosso caráter, nosso temperamento e nos conceder humildade sadia, é só pedir; é só buscar.[MB] 

Unicamp cria “laboratório CSI” para desvendar crimes


A investigação tecnológica de crimes, popularizada pela série de TV “CSI” em cenários como Las Vegas e Nova York, caminha para ganhar nova temporada no Brasil. Campinas, no interior de São Paulo, não será mais uma franquia do programa, mas planeja ter, até o fim de 2014, um laboratório forense para desenvolver e aprimorar tecnologias usadas por peritos para desvendar extorsões, mortes e crimes cibernéticos [ou seja, detectar sinais de inteligência]. O CSI: Campinas, como vem sendo chamado pelos criadores, é uma iniciativa de professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e tem nome de   batismo menos glamouroso: LPMF (Laboratório Multidisciplinar de Pesquisas Forenses). Aprovado pela pró-reitoria de pesquisa da Unicamp no fim do ano passado, o LPMF ficará em um dos quatro prédios erguidos pela universidade para abrigar laboratórios multidisciplinares. O custo total estimado é de R$ 30 milhões, com equipamentos.

Os 15 pesquisadores da equipe inicial também não agirão sob holofotes. A ideia é que eles trabalhem na retaguarda, em algo que poderia ser definido como “fábrica de CSI”. “Vamos desenvolver soluções”, explica o professor doutor Anderson Rocha, do Instituto de Computação (IC).

Além do IC, farão também parte da “fábrica de CSI” o Instituto de Química, o Instituto de Biologia e a Faculdade Engenharia Elétrica e de Computação. As quatro áreas previstas para integrar o laboratório já auxiliavam, separadamente, em investigações de crimes, por meio de convênios com a Polícia Federal e a Polícia Civil. Também colaboravam com órgãos internacionais, como a Fundação Nacional de Ciência, dos EUA.

Os principais objetivos da iniciativa, ao unir as forças, é ampliar a atuação e entregar resultados forenses para todos os tipos de casos e formar novos especialistas. Uma vez em pé, a estrutura do CSI: Campinas permitirá aprofundar pesquisas já em curso. Segundo o professor doutor Arício Linhares, da Biologia, as equipes criarão insetos para testar como reagem a drogas para futuras investigações, por exemplo.

Segundo Rocha, os órgãos responsáveis pelas pesquisas, hoje, possuem tecnologia de ponta, mas não têm tempo para desenvolver novas soluções que antevejam a criatividade criminosa, justamente o plano para agora. [...]


Nota do blog Desafiando a Nomeklatura Coentífica: “E agora José? Disseram que a Teoria do Design Inteligente, ao propor que sinais de inteligência eram detectados na natureza, era pseudociência. O que dizer agora da Unicamp, uma das maiores universidades da América Latina, sem querer, querendo, vai montar um laboratório para “detecção de sinais de inteligência na natureza”? Pano rápido, o bom em ciência é que uma ideia além do seu tempo é inicialmente desprezada, depois execrada e finalmente aceita. Será que o Design Inteligente já se encontra na última etapa? E em uma de nossas mais conceituadas universidades?

SUS: metade dos agredidos consumiram álcool

Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (19) mostra que 49% das vítimas de agressão atendidas nos hospitais públicos haviam consumido bebida alcoólica. A pesquisa foi realizada em 71 hospitais públicos em todas as capitais do país. Os jovens são as principais vítimas da agressão física relacionada ao uso de álcool.  O estudo aponta que cerca de 56% dos casos de agressão e 39% de acidentes de trânsito ocorreram com pacientes entre 20 e 39 anos. O álcool também está relacionado à quantidade de vítimas de acidentes de trânsito. De acordo com o estudo, um a cada cinco acidentes envolveram a ingestão de bebida alcoólica.

O estudo mostra que, entre as vítimas de acidentes de trânsito, 21,4% dos pedestres, 22,3% dos condutores e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram o consumo de álcool. Os dados foram coletados em 2011 e analisados no ano passado. O levantamento faz parte da Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) e ouviu 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal.

Em 2011, mais de 47 mil pessoas vítimas de agressão foram atendidas no SUS. A  maioria delas (54,3%) é do sexo masculino. A quantidade de homens (24,9%) envolvidos em acidentes de trânsito ligados ao álcool também foi maior que a de mulheres (10,2%). No mesmo ano, o governo federal gastou R$ 200 milhões no Sistema Único de Saúde com a internação de pacientes que se envolveram em acidentes de trânsito.

Com o objetivo de orientar condutores sobre o perigo da mistura entre direção e álcool, o Ministério da Saúde desenvolveu o projeto Vida no Trânsito, em 2009. Apenas cinco capitais brasileiras participam dessas ações (Belo Horizonte, Teresina, Curitiba, Campo Grande e Palmas). Nos últimos quatro anos, cerca de R$ 25 milhões foram gastos no projeto.


