quinta-feira, maio 31, 2012

Como os planetas conseguem manter suas órbitas?

Você já se perguntou como é que a Terra se mantém em uma órbita estável em torno do Sol? Quer dizer, a atração gravitacional fica mais forte quando nos aproximamos do Sol, e se o Sol puxa a Terra, ela deveria ser atraída com uma força cada vez maior, até cair nele. Mas a gente está aqui, então deve ter alguma coisa mais nesse “rolo”, já que a Terra não está caindo no Sol. A razão é que quando a Terra fica um pouco mais próxima do Sol, a atração é maior, mas isso também faz com que a velocidade com que a Terra está fique maior, e ela acaba “escapando” para um ponto mais distante, onde a atração também é menor, e então recomeça tudo novamente. A parte incrível é que a força de atração e a velocidade estão em perfeito equilíbrio, o que faz com que a Terra permaneça em sua órbita, da mesma forma que uma pedrinha fica estável dentro de uma bacia. Esse equilíbrio é muito especial: ele depende do potencial gravitacional efetivo e do número de dimensões do Universo. De fato, ele só é possível em um universo 3D. Isto mesmo, órbitas estáveis só existem em universos tridimensionais. De fato, se houvesse mais dimensões, a força da gravidade iria crescer muito, mais do que o crescimento da velocidade, e não seria possível escapar dela, e a Terra cairia no Sol. Se houvesse menos dimensões, então a força da gravidade não seria suficiente para manter um corpo em órbita, que se perderia então no espaço.


Nota: Mais uma vez fica evidente o princípio antrópico – parece que o Universo já sabia que iríamos chegar e está perfeitamente desenhado para manter a vida. Outra coisa: se a Terra tem os alegados bilhões de anos, como explicar sua estabilidade orbital durante todo esse tempo enorme?[MB]

Como a música está mudando seu cérebro

Quem nunca aprendeu uma daquelas musiquinhas para ajudar a lembrar de algo importante que atire a primeira pedra! Sejam elas elementos químicos ou fórmulas para o vestibular, preposições obrigatórias de algum idioma ou qualquer outra informação necessária, ou mesmo uma canção pop, quem já não teve alguma música martelando em sua cabeça, mesmo contra sua vontade? Já se perguntou a que se deve isso? Os cientistas, sim. Segundo o médico Charles Limb, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, as canções penetram em sistemas fundamentais de nosso cérebro, que são sensíveis à melodia e às batidas, e exercitam nosso cérebro de maneira única. “Existe evidência suficiente para dizer que a experiência musical muda nosso cérebro”, afirma o cientista estadunidense. “Ela permite que você pense de maneira diferente e treina várias habilidades cognitivas não relacionadas à música.”

Não importa. Sejam canções do AC/DC, do Bee Gees ou peças do Rachmaninoff, é fácil ter fragmentos delas que se repetem incessantemente por algum período determinado, mesmo que a música não seja do seu agrado. Essa repetição “chiclete” é conhecida por earworm, termo utilizado pela primeira vez em 1980, em tradução literal do alemão ohrwurm, como afirma o neurologista Oliver Sacks, no livro Alucinações Musicais. A repetição indica que a música entra e subverte parte do cérebro, forçando-o a disparar a música de maneira repetitiva e autônoma.

De acordo com o psicólogo e neurocientista canadense Daniel Levitin, da Universidade McGill, em Quebec, no Canadá, os fragmentos – e não as músicas inteiras – que ficam em nossas cabeças são simples, tanto melodicamente quanto ritmicamente. Mas, em casos extremos, essas músicas chicletes podem ser ruins para o dia a dia de alguns de nós. Algumas pessoas não conseguem trabalhar, dormir ou sequer se concentrar, porque as músicas os impedem. Por isso, precisam tomar ansiolíticos, que relaxam os circuitos neurais presos na repetição.

Vale ressaltar também que esse efeito chiclete é antigo. Cientistas acreditam que a música é, de alguma maneira, uma adaptação evolucionária que ajudou os ancestrais humanos. [Tava demorando para apelarem para a teoria-explica-tudo...]

E tem o fato de que ela induz sentimentos, também. Certas músicas são associadas com a lembrança de alguém, ou uma emoção, ou até um estado de espírito. Basta lembrar-se de casos de esportistas que escutam músicas animadas ou agitadas minutos antes de suas competições. Quer fazer um teste? Tente levantar cedo e escutar uma música bem animada. Sua disposição será diferente.


Nota: Está mais do que provado que a música tem efeitos interessantes sobre o cérebro. Por isso mesmo, o estilo musical deve ser alvo de escolha consciente.[MB]

Cosmologia do século 20

Bola de fogo intriga peruanos


Clique aqui para assistir ao vídeo.

quarta-feira, maio 30, 2012

Terremotos na Itália agravam a crise

A Itália aumentou o imposto sobre a gasolina para ajudar a pagar os danos de um terremoto que assolou o norte do país enquanto os sobreviventes abalados acordavam nesta quarta-feira em uma paisagem de galpões destruídos e fábricas em ruínas. Durante a noite, 14 mil pessoas dormiram em tendas, abrigos ou carros fora de suas casas destruídas e mais de 60 tremores secundários sacudiram a área ao redor da cidade de Modena, na região de Emilia Romagna.  Algumas pessoas que não foram designadas a um abrigo pelas unidades de proteção civil tiveram de viajar longa distância, como para Verona, a 100 quilômetros, para comprar tendas.

A maioria das 17 vítimas conhecidas morreu sob os escombros, enquanto estavam no trabalho quando um tremor de magnitude 5,8 atingiu o país logo após às 4h (horário de Brasília) na terça-feira, o segundo terremoto forte a atingir a região em nove dias.
Os moradores de uma das regiões mais produtivas da Itália, dominada pelo vale fértil do rio Pó, agora estão divididos entre o medo de mais tremores e o receio de perder seus empregos no país que enfrenta uma recessão. [...]

O governo Mario Monti, que já impôs medidas de austeridade para evitar uma crise da dívida, informou que estava elevando impostos especiais sobre a gasolina em 2 centavos por litro para financiar a ajuda ao terremoto. Restrições nacionais nos gastos sobre autoridades locais também serão suspensas para as cidades atingidas pelo terremoto. [...]

“Nós tínhamos colocado os trabalhadores em um regime de demissão temporária, mas estávamos trabalhando para fazer as coisas voltarem a funcionar”, disse Stefano Rimondi, presidente-executivo da Bellco, do lado de fora de sua fábrica biomédica danificada. “Esse plano já não existe mais. Este é um grande golpe para nós, mas também para o setor.” [...]

A associação empresarial italiana Confindustria disse que os dois terremotos, que juntos mataram mais de 20 pessoas, terão um impacto prolongado, somando-se a uma recessão já profunda na terceira maior economia da zona do euro. A associação de agricultores Coldiretti estima que os danos ao setor agrícola atingirão € 500 milhões.

“É um desastre total. Muitas pessoas aqui já estavam sob um regime de demissão temporária por causa da crise. Agora tudo parou e não sabemos quando as coisas vão começar de novo”, disse Alex, de 32 anos, que trabalha em uma fábrica de cerâmica perto de San Felice sul Panaro, outra cidade muito afetada. [...]

O ministro do Meio Ambiente, Corrado Clini, afirmou que a Itália deve aprender as lições do fato de que o tremor tinha atingido uma região que era considerada de risco sísmico relativamente baixo.


Nota: A crise econômica, por si só, já está motivando mudanças comportamentais e até alterações em feriados religiosos. Segundo as profecias bíblicas relacionadas com a volta de Jesus, as catástrofes aumentarão cada vez mais. Isso significa que a crise tende a se aprofundar, obrigando a tomada de decisões drásticas. Como já disse em outra postagem, essa crise (assim como a crise ambiental) poderá justificar muitas medidas arbitrárias e que acabarão violando a liberdade de credo de certas minorias, em favor do “bem coletivo”.[MB]


Assista ao programa especial Sinais do Fim.

“Zumbis” a serviço de Satanás

Sábado passado, um crime chocou os habitantes de Miami: um homem devorou parte do rosto de outro, em plena luz do dia. Segundo reportagem do portal Terra, o canibal estaria sob efeito de uma droga nova. Mas seria apenas esse o motivo? Algumas drogas podem deixar a mente do usuário tão fragilizada que ficaria mais suscetível à possessão demoníaca. Casos semelhantes a esse de Miami mostram pessoas com força sobre-humana. Daí a possibilidade de possessão. Neste link do jornal Miami Herald, está a reportagem completa (em inglês) e um vídeo com a prisão do canibal.

