domingo, julho 30, 2017

Cadáveres que contradizem Deus ou mais forçação de barra?

Os cananeus viveram no atual Líbano há 4.000 anos. Inventaram um dos primeiros alfabetos conhecidos, mas quase não há referências diretas a eles, provavelmente porque os papiros nos quais escreviam não sobreviveram à passagem do tempo. “Realmente não sabemos nada sobre eles de fontes diretas, porque todas foram destruídas, e o pouco que conhecemos é através de outras fontes, como a Bíblia”, explica Chris Tyler-Smith, geneticista do Instituto Sanger do Wellcome Trust, no Reino Unido [como se a Bíblia não fosse uma “fonte direta”]. Segundo o Antigo Testamento, Deus mandou seus fiéis matarem todos os cananeus, e o texto afirma que suas cidades foram arrasadas. Mas as escavações arqueológicas em alguns desses assentamentos mostram que eles estiveram presentes de forma contínua durante a Idade de Bronze e a do Ferro, o que parece descartar que tenham sido eliminados.

A equipe de Tyler-Smith analisou cinco cadáveres de cananeus enterrados há 3.600 anos em Sidon (Líbano), uma das principais cidades cananeias. Encontrar DNA em restos tão antigos e numa zona tão quente e úmida teria sido uma tarefa quase impossível até poucos anos atrás. A equipe recorreu a uma técnica que já permitiu sequenciar o primeiro genoma antigo de um africano: ela consiste em perfurar o osso temporal, o mais denso do corpo. Graças a essa técnica, foi possível extrair DNA suficiente do osso moído para sequenciar o genoma completo dos cinco cananeus e compará-lo com o de 99 libaneses atuais.

Os resultados do estudo – publicado na revista da Sociedade de Genética Humana dos EUA – indicam que os cananeus não foram aniquilados. Seu DNA continuou sendo transmitido de geração em geração, e hoje é predominante em todos os libaneses.

“Mais de 90% do DNA dos libaneses atuais vêm daquela população”, ressalta Tyler-Smith, o que é surpreendente, pois a contínua passagem de povos e civilizações por esta região do Mediterrâneo ao longo dos séculos deveria ter diluído o parentesco direto com os cananeus. O estudo indica que os cananeus descendiam de grupos de agricultores que se estabeleceram no Oriente Médio durante o Neolítico, e que há 5.000 anos se cruzaram com imigrantes chegados do leste da Eurásia. [...]

O trabalho mostra como a análise de DNA antigo pode ajudar a revelar a história de outros povos que não deixaram textos escritos. Neste estudo, foi analisado apenas o DNA de habitantes atuais do Líbano, mas a equipe quer ampliar o escopo do trabalho. “Esta linhagem deve ser comum entre toda a população do Oriente Médio, e podemos estar bastante seguros de que seu peso será similar nos habitantes dos países vizinhos”, comenta Tyler-Smith.


Nota: Comparando o texto bíblico com textos correlatos, percebe-se que o autor usa de hipérboles quando diz, por exemplo, que Deus mandou matar toda criança de peito. Hipérbole não é literal e isso encontra eco em documentos egípcios e hititas. Os amalequitas, por exemplo, são “exterminados” por Saul. Aí reaparecem “exterminados” por Davi e voltam a aparecer em outro período. Além disso, é bom lembrar que a Bíblia registra que os israelitas desobedeceram a Deus não destruindo os cananeus (Josué 17:12, 13; Juízes 1:27-33 e 2:1-3), que continuaram vivendo “numa boa”. Há uma passagem interessante em que Deus diz que os cananeus iriam sobreviver:O anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim e disse: ‘Tirei vocês do Egito e os trouxe para a terra que prometi com juramento que daria a seus antepassados. Eu disse: Jamais quebrarei a Minha aliança com vocês. E vocês não farão acordo com o povo desta terra, mas demolirão os altares deles. Por que vocês não Me obedeceram? Portanto, agora lhes digo que não os expulsarei da presença de vocês; eles serão seus adversários, e os deuses deles serão uma armadilha para vocês” (Juízes 2:1-3). Longe de refutar a Bíblia, a pesquisa mencionada acima confirma mais uma vez sua historicidade. Basta gastar um tempinho lendo suas páginas para perceber isso e evitar a forçação de barra útil para vender jornal e ganhar likes.

Leia também: Um Deus sanguinário?

Criacionismo Kids: instinto animal

Os animais dependem de instintos para sobreviver. São comportamentos - alguns bem complexos e outros inter-relacionados (como os dos animais que vivem em colônias) -  sem os quais a sobrevivência deles seria seriamente ameaçada. Trata-se de instintos que deveriam funcionar perfeitamente bem já na primeira vez ou, do contrário, a criatura teria de tornado extinta e não deixaria descendentes. O vídeo abaixo apresenta alguns desses instintos animais. Confira!

quinta-feira, julho 27, 2017

Além do adultério, teoria da evolução justifica também a fofoca

Como se não bastasse servir de justificativa para os puladores de cerca inveterados (confira aqui, aqui, aqui e aqui), a teoria da evolução serve de desculpa para outros pecadores: os fofoqueiros. Veja só o que foi publicado no News in Levels: “Aqueles que se sentem um pouco culpados por fofocar podem ficar satisfeitos por saber que os acadêmicos já disseram que isso é realmente o que diferencia nossa espécie dos animais. A fofoca é o que faz as pessoas serem humanas, porque nos permite transmitir informações vitais sobre quem confiar e quem não confiar, além de se relacionar com familiares e amigos. Na biologia evolutiva, os cientistas chamam o fenômeno de teoria da fofoca. A teoria sugere que, à medida que a linguagem se desenvolveu, permitiu que os primeiros humanos passassem informações confiáveis ​​para que pudessem viver em grupos cada vez maiores. Fofoca costumava ser simplesmente o que as pessoas faziam com seus amigos e não era usado em sentido negativo até o século 18. Os cientistas realizaram experimentos para descobrir o que as pessoas pensavam sobre fofoca, e os resultados foram que, enquanto as pessoas desconfiavam de quem choramingava demais, elas também desconfiavam daqueles que fofocam muito pouco. O professor Robin Dunbar da Universidade de Oxford disse ainda que devemos aceitar a fofoca como uma parte vital da vida humana, o que pode até nos ajudar a viver mais tempo.”