Nota: A Lei Seca ajuda, sem dúvida, mas acaba passando a ideia de que somente é perigoso beber e dirigir. Beber é perigoso sempre! Já passa da hora de os governos tratarem a bebida (“droga lícita”?!?) como fizeram com o cigarro. Marcação cerrada! Conscientização constante. Segundo a matéria acima, o governo federal gastou R$ 200 milhões no Sistema Único de Saúde com a internação de pacientes que se envolveram em acidentes de trânsito (a maioria ocasionada por consumo de álcool). Mas o governo deve arrecadar muito mais do que isso em impostos cobrados das fábricas de bebidas. Chega de hipocrisia! Enquanto as propagandas glamourizarem o consumo de bebidas alcoólicas, não haverá campanha que resolva. Álcool tem que ser tratado como a droga que é.[MB]

terça-feira, fevereiro 26, 2013

O Cético: o bem, o mal e Deus


Clique na tirinha para vê-la ampliada.

A pele através da história: evolução ou diversificação?

[Meus breves comentários seguem entre colchetes. - MB] A pele humana é uma evidência direta da evolução [de qual: a macro ou a micro?]. A pequena quantidade de pelos e os múltiplos tons de pele foram características cuidadosamente selecionadas durante milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] e representam mais do que traços cosméticos – eles são responsáveis pela sobrevivência da espécie. Hoje em dia, no entanto, essas mesmas adaptações podem conflitar com o estilo de vida moderno. “Toda essa variedade de tons de pele dentro de uma mesma espécie é incrível [note que o texto vai tratar apenas de variação dentro de uma espécie, mas tentará “emplacar” isso como “evolução”, não mera adaptação ou diversificação de baixo nível]. Entender como isso se desenvolveu desde nossos antepassados pode ter profundas consequências para a nossa saúde hoje em dia”, diz Nina Jablonski, antropóloga da Universidade Estadual da Pensilvânia e autora do livro Living Color: The Biological and Social Meaning of Skin Color (Cores Vivas: Os Significados Biológicos e Sociais da Cor de Pele, inédito em português). No dia 16, ela participou do Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, EUA, onde conversou com o site de Veja.

Segundo as evidências mais recentes, o corpo dos antepassados humanos era repleto de pelos, como macacos [aqui se trata de extrapolação macroevolutiva baseada em evidências enviesadas]. Eram caçadores-coletores que viviam nas zonas tropicais da África, onde os alimentos e a água eram abundantes, e o clima era ameno. Nessas condições, os pelos ajudavam a reter o calor corporal.

Há cerca de dois milhões de anos [idem], no entanto, a Terra foi atingida por uma série de mudanças climáticas, e as florestas locais não passaram incólumes. Os hominídeos da época começaram, então, a se locomover cada vez mais para conseguir suprimentos. Ao mesmo tempo, eles passaram a desenvolver um cérebro cada vez maior [como se isso fosse algo simples de se resolver, simplesmente dizendo que aconteceu. Como a complexidade surge da simplicidade?], o que seria essencial para o surgimento do Homo sapiens. O órgão, no entanto, era extremamente sensível a grandes temperaturas. A maior mobilidade e a sensibilidade ao calor se tornaram uma combinação perigosa. Assim, hominídeos com menor quantidade de pelos se tornaram mais aptos a sobreviver e a passar seus genes adiante – era a seleção natural em ação. “Começamos a perder nossos pelos para liberar melhor o calor do corpo”, diz Jablonski. Hoje, os humanos são os únicos primatas – e dos raros mamíferos – com poucos pelos no corpo. [Por que apenas nós desenvolvemos essa característica, uma vez que outros seres vivos também precisariam se livrar dos pelos, segundo a “explicação” provida por essa hipótese?]

No entanto, ao perderem os pelos, os hominídeos se tornaram extremamente vulneráveis ao sol da África tropical: sua pele era muito clara – como a dos chimpanzés. Ao absorver as grandes quantidades de raios ultravioleta que incidiam no local, eles podiam sofrer sérias queimaduras, desenvolver diversos tipos de câncer, além de perder vários nutrientes da pele. Um deles – o folato – é essencial para o desenvolvimento correto dos embriões e importante para o sucesso reprodutivo humano [se é essencial, como o ser humano “se virava” antes do surgimento dele?]. Assim, a pele desses ancestrais foi ficando cada vez mais rica em melanina, um pigmento responsável por escurecer a pele e protegê-la dos raios ultravioleta [então, antes mesmo de ser necessária, a melanina já estava “esperando” para desempenhar sua função?]. “Não há nenhuma relação genética entre a perda de pelo e a mudança da cor da pele. Eles apenas aconteceram em um período histórico próximo: um veio mitigar os efeitos do outro”, diz Nina Jablonski. [Impressionante! Um mecanismo precisa do outro, senão a vantagem se demonstraria desvantagem; e ambos estavam ali!]