O leitor Gustavo Fontanella aponta outro detalhe curioso: além de o crime ter sido cometido com sol a pino, foi num sábado. Seria coincidência? Curiosamente, rituais de magia negra costumam ser realizados, também, nas horas do sábado (sexta-feira à noite). “O inimigo gosta de desafiar e ofender a Deus, e qual o melhor dia para fazer isso, senão no dia sagrado?”, pergunta Fontanella.

Foram necessários vários tiros para abater o agressor. Esses dois fatos – canibalismo e resistência aos tiros – fazem-nos lembrar dos zumbis, que, infelizmente, andam “na moda”, graças a filmes, seriados de TV, quadrinhos e videogames.

Fontanella conclui: “Deus Pai, Jesus e os profetas estavam certos. Não quero mais viver neste lugar; está ficando assustador! Corram para as colinas!”

Fortes terremotos atingem Itália e Ilhas Fiji

Ao que tudo indica, 2012 verá outro recorde ser quebrado: o do número de terremotos de média e grande magnitude. No ano passado, segundo acompanhamento de centros de pesquisa, a quantidade de terremotos destrutivos já havia deixado preocupadas as autoridades. E 2012? Nem chegamos à metade do ano e a quantidade de terremotos já assusta. Só para recordar alguns: no dia 2 de abril, um terremoto de magnitude 6,3 sacudiu a capital do México (assim como aconteceu também no dia 21 de março); na madrugada do mesmo dia 2 de abril, quatro tremores de terra assustaram os moradores de Montes Claros, MG; no dia 11 de abril, foi a Indonésia que sofreu o impacto de um forte terremoto de 8,6 graus; no dia 28 de maio, a Argentina foi sacudida por um tremor de intensidade 6,4; nesta semana, foi a vez da Itália e das Ilhas Fiji.

Pelo menos 15 pessoas morreram e quatro estão desaparecidas após dois fortes terremotos, de magnitudes 5,8 e 5,6, terem atingido nesta terça-feira (29) a região da Emilia Romagna, nonorte da Itália, em um intervalo de menos de quatro horas, segundo a Defesa Civil. Além dos mortos, há feridos, e várias cidades registraram danos significativos à infraestrutura.

Segundo autoridades regionais, outras cinco mil pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas, 4.500 delas apenas na região de Modena, próximo ao epicentro. Várias pessoas já estavam vivendo em acampamentos na região, atingida por outro forte tremor em 20 de maio.

No dia 15 de maio, um forte terremoto de magnitude 7,2 atingiu a região das Ilhas Fiji, no Pacífico Sul. O epicentro foi localizado a uma profundidade de 593 quilômetros, a 421 quilômetros de Tonga.

São notícias tristes, não resta dúvida, mas, pelo menos, apontam para uma esperança. Há cerca de dois mil anos, Jesus previu essa situação geológica e a associou à segunda vinda dEle. Ele disse: “Se levantará nação contra nação, e reino contra reino. Haverá terremotos em diversos lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores” (Marcos 18:8).

terça-feira, maio 29, 2012

Solo de regiões superpovoadas da China está afundando

Densas áreas da China que somam um total de 79 mil quilômetros quadrados, o equivalente à ilha da Irlanda, estão afundando progressivamente devido a diminuição das águas subterrâneas, unida em muitos casos à construção excessiva de arranha-céus, segundo um estudo oficial. O estudo, publicado [no dia 30/4] pelo China Daily, destaca que o delta do rio Yang Tsé (onde está Xangai), a planície da norte da China (Pequim se encontra em seu extremo setentrional) e a bacia dos rios Fen e Wei, no centro do país, são as zonas com maiores riscos. Segundo a pesquisa, dirigida pelo Instituto Geológico da China, nessas áreas há mais de 50 cidades cujo nível agora é pelo menos 20 centímetros inferior ao de 30 anos (e algumas superam os dois metros).


Nota: “Sabemos que toda a criação geme e sofre como dores de parto até ao presente dia” (Romanos 8:22).

Inglaterra pós-cristã regressa ao paganismo

O regresso ao paganismo da cada vez mais pós-cristã Inglaterra está contando com o apoio do Estado. A nova roupagem dada ao ocultismo por meio de filmes como “Harry Potter” está desenvolvendo os frutos planejados. Quanto tempo até terem início os sacrifícios humanos à moda antiga e o uso de prostitutas nos respectivos templos pagãos? (Pensando melhor, uma vez que por lá se realizam mais de 200 mil abortos todos os anos, os sacrifícios humanos já estão em operação.) Pela primeira vez, o paganismo foi incluído no currículo da educação religiosa oficial. O Cornwall Council disse às suas escolas que as crenças pagãs, que incluem a bruxaria, o druidismo e a adoração de deuses antigos como Thor, deveriam ser ensinadas lado a lado com o cristianismo, o judaísmo e o islã.

Esses requerimentos estão delineados num currículo acordado pelo grupo consultivo de Cornwall. Ele diz que, a partir dos cinco anos de idade, as crianças deveriam começar a aprender mais sobre pedras erigidas, como Stonehenge. Aos 11 anos de idade, os alunos podem começar a explorar “o paganismo moderno [que é ‘moderno’ só no nome, visto ser virtualmente idêntico ao paganismo antigo] e a sua importância para muitos residentes em Cornwall”.

Os secularistas ateus devem estar bastante contentes com esse “progresso”. Cada vez se torna mais aparente que a consequência de sua campanha contra o cristianismo, levada a cabo durante os últimos dois séculos, vai resultar numa escolha entre o islã e a selvageria levada a cabo por pagãos seminus.

Uma vez que o próprio conceito de progresso está intrinsecamente baseado na ideia cristã de leis naturais – provenientes do Criador racional – que podem ser entendidas por meio da razão e da observação, não deve ser surpreendente que o abandono do cristianismo não tenha como consequência o progresso secular, mas, sim, o regresso pagão.

Atualmente, os ingleses já são presenteados com sacrifícios humanos feitos pelos bárbaros importados (“crimes de honra”). Mas a menos que a tendência religiosa seja revertida por um reavivamento cristão, o próximo século verá os bárbaros locais a reavivar seus antigos e sanguinários costumes pagãos.

Nova técnica de mapear informação do DNA

Um novo método foi desenvolvido para mapear os locais exatos nos quais o DNA foi marcado com um grupo de hidroxila. A molécula de hidrogênio-oxigênio, como o grupo de metila ao qual está ligada, influencia a expressão do gene e assim ajuda os organismos a se adaptar. A adaptação das espécies às pressões ambientais pareceria como evidência óbvia a favor da evolução. Mas em anos recentes nós começamos a entender a enorme complexidade da adaptação. Não é uma história da seleção natural agindo sobre variações biológicas não dirigidas (isto é, variações que são cegas às pressões ambientais). Esse tipo de processo não dirigido tem sido o dogma evolucionário desde o século passado. No que era conhecido como Síntese Moderna, a adaptação biológica era descrita como resultante das variações cegas, por exemplo, a partir do rearranjos genéticos ou mutações não guiadas. Agora, graças à evolução nós estamos agora começando a entender a versão verdadeira da adaptação biológica. O que nós estamos vendo é uma máquina de adaptação incrivelmente complexa que ajusta os designs dos organismos em resposta às pressões ambientais. [Leia mais]

segunda-feira, maio 28, 2012

Defeito em cromossomo sexual está ligado a câncer

Pela primeira vez, uma pesquisa mostrou que alterações em um dos cromossomos sexuais podem elevar o risco de câncer de intestino. Segundo o estudo, que foi publicado nesta segunda-feira na revista Nature Genetics, pessoas com essa doença são mais propensas a apresentar um defeito no cromossomo X que reduz os níveis de um gene associado ao bom desenvolvimento das células. De acordo com os autores da pesquisa, essas descobertas podem ajudar a entender o motivo pelo qual o câncer de intestino atinge mais o sexo masculino do que o feminino. Eles explicam que, como as mulheres têm duas cópias do cromossomo X, a que não apresenta o defeito e que, portanto, tem função normal, pode mascarar a outra que leva a mutação. Diferentemente dos homens, que apresentam somente uma cópia do cromossomo e que, portanto, não tem uma 'cópia reserva' para mascarar o defeito.