Nota: Eis aí mais uma baboseira aceita como verdade científica e que serve para justificar comportamentos inadequados como se fossem uma espécie de determinismo genético/comportamental. Fofoca é mentira e mentira é um comportamento denunciado pelos dez mandamentos da lei de Deus (Êxodo 20). Fofoca pode destruir vidas, reputações e, inclusive, motivar o suicídio, quando o alvo da fofoca não consegue lidar com o estrago que ela causa. Jamais deveria ser tratada como algo banal e aceitável. [MB] 

quarta-feira, julho 26, 2017

Queda na contagem de espermatozoides pode levar à extinção humana

O ser humano pode ser extinto se a quantidade de espermatozoides no esperma dos homens [sic] continuar a cair no ritmo atual, segundo um estudo liderado por um pesquisador da Universidade Hebraica de Jerusalém. Um grupo de sete especialistas de diversas universidades ao redor do mundo se uniu para analisar os resultados de 185 estudos diferentes da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia. Eles concluíram que a contagem de espermatozoides entre homens dessas regiões caiu pela metade nos últimos 40 anos. Houve uma queda de 52,4% na concentração de espermatozoides e uma diminuição de 59,3% na contagem total das células reprodutivas no esperma de homens dos locais estudados. O estudo também aponta que a taxa de declínio continua alta e pode possivelmente estar aumentando.

Os resultados foram publicados no Human Reproduction Update, uma publicação sobre reprodução humana. O pesquisador chefe, Hagai Levine, diz que seu estudo é um dos maiores já feitos sobre o assunto – foram avaliados 185 artigos científicos feitos entre 1973 e 2011. Levine, que é epidemiologista, diz que ficou “muito preocupado” com o que pode acontecer no futuro. Segundo ele, se a tendência continuar, o ser humano pode ser extinto.

“Se não mudarmos a forma como estamos vivendo, a maneira como nos relacionamos com o ambiente e os produtos químicos aos quais estamos expostos, eventualmente podemos ter um problema grande relativo à nossa reprodução. E ele pode levar ao fim da espécie humana”, afirma. [...]

Não há evidências concretas sobre o que poderia estar causando esse declínio aparente. Mas ele já foi relacionado à exposição à produtos químicos usados em pesticidas e plásticos, à obesidade, ao cigarro, ao estresse e até ao excesso de tempo passado em frente à TV.

Levine diz que existe urgência em descobrir por que o número de espermatozoides está caindo e descobrir maneiras de reverter essa tendência. “Precisamos tomar uma atitude. Por exemplo, estabelecer regulações melhores de produtos químicos produzidos pelo homem. E precisamos continuar com nossos esforços para combater o cigarro e a obesidade.”


Nota: Se a simples diminuição na quantidade de espermatozoides já representa riscos para a espécie humana, como conceber a ideia de que as formas de vida sexuadas tiveram que desenvolver um “mecanismo” ultracomplexo chamado espermatozoide e produzir a quantidade certa para que pudesse haver a fecundação de óvulos milagrosamente compatíveis com as células reprodutoras masculinas? Uma simples modificação no que já existe e funciona bem pode fazer a vida desandar. Então imagine do que seria capaz o processo de tentativa e erro até que surgissem espermatozoides e óvulos plenamente funcionais... Pelo menos deve estar feliz o grupo daqueles que querem reduzir a população mundial. Além desse problema com os espermatozoides, há também a realidade de que muitos homens têm renegado sua masculinidade e se recusado a exercer seu papel reprodutor. [MB]

Leia mais sobre a complexidade do espermatozoide e da reprodução sexuada aqui, aqui e aqui.

A redenção do cosmos

Segundo os cosmólogos, o diâmetro do universo observável, sempre em expansão, é de 93 bilhões de anos-luz, aproximadamente. Espantoso! Significa que, se fôssemos capazes de viajar na incrível velocidade da luz (300.000 km/s, aproximadamente), seriam necessários apenas 93 bilhões de anos para percorrer todo esse espaço descomunal. O que haverá fora desses limites? Pensar sobre a grandeza cósmica nos impressiona e evidencia nossa pequenez; porém, mais admirável e maior que a dimensão conhecida do Universo é o Ser que criou tal imensidão e morreu para garantir a felicidade de todos os seres criados – os habitantes da Terra, do Céu e dos distantes mundos livres da queda no mal. Verdadeiramente, a morte expiatória do Deus Filho ultrapassou as fronteiras da compreensão de qualquer criatura, expandiu-se e alcançou os rincões do cosmos.

Por que costumamos dizer que Jesus Cristo realizou um sacrifício infinito ao encarnar-Se, morrendo inocentemente pela humanidade pecadora? Podemos achar que Jesus depôs Sua vida apenas pela Terra e seus moradores. Mas não! Em certo sentido, Cristo redimiu o Universo inteiro. Certamente, anjos e seres não caídos também foram alvo da eficácia de Seu sangue. O apóstolo Paulo evidencia: “Havendo por Ele feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio dEle reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na Terra como as que estão nos Céus” (Colossenses 1:20). O plano da salvação envolvia, pelo menos, três propósitos grandiosos e interligados entre si: (1) livrar a raça humana do poder e dos efeitos do pecado; (2) confirmar os seres santos, guardando-os da apostasia; (3) justificar o caráter de Deus, acusado de injusto perante o Universo. Consideremos a seguinte afirmação de Ellen White: “Os anjos atribuem honra e glória a Cristo, pois nem mesmo eles se encontram seguros, exceto ao contemplarem os sofrimentos do Filho de Deus. É através da eficácia da cruz que os anjos do Céu são protegidos contra a apostasia. Sem a cruz eles não se encontrariam em maior segurança contra o mal, do que os anjos estavam antes da queda de Satanás. A perfeição angélica fracassou no Céu. A perfeição humana fracassou no Éden. O plano de salvação, tornando manifesta a justiça e o amor de Deus, provê eterna salvaguarda contra a rebelião dos mundos não caídos. A morte de Cristo sobre a cruz do Calvário é a nossa única esperança neste mundo, e será nosso tema no mundo por vir.” 