Esses ancestrais humanos continuaram seu percurso natural de evolução, com cérebros cada vez maiores [!] e postura cada vez mais ereta. Há 200 mil anos [idem], sua anatomia tornou-se semelhante à do homem moderno, dando origem ao Homo sapiens. Mesmo após surgir como espécie, os seres humanos continuaram na África por mais de metade de sua história na Terra, carregando a pigmentação de pele perfeita para a incidência solar na região [e até que isso acontecesse, os africanos branquinhos deram um jeito de sobreviver sem quantidades altas de melanina]. No entanto, há 80 mil anos, os primeiros humanos começaram a deixar o continente rumo à Europa e à Ásia. Em sucessivas ondas de migração, passaram a encontrar novos ambientes, com latitudes e altitudes maiores – e menor incidência de raios ultravioleta.

O problema é que essa mesma radiação, que pode ser perigosa quando absorvida em excesso, também é essencial para a síntese de vitamina D no sangue humano. A falta dessa vitamina diminui a absorção de cálcio e deprime o sistema imunológico. Sua ausência crônica pode levar a problemas no parto, deformidades e até morte. Mais uma vez, a seleção natural começava a favorecer uma mudança na cor da pele: pessoas com menos pigmentação conseguiam produzir mais vitamina a partir do parco sol local, tornando-se mais aptas a sobreviver.

Segundo Nina Jablonski, a pele mais clara se desenvolveu três vezes de maneira isolada entre os ancestrais humanos. “Uma dessas vezes foi entre os Neandertais europeus, que, segundo estudos genéticos, tinham peles claras e cabelos ruivos. As outras duas foram entre os Homo sapiens europeus e os asiáticos”, diz. Há mais de uma década, a antropóloga publicou o primeiro estudo que mostrava as relações entre a incidência de raios ultravioleta no mundo e a distribuição das populações com diferentes tons de pele.

(Veja)

Nota: Se quiserem chamar essa diversificação de tons de pele de “evolução”, tudo bem. O criacionismo comporta e aceita esse fato. Mas extrapolar isso para milhões de anos no passado e relacionar com hominídeos é pura ficção darwinista.[MB]

Cientista sugere que dinossauro produzia leite

A teoria de que os dinossauros são animais mais próximos das aves – e não dos répteis – acaba de ganhar um importante argumento. De acordo com estudo publicado no The Journal of Experimental Biology, algumas espécies de dinossauros poderiam produzir um tipo de leite. Lançada pelo professor e fisiologista Paul Else, da Universidade de Wollongong, na Austrália, a tese se baseia na fisiologia das aves. Assim, Else acredita que algumas espécies de dinossauros, como os hadrossauros, secretavam uma substância similar ao colostro, que ficaria armazenado no papo. 

“Uma das preocupações da fisiologia comparada é que temos muita informação sobre a estrutura dos dinossauros, mas pouca sobre sua fisiologia”, afirma o pesquisador em entrevista ao site de Veja. “Pesquisadores recentes começaram a pensar neles como mais próximos de aves que de répteis. Eu sabia que alguns pássaros têm a capacidade de alimentar seus filhotes com um produto parecido com o leite. Fiquei surpreso que ninguém tenha sugerido que os dinossauros também poderiam ter desenvolvido essa estratégia”, conta.

Algumas aves, como pombos, pinguins e flamingos, produzem uma substância parecida com o leite, mas que varia entre líquida e sólida. Essa substância é produzida em uma estrutura localizada entre o esôfago e o estômago. “Essas estruturas, que podem ser o papo, parte do esôfago, o esôfago propriamente ou a parte superior do estômago, dependendo do animal, estão sempre produzindo secreções que umedecem os alimentos e ajudam a engoli-los. Em um ambiente hormonal apropriado, essas estruturas começam a produzir um muco similar ao leite”, diz Else.

Para o pesquisador, a maior vantagem dessa forma de alimentação seria a possibilidade de oferecer, de forma concentrada, nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento dos filhotes. “Pombos produzem leite com o qual alimentam seus filhotes durante as três ou quatro primeiras semanas de vida. Eles adicionam a este leite um hormônio de crescimento epitelial que permite que seus filhotes cresçam a taxas fenomenais. Os pombos atingem 85% do tamanho que terão quando adultos em três semanas após o nascimento”, diz Else.

A ideia é reforçada pelo fato de que os dinossauros nasciam pequenos se comparados ao tamanho que atingiam quando adultos [répteis que nunca produziram leite também nascem pequenos e crescem muito e rapidamente]. Com esse hormônio adicionado ao leite, eles poderiam, portanto, evitar predadores e juntar rebanhos mais rapidamente.