Esse trabalho foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Pesquisa em Câncer do Reino Unido e das universidades de Oxford e de Edimburgo. Com base em cinco estudos anteriores sobre genética e câncer de intestino, eles buscaram descobrir novas alterações no código genético que pudessem elevar o risco de câncer de intestino. Antes dessa pesquisa, quase 20 variantes no genoma humano já haviam sido associadas à doença.
A equipe descobriu que pessoas com câncer de intestino tendem a ter um defeito na região do cromossomo X que leva a menores níveis de um gene chamado SHROOM2. Esse gene controla o desenvolvimento das células, garantindo que elas cresçam e adquiram forma correta. Alterações nesse mesmo gene já foram associadas a outros cânceres anteriormente.
"Essa é a primeira vez em que um estudo demonstra que defeitos em um dos cromossomos sexuais estão relacionados a um câncer que pode atingir os dois sexos. Essas descobertas podem nos ajudar e entender as diferenças da doença entre homens e mulheres, além de identificar os indivíduos que correm mais risco de terem câncer de intestino", diz Richard Houlston, um dos autores da pesquisa.

(Veja)

Nota: Perguntar não ofende: Se apenas um defeito num cromossomo reduz os níveis de um gene associado ao bom desenvolvimento das células, como esse gene “surgiu”? E antes de surgir, o que impedia o mau desenvolvimento das células? E o que dizer dos outros tantos genes cuja complexidade específica e irredutível seria necessária desde sua origem, caso contrário a vida estaria fadada à extinção?[MB]

Leia também: “Deus Se revela” (especialmente a parte relacionada com o gene homeobox) e “O gene homeobox” (tirinha)

Problemas com a Árvore da Vida evolucionária

Este artigo discute problemas com a Árvore da Vida evolucionária que você não aprendeu em aulas de Biologia 

Se apenas os evolucionistas dissessem ao mundo o que eles dizem entre si... Na mídia popular, nos livros detalhados sobre a evolução e nos livros-texto [de Biologia do ensino médio], uma frente unificada é apresentada: a evolução é um fato assim como é a gravidade ou a esfericidade da Terra. Seria perverso e irracional concluir o contrário. A evidência científica a favor da evolução é esmagadora. Não existem problemas científicos substancias com a evolução, apenas questões científicas sobre detalhes. Simplificando, sabemos que a evolução ocorreu, apenas não sabemos como ocorreu. Mas, nas entranhas das bibliotecas acadêmicas, as publicações de pesquisas altamente técnicas contam uma história diferente. As evidências científicas a que os evolucionistas geralmente se reportam como confirmando tão fortemente a evolução, na verdade, não confirmam. Sim, existem evidências que são consistentes com a evolução, mas também há muitas evidências que não são. Na verdade, há muitas evidências que argumentam contra a evolução. Isso é evidente nas muitas predições fundamentais feitas pela evolução que falharam. Há uma incompatibilidade escancarada entre as altas afirmações dos evolucionistas e a ciência verdadeira. 

Por exemplo, eis o que a introdução de um artigo disse sobre a árvore evolucionária: 

“A sequência do genoma é um ícone da Biologia do início do século 21. Genomas de aproximadamente dois mil organismos celulares, de muitos milhares de organelas e vírus, estão agora no domínio público... Ao mesmo tempo, ninguém só pode ficar maravilhado pela diversidade de genomas, tanto por todo o mundo vivo e, em muitos casos, dentro dos gêneros ou espécies. [...] Talvez o mais inesperado de tudo seja a dissociação substancial, agora conhecida na maioria, embora não todos, dos ramos de vida organismal, entre as histórias filogenéticas de famílias de genes individuais e o que geralmente tem sido aceito ser a história dos genomas e/ou suas linhagens celulares ou de hospedeiros organismais. O paradigma da árvore da vida consolidado no Origem das Espécies, de Darwin (1859), mas ele mesmo surgindo de uma tradição de história natural mais antiga, parece emergir, provavelmente, se de algum modo, da era do multigenoma, muito mais restrito em escopo, e sujeito a muito mais qualificações do que poderia ter sido antecipado há uma dúzia de anos.” 

A dissociação discutida acima diz respeito às muitas inconsistências entre as tradicionais árvores da vida evolucionárias, como determinado das características visíveis da espécie, e as árvores evolucionárias determinadas a partir de novíssimos dados genéticos. Na verdade, não somente há uma dissociação entre os dados visíveis e genéticos, há inconsistências substanciais dentro de cada grupo. 

Na verdade, é impossível construir uma verdadeira árvore evolucionária usando todos os dados. Os evolucionistas rotineiramente constroem árvores evolucionárias usando um subconjunto de dados seletos, mais cooperativo. E até mesmo assim as árvores resultantes são irreais. Isto é, elas requerem mudança evolucionária para a qual não existe nenhum mecanismo conhecido. Isso é verdade até mesmo de acordo com os evolucionistas que são bem liberais em permitir a especulação. 

O problema é que as espécies podem ser semelhantes em alguns aspectos, mas não em outros. Assim, espécies vizinhas na árvore evolucionária podem ter muitas semelhanças, mas em muitos casos elas têm algumas grandes diferenças, que a teoria evolucionista não pode explicar além de vaga especulação. 

Os autores do artigo concluem: “O crescimento rápido de dados de sequenciamento de genoma desde a metade dos anos 1990 está fornecendo agora detalhe inédito da base genética da vida, e não surpreendentemente está catalisando a reavaliação mais fundamental das origens e da evolução desde o tempo de Darwin. Diversos artigos nesta questão temática argumentam que a árvore da vida de Darwin é mais bem vista agora como uma aproximação – uma bem adequada como a descrição de algumas partes do mundo vivo (e.g. eucariotos morfologicamente complexos), mas menos exitosa em outras partes (e.g. vírus e muitos procariotos); na verdade, um de nossos autores vai além, proclamando o ‘fim’ da árvore de Darwin como uma hipótese sobre a diversidade, e aparente naturalidade dos arranjos hierárquicos de grupos de organismos vivos.” 

Os autores do artigo são evolucionistas e por isso são testemunhas solidárias. Eles acreditam que a evolução é verdadeira, mas, mesmo assim, eles devem admitir que a árvore evolucionária tem problemas. Até eles admitem que a árvore evolucionária seja passé, ou pelo menos sujeita a muitas qualificações, restrita em escopo e, na melhor das hipóteses, uma aproximação. 

Entre a introdução e a conclusão, há muitos detalhes interessantes. Por exemplo, o artigo discute um exemplo particular de espécie em que a árvore evolucionária “não parece ser muito útil, ou até especialmente significativa”. E no artigo os autores mencionam modelos alternativos como um anel, rede ou outra topologia. 

Para ter certeza, os autores veem muito valor no modelo tradicional de árvore evolucionária. Mas os autores do artigo destacam o fato de que esse modelo tradicional de árvore evolucionária é, bem, apenas isso – um modelo. Na verdade, o artigo é um exame breve, não discute os diversos problemas com o modelo de árvore. Por exemplo, o artigo dá a entender que as espécies eucarióticas se encaixam bem no modelo de árvore evolucionária. Isso não é verdade. Há muitas contradições para se contornar, inclusive nos eucariotos. 

E assim, se o modelo de árvore evolucionária é apenas um modelo, com muitas dificuldades que não são incomuns com modelos científicos, então onde isso deixa as altas afirmações dos evolucionistas na mídia popular, em livros detalhados sobre a evolução, e nos livros didáticos, de que a evolução é um fato – esmagadoramente apoiado pela ciência? 

Há um vasto abismo entre a ciência e as afirmações de verdade que fazem os evolucionistas. Aqui consideramos a árvore evolucionária, mas a história é a mesma nas outras evidências a favor da evolução. Várias vezes, há as altas afirmações dos evolucionistas, e depois há a ciência. 

Sempre que uma teoria é apresentada em uma luz inexata, a ciência perde. Os cientistas perdem a confiança do público, e os estudantes perdem a oportunidade de aprender a ciência verdadeira. 