Que tema! O estupendo sacrifício de Cristo salva os pecadores que O aceitam, religando-os a Deus, e sustenta o restante dos seres inteligentes para não enveredarem pelo mesmo caminho do homem. Dessa forma, a morte do Criador protegeu o mundo mais distante do Universo (até mesmo os situados para além dos 93 bilhões de anos-luz) contra a influência do pecado, e a eficiência da cruz guardará a raça redimida de uma segunda queda. Não é uma proteção mágica ou um campo de força arbitrário, mas o argumento encontrado pelo amor para convencer e persuadir, sem coação, a mente inteligente dirigida pela liberdade de escolha quanto ao caminho a seguir: se o estabelecido por Deus ou outro contrário ao governo e aos direitos divinos sobre as criaturas.

Diante do grande sacrifício expiatório, o cosmos foi vacinado contra o mal e Deus está justificado perante Sua criação. Assim, o mal não tem mais argumentos; tampouco o direito de continuar a existir.  

(Frank de Souza Mangabeira, membro da Igreja Adventista do Bairro Siqueira Campos, Aracaju, SE; servidor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe)

“Por que é aceitável criticar o Cristianismo mas não o Islã?”

Um evento com a presença do cientista Richard Dawkins na universidade de Berkeley foi cancelado por causa de declarações “ofensivas” dele contra muçulmanos, o que reacendeu o debate sobre a falta de liberdade de expressão em uma das mais conceituadas dos Estados Unidos. O evento havia sido agendado pela rádio KPFA, de Berkeley, para agosto. A ideia era que Dawkins falasse sobre seu livro de memórias, Brief Candle in the Dark. Mas o evento foi cancelado depois que alguns tuítes de Dawkins com críticas ao Islã foram enviados aos organizadores do evento. Dawkins, o mais famoso expoente do chamado neoateísmo e autor do best-seller Deus, um Delírio, tem um longo histórico de críticas à religião em geral, e ao Cristianismo, especificamente.

Nos últimos anos, entretanto, com a ascensão de grupos terroristas muçulmanos, ele tem centrado boa parte de seus ataques no fundamentalismo islâmico. “Nós não sabíamos que ele tinha ofendido – em seus tuítes e outros comentários sobre o Islã – tantas pessoas. A KPFA não apoia discursos ofensivos”, disse a rádio, em um comunicado. 

Em um dos tuítes citados pela KPFA para justificar sua decisão, Dawkins afirma que o Islã é “a maior força para o mal no mundo de hoje”. 

Dawkins, por sua vez, criticou a decisão da rádio, que ele disse ser sem fundamento. “Eu sou conhecido como um crítico frequente do Cristianismo e nunca fui desconvidado por causa disso. Por que dar um passe livre para o Islã? Por que é aceitável criticar o Cristianismo mas não o Islã?”, disse ele. 

O autor também disse que, longe de atacar os praticantes do Islã, entende que os próprios muçulmanos são as primeiras vítimas da cultura do Islamismo militante. 

O cancelamento do evento com Dawkins provocou outras reações. “A decisão é intolerante, mal-fundamentada e ignorante”, escreveu Steven Pinker, autor e professor de Harvard, em carta à radio. V. S. Ramachandran, conceituado neurocientista da Universidade da Califórnia, também protestou: “Dawkins é a pessoa mais corajosa e intelectualmente honesta que eu conheço. Concorde ou não com suas posições, você não pode questionar a integridade dele”, afirmou. 

Nos últimos meses, a tradicional universidade de Berkeley, na Califórnia, tem ocupado o noticiário por causa de sua restrição a palestrantes que destoam do discurso politicamente correto predominante na instituição. Em abril, a universidade cancelou uma palestra da escritora conservadora Ann Coulter após protestos de estudantes de esquerda. Em fevereiro, o mesmo havia ocorrido com o jornalista de direita Milo Yiannopoulos, cuja palestra também acabou cancelada em meio a atos de violência de manifestantes.

A transformação de Berkeley em um espaço hostil a certos tipos de palestrantes é mais surpreendente porque a universidade californiana esteve na vanguarda da luta pela liberdade de expressão nos campi americanos na década de 60.


Nota: Não deveria ser surpresa que uma universidade de orientação esquerdista beije a mão do Islã enquanto repudia o cristianismo (e ao dizer isso não estou de forma alguma atacando seguidores sinceros da religião de Maomé). O objetivo dos militantes esquerdistas é destruir os pilares judaico-cristãos sobre os quais o mundo ocidental está edificado. Um mundo em que, por causa do cristianismo, há liberdade de expressão, liberdade religiosa e separação entre a igreja e o Estado – condições que, inclusive, permitem aos esquerdistas trombetearem suas ideias e expor seus absurdos (i)morais. Gostaria de ver essa gente fazendo o mesmo em países de orientação teocrática islâmica... Não durariam um dia. O que fizeram com Dawkins apenas revela uma vez mais o preconceito localizado que certas instituições “laicas” nutrem contra o cristianismo; isso para não falar no criacionismo. Mas o devoto de Darwin não precisa ficar triste. Não faltam tribunas para acolherem seu ateísmo estridente. [MB]

terça-feira, julho 25, 2017

Livro oferece ideias práticas para enfrentar problemas de saúde mental

A ansiedade e a depressão são os problemas mais comuns e crescentes no mudo. Diante desse problema, a Igreja Adventista do Sétimo Dia preparou uma nova publicação que será distribuída no próximo ano, na iniciativa Impacto Esperança. O livro intitulado O Poder da Esperança é de autoria do Dr. Julián Melgosa, psicólogo e autor de artigos e livros na área da saúde emocional, e do pastor e jornalista Michelson Borges, autor de livros e editor da Casa Publicadora Brasileira. A Agência Adventista Sul-Americana de Notícias conversou com os autores sobre os temas do livro. Veja o que eles disseram na entrevista:

Academia se abre aos “saberes tradicionais”. Mas nada de criacionismo

Trinta e seis mestres e mestras de saberes tradicionais, entre parteiras indígenas, mestres do Reinado do Rosário, pais e mães de santo do candomblé, ceramistas xacriabás e xamãs xavantes, passaram a frequentar a academia graças ao Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais, iniciado há cinco anos na UFMG, durante uma edição do Festival de Inverno. Um balanço da iniciativa foi apresentado pelo professor César Geraldo Guimarães, do Departamento de Comunicação Social da UFMG, na mesa-redonda Democratização da produção do conhecimento: sábios, intelectuais e militantes, na tarde desta terça-feira, dia 18, no âmbito da SBPC Afro e Indígena. Os integrantes da mesa discutiram alternativas à segregação e ao sufocamento dos saberes populares e tradicionais no meio acadêmico.