De acordo com o pesquisador, o leite de dinossauro deveria ser parecido com o colostro, produzido por mamíferos logo após o nascimento do filhote. “Teria muito dos ingredientes básicos do leite de mamíferos, mas com metade das gorduras, metade da água e um pouco de carboidratos”, explica.

A quantidade de carboidratos poderia variar de acordo com a consistência do leite produzido. “Poderia ser fluido, como de mamíferos; semissólido, parecido com queijo cottage, como o produzido por pinguins imperadores; ou com consistência mais sólida, como o produzido por pombos”, diz [quanta imaginação!]. A consistência também dependeria do “aditivo” que o leite ganharia, como hormônio do crescimento, antioxidantes e antibióticos.

Como acontece com mamíferos e com aves, o período de lactação dos dinossauros poderia variar entre as espécies, assim como seria possível que algumas sequer utilizassem esse recurso. Tudo poderia variar de acordo com o tamanho do dinossauro e o tempo de permanência no ninho. “Imagino que a maioria das espécies procuraria introduzir rapidamente seus filhotes à dieta normal de um adulto. Assim, a produção de leite não seria um sugador de energia dos pais”, diz o pesquisador. Para ele, o período de produção mais intensa de leite levaria de um a dois meses, seguido de um período onde os pais dinossauros misturariam ao leite alguns alimentos regurgitados para, finalmente, partir para a etapa de alimentação, somente com alimentos regurgitados. Assim, o pequeno dinossauro estaria pronto para uma dieta adulta.

(Veja)

Nota: Os dinossauros até poderiam dispor de um mecanismo de nutrição como o descrito acima, mas note que toda a tese está fundamentada sobre uma hipótese imaginária: a de que os dinos seriam ancestrais das aves (isso é controverso). Dos dinossauros restam apenas fósseis e com base neles seria muito difícil construir essa tese sobre o leite de réptil. O que fez o pesquisador, então? Baseou-se em mecanismos presentes em aves e aplicou esse conhecimento à fisiologia desconhecida dos dinossauros. Vai um criacionista fazer algo parecido... (Releia as palavras grifadas no texto para ter uma noção de quanta ciência empírica está envolvida nessa “pesquisa”.)[MB]

Cientistas identificam continente abaixo do oceano

Cientistas dizem ter identificado fragmentos de um antigo microcontinente abaixo das profundezas do Oceano Índico, nos arredores das Ilhas Maurício e Reunião, afirma um estudo publicado neste domingo (24), no site da prestigiada revista Nature Geoscience. As ilhas são conhecidas pelas belas praias e por serem destinos turísticos. Entre os participantes da pesquisa estão cientistas da Universidade de Oslo, na Noruega; da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul; da Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha; entre outras instituições. A pesquisa sugere que o microcontinente, chamado pelos pesquisadores de Mauritia, rachou e se dispersou conforme o Oceano Índico se abriu e cresceu, entre 83,5 milhões e 61 milhões de anos atrás [segundo a majorada cronologia evolucionista]. Os fragmentos estariam sob grandes quantidades de magma abaixo do fundo do mar, próximo às ilhas. O microcontinente, que data do período pré-cambriano, se separou da Ilha de Madagascar, na África, diz o estudo.

Para os pesquisadores, rachaduras em continentes e dispersão de fragmentos estão muitas vezes associadas a “bolhas” gigantescas de rocha fervente que sobem pelo manto de magma abaixo da crosta terrestre, o mesmo de onde surge a lava dos vulcões.

O processo fragiliza as placas tectônicas por baixo, e faz com que elas rachem nos pontos frágeis. Esta é uma das causas da separação e deriva de continentes, sugere a pesquisa. O processo teria ocorrido na região e o microcontinente teria afundado sob o oceano, ficando soterrado sob depósitos de magma, com o passar do tempo.

Os cientistas afirmam que “bolhas” semelhantes causaram, por exemplo, a separação do antigo supercontinente de Gondwana em sua região oriental, há cerca de 170 milhões de anos [idem]. Gondwana incluía a maior parte de áreas de terra firme no Hemisfério Sul - como África, Antártica, América do Sul e Índia, dizem os pesquisadores.

Para chegar ao resultado, o pesquisador Trond Torsvik e seus colegas examinaram a composição da areia do litoral da Ilha Maurício. A areia foi formada pela erosão de rochas vulcânicas, que surgiram há nove milhões de anos [idem]. No entanto, junto dela, os cientistas encontraram minerais de zircônio que datam de 660 milhões a 1,97 bilhão de anos [idem].

A existência desses minerais, além de novos cálculos da proporção das placas tectônicas na região, explicam onde e como os fragmentos acabaram abaixo do fundo do oceano, afirmam os pesquisadores.