(Cornelius Hunter)

Nota do blog Desafiando a NomenklaturaCientífica: “É esse estado de colapso, falência epistêmica que é discutido intramuros e nas publicações científicas de acesso limitado, que nossos alunos do ensino médio e até do superior desconhecem completamente. Alguém viu Francisco Salzano, Sergio Danilo Pena, Carlos F. M. Menck, Catarina Satie Takahashi, Darcy Fontoura de Almeida, Fausto Foresti, Guilherme Kurtz, Henrique Krieger, Horacio Schneider, Mara Hutz, Paula Schneider, Roberto Giugliani, Samuel Goldenberg, Sergio Olavo Pinto da Costa, Vera Valente Gaiesky, que assinaram aquela
carta ‘denunciando’ o Prof. Dr. Marcos Nogueira Eberlin, se posicionarem a favor da verdade encontrada nas evidências de que Darwin está heuristicamente falido? Alguém viu Nélio Bizzo, fazer o mesmo? Aprendi na universidade que a ciência é a busca da verdade. Quer dizer então que a Nomenklatura científica tupiniquim está em descompasso com a verdade das evidências dessas pesquisas veiculadas nas melhores publicações científicas? Eles não podem alegar desconhecimento da falência heurística do darwinismo, pois há uma década este blogger tem acesso às mesmas publicações científicas que têm esses luminares científicos tupiniquins. Não abordar a questão pública e civilmente é FLAGRANTE DESONESTIDADE ACADÊMICA! Quem se sentir ofendido, que me processe por danos morais!” 

Homens e mulheres em decadência

Aos 13 anos, Alice virou três doses de pinga de uma vez, para parecer mais velha e descolada na frente dos amigos. Não largou mais a muleta da bebida alcoólica. Aos 56 anos, Manoel bebeu quase três litros de cachaça após perder o emprego e brigar com a mulher. Naquele porre, acredita, firmou o longo casamento com a dependência química. Ela tão nova, ele na meia-idade. Ambos exemplificam o padrão nocivo de uso de álcool que acaba de ser detectado por uma pesquisa financiada pela Organização Mundial de Saúde. O estudo, chamado Megacity – feito nas Américas e na Europa – foi realizado no Brasil em parceria com o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Foram ouvidos 5.037 adultos da região metropolitana de São Paulo. Os recortes dos dados nacionais sobre dependência de álcool em homens e mulheres foram antecipados com exclusividade ao iG Saúde e revelam percursos diferentes do vício na comparação dos gêneros.

“Enquanto no sexo feminino o maior índice de uso abusivo e de dependência de álcool está na faixa-etária mais jovem (até 24 anos), no recorte masculino essa maioria apareceu mais tarde, após os45”, afirma Camila Magalhães Silveira, autora do estudo no País e coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).

A diferença, inesperada pelos pesquisadores, mostra uma mudança no comportamento da população dependente, já que há duas décadas a maior parte dos abusadores homens também era concentrada em uma fase mais precoce. No passado, pontuam os especialistas, para cada cinco usuários problemáticos de álcool existia uma mulher na mesma condição. Atualmente, mostra o estudo, a razão comparativa é de 1 para 1. Elas já bebem tanto quanto eles, mas concentradas em fases distintas.

Alice, 23 anos, acumula mais de 120 meses de uso descontrolado “de toda e qualquer coisa alcoólica”, está no grupo de 6% de mulheres que antes mesmo dos 25 já apresentam problemas de saúde graves motivados pela bebida. O índice é mais do que o dobro do identificado entre as com mais de 45 anos – nesta parcela a taxa soma 2,9%.

No sexo masculino, entretanto, a curva é inversa. Os jovens com menos de 25 anos que apresentam as sequelas do consumo exagerado de cerveja, destilados e vinho somam 11,1%, contra 27,6% entre os que já completaram ou passaram dos 45 aniversários (16,5 pontos porcentuais a mais).


Homens pagam por curso de sedução

Nada de orações para Santo Antônio ou simpatias com lingerie vermelha. Para sair do zero a zero no Dia dos Namorados, homens investem de R$ 1,2 mil a R$ 3 mil em um curso que promete transformá-los em “artistas da sedução”.  No Rio de Janeiro, uma consultoria especializada no assunto oferece aulas práticas em boates, com direito a dicas por SMS, para desencalhar os solteiros. A famosa “conversa fiada” dos homens para atrair as mulheres foi profissionalizada pelo inglês Richard la Ruina, que criou o método da “Arte Natural da sedução”. A teoria é ensinada em livros, DVDs e na consultoria PUA Training. Mas os professores explicam que a consultoria não tem interesse em criar homens “pegadores”, mas sim “sedutores”.

“Os homens que procuram o curso de sedução são dos mais variados tipos, mas todos têm em comum a insatisfação com a vida amorosa. O curso ensina linguagem corporal, técnicas de conversação, dicas de moda, tudo para o cara se sentir confiante em abordar pessoas desconhecidas e evoluir para um relacionamento”, explica Fernando Mello, 35 anos, diretor-executivo da PUA Training, no Brasil. [...]

Apesar de parecer algo inusitado, para os professores o curso é assunto sério. Em 20 horas, os alunos assistem a palestras de médico e sexólogo sobre comportamento, autoestima, técnicas de sociabilidade, entre outras. Nas aulas, uma modelo de corpo escultural faz o papel do alvo na boate. Com ela, os homens exercitam como deve ser o “chega mais” para conquistar um placar favorável na balada.

Após duas aulas, os homens colocam o aprendizado em prática em boates da Zona Sul e da Barra da Tijuca, sempre supervisionados pelos “instrutores de sedução”.  No último dia de curso, os discípulos têm uma missão ainda mais curiosa - abordar mulheres em shoppings centers e em outros lugares improváveis, como cafeterias e filas de banco.

Na noite, os mestres se disfarçam de amigos dos alunos para acompanhar de perto o desenvolvimento dos aspirantes a sedutores. Os “estudantes” são divididos em grupos e têm a missão de abordar diversas garotas e sair ao menos com um contato telefônico ou Facebook de alguma delas. Para que não se perceba que é um treinamento, os professores adotam códigos e enviam SMS para os alunos com dicas e orientações.

Quando o mestre pedir para o aluno melhorar o “kino”, significa para o rapaz atacar o alvo [sic] com toques em áreas como pescoço, braço e cintura. Mudar o set, indica procurar outro grupo de meninas para abordar. [...]


Nota: Meninas se embriagando cada vez mais e mais cedo, e homens tratando mulheres como “alvo” e o namoro como técnica de sedução. Para quem duvida que este mundo está em franca decadência, eis aí mais duas evidências.[MB]

Terremoto sacode a região norte da Argentina

Um terremoto de magnitude 6,4 na escala Richter sacudiu nesta segunda-feira, 28, parte da região norte da Argentina, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. O abalo foi registrado às 2h07 (horário de Brasília), com epicentro a 589 quilômetros de profundidade, a uma distância de 52 quilômetros da localidade de Anatuya, em Santiago del Estero, cerca de 800 quilômetros a noroeste de Buenos Aires. Ainda não se sabe se o tremor causou danos pessoais ou materiais.

domingo, maio 27, 2012

Crise é “maior insegurança econômica em décadas”

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, afirmou nesta quarta-feira que a atual crise econômica é “a pior insegurança econômica das últimas décadas”, podendo ser a maior desde a crise econômica provocada pela queda da bolsa de Nova York, em 1929. Em palestra aos formandos da universidade Harvard, a mais tradicional dos Estados Unidos e considerada a melhor do mundo, a chefe da instituição alertou sobre as altas taxas de desemprego. “A geração de vocês terá que enfrentar a pior insegurança econômica das últimas décadas, talvez desde a Grande Depressão. Basta observar alguns sinais. A incapacidade de 75 milhões de jovens para encontrar um trabalho sério. O aumento das desigualdades que estão gerando tensões no pacto que une nossas sociedades. O medo que o motor da economia mundial não esteja à altura como foi possível no passado.”

Lagarde lamentou que o mundo não possa dar melhor herança aos jovens que saem das universidades americanas. “Agora é o momento para que vocês invistam no seu talento, sua determinação e seu idealismo para poder superar essas dificuldades.”

As taxas de desemprego nos Estados Unidos são maiores entre os jovens. Segundo dados do governo americano, a taxa é de 4,3% para formados em carreiras com quatro ou mais anos de duração, enquanto chega a 6,8% para cursos de menor tempo de estudo. O grupo é a metade da população sem trabalho do país.