“Percebemos essa situação problemática e resolvemos convidar os mestres tradicionais para serem protagonistas. Parece algo mínimo em relação ao tamanho das engrenagens das universidades, mas, acompanhando o convívio entre os discentes e os mestres, percebemos que algo se transforma em quem os escuta, e isso é essencial para a continuidade dos esforços”, analisou o professor. [...]

(UFMG)

Nota: Não é interessante ver que estão concedendo espaço em campi seculares para crenças como candomblé, xamanismo e outras, ao mesmo tempo em que consideram o design inteligente e o criacionismo “religiões” que não podem ter espaço na academia? Isso muito embora esses dois modelos conceituais disponham de muito mais argumentos científicos que os tais “saberes tradicionais”. Isso me faz lembrar do tempo em que cursei Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina. Houve ocasiões em que sofri preconceito pelo simples fato de ser adventista e defender o criacionismo. No entanto, pude ver em carros de professores adesivos que diziam “Eu creio em duendes” e cartazes espalhados pelo campus, divulgando eventos relacionados com a nova era e até palestras de gurus orientais. Em mais de duas décadas, nada mudou nesse aspecto. Pelo visto, os verdadeiros alvos de segregação e sufocamento são outros... [MB]

segunda-feira, julho 24, 2017

Estreia a playlist “Criacionismo Kids” no YouTube

Mikhael Borges é um garoto curioso de apenas seis anos de idade que gosta muito de desenhar e de entender como as coisas funcionam. Diz que quer ser astronauta quando crescer e adora ler sobre e desenhar dinossauros. Para aproveitar um pouco dessa energia e o interesse do menino por temas ligados ao criacionismo, o pai dele, o pastor, jornalista e escritor Michelson Borges, o convidou a participar de uma playlist em seu canal no YouTube, com o nome Criacionismo Kids. Mikhael será o apresentador desses vídeos. Os primeiros dois episódios já estão no ar. Conheça-os e ajude a divulgá-los. A ideia é tornar o criacionismo cada vez mais atrativo e compreensível também às novas gerações. 




sexta-feira, julho 21, 2017

Geleira suíça revela corpos de casal desaparecido há 75 anos

Os corpos congelados de um casal suíço que desapareceu há 75 anos nos Alpes foram encontrados em uma geleira que está encolhendo, relatou a mídia suíça na terça-feira (18). Marcelin e Francine Dumoulin, pais de sete filhos, tinham saído para tirar leite de suas vacas em um campo no vilarejo de Chandolin, no distrito de Valais, no dia 15 de agosto de 1942. “Nós passamos nossas vidas inteiras procurando por eles, sem parar. Pensávamos que poderíamos dar a eles o funeral que mereciam um dia”, disse a filha mais nova do casal, Marceline Udry-Dumoulin, de 79 anos, ao jornal Le Matin. “Posso dizer que após 75 anos de espera essa notícia me dá um profundo sentimento de calma”, acrescentou.

Em um comunicado divulgado durante a noite, a polícia de Valais disse que dois corpos com documentos de identidade foram descobertos na última semana por um trabalhador na geleira Tsanfleuron perto de um teleférico de esqui sobre o resort Les Diablerets a uma altitude de 2.615 metros. Testes de DNA serão realizados para confirmar a identidade do casal.

“Os corpos estavam deitados um ao lado do outro. Era um homem e uma mulher usando roupas datadas do período da Segunda Guerra Mundial”, disse Bernhard Tschannen, diretor da Glacier 3000, ao jornal. “Eles estavam perfeitamente preservados na geleira e seus pertences estavam intactos. Pensamos que eles podem ter caído dentro de uma fenda, onde ficaram por décadas. Na medida que a geleira recuou, ela revelou seus corpos”, disse ao jornal Tribune de Geneve.


Nota: Fico pensando em quantas outras surpresas o derretimento das geleiras poderá revelar... Quem sabe o corpo de alguns antediluvianos... [MB]



Vida sexual ativa entre 30 e 50 anos reduz câncer de próstata

Um estudo publicado no Journal of the British Association of Urological Surgeons traz boas notícias para quem tem vida sexual ativa entre os 30 e 50 anos. É que, segundo a pesquisa, ejacular cinco vezes por semana, pelo menos, nessa faixa de idade, reduz os riscos de câncer de próstata. O intuito do estudo era analisar a relação da doença com os níveis hormonais masculinos e com o número de parceiros sexuais. Não houve associação do câncer de próstata com relação a essa última. Já quanto à ejaculação, a pesquisa identificou que os homens entrevistados (todos na faixa dos 70 anos), cujo histórico da vida sexual incluía a frequência de, pelo menos, cinco vezes por semana, estavam menos vulneráveis à doença. [...]