Nota 1: Que catástrofe teria sido capaz de submergir continentes, rachar a crosta terrestre (iniciando os movimentos tectônicos) e fazer extravasar tremenda quantidade de material vulcânico?[MB]

Nota 2: As imensas áreas oceânicas (Atlântico, Índico, etc.) passaram a existir a partir da fragmentação e separação do mega-continente pangea. Mas, será que as “bolhas” ascendentes de magma seriam a causa da fragmentação do pangea? Muitos cientistas consideram milhares de impactos meteoríticos como o principal agente transformador do pangea e das principais modificações (catastróficas) estudadas pela tectônica de placas (PRICE, N. J., Major Impacts and Plate Tectonics – A Model for the Phanerozoic evolution of the Earth’s lithosphere, Ed. Routledge [London/New York], 346p. 2005). Quais seriam as implicações dessa “nova” interpretação? Creio que você já tem alguma ideia...

domingo, fevereiro 24, 2013

Casamento: um presente dado no Éden (comentário)

Ideia central 1: Gênesis 2:18 deixa claro que o ser humano, imagem e semelhança de Deus, foi criado para se relacionar à semelhança da Trindade, um Deus plural e relacional, e que o casamento entre um homem e uma mulher é a expressão máxima da intimidade que pode e deve existir entre duas pessoas. Tanto é assim que o casamento é usado na Bíblia como símbolo da intimidade que Deus quer ter com Seu povo. Sem sua companheira, o homem era incompleto e Deus não podia declarar sobre ele que “era muito bom”. Ao dar nomes aos animais, Adão percebeu que eles existiam em pares, mas que nenhum deles poderia ser seu par, pois o ser humano é qualitativamente superior a todos os demais seres criados (Gn 2:21, 22). Assim, Eva, o último ser criado naquela semana, veio completar Adão como “carne de sua carne e osso dos seus ossos” (Gn 2:23). Unicamente dois seres que fossem diferentes, mas iguais poderiam se tornar uma só carne.

Ideia central 2: No que diz respeito ao casamento, a ordem dos fatores realmente altera o produto. Segundo a Bíblia, o correto é: (1) homem e mulher deixarem a casa paterna, tendo independência e maturidade suficiente para isso, (2) unirem-se pelo casamento e (3) se tornarem uma só carne (união sexual). Jesus enfatizou isso em Marcos 10:7-9. Qualquer alteração dessa ordem frequentemente traz problemas. A manutenção de um bom casamento vai depender da mútua submissão em amor (Ef 5:22-25), semelhante à nossa submissão voluntária ao Senhor, em reconhecimento ao amor dEle por nós. O esposo deve amar a esposa a ponto de, se preciso, dar a vida por ela. E a esposa deve respeitar esse marido amoroso, comprometido e consagrado. Uma união dessa natureza merece toda proteção possível, para que os pensamentos e sentimentos de ambos sempre permaneçam puros e voltados um para o outro. Jesus advertiu quanto a isso em Mateus 5:27-30.

Para refletir

1. Como já vimos, o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. O que essa imagem nos revela sobre o fato de termos sido criados como seres relacionais?
2. Por que unicamente homem e mulher podem se tornar “uma só carne”, de acordo com o plano de Deus?
3. No que diz respeito ao casamento, qual é a ordem correta dos eventos relacionados a ele?
4. Como promover a manutenção de um bom casamento?

Programa Em Busca das Origens

Frutas e vegetais deixam jovens mais calmos e felizes

Um novo estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, sugere que comer frutas e vegetais deixa os jovens calmos, mais felizes e com mais energia para as tarefas diárias. Os pesquisadores Tamlin Conner e Bonnie White, do Departamento de Psicologia, e Caroline Horwath, do Departamento de Nutrição Humana, investigaram a relação entre as emoções diárias e o consumo de alimentos. O estudo foi publicado [...] no British Journal of Health Psychology. Um total de 281 pessoas na faixa dos 20 anos fizeram um diário alimentar na internet durante 21 dias consecutivos junto com um ranking de como se sentiam usando adjetivos positivos ou negativos. Antes disso, preencheram um questionário com detalhes de idade, sexo, etnia, peso e altura. Aqueles com histórico de distúrbios alimentares foram excluídos. [Continue lendo.]

Como a coruja consegue girar a cabeça 270º?

Cientistas da Universidade de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto os “segredos” por trás da capacidade das corujas de girar a cabeça quase totalmente no corpo - até 270º, segundo o estudo. Usando tomografia computadorizada, angiografia e outras técnicas clínicas, os pesquisadores analisaram a anatomia de 12 corujas. Foram descobertas grandes adaptações biológicas [sic] que permitem que o animal não se machuque ao girar a cabeça. As adaptações estão ligadas à estrutura óssea e à rede de vasos sanguíneos dos animais, segundo o estudo, publicado nesta sexta-feira (1º) na renomada revista Science. Vasos sanguíneos na base da cabeça das corujas, logo abaixo da mandíbula, possuem espessura considerável conforme avançam no sistema circulatório, alguns chegando a ser bem grossos, e mantêm essa estrutura mesmo quando o animal gira a cabeça, diz o estudo. [Continue lendo.]