Livro prova: o diabo é o pai do rock

O que Sammy Davis Junior e Jayne Mansfield têm em comum? Acredite: o talentosíssimo ator-cantor-dançarino e a “sex symbol” eram satanistas. Isso está em Lucifer Rising – Sin, Devil Worship and Rock’n’Roll (em tradução livre: Pecado, Adoração ao Diabo e Rock’n’Roll), livro do inglês Gavin Baddeley que acabei de ler. Não saiu no Brasil, mas é escrito num inglês descomplicado e bem acessível. O livro conta a história do satanismo e sua influência na cultura pop. Não tenta converter ninguém, apenas relata como a figura do “Diabo” surgiu e se popularizou por meio da música e do cinema. Baddeley faz um breve histórico do satanismo desde o Velho Testamento, traça perfis de figuras importantes do movimento, como o ocultista Aleister Crowley e o famoso Anton La Vey, líder da Igreja de Satã, e relata como o rock se apropriou da figura do “coisa ruim”. A maior parte do livro é dedicada a explicar como o Diabo e o rock se tornaram unha e carne.

O autor fala de antigos “bluesmen” como Robert Johnson, que supostamente vendeu sua alma ao tinhoso numa encruzilhada (e relatou a história na clássica “Crossroads”), conta o fascínio que bandas dos anos 60 como Black Sabbath, Led Zeppelin e Stones tinham pelo ocultismo e chega aos grupos de black metal noruegueses que queimavam igrejas nos anos 90.

Muita coisa no livro foi novidade para mim. Não conhecia bandas como Coven e Black Widow, que faziam rock satanista nos anos 60 e 70 e nunca tinha ouvido falar do Black Arts Festival, considerado o “Woodstock de Satã”, um festival de rock que deveria ter acontecido em 1969, nos Estados Unidos, mas que acabou proibido pela polícia.

Baddeley incluiu entrevistas que fez com figuras como o próprio La Vey, o cineasta Kenneth Anger e músicos como Glenn Danzig, Glen Benton (Deicide), Genesis P-Orridge (Psychic TV) e Count Grishnackh (Varg Vikernes), da banda norueguesa Mayhem, um satanista fanático que assassinou o colega Euronymous.

(André Barcinski, Folha.com)

Nota: Cada vez me convenço mais de que o rock (e estilos musicais assemelhados), quando usados para “louvar” a Deus, causam uma terrível mistura entre o sagrado e o profano, desonrando, na verdade, o nome de Deus. Leia o artigo “O poder da música” para conhecer mais detalhadamente as nuances de um tema que tem gerado acaloradas discussões no meio cristão.[MB]

sexta-feira, maio 25, 2012

Reaviva-se um estilo

A ideia toma corpo em minha vida. Por inúmeras vezes eu fiz o tradicional “Ano Bíblico”. Porém, ler a Bíblia, um capítulo por dia, tem sido um achado. Pode parecer estranho ouvir isso de um pastor, mas a bênção é grande e intransferível. O projeto “Reavivados por Sua Palavra” nos desafia não somente a ler, mas a estudar o texto bíblico, remoer o tema em oração, e, depois, postar uma síntese em 140 toques na rede social do Twitter. A experiência é agregadora. Primeiro, porque ao ler um trecho mais curto, você é levado a refletir sobre o tema. Dessa forma, detalhes se realçam e contextos se interconectam. A segunda parte é complemento da primeira, porque ao escrever uma síntese, o tema é fixado na mente. Antes de compartilhar o texto, busco na oração uma ideia, um formato, uma abordagem, uma bênção.

Percebo que a rede de “reavivados” aumenta dia a dia. Pela manhã, tem sido motivador retuitar as contribuições de líderes que chegam na timeline. De Manaus a Brasília, passando por Belém, Recife, Maceió, Salvador, Tatuí, São Paulo, o “plantão” cresce e alcança Buenos Aires, Lima e Quito. Assim, a corrente do Twitter se agiganta, reavivando um estilo de vida adventista. Sermos conhecidos como o “Povo da Bíblia” já era um privilégio. Todavia, no contexto do reavivamento e reforma, estudar a Palavra se torna um imperativo no tempo do fim.

Aproveite as ferramentas tecnológicas e dê novo significado ao seu relacionamento com Deus. Reavivados por Sua Palavra. É sua dose diária de fé. Experimente. Não há contraindicação. Abraço!

(Jael Eneas, diretor de Desenvolvimento Espiritual e pastor do Unasp, campus Hortolândia, SP)

Nota: Clique aqui e saiba mais sobre o projeto “Bíblia em Tweets”. Que tal criar uma conta no Twitter e acompanhar e fortalecer esse “fenômeno” virtual que tem implicações bem reais na vida?[MB]

Se humanos escrevem em código genético, isso é DI?

[DI = design inteligente] Cientistas estão começando a usar o DNA para escrever código de computador. Eles se imaginam como designers de um sistema. E o que isso implica sobre o código genético natural? Isso é “totalmente radical”, anunciou um comunicado à imprensa: “Cientistas do Departamento de Bio-engenharia da Universidade Stanford elaboraram um método para repetidamente codificar, armazenar e apagar dados digitais dentro do DNA de células vivas.” Após três anos de trabalho e 750 tentativas, eles descobriram um modo de criar e apagar código digital usando as moléculas do DNA. Eles não estão usando as bases A-G-C-T que o código genético natural usa para armazenar informação. Em vez disso, eles usaram um modo pelo qual uma porção do DNA aponta como o equivalente de um bit: um modo indica o número 1, e o outro indica o 0 (zero). É RAD(ical) porque eles deram este nome: Recombinase Addressable Data (RAD). Isso oferece o poder de usar o DNA como uma memória não volátil e um “interruptor” molecular para ligar as proteínas fluorescentes nos micróbios. 

Esse trabalho, todavia, envolve uma sobreposição consistente e coerente com o código genético natural. Primeiro, os cientistas estão usando micróbios vivos. Em segundo lugar, eles planejam usá-lo para engenharia biológica. Terceiro, eles acreditam que o trabalho deles “pode impactar nosso entendimento de/e interação com a vida”. Um pesquisador afirmou: “A armazenagem de dados programáveis dentro do DNA de células vivas parece ser uma ferramenta incrivelmente poderosa para estudar o câncer, o envelhecimento, desenvolvimento organismal e até o ambiente natural.” 

Além disso, o artigo original no PNAS 1 fala de material genético como um “meio natural de armazenagem de dados”. O novo sistema deles opera em conjunção com o código genético natural e pode sobreviver a 100 divisões celulares; em outras palavras, é um código artificial trabalhando junto com o código natural. 

Isso leva a uma pergunta totalmente radical: Se um pesquisador sem presciência dessa tecnologia examinasse um micróbio usando-a, ele ou ela não estaria justificado em inferir que uma causa inteligente desempenhou um papel na sua origem? Se é assim, qual a diferença em inferior uma causa inteligente para a origem do “código genético natural”, uma vez que isso também envolve a codificação e armazenamento de informação funcional? 

(Evolution News & Views, 22 de maio de 2012, Permalink, via Desafiando a Nomenklatura Científica)

Referência:

1. Bonnet, Substoontorn and Endy, “Rewritable digital data storage in live cells viaengineered control of recombination directionality”, PNAS May 21, 2012, doi: 10.1073/pnas.1202344109 (open access). 

quinta-feira, maio 24, 2012

Por que o darwinismo é falso (parte 3 de 3)

Biogeografia - Argumentos teológicos também são proeminentes no Origem das Espécies. Por exemplo, Darwin argumentou que a distribuição geográfica das coisas vivas não fazia sentido se as espécies tivessem sido criadas separadamente, mas faria sentido no contexto de sua teoria. Casos como “a presença de espécie peculiar de morcegos em ilhas oceânicas e a ausência de todos os demais mamíferos terrestres”, Darwin escreveu, “são fatos completamente inexplicáveis na teoria de atos independentes de criação.” Em particular: “Por que, pode ser perguntado, tem a suposta força criadora produzido morcegos e nenhum dos outros mamíferos nas ilhas remotas?” Segundo Darwin, “no meu ponto de vista, essa questão pode ser facilmente respondida, pois nenhum mamífero terrestre pode ser transportado por um espaço vasto de mar, mas os morcegos podem cruzar voando.”[34] 

Mas Darwin sabia que a migração não pode explicar todos os padrões de distribuição geográfica. Ele escreveu no Origem das Espécies que “a identidade de muitas plantas e animais, nos cumes das montanhas, separadas umas das outras por centenas de quilômetros de planícies, onde as espécies alpinas, possivelmente, não poderiam existir, é um dos casos mais surpreendentes conhecido de mesma espécie vivendo em pontos distantes sem a aparente possibilidade de elas terem migrado de um ponto para o outro”. Darwin argumentou que uma idade do gelo recente “oferece uma simples explicação desses fatos”. Plantas e animais do Ártico que estivessem “quase que naquela ocasião” poderiam ter crescido em toda parte na Europa e América do Norte, mas, “quando o calor retornou plenamente, as mesmas espécies, que então tinham vivido juntas nas planícies europeias e norte-americanas, novamente seriam encontradas nas regiões árticas do Velho e do Novo Mundo, e em muitos cumes de montanhas isoladas bem distantes umas das outras”.[35] 

Assim, alguns casos de distribuição geográfica podem não ser devido à migração, mas à divisão de uma população antes grande e bem distribuída em pequenas populações isoladas – que os biólogos modernos chamam de “vicariância”. Darwin argumentou que todas as distribuições modernas das espécies podiam ser explicadas por essas duas possibilidades. Mas há muitos casos de distribuição geográfica que nem a migração e nem a vicariância parecem ser capazes de explicar. 