(GNT)

Nota: Outras pesquisas já constataram que um bom casamento faz bem para a saúde física e mental e que os casais que se abstiveram do sexo antes do casamento reportaram vida sexual mais prazerosa do que os que não quiseram esperar. Mas a notícia acima me fez lembrar de dois versos bíblicos: Gênesis 2:18, em que Deus diz que não é bom que o homem esteja só, e 1 Coríntios 7:5, no qual o apóstolo Paulo diz que os cônjuges não devem se privar um do outro por muito tempo. A Bíblia estimula a sexualidade sadia, já que isso foi criado por Deus para o prazer e a união do casal e para a procriação (outro verso interessante é Provérbios 5:19). Chama atenção, igualmente, a faixa etária em que a vida sexual ativa é benéfica para a saúde da próstata: entre 30 e 50 anos, ou seja, na fase da maturidade emocional, quando um homem estaria (em tese) plenamente capaz de assumir um relacionamento vitalício e de fidelidade com sua esposa. “Coincidentemente”, o centro cerebral das decisões racionais e da moralidade – o lóbulo pré-frontal – amadurece justamente depois dos 20 anos, e as células que revestem o canal vaginal e o útero também amadurecem depois dos 20 anos e se tornam mais resistentes a doenças sexualmente transmitidas. É muita coincidência para não serem fatores interdependentemente programados e projetados. Os sábios obedecem às leis da vida e são mais felizes e sadios. Sempre. [MB]

quinta-feira, julho 20, 2017

Bate-papo jurássico: vlogueiro mirim entrevista autor de Terra de Gigantes

Um dos maiores mistérios da Terra tem que ver com a origem e a extinção dos dinossauros, esses grandes répteis que incendeiam a imaginação de crianças e adultos. Será que eles foram criados por Deus? O que os teria levado à extinção? Haverá dinossauros na Nova Terra? Essas e outras perguntas são consideradas pelo jornalista e escritor Michelson Borges nesta entrevista concedida ao vlogueiro Eliel BS. Confira. 

A Trindade: quem é o Espírito Santo

O Espírito Santo é um ser apresentado na Bíblia envolto em mistério. Será que Ele é uma pessoa ou uma espécie de força ou energia? Será que Ele realmente é divino? O que a Palavra de Deus revela sobre essa que é tida como a terceira pessoa da Trindade, e o que ela pode fazer por aqueles que se deixam guiar por ela? Confira nesta palestra do pastor, jornalista e mestre em Teologia Michelson Borges.


segunda-feira, julho 17, 2017

Dieta do Éden: a busca pela alimentação “perfeita”

A busca pela dieta perfeita tem atraído muitos reformadores da saúde contemporâneos da mesma forma que a mitológica fonte da juventude atraiu milhares de pessoas ao longo dos séculos. Entre os diferentes grupos que buscam a dieta perfeita estão os que defendem a dieta edênica como padrão dietético para nossos dias, alegando que a dieta originalmente dada a Adão e Eva é válida para nosso tempo. Porém, uma análise dessa proposta não resiste ao escrutínio teológico nem ao científico. Ela mostra sérias inconsistências nessas duas áreas, como pontuaremos.

1. É impossível ter uma dieta perfeita neste mundo imperfeito, em que os seres humanos e toda a criação sofrem as consequências do pecado (Rm 8:22). Isso significa que, em menor ou maior quantidade, todos os alimentos possuem algum ingrediente tóxico. Fitatos, fitohemaglutinina, ácido fítico, tanino, cianetos, solaninas, oxalatos, urushiol e goitrogênicos são alguns elementos tóxicos presentes em muitos alimentos considerados saudáveis, entre eles castanha de caju, trigo, repolho, brócolis, tomate, maçã, cereja, amêndoa, feijões e espinafre, para citar alguns exemplos. Em resumo, eles são considerados alimentos bons, mas não perfeitos. Mesmo a germinação não consegue neutralizar as toxinas presentes em alguns alimentos. O segredo para reduzir os efeitos dessas toxinas a longo prazo é buscar uma alimentação variada com produtos da estação, dando ao organismo a oportunidade de metabolizá-los em tempos diferentes e evitando o acúmulo em um nível que possa ser prejudicial.

2. A dieta edênica também defende o crudivorismo, ou seja, consumir os alimentos crus. O problema é que muitas substâncias tóxicas perigosas neles presentes são neutralizadas pelo cozimento e, paradoxalmente, certos nutrientes, como o licopeno (existente no tomate), são potencializados quando cozidos. Portanto, comer alimentos crus com alimentos cozidos é uma escolha estratégica e equilibrada. Uma dieta crudívora por um período de tempo pode ter efeitos positivos na recuperação de enfermidades, mas como estilo de vida pode ter efeitos não desejáveis.

3. A dieta edênica original continha o fruto da árvore da vida, ao qual não temos acesso desde a entrada do pecado na Terra (Gn 3:22). Na realidade, um estudo dos primeiros livros da Bíblia nos revela que, para cada período, Deus indicou uma dieta especial: a edênica, a pós-edênica, a pós-diluviana e a israelita. O regime para o nosso tempo (do fim) é descrito por Ellen White como constituindo-se de “cereais, nozes, frutas e verduras”. E inclui alimentos que nascem debaixo da terra, como a batata.

4. Deus não exige nossa perfeição em termos de alimentação, mas sim que cada um busque os alimentos mais saudáveis dentro da sua realidade, aproveitando cada oportunidade que Ele nos deu para escolher o melhor disponível. Isso significa, por exemplo, que a população ribeirinha do Amazonas, que tem uma dieta à base de peixe e farinha e vive onde há carência de frutas, verduras e cereais integrais, deve ser orientada de maneira diferente das pessoas que moram em regiões onde existe variedade de alimentos. No contexto da selva, o conselho aos ribeirinhos é para que evitem os animais imundos (Lv 11), cuidem da higiene pessoal e ambiental e busquem alternativas mais saudáveis quando disponíveis.

5. Os componentes da dieta edênica foram preservados por Deus e voltaremos a usar esse regime na nova Terra. Lá tornaremos a comer do fruto da árvore da vida, e os animais desfrutarão da dieta originalmente dada a eles (Gn 1:30; Is 65:25). Porém, até lá, temos que fazer nosso melhor, sempre com responsabilidade e equilíbrio, nas condições imperfeitas em que vivemos.

(Dr. Silmar Cristo, Revista Adventista)

domingo, julho 16, 2017

Jornalista homossexual é contra “casamento” gay

Jean Pierre Delaume-Myard é um jornalista francês. Ele é o realizador e um dos porta-vozes da Manif pour Tous [Manifestação para Todos], um grande movimento pró-família que levou centenas de milhares de pessoas às ruas da França para defender o matrimônio natural diante dos ataques do governo de François Hollande. E atenção: trata-se de ataques não porque o governo apenas defendesse o chamado “casamento” gay, mas porque o governo reprimia a liberdade de expressão daqueles que contestavam que a união civil homossexual equivalesse ao matrimônio natural entre um homem e uma mulher abertos à geração de novas vidas humanas. Jean Pierre Delaume-Myard se opõe ao chamado “matrimônio para todos” e à adoção de crianças por casais gays porque não concorda que a união civil homossexual seja equivalente ao conceito de matrimônio natural.

sexta-feira, julho 14, 2017

Mutação genética é evolução?