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Jesus, provedor e mantenedor (esboço em vídeo)

Leia o comentário aqui.

Abelhas e flores se comunicam por sinais elétricos

Abelhas e flores se comunicam usando sinais elétricos, aponta um novo estudo feito pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, e publicado na edição online da revista Science nesta quinta-feira (21). Pela primeira vez, uma pesquisa mostrou que as flores emitem impulsos elétricos – equivalente a um sinal de neon – aos insetos polinizadores, como as abelhas, que são capazes de distingui-los de outros campos e encontrar as reservas de pólen e néctar. Esse “poder de publicidade” das flores atua em conjunto com outras formas de atração delas, como as cores vivas e a fragrância que elas exalam, destaca o professor Daniel Robert, da Faculdade de Ciências Biológicas de Bristol, que participou do estudo, liderado por Dominic Clarke.

De acordo com os autores, as plantas têm geralmente uma carga negativa e emitem fracos campos elétricos. Já as abelhas são carregadas positivamente – até 200 volts – enquanto voam. Nenhuma faísca é produzida quando ambas se encontram, mas uma pequena força elétrica se acumula e é capaz de transmitir informações entre as duas partes.

Ao pôr eletrodos nas hastes de petúnias (Petunia integrifolia), os cientistas observaram que, quando uma abelha pousa, o potencial elétrico das flores muda e permanece assim por alguns minutos.

Além disso, esses insetos conseguem diferenciar melhor duas cores quando os sinais das plantas estão disponíveis. Os animais também são capazes de registrar os mínimos detalhes dos campos elétricos das flores, como seus níveis, padrões e estruturas. Isso tudo parece melhorar a memória das abelhas e as ajuda a lembrar da localização das flores ricas em néctar.

A forma como esses insetos detectam os campos elétricos ainda não é conhecida pelos pesquisadores, mas eles acreditam que os pelos delas se arrepiam com a força eletrostática, da mesma forma que faz o cabelo humano em frente a uma televisão antiga.

Segundo Robert, a coevolução de abelhas e flores tem uma longa e benéfica história. Por isso, não é de todo surpreendente que a ciência ainda esteja descobrindo quão sofisticada é essa comunicação.


Nota: À medida que lia o texto, minha estranheza aumentava pelo fato de não encontrar a palavra “evolução”. Mas o último parágrafo lançou por terra minha surpresa. Eles tinham que providenciar uma “explicação” evolutiva mirabolante! Coevolução?! Quer dizer que abelhas e flores evoluíram independentemente para serem capazes de interagir com essa sofisticada forma de comunicação? Perdoe-me, mas não tenho tanta fé para crer nisso.[MB]

Consumo de carne prejudica vida na Terra

Os habitantes do mundo rico deveriam tornar-se “semitarianos” – ou seja, comerem a metade da quantidade de carne à qual estão acostumados, sem precisarem abrir mão totalmente dela –, para evitar causar danos graves ao meio ambiente. A recomendação é de cientistas que apresentaram o quadro mais claro até agora de como as práticas agropecuaristas estão destruindo o mundo natural. Os cientistas disseram que o escândalo da carne de cavalo trouxe à tona o lado sombrio de nosso desejo por carne, que alimentou um comércio de animais de corte não documentados e refeições prontas de preço baixo e rótulos enganosos. “Existe risco para a cadeia alimentar”, comentou o professor Mark Sutton, que cunhou o termo “semitariano” e é o autor principal de um estudo da Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) publicado na segunda-feira (18). “Agora é um bom momento para conversar com as pessoas sobre esse assunto.” [Continue lendo.

Software revela padrão secreto no livro do Gênesis

No que parece mais o enredo de uma novela de Dan Brown, cientistas conseguiram encontrar um “padrão secreto” em um dos textos mais estudados do mundo: o livro Gênesis, da Bíblia. O feito coube a Gordon Rugg (Universidade Keele - UK) e David Musgrave (Universidade Amridge - EUA). A dupla criou um programa de análise de textos, chamado Visualizador de Buscas, que representa o texto completo como uma grade, onde cada quadrado representa uma palavra. As palavras que estão sendo procuradas no texto são representadas como quadrados coloridos. “Nosso novo método para visualização de textos significa que um livro inteiro pode ser representado em uma única página A4, permitindo que você veja padrões muito facilmente. Ele oferece uma forma simples e rápida para que os pesquisadores identifiquem padrões, ou vejam quais de suas ideias podem ser pistas falsas, o que é uma informação importante para pesquisadores lidando com textos grandes”, disse Rugg.