Um exemplo é a distribuição mundial de aves que não voam, ou as “ratites”. Inclusos estão os avestruzes na África, as siriemas na América do Sul, emas e casuares na Austrália, e kiwis na Nova Zelândia. Uma vez que essas aves não voam, explicações baseadas na migração sobre vastas distâncias oceânicas são implausíveis. Depois que a deriva continental foi descoberta no século 20, pensou-se que as diversas populações poderiam ter se separado com as massas terrestres. Mas os avestruzes e kiwis são por demais recentes; os continentes já tinham se separado quando essas espécies se originaram. Assim, nem a migração nem a vicariância explicam a biogeografia dos ratites.[36] 

Outro exemplo são os caranguejos de água doce. Estudados intensivamente pelo biólogo italiano Giuseppe Colosi nos anos 1920, esses animais completam seu ciclo de vida exclusivamente em hábitats de água doce e são incapazes de sobreviver à exposição prolongada à água salgada. Hoje, muitas espécies muito semelhantes são encontradas em lagos e rios amplamente separados na América Central e do Sul, África, Madagascar, Europa meridional, Índia, Ásia e Austrália. As evidências fóssil e molecular indicam que esses animais se originaram muito depois de os continentes terem se separados, assim, sua distribuição é inconsistente com a hipótese de vicariância. Alguns biólogos especulam que os caranguejos podem ter migrado por “transporte transoceânico” em troncos ocos, mas isso parece improvável dada a incapacidade deles em tolerar água salgada. Assim, nem a vicariância, tampouco a migração fornecem uma explicação convincente para a biogeografia desses animais.[37] 

Uma explicação alternativa foi sugerida na metade do século 20 por Léon Croizat, biólogo francês que cresceu na Itália. Croizat descobriu que a teoria de Darwin “parecia não concordar de jeito nenhum com certos aspectos de fatos importantes da natureza”, especialmente os fatos de biogeografia. Na verdade, ele concluiu, “por ora, o darwinismo é apenas uma camisa de força... um odre totalmente decrépito para guardar vinho novo”. Croizat não argumentou a favor de atos de criação independentes; em vez disso, ele propôs que em muitos casos uma espécie primitiva amplamente dispersa se dividiu em fragmentos, depois seus remanescentes evoluíram em novas espécies em localidades paralelas, separadas, que eram extraordinariamente semelhantes. Croizat chamou esse processo de evolução paralela de “ortogênese”. Os neodarwinistas, como Ernst Mayr, todavia, salientaram que não existe mecanismo para ortogênese, o que implica – contrário ao darwinismo – que a evolução é guiada em certas direções; por isso eles rejeitaram a hipótese de Croizat.[38] 

Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne (igual a Darwin) atribui a biogeografia de ilhas oceânicas à migração, e outras determinadas distribuições à vicariância. Mas Coyne (diferente de Darwin) reconhece que esses dois processos não podem explicar tudo. Por exemplo, a anatomia interna dos mamíferos marsupiais é tão diferente da anatomia interna dos mamíferos placentários que os dois grupos são considerados como tendo se separado há muito tempo. Mas existem esquilos marsupiais voadores, tamanduás e toupeiras na Austrália que extraordinariamente aparentam esquilos voadores placentários, tamanduás e toupeiras em outros continentes, e essas formas de vida se originaram muito depois de os continentes terem se separado. 

Coyne atribuiu as semelhanças a “um processo muito conhecido chamado evolução convergente”. Segundo Coyne, “é realmente bem simples. As espécies que vivem em hábitats semelhantes experimentarão pressões de seleção semelhantes de seu ambiente, de modo que elas podem evoluir adaptações semelhantes, ou convergir vindo a parecer e se comportar de modo muito parecido, muito embora elas não sejam relacionadas”. Coloque junto a ancestralidade comum, a seleção natural e a origem das espécies (“especiação”), “adicione o fato que as áreas distantes do mundo podem ter hábitats semelhantes, e você tem a evolução convergente – e uma explicação simples de um importante padrão geográfico”.[39] 

Isso não é o mesmo que a “ortogênese” de Croizat pela qual as populações de uma espécie, após se tornarem separadas das demais, evoluem paralelamente devido a alguma força diretiva interna. Segundo a “evolução convergente” de Coyne, os organismos que são fundamentalmente diferentes uns dos outros evoluem através da seleção natural para se tornar superficialmente semelhantes porque eles habitam ambientes semelhantes. O mecanismo para ortogênese é interno, enquanto o mecanismo para convergência é externo. Todavia, nos dois casos, o mecanismo é crucial: sem ele, a ortogênese e a convergência são palavras que simplesmente descrevem padrões biogeográficos, e não explicações de como surgiram esses padrões. 

Assim, a mesma pergunta pode ser feita sobre a convergência que foi feita à ortogênese: Qual é a evidência para o mecanismo proposto? De acordo com Coyne, o mecanismo de convergência envolve a seleção natural e a especiação. 

Seleção e especiação 

Coyne escreveu que Darwin “tinha pequena evidência direta para a seleção agindo em populações naturais”. Na verdade, Darwin não tinha evidência direta de seleção natural; o melhor que ele pôde fazer no Origem das Espécies foi “dar uma ou duas ilustrações imaginárias”. Somente um século mais tarde, Bernard Kettlewell forneceu o que ele chamou de “a evidência perdida de Darwin” para a seleção natural – uma mudança na proporção de mariposas salpicadas claras e escuras que Kettlewell atribuiu a camuflagem e predação por aves.[40] 

Desde então, os biólogos têm descoberto várias evidências diretas de seleção natural. Coyne descreveu algumas delas, inclusive um aumento mediano na profundidade dos bicos dos tentilhões das Ilhas Galápagos, e uma mudança no tempo de floração em plantas selvagens de mostarda no sul da Califórnia – os dois casos devido à seca. Como Darwin, Coyne também compara a seleção natural com a seleção artificial usadas em cruzamento de plantas e animais. 

Mas esses exemplos de seleção – natural bem como artificial – envolvem somente pequenas mudanças dentro das espécies existentes. Os criadores de animais estavam familiarizados com tais mudanças antes de 1859, e é por isso que Darwin não escreveu um livro intitulado Como Espécies Existentes Mudam ao Longo do Tempo; ele escreveu um livro intitulado Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural. “Darwin chamou sua grande obra de Origem das Espécies”, escreveu o biólogo evolucionista de Harvard, Ernst Mayr, em 1982, “porque ele estava plenamente consciente do fato de que a mudança de uma espécie em outra era o problema mais fundamental da evolução.” Mas Mayr tinha escrito anteriormente: “Darwin falhou em resolver o problema indicado pelo título de sua obra.” Em 1997, o biólogo evolucionista Keith Stewart Thomson escreveu: “Uma questão de tarefa inacabada para os biólogos é a identificação da prova/evidência indisputável da evolução”, e “a prova/evidência indisputável da evolução é a especiação, não é adaptação local e diferenciação de populações.” Antes de Darwin, o consenso era de que as espécies podiam variar somente dentro de certos limites; na verdade, séculos de seleção artificial tinham, aparentemente, demonstrado experimentalmente tais limites. “Darwin tinha que demonstrar que os limites podiam ser quebrados”, escreveu Thomson, “e nós também.”[41] 