A reprodução seletiva nada mais faz do que combinar genes existentes, sendo assim, a única maneira de levar a evolução a novos níveis de complexidade é introduzir um novo material genético. A única fonte natural de material genético novo na natureza são as mutações. No neodarwinismo atual, o mecanismo central para a evolução são a mutação aleatória e a seleção natural. O conceito de mutação foi popularizado para o segmento mais jovem, há poucos anos, pelas adolescentes Tartarugas Ninjas Mutantes e os X-Men, por exemplo, e hoje praticamente qualquer filme de ficção científica apresenta esse tipo de mutação. Mas o que é exatamente isso? Mutação é evolução ? 

quinta-feira, julho 13, 2017

A Explosão Cambriana ou o “big bang” da vida

Livros-texto descrevem o registro fóssil como a “melhor evidência” para a evolução. Eles clamam que o registro fóssil prova a evolução porque parece haver uma sucessão das formas mais simples de vida para as mais complexas, e uma sucessão das formas marinhas para as terrestres. Charles Darwin sugeriu que toda a vida tem um ancestral comum. “Todos os seres orgânicos que já viveram na Terra podem ter descendido de alguma forma primordial.”[1] Darwin descreveu a história da vida como uma árvore, com o ancestral comum como sua raiz. A dimensão vertical representa tempo, enquanto a dimensão horizontal representa variação morfológica.

Quando Darwin escreveu A Origem das Espécies, os fósseis mais antigos conhecidos eram das camadas do Cambriano (período geológico que se iniciou há cerca de [supostos] 540 milhões de anos, de acordo com a datação radiométrica). Ele percebeu que o padrão fóssil do Cambriano não se adequava à sua teoria. “Para a pergunta por que nós não encontramos ricos depósitos fossilíferos pertencentes a esses períodos assumidos os mais antigos, antes do sistema Cambriano, eu não posso dar uma resposta satisfatória.”[1] Por que o registro fóssil Cambriano foi um problema para Darwin? Porque se a evolução biológica ocorreu de um modo gradual e contínuo, então (1) poucas formas fósseis (baixa diversidade) deveriam ocorrer nas camadas inferiores do registro sedimentar ou coluna geológica, (2) a diversidade deveria crescer em direção ao topo da coluna geológica (assim como o tempo), (3) as formas mais antigas deveriam ser mais generalistas e simples (baixa especialização), não altamente especializadas, (4) maior especialização deveria ocorrer nos organismos das camadas superiores, (5) novas formas deveriam estar substituindo formas ancestrais com sinais de mudança gradual (organismos intermediários ou transicionais) e (6) um ancestral comum deveria ser encontrado.

Darwin reconheceu a existência de uma “anomalia” no registro fóssil que representava um grande problema para sua teoria de evolução gradual a partir de um ancestral comum: o surgimento abrupto de formas de vida altamente complexas nas camadas basais do Cambriano. Seu aparecimento é tão abrupto que foi apelidado de a Explosão Cambriana.

O registro fóssil das camadas inferiores do período Cambriano consiste de variadas formas de animais interpretadas como tendo vivido na base do oceano. Elas são representativas da maior parte dos filos modernos, incluindo equinodermas (estrelas-do-mar, ouriços-do-mar), esponjas, moluscos, artrópodes, etc.

Foi sugerido que todos os ancestrais dos organismos Cambrianos tiveram partes moles e, portanto, não foram fossilizados. Esse argumento não é válido porque há muitos fósseis de organismos de corpo mole no registro sedimentar, incluindo muitos dos fósseis Cambrianos. As águas-do-mar têm muitas partes moles e, no entanto, deixaram muitos fósseis distintos nas rochas do Cambriano. Não é que não existam fósseis nas rochas abaixo das camadas do Cambriano. Eles existem na verdade em várias partes do mundo, e são chamados de fauna Pré-Cambriana Ediacarana. A fauna Ediacarana antecede a explosão Cambriana em 25 milhões de anos na escala do tempo evolucionária. A fauna Cambriana é descendente da fauna Ediacarana? A fauna Ediacarana consiste em animais de corpo mole, enquanto a fauna Cambriana corresponde a criaturas de corpo mole e de corpo duro (com conchas). Os animais Ediacaranos não foram os ancestrais dos animais Cambrianos.

Os cientistas estão intrigados pelas vastas mudanças evolutivas que ocorreram em tão pouco tempo. Muitos paleontólogos acreditam que a fauna Cambriana representa a substituição completa das formas Pré-Cambrianas Ediacaranas (animais de corpo mole, sem esqueleto, que pré-datam a Explosão Cambriana em 25 milhões de anos na escala de tempo evolucionária) após uma extinção em massa, não a mudança gradual simples. Mas não há evidência para essa especulação. E o modelo darwiniano para a origem dos animais requer a existência de ancestrais dos organismos Cambrianos. Mas eles não são encontrados em lugar algum e não parece que pesquisas futuras resolverão o problema. Quais são algumas das especulações para o rápido surgimento dos fósseis Cambrianos? Paul Smith, um paleobiólogo do Museu de História Natural da Universidade de Oxford, disse em uma entrevista para a livecience.com que “há cerca de 30 hipóteses por aí para a Explosão Cambriana”. Os cientistas têm sugerido tudo, desde variações genéticas a mudanças geoquímicas, e até mesmo um padrão luminoso estrelado na Via Láctea, para explicar a explosão repentina na diversidade.[2]

Foi sugerido que o aumento no conteúdo de oxigênio há cerca de 700 milhões de anos desencadeou a evolução de estruturas corpóreas mais complexas. Mas pesquisas têm demonstrado que o conteúdo de oxigênio nas rochas de alegadamente 2,1 bilhões de anos foi provavelmente o mesmo do período em que a Explosão Cambriana ocorreu.[3] Mesmo se um aumento de oxigênio ocorreu algum tempo antes do Cambriano essa hipótese não explica o porquê de uma ocorrência repentina e não um surgimento gradual.

