quinta-feira, setembro 30, 2010

Metade dos pastores evangélicos nunca leu a Bíblia toda

Cerca de 50,68% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia Sagrada por inteira pelo menos uma vez. O resultado é fruto de uma pesquisa feita pelo atual editor e jornalista da Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana Oswaldo Paião, com 1.255 entrevistados de diversas denominações, sendo que 835 participaram de um painel de aprofundamento. O motivo é a falta de tempo, apontaram os entrevistados. Oswaldo conta que a pesquisa se deu através de uma amostragem confiável e que foi delimitada. Segundo ele, a falta de tempo e ênfase na pregação expositiva são os principais impedimentos. “A falta de uma disciplina pessoal para determinar uma leitura sistemática, reflexiva e contínua das escrituras sagradas e pressão por parte do povo, que hoje em dia cobra por respostas rápidas, positivas e soluções instantâneas para problemas urgentes, sobretudo os ligados a finanças, saúde e vida sentimental”, enumera Oswaldo.

A maioria dos pastores corre o dia todo para resolver os problemas práticos e urgentes dos membros de suas igrejas e os pessoais. Outros precisam complementar a renda familiar e acabam tendo outra atividade, fora a agenda lotada de compromissos. Os pastores da atualidade, em geral, segundo Paião, são mais temáticos, superficiais, carregam na retórica, usam (conscientemente ou não) elementos da neurolinguística, motivação coletiva, força do pensamento positivo e outras muletas didáticas e psicológicas. Oswaldo arrisca dizer que muitos "pastores precisam rever seus conceitos teológicos e eclesiológicos, sem falar de ética e moral, simplesmente ao ler com atenção e reflexão os livros de Romanos, Hebreus e Gálatas. E antes de ficarem tocando Shofar e criando misticismo, deveriam ler a Torá com toda a atenção, reverência e senso crítico".

(Internautas Cristãos)

Nota: Está aí a razão de tanta aberração teológica no meio evangélico. É por isso que não me canso de repetir: o Brasil não é um país cristão, como dizem. O verdadeiro cristão, como sugere Oswaldo, precisa, no mínimo, conhecer bem o livro que serve de fundamento para o cristianismo. "Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus" (Mateus 22:29). E você, já leu sua Bíblia hoje?[MB]

Leia também: "Abba Press lança Torá bilíngue hebraico-português"

Museu de Arqueologia Bíblica em São Paulo

Arqueologia é uma profissão cheia de glamour para quem vê de fora. Foi muito popularizada por filmes como os das sagas “Indiana Jones” e “Lara Croft – Tomb Raider”, que deram ao público a ideia de aventureiros que fazem de tudo para pôr as mãos em artefatos históricos. Em parte é verdade, pois os arqueólogos passam por vários desafios e perigos, mas com um ar bem mais sério que o mostrado nas telas por Hollywood. Um ramo pouco noticiado é o da arqueologia bíblica, cujo objetivo é o de legitimar passagens e aspectos descritos nas Sagradas Escrituras com objetos datados de milhares de anos. Muitas dessas peças encontradas estão no único museu do setor na América Latina: Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, no município paulista de Engenheiro Coelho, na região de Campinas. Mantido pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White, ele fica no campus da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp) daquela cidade. Aberto no ano 2000, conta hoje com cerca de 250 peças raras, 80% delas legítimas e o restante relíquias de origem comprovada. As mais antigas datam da época de Abraão, algo em torno de 2,3 mil anos antes de Cristo.

Lâmpadas, pedras e tijolos com escrita cuneiforme, estatuetas, cerâmicas, maquetes, armas, ferramentas, moedas como as recebidas por Judas para trair Cristo e utensílios como pregos usados em crucificações estão dispostos com as devidas orientações. Tudo está sob a responsabilidade do fundador do museu, o professor, teólogo, pastor e arqueólogo Rodrigo Pereira da Silva (foto), que fez cursos na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, e pós-doutorado em arqueologia na Universidade de Andrews, nos Estados Unidos. Silva já fez expedições e escavações em Israel, Jordânia, Sudão e Espanha. Descobertas suas estão em importantes museus internacionais e também no Paulo Bork.

As peças do acervo são do período entre 2300 antes de Cristo até perto da época do descobrimento do Brasil, no ano de 1500. São provenientes de escavações em lugares como Israel, Egito, Líbano, Sudão, Jordânia, Síria, Espanha e Itália.