Em 2004, Coyne e H. Allen Orr publicaram um livro detalhado intitulado Speciation [Especiação], no qual eles salientaram que os biólogos não tinham sido capazes de concordar sobre uma definição de “espécie” porque nenhuma única definição serve para todos os casos. Por exemplo, uma definição aplicável a organismos vivos, sexualmente reprodutores pode não fazer sentido algum quando aplicada a fósseis ou bactérias. Na verdade, existem mais do que 25 definições de “espécie”. Qual definição é a melhor? Coyne e Orr argumentaram que, “quando for decidir sobre um conceito de espécie, alguém deve primeiro identificar a natureza do ‘problema de espécie’ e depois escolher o conceito que melhor resolve aquele problema”. Como a maioria dos demais darwinistas, Coyne e Orr favorecem o “conceito biológico de espécie” [Biological Species Concept – BSC] de Ernst Mayr, pois, conforme esse conceito, “espécies são grupos de populações naturais que podem se cruzar e que são isoladas reprodutivamente de outros grupos”. Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne explica que o conceito biológico de espécie é “aquele que os evolucionistas preferem quando estudam a especiação, porque leva qualquer um ao cerne da questão evolucionária. Sob o BSC, se alguém puder explicar como as barreiras reprodutivas evoluíram, esse alguém explicou a origem das espécies”.[42] 

Teoricamente, as barreiras reprodutivas surgem quando as populações geograficamente separadas divergem geneticamente. Mas Coyne descreve cinco “casos de especiação ocorrendo na hora” e que envolvem um mecanismo diferente: a duplicação de cromossomo, ou “poliploidia”.[43] Isso geralmente acontece após a hibridização entre duas espécies de plantas existentes. A maioria dos híbridos é estéril porque seus cromossomos incompatíveis não podem se separar apropriadamente a fim de produzir pólen fértil e ovários; ocasionalmente, contudo, os cromossomos em um híbrido duplicam espontaneamente, produzindo dois pares perfeitamente combináveis e tornando possível a reprodução. O resultado é uma planta fértil reprodutivamente isolada dos dois progenitores – uma nova espécie, conforme o BSC. 

Mas a especiação por poliploidia (“especiação secundária”) tem sido observada somente em plantas. Isso não fornece evidência a favor da teoria de Darwin de que as espécies se originam através da seleção natural, e nem para a teoria neodarwinista de especiação pela separação geográfica e divergência genética. Na verdade, segundo o biólogo evolucionista Douglas J. Futuyma, a poliploidia “não concede novas e importantes características morfológicas... [e] nem causa a evolução de novos gêneros” ou níveis mais altos na hierarquia biológica.[44] 

Desse modo, a especiação secundária não resolve o problema de Darwin. Somente a especiação primária – a divisão de uma espécie em duas através da seleção natural – seria capaz de produzir o padrão de árvore ramificada da evolução darwinista. Mas ninguém tem observado a especiação primária. A prova/evidência indisputável da evolução nunca foi encontrada.[45] 

Ou será que a prova/evidência indisputável da evolução foi encontrada? 

Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne afirma que a especiação primária foi observada em um experimento noticiado em 1998. Curiosamente, Coyne não mencionou isso no livro de 2004, que ele escreveu junto com Orr, mas seu relato disso em 2009 vale a pena ser citado com todas as letras: 

“Nós até podemos ver a origem de uma nova espécie ecologicamente diversa de bactéria, tudo dentro de um único frasco de laboratório. Paul Rainey e seus colegas da Universidade Oxford colocaram uma cepa da bactéria Pseudomonas fluorescens em um pequeno frasco contendo caldo nutriente, e simplesmente observaram. (É surpreendente, mas verdadeiro que tal frasco contém realmente diversos ambientes. A concentração de oxigênio, por exemplo, é mais alta no topo e mais baixa no fundo.) Dentro de dez dias – não mais do que algumas centenas de gerações –, o ancestral das bactérias ‘lisas’ flutuando livremente tinha evoluído em duas formas adicionais ocupando partes diferentes da proveta. Uma, chamada de ‘espalhadora de rugas’, formou um tapete em cima do caldo. A outra, chamada de ‘espalhadora difusa’, formou um tapete no fundo. O tipo de ancestral liso persistiu no ambiente líquido no meio da proveta. Cada uma das duas novas formas era geneticamente diferente do ancestral, tendo evoluído através da mutação e seleção natural para se reproduzir melhor em seus respectivos ambientes. Aqui, então, não é somente a evolução, mas a especiação ocorrendo no laboratório: a forma ancestral produziu e coexistiu com dois descendentes ecologicamente diferentes, e nas bactérias tais formas são consideradas espécies distintas. Após um curto período de tempo, a seleção natural na Pseudomonas produziu uma ‘radiação adaptativa’ em pequena escala, o equivalente de como os animais ou plantas formam espécies quando eles encontram novos ambientes numa ilha oceânica.”[46] 

Mas Coyne omite o fato de que quando as formas ecologicamente diferentes foram colocadas de volta no mesmo ambiente, elas “sofreram uma rápida perda de diversidade”, segundo Rainey. Nas bactérias, uma população distinta ecologicamente (chamada de “ecotipo”) pode, sim, se constituir numa espécie separada, mas somente se a distinção for permanente. Como o microbiologista evolucionista Frederick Cohan escreveu em 2002, espécies nas bactérias “são ecologicamente distintas uma das outras; e elas são irreversivelmente separadas”.[47] A reversão rápida de distinções ecológicas quando as populações bacterianas no experimento de Rainey foram colocadas de volta no mesmo ambiente refuta a afirmação de Coyne de que o experimento demonstrara a origem de uma nova espécie. 

Exagerar a evidência para promover o darwinismo não é coisa nova. No caso dos tentilhões de Galápagos, a profundidade média dos bicos reverteu ao normal após a seca. Não houve evolução qua evolução, muito menos especiação. Mesmo assim, Coyne escreveu em seu livro Why Evolution Is True que “tudo que nós exigimos da evolução por seleção natural foi amplamente documentado” pelas pesquisas dos tentilhões. Uma vez que as teorias científicas permanecem ou caem devido à evidência, a tendência de Coyne exagerar a evidência não é coisa boa para a teoria que ele está defendendo. Quando um livreto publicado em 1999 pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos chamou a mudança de bicos dos tentilhões de “um exemplo particularmente convincente de especiação”, o professor de Direito de Berkeley e crítico de Darwin Phillip E. Johnson escreveu no The Wall Street Journal: “Quando nossos principais cientistas têm que recorrer ao tipo de distorção que colocaria um corretor da Bolsa na cadeia, você sabe que eles estão em dificuldades.”[48] 

Então, existem instâncias observadas de especiação secundária – que não é o que o darwinismo precisa –, mas nenhuma instância observada de especiação primária, nem mesmo em bactérias. O bacteriologista britânico Alan H. Linton procurou relatos de confirmação de especiação primária e concluiu, em 2001: “Não existe nenhuma na literatura afirmando que uma espécie foi demonstrada como tendo evoluído em outra espécie. As bactérias, a forma de vida independente mais simples de todas, são ideais para esse tipo de pesquisa, com tempos de geração de vinte a trinta minutos, e as populações são alcançadas após dezoito horas. Mas, por 150 anos de ciência de bacteriologia, não existe nenhuma evidência de que uma espécie de bactéria se transformou em outra espécie.”[49]

Conclusões 

Darwin chamou seu livro Origem das Espécies de “um longo argumento” para sua teoria, mas Jerry Coyne nos deu um longo blefe. O livro Why Evolution Is True tenta defender a evolução darwinista pelo rearranjo do registro fóssil; pela deturpação do desenvolvimento dos embriões vertebrados; por ignorar a evidência para a funcionalidade dos alegados órgãos vestigiais e o DNA não codificante, e depois promover o darwinismo com argumentos teológicos sobre “design ruim”, por atribuir alguns padrões biogeográficos para convergência devido a supostos processos “bem conhecidos” de seleção natural e de especiação; e depois exagerar a evidência a favor da seleção e especiação e fazer parecer que elas pudessem realizar o que o darwinismo exige delas. 