Alguns tem sugerido que a Explosão Cambriana foi desencadeada por uma subida global do nível do mar com a consequência da inundação das áreas continentais rasas e planas. As áreas inundadas teriam provido um vasto habitat para os organismos aquáticos, mas seriam erodidas, liberando para a água do mar muitos minerais, tais como cálcio e estrôncio. Esses minerais são tóxicos para as células e os organismos teriam que evoluir a habilidade de excretar os minerais tóxicos. Consequentemente, o que eles fizeram foi incorporar esses minerais em seus exoesqueletos, possibilitando planos corpóreos muito mais complexos e alimentando adaptações. O problema para essa hipótese é que ela pressupõe que as superfícies de terra Cambrianas foram erodidas, que os minerais foram liberados para o mar e absorvidos nos esqueletos e que tudo isso desencadeou evolução. Não há evidência conhecida para essa cascata de eventos, e, portanto, eles não podem ser usados para explicar por que a fauna Cambriana surgiu repentinamente.

Outra especulação é que uma extinção ocorreu um pouco antes do Cambriano e abriu nichos ecológicos ou “espaços adaptativos” que as novas formas exploraram.[4] Um grande problema para essa hipótese é que não há evidência para tal extinção Pré-Cambriana, exceto para a extinção da fauna Ediacarana, que, no entanto, não está de nenhuma forma relacionada à fauna Cambriana. Além disso, seria necessário explicar tanto a extinção Pré-Cambriana quanto a origem desses organismos Pré-Cambrianos.

Alguns paleontologistas têm sugerido que fatores genéticos foram cruciais para o rápido surgimento da fauna Cambriana.[2] Eles propõem que a evolução gradual de um “kit” de genes ocorreu antes da Explosão Cambriana. Esses genes controlaram os processos de desenvolvimento. Um período sem precedentes de mudanças genéticas ocorreu, o que desencadeou o aparecimento de muitas novas formas biológicas (diversidade) e o desaparecimento de muitas outras. Apenas os planos corpóreos adaptados vieram a dominar a biosfera. Os problemas com esse modelo são vários. Primeiro, essa ideia é puramente especulativa, não baseada em espécimes Pré-Cambrianas reais. Segundo, o cenário é plausível, mas ainda não explica a surgimento abrupto observado no Cambriano. E terceiro, a última afirmação – de que apenas planos corpóreos que se tornaram mais adaptados vieram a dominar a biosfera – é um raciocínio circular.

Essas hipóteses são apenas uma amostra das muitas já sugeridas. É importante notar que o que elas oferecem é um número de possíveis eventos ambientais, genéticos e geoquímicos associados com a rápida origem da fauna Cambriana, mas não como a fauna Cambriana se originou. Há uma diferença fundamental entre afirmar o que pode ter ocorrido durante o surgimento da fauna Cambriana e como a fauna surgiu em passos graduais a partir de um ancestral comum. O que necessitamos é de um mecanismo para a origem repentina, não uma descrição dos resultados.

A Explosão Cambriana é um problema tremendo para a teoria da evolução. Não há evidência de como os organismos Pré-Cambrianos unicelulares ou multicelulares de corpo mole poderiam ter evoluído para os organismos de carapaça e de corpo mole altamente complexos e diversificados. Os animais complexos do Cambriano aparecem abruptamente no registro fóssil com cada órgão e estrutura completos e prontos para a sua função. Algumas das estruturas biológicas mais complexas já estão presentes nos organismos Cambrianos, tais como o olho da lula, que é muito similar ao olho humano.

Tanto os fósseis Cambrianos quanto os Pré-Cambrianos indicam surgimento repentino de (1) alta complexidade, (2) alta diversidade e (3) ampla distribuição geográfica. Essas feições são um problema para a teoria da evolução porque não são esperadas dentro de um modelo de aparecimento gradual e mudança com o tempo. De acordo com o modelo de evolução darwiniano, os primeiros organismos deveriam ser muito simples (baixa complexidade) e mostrar baixa diversificação (deveria haver poucas formas). As formas iniciais deveriam ser muito similares (baixa disparidade) e se diferenciar progressivamente. Ao invés disso, encontramos alta disparidade desde o começo do registro fóssil animal. Todas essas feições estão em assinalada contradição com as pressuposições e predições darwinianas.

Existe uma alternativa para os modelos evolutivos? Podemos prover uma hipótese razoável dentro de um modelo de dilúvio bíblico de curto tempo? A resposta é sim. O modelo do dilúvio provê uma explicação razoável para a Explosão Cambriana. Primeiro, ele explica por que os ancestrais do Cambriano não foram fossilizados – porque, na realidade, eles não existiram. Segundo, ele provê um cenário para o soterramento e fossilização dos organismos Cambrianos. Provavelmente os fósseis Cambrianos foram espécies que viveram no fundo oceânico pré-diluviano e foram os primeiros soterrados pelo sedimento levado para os oceanos. Ou eles podem ter sido soterrados no começo do dilúvio, quando “todas as fontes do grande abismo se romperam” (Gênesis 7:11). A abertura dessas fontes deve ter sido um evento catastrófico que pode ter causado terremotos subaquáticos, grandes ondas, correntes, e a remoção e transporte de grandes massas de sedimento, que provavelmente foram depositadas cobrindo superfícies excessivamente amplas do fundo marinho, soterrando, dessa forma, seus habitantes – a fauna Cambriana. A fauna Pré-Cambriana teria sido de animais e organismos unicelulares soterrados e fossilizados durante eventos de sedimentação ocorridos após a queda e antes do dilúvio.