A surpresa veio quando os pesquisadores resolveram procurar pelas palavras “vida” e “morte” no livro do Gênesis. O visualizador de buscas mostrou um padrão literário que permaneceu escondido dos estudiosos até hoje. A ferramenta revelou uma técnica conhecida como escalonamento, que faz um “sanduíche” de um tema entre duas menções de outro tema. Essa técnica é muito usada hoje pela mídia, quando as más notícias são intercaladas entre duas notícias boas.

A nova análise do Gênesis revelou um padrão muito claro de escalonamento de duas palavras-chave – “vida” e “morte”. Os versículos de abertura e fechamento do Gênesis contém menções frequentes à vida, enquanto menções à morte somente são encontrados em versículos centrais. “Se isso foi feito consciente ou inconscientemente, provavelmente permanecerá um mistério, embora as razões possíveis para o padrão podem ser suavizar as mensagens negativas da morte, ou talvez justapor vida e morte para um maior impacto”, disse Rugg.

Enquanto os teólogos se preparam para debater a questão, outras buscas de mistérios podem ser feitas por qualquer interessado. A ferramenta de visualização de buscas foi disponibilizada online, no endereço www.searchvisualizer.com.

“Bola de fogo” é vista no céu da Grande Vitória

Uma “bola de fogo” no céu da Grande Vitória deixou capixabas perplexos na manhã desta quarta-feira (20). O fenômeno deixou um rastro por onde passou. Várias pessoas presenciaram a cena, que virou um dos assuntos mais comentados das redes sociais nesta quarta. Segundo o professor do Departamento de Física da Ufes e também diretor técnico científico do planetário, Sérgio Bisch, trata-se de um possível pequeno meteoro.

Sérgio afirmou que a queda de meteoros é um fenômeno natural que ocorre todos os dias, mas em proporções variadas. “Todos os dias se ficarmos observando o céu, vamos ver a queda de pequenos meteoros. Entretanto, esse que caiu hoje tem um tamanho considerável, para ter chamado a atenção de tanta gente”, disse

A bola de fogo foi vista de vários bairros de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e ainda de outros pontos do Estado.


Nota: O meteoro que caiu na Rússia na semana passada (conferir aqui) era maior do que anunciado pela Academia de Ciências da Rússia. Segundo estimativas, ele deveria ter cerca de dez toneladas. Um novo cálculo da NASA sugere que possa ter sido mil vezes mais pesado. “Meu palpite é que alguém olhou os vídeos e fez um palpite”, disse Margaret Campbell-Brown, professor associado do departamento de física e astronomia da Universidade de Western Ontario. “Esse evento foi muito maior do que qualquer coisa que já tenhamos visto em vídeo; não me surpreende que o palpite estava fora por três ordens de magnitude.”

Essa estimativa pobre ressalta a assustadora tarefa que os cientistas enfrentam hoje: enquanto o programa da NASA para Objetos Próximos à Terra atualmente monitora cerca de dez mil objetos nos céus, há muito mais objetos menores que são simplesmente muito pequenos para ser acompanhados. Não importa se eles têm dez toneladas ou dez mil toneladas – é praticamente impossível segui-los com a tecnologia atual.


Leia também: "Após'bola de fogo', suposto meteorito cai na região de Manguinhos, na Serra"

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

O Cético está de volta!

Depois de um tempo de ausência, O Cético está de volta, agora com novo visual e acompanhado de novos personagens que passarão a fazer parte das tirinhas. O Cético você já conhece – é um jornalista que se recusa a aceitar “verdades prontas” e faz o que todo bom jornalista deve fazer: pergunta, questiona, analisa, critica. Ele sabe que, às vezes, para crer é preciso duvidar, e que o verdadeiro ceticismo é aquele que duvida até de si mesmo. Seus novos companheiros de tirinhas são Ateumo, um filósofo ateu, e o Dr. Darwilino, um cientista agnóstico. Daqui para frente, os três terão boas conversas e debates intrigantes.

Os criadores desses personagens são o jornalista Michelson Borges e o ilustrador Thiago Lobo. Conheça um pouco sobre eles e sobre como a tirinha foi concebida.

Thiago de Passos Lobo nasceu em 19 de janeiro de 1982, na cidade de Osasco, em São Paulo. Aos seis anos de idade, já mostrava interesse pela arte. Autodidata, desenvolveu e aprendeu as técnicas necessárias para o ofício. Teve seu primeiro trabalho publicado aos 17 anos. E de lá para cá não parou mais. Publicou em algumas editoras nacionais e internacionais. Trabalhou como freelance por alguns anos para a Casa Publicadora Brasileira (editora adventista), até ser convidado a fazer parte da equipe de ilustradores da editora. Aqui ele conta como começou a trabalhar com a tirinha do Cético:

“Já faz um tempinho que queria trabalhar com tiras (peraí! Nunca quis ser policial). Explico: tiras são pequenas histórias em quadrinhos feitas, na maioria das vezes, para jornal. Mas nunca fui muito bom com as palavras (me refiro ao texto para quadrinhos). Cheguei a criar, ainda na juventude, um personagem que não teve muito tempo de vida... Acabou sumindo com o passar dos anos. Certo dia, fui a uma reunião tratar de um assunto referente à cenografia que faríamos (um amigo e eu) para a programação de uma escola de educação especial, em Tatuí. Cheguei um pouco cedo. O Michelson estava lá e começamos a conversar sobre a nona arte (quadrinhos). A certa altura da conversa, ele me disse: ‘Seria legal ter uma tirinha no blog’ (o blog dele). E eu respondi: ‘Que legal! Você vai desenhar?’ (perguntei, esperando ele propor uma parceria.) E não é que propôs? Então prosseguimos com a concepção da tirinha ali mesmo, na calçada, em frente ao Conservatório Musical de Tatuí.

“‘O que você acha deste nome, Lobo: O Cético?’, perguntou o Michelson, já explicando o conceito do personagem. ‘Muito bom!’, respondi.

“No outro dia, mostrei para ele o primeiro desenho que fiz do personagem. Detalhe: ele foi inspirado no Michelson (quando ele tinha mais cabelo, claro). No dia em que conversamos pela primeira vez sobre o Cético, o Michelson estava com um blazer marrom como o que fiz para o Cético. E acabou parecendo um pouco com ele (lógico que tirando o nariz um pouco grande do Cético, rsrsr).

“Acabei desenvolvendo um estilo diferente de outras criações, não fiz pesquisa antes, foi tudo muito espontâneo. Comecei a rabiscar e... Zasss! Estava pronto. Mostrei o primeiro rafe pro Michelson e ele aprovou de cara. O Cético nasceu.

“Agradeço a Deus a oportunidade de poder trabalhar com o Michelson, um cara nota 10! E espero através desse trabalho mostrar ao mundo dos céticos que Deus existe.”

Michelson Borges nasceu em 2 de março de 1972, na cidade de Criciúma, SC. Foi alfabetizado lendo livros de ciência (especialmente sobre dinossauros) e histórias em quadrinhos do Fantasma, que seu pai colecionava. Antes mesmo de aprender a escrever já rabiscava super-heróis e monstros pré-históricos nos cadernos de desenho que seus pais lhe davam todos os meses.

Estudou química no ensino médio, mas gostava mesmo era de escrever, ilustrar e editar um jornalzinho do colégio. Foi ali que descobriu um forte concorrente para sua veia artística: o jornalismo. Prestou vestibular e cursou Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal de Santa Catarina. Sobreviveu em Florianópolis em grande parte graças aos “bicos” que fazia como desenhista.

Depois de formado, trabalhou algum tempo como professor e como editor e apresentador de um jornal diário na rádio Novo Tempo de Florianópolis. De lá, foi chamado para trabalhar como editor na Casa Publicadora Brasileira, onde teve alguns livros publicados. Certo dia, lhe ocorreu a ideia de criar um personagem por meio do qual pudesse criticar o falso ceticismo, que seleciona o objeto da dúvida. Aqui ele conta como foi a gestação do personagem:

“Certa vez, li que as coincidências são os pequenos milagres de Deus nos quais Ele prefere permanecer oculto. A criação do Cético creio ter sido um desses ‘acasos’ providenciais. Marcamos uma reunião para organizar o programa especial de uma escola de educação especial em Tatuí. Enquanto aguardávamos para entrar no auditório Conservatório Musical, o Lobo e eu começamos a conversar sobre desenho e quadrinhos. Foi então que partilhei com ele uma ideia que não me saía da cabeça, mas que eu estava com preguiça de colocar no papel, pois teria que desenhar e estou muito enferrujado nessa área. Descrevi o personagem para ele e então a ideia me veio como um ‘estalo mental’. ‘Por que não convidar o Lobo para ilustrar o personagem? Sei lá... Ele é muito ocupado. Desenha para a Casa Publicadora Brasileira, dá aulas de desenho... Não creio que poderá aceitar o convite. Mas não custa tentar’, pensei. Lancei a ideia e não é que ele aceitou? O Lobo me disse que fazia tempo que queria se envolver num projeto voluntário como esse e que tão logo lhe fosse possível me apresentaria uns rafes do personagem. A reunião acabou não acontecendo naquela noite, mas, em compensação, o Cético nasceu ali, naquela conversa na calçada.

“Poucos dias depois, o Lobo já estava com o personagem pronto. Quando observei os esboços na folha de papel, percebi que tinha alguma coisa a ver comigo. Talvez o nariz. Não sei...

“Gostei do personagem. O ar alegre e simpático ajuda a contrabalançar seu lado crítico e o ar desconfiado. Espero que você goste dele como nós.”


Semana que vem, tem tirinha nova.