A evidência concreta revela que as principais características do registro fóssil são embaraçosas para a evolução darwinista; que o desenvolvimento embrionário inicial é mais consistente com origens separadas do que com ancestralidade comum; que o DNA não codificante é plenamente funcional, e contrário às predições neodarwinistas; e que a seleção natural não pode realizar nada mais a não ser seleção artificial – o que significa dizer mudanças mínimas dentro das espécies existentes. 

Diante de tal evidência, qualquer outra teoria científica teria sido, provavelmente, abandonada há muito tempo. Julgado pelos critérios normais da ciência empírica, o Darwinismo é falso. Ele permanece, apesar da evidência, e o entusiasmo de Darwin e seus seguidores em defendê-lo com argumentos teológicos sobre a criação e design sugere que sua permanência não tem nada a ver com a ciência.[50] 

Apesar disso, os estudantes de biologia podem achar útil o livro de Coyne. Considerando-se a informação exata e a liberdade de exercer o pensamento crítico, os estudantes podem aprender do livro Why Evolution Is True como os darwinistas manipulam a evidência e a misturam com teologia a fim de reciclar uma teoria falsa que já deveria ter sido descartada há muito tempo. 

Notas: 

34. Darwin, The Origin of Espécies, Chapters XIII (p. 347-352) and XV (p. 419). Disponível online (2009) aqui.
35. Darwin, The Origin of Espécies, Chapters XII (p. 330-332). Disponível online (2009) aqui.
36. Alan Cooper, et al., C. Mourer-Chauviré, C. K. Chambers, A. von Haeseler, A. C. Wilson & S. Paabo, “Independent origins of New Zealand moas and kiwis”, Proceedings of the National Academy of Sciences USA 89 (1992): 8741-8744. Disponível online (2008) aqui. Oliver Haddrath & Allan J. Baker, “Complete mitochondrial DNA genome sequences of extinct birds: ratite phylogenetics and the vicariance biogeografia hypothesis”, Proceedings of the Royal Society of London B 268 (2001): 939-945. John Harshman, E. L. Braun, M. J. Braun, C. J. Huddleston, R. C. K. Bowie, J. L. Chojnowski, S. J. Hackett, K. L. Han, R. T. Kimball, B. D. Marks, K. J. Miglia, W. S. Moore, S. Reddy, F. H. Sheldon, D. W. Steadman, S. J. Steppan, C. C. Witt & T. Yuri, “Phylogenomic evidence for multiple losses of flight in ratite birds”, Proceedings of the National Academy of Sciences USA 105 (2008): 13462-13467. Abstract disponível online (2008) aqui. Giuseppe Sermonti, “L’evoluzione in Italia - La via torinese / How Evolution Came to Italy - The Turin Connection”, Rivista di Biologia/Biology Forum 94 (2001): 5-12. Disponível online (2008) aqui.
37. Giuseppe Colosi, “La distribuzione geografica dei Potamonidae”, Rivista di Biologia 3 (1921): 294-301. Disponível online (2009) aqui. Savel R. Daniels, N. Cumberlidge, M. Pérez-Losada, S. A. E. Marijnissen & K. A. Crandall, “Evolution of Afrotropical freshwater crab lineages obscured by morphological convergence”, Molecular Phylogenetics and Evolution 40 (2006): 227-235. Disponível online (2009) aqui. R. von Sternberg, N. Cumberlidge & G. Rodriguez, “On the marine sister groups of the freshwater crabs (Crustacea: Decapoda: Brachyura)”, Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 37 (1999): 19-38. Darren C. J. Yeo, et al., “Global diversity of crabs (Crustacea: Decapoda: Brachyura) in freshwater”, Hydrobiology 595 (2008): 275-286.
38. Léon Croizat, Space, Time, Form: The Biological Synthesis. Publicado pelo autor (Deventer, Netherlands: N. V. Drukkerij Salland, 1962), p. iii. Robin C. Craw, “Léon Croizat’s Biogeographic Work: A Personal Appreciation”, Tuatara 27:1 (August 1984): 8-13. Disponível online (2009) aqui. John R. Grehan, “Evolution By Law: Croizat’s ‘Orthogeny’ and Darwin’s ‘Laws of Growth’”, Tuatara 27:1 (August 1984): 14-19. Disponível online (2009) aqui. Carmen Colacino, “Léon Croizat’s Biogeography and Macroevolution or... ‘Out of Nothing, Nothing Comes’”, The Philippine Scientist 34 (1997): 73-88. Ernst Mayr, The Growth of Biological Thought (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1982), p. 529-530.
39. Coyne, Why Evolution Is True, p. 92-94. 
40. Coyne, Why Evolution Is True, p. 116. Darwin, The Origin of Species, Capítulo IV (p. 70). Disponível online (2009) aqui. H. B. D. Kettlewell, “Darwin’s Missing Evidence”, Scientific American 200 (March, 1959): 48-53. 
41. Ernst Mayr, The Growth of Biological Thought (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1982), p. 403. Ernst Mayr, Populations, Species and Evolution (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1963), p. 10. Keith Stewart Thomson, “Natural Selection and Evolution’s Smoking Gun”, American Scientist 85 (1997): 516-518. 
42. Jerry A. Coyne & H. Allen Orr, Speciation (Sunderland, MA: Sinauer Associates, 2004), p. 25-39. Coyne, Why Evolution Is True, p. 174. 
43. Coyne, Why Evolution Is True, p. 188. 
44. Douglas J. Futuyma, Evolution (Sunderland, MA: Sinauer Associates, 2005), p. 398. 
45. Wells, The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design, capítulo 5 (“The Ultimate Missing Link”), p. 49-59. 
46. Coyne, Why Evolution Is True, p. 129-130. 
47. Paul B. Rainey & Michael Travisano. “Adaptive radiation in a heterogeneous environment”, Nature 394 (1998): 69-72. Frederick M. Cohan, “What Are Bacterial Species?”, Annual Review of Microbiology 56 (2002): 457-482. Disponível online (2009) aqui
48. Coyne, Why Evolution Is True, p. 134. National Academy of Sciences, Science and Creationism: A View from the National Academy of Sciences, Second edition (Washington, DC: National Academy of Sciences Press, 1999), Chapter on “Evidence Supporting Biological Evolution”, p. 10. Disponível online (2009) aqui. Phillip E. Johnson, “The Church of Darwin”, The Wall Street Journal (August 16, 1999): A14. Disponível online (2009) aqui
49. Alan H. Linton, “Scant Search for the Maker”, The Times Higher Education Supplement (April 20, 2001), Book Section, p. 29. Frederick M. Cohan, “What Are Bacterial Species?”, Annual Review of Microbiology 56 (2002): 457-482. Disponível online (2009) aqui
50. Paul A. Nelson, “The role of theology in current evolutionary reasoning”, Biology and Philosophy 11 (October 1996): 493 - 517. Abstract disponível online (2009) aqui. Jonathan Wells, “Darwin’s Straw God Argument”, Discovery Institute (December 2008). Disponível online (2009) aqui. Jonathan Wells, “Darwin’s Straw God Argument”, Discovery Institute (December 2008). Disponível online (2009) aqui. 

Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “Esta é a primeira vez que dedico uma postagem a alguém. Na verdade, é dedicada a Francisco Salzano, Sergio Pena e demais signatários de uma carta enviada , manifestando preocupação e [se declarando] afrontados com o avanço e a defesa da teoria do Design Inteligente por cientistas da ABC. Esses cientistas revelaram espírito anticientífico ao tentar intimidar vozes científicas dissidentes e céticas da robustez epistêmica das atuais teorias científicas sobre a origem e evolução do Universo e da vida. A ciência qua experiência humana é sujeita a revisão e até simples descarte de suas mais queridas teorias, e não é impedindo a divulgação de ideias diferentes que se promove o avanço da ciência. Francisco Salzano, Sergio Pena et al, que vergonha: vocês são contra a livre circulação e debates de ideias científicas nas universidades. A carta de vocês vai entrar para a História da Ciência como exemplo-mor de “patrulhamento ideológico”, censura, e de uma profunda covardia ao não mencionar para o presidente da Academia Brasileira de Ciências o nome do cientista de renome e saber científico que promove a teoria do Design Inteligente no Brasil: o nome dele é Prof. Dr. Marcos Nogueira Eberlin, o segundo cientista brasileiro mais citado em publicações científicas. Escrevi isso acima com profundo desprazer de um lado, e por outro lado com profunda alegria de desafiar a Nomenklatura científica e mostrar suas partes intestinais podres na defesa do materialismo filosófico que posa como se fosse ciência!”