(Raúl Esperante, Geoscience Research Institute, Loma Linda, Califórnia; https://grisda.wordpress.com/2015/05/11/the-cambrian-explosion/; tradução de Hérlon Costa e David Pereira)

Referências:
[1] Darwin, C. 1872. The Origin of Species, 6th edition, p. 289.
[2] Levinton, J. S. (2008). The Cambrian Explosion: How do we use the evidence? Bioscience, 58(9), 856-864.
[3] Oxygen is not the cause of the Cambrian explosion. Astrobiology Magazine, October 22, 2013.
[4] Marshall, C. R. (2006). Explaining the Cambrian “Explosion” of animals. Annual Review of Earth and Planetary Sciences, 34(1), 355-384.

A complexidade da evolução: morcego

Quando falamos em complexidade irredutível, sempre gosto de dar o exemplo do morcego. Os evolucionistas propõem que o morcego se desenvolveu de uma pequena criatura, semelhante ao rato, cujos membros dianteiros (os “dedos frontais”) transformaram-se em asas em passos gradativos. Mas imagine os passos: à medida que os “dedos frontais” tornavam-se maiores e a pele começava a crescer entre eles, o animal não podia mais correr sem tropeçar nos próprios dedos; por outro lado, os membros dianteiros ainda não eram longos o bastante para funcionar como asas. Assim, durante a maior parte de seus hipotéticos estágios transitórios, a pobre criatura teria membros muito longos para correr e muito curtos para voar. Ela se tornaria indefesa e logo estaria extinta. Não há maneira concebível pela qual asas de morcego sejam formadas em estágios graduais. 

Essa conclusão é confirmada pela pesquisa de fósseis, na qual não encontramos nenhum fóssil intermediário que nos leve ao morcego. Desde a primeira vez que os morcegos aparecem na pesquisa de fósseis eles já estão completamente formados e virtualmente idênticos aos morcegos modernos.

Com este exemplo, não estou dizendo que não há adaptações nas espécies que podemos claramente observar. Talvez alguns possam até considerar essas “adaptações” como evolução. Porém, a extrapolação nunca existiu. Ou seja, peixes não se tornaram em anfíbios, não habitaram em árvores nem começaram a caminhar de forma ereta bilhões de anos atrás.


quarta-feira, julho 12, 2017

A profunda ignorância dos cientistas sobre a origem da vida

Embora o público em geral seja desconcertadamente desconhecedor, o simples fato científico é que os cientistas ainda não têm a menor ideia de como a vida pode ter começado através de um processo natural não guiado com a ausência da intervenção de uma força criadora consciente. Eis aqui algumas declarações sobre a origem da vida:

James Tour, professor de Química na Universidade Rice, 2016: “[Há] ignorância coletiva. [...] Aqueles que dizem que isso já está bem elaborado não sabem de nada, nada sobre a síntese química... Aqueles que pensam que os cientistas entendem os detalhes da origem da vida estão completamente desinformados. Ninguém entende. [...] Quando a comunidade científica confessará ao mundo que eles não têm pistas sobre a origem da vida, que o imperador está nu?”

Eugene Koonin, microbiólogo, 2011: “A origem da vida é um fracasso.”

Lee Hartwell, laureado com o Prêmio Nobel em Medicina, 2011: “Com respeito à origem da vida, eu descubro que quanto mais aprendemos sobre as células, mais complexas elas parecem; elas simplesmente são coisas incrivelmente complexas, e partir do que nós podemos ver hoje e tentar raciocinar de onde veio, eu acho que é realmente impossível.”

Paul Davies, físico teórico da Universidade Estadual do Arizona, 2010: “Como [a vida começou]? Nós não temos ideia.”

Franklin Harold, biólogo molecular da Universidade Estadual do Colorado, 2001: “Para mim, a origem da vida parece tão incompreensível quanto antes, uma questão para se maravilhar, mas não para explicação.”

Hubert Yockey, físico e renomado teórico da informação, 1981: “Uma vez que a ciência não tem a menor ideia de como a vida na Terra se originou... seria somente honesto confessar isso para os outros cientistas, para os financiadores, e para o público em geral.”

Basta dizer que não somente a ciência não tem progredido nessa área desde que Charles Darwin publicou seu famoso tratado de 1859, A Origem das Espécies, mas, ao contrário, regrediu em muitas ordens de grandeza.

O que quero dizer com regredir torna-se claro se traçarmos o dilema da origem da vida em um gráfico X-Y padrão; com o eixo X horizontal representando o entendimento de uma origem naturalista da vida de 1859 até o presente. É uma linha reta começando com zero (entendimento em 1859) e terminando com zero (entendimento em 2017). Que o eixo Y represente o nível de entendimento desde 1859 da magnitude do problema que precisa ser resolvido. Em 1859, era tido como sendo uma questão relativamente trivial (i.e. próxima de zero); todavia, devido aos avanços surpreendentes em genética, bioquímica, e microbiologia desde então, a linha do eixo Y já saiu do gráfico.

Como o bioquímico Klaus Dose escreveu: “A experimentação da origem da vida... tem levado a uma melhor percepção da imensidade do problema da origem da vida na Terra em vez de sua solução.” Os pesquisadores Carl Woese e Gunter Wachtershauser concordam: “Embora nós não tenhamos uma solução, agora temos uma noção da magnitude do problema.”

Por que os pesquisadores estão enfrentando tais dificuldades em descobrir uma origem naturalista da vida? “Certamente”, disse Koonin, “isso não é devido a uma falta de esforço experimental e teórico, mas à extraordinária intrínseca dificuldade e complexidade do problema. Uma sucessão de etapas extremamente improváveis é essencial para a origem da vida... Isso faz o resultado final parecer quase que um milagre.”

Em outras palavras, descobrir como que forças naturais não guiadas poderiam montar uma célula viva – uma máquina molecular mais sofisticada e funcionalmente complexa do que qualquer tecnologia humana já produzida – é um problema de proporções atormentadoras como um pesadelo.

O conjunto de peças LEGO de um modelo da ponte do Brooklyn tem 852 peças; cada peça foi intencional e especificamente planejada para construir o modelo da ponte. Imagine que a você foi designada a tarefa de descobrir um caminho para a montagem bem-sucedida do modelo da ponte usando somente forças naturais não guiadas (calor, raio, luz solar, vento, radiação, etc....).


Clique aqui para entender um pouco mais a tremenda dificuldade em se explicar a origem da vida do ponto de vista naturalista.