A múmia em tamanho natural, logo na entrada, é apenas uma réplica. Entre várias curiosidades, imagens de entidades “protetoras” do lar, de lavouras e de propriedades, evidenciando a idolatria que vários israelitas teimavam em manter, mesmo após os ensinamentos de Deus. Há outros tipos de ídolos, como o terafim, pequena estatueta que funcionava como a escritura de terras, como as que Raquel roubou de Labão, seu pai, para entregar ao marido, Jacó. Quem a mantivesse seria o verdadeiro dono do imóvel. Há dois terafins originais no museu.

Uma peça muito importante do museu Paulo Bork é um tijolo (foto abaixo) com inscrições que comprovam a existência do rei Nabucodonosor e de seu reino, a Babilônia, cujas existências eram objeto de dúvida por muitos estudiosos até pouco tempo atrás.

O Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, aberto ao público em geral, fica na Estrada Municipal Pastor Walter Boger (também conhecida como Vicinal Walter Boger), s/nº, km 3,4, em Engenheiro Coelho, interior paulista. O acesso é pela Rodovia SP-332, km 160. Mais informações pelo telefone (019)3858-9033.

(Arca Universal)

Vendendo gato por lebre na Paraíba

A quem interessa a polarização de uma questão científica importante sobre a origem e evolução da vida como sendo uma de ciência (razão) versus religião (não-razão)? Resposta? Interessa somente a alguns ideólogos que querem vender a ideologia do materialismo filosófico como se fosse ciência, tolher e/ou impedir que o debate epistêmico ocorra e, acima de tudo, blindar a teoria da evolução de Darwin de quaisquer críticas em salas de ciência, mesmo as críticas científicas (há uma montanha de evidências negativas para a robustez dessa teoria no contexto de justificação teórica). Traduzindo em graúdos: interessa somente aos atuais mandarins da Nomenklatura científica na manutenção de um paradigma nos seus estertores e à beira de revisão ou rejeição teórica. [Leia mais]

Leia também: "Catequização evolucionista na Paraíba"

A Igreja Adventista e a política

Depois de ser questionado, como pastor e amigo, por muitas pessoas de nosso rol de relacionamento (família, igreja, amizades, etc.), resolvi pesquisar e escrever o seguinte esclarecimento: a Igreja Adventista do Sétimo Dia sempre manteve posição oficial de não se posicionar a favor ou contra qualquer partido político e/ou seus candidatos. Essa posição é mantida em todos os níveis organizacionais e institucionais da denominação, inclusive em suas congregações locais. Os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia devem reconhecer ser seu dever individual escolher livre e conscientemente em quem votar. O princípio básico é sempre votar em candidatos cuja ideologia, crenças, estilo de vida e propostas políticas estejam mais próximos dos princípios adventistas. Entre os princípios mais importantes, estão: (1) liberdade religiosa, (2) separação entre Igreja e Estado, (3) observância do sábado, (4) conduta moral, (5) temperança cristã, (6) apoio ao sistema educacional privado mantido pela Igreja, e a (6) tentativa de melhorar a qualidade de vida das classes moral e economicamente desfavorecidas. A posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre algumas dessas questões é enunciada no livro Declarações da Igreja (Tatuí, SP: CPB, 2003).

Ellen White adverte contra votar em candidatos sem compromisso com a liberdade religiosa: “Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa. [...] O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 475).

Uma sensata atitude, quanto em quem votar, seria orar pedindo sabedoria (Tiago 1:5). Lembrando que a Palavra de Deus nos revela que “todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por Ele instituídas” (Romanos 13:1).

(Pr. Moisés Biondo, IASD Central de Artur Nogueira)

Para maior aprofundamento desse tema, clique aqui.

Leia também: "Fé, política e o ótimo discernimento de Miriam Leitão", "Brasil, um país de todos?" e "Afinal, brasileiro reclama de quê?"

quarta-feira, setembro 29, 2010

Catequização evolucionista na Paraíba

Você, professor de ciências (ou de biologia), está em sala de aula e se depara com uma questão: um aluno discorda da exposição sobre evolução e as ideias de Darwin e faz uma pergunta relacionada à Bíblia e a ideias criacionistas. Você está munido de argumentos científicos, mas simplesmente não consegue separar o aluno de sua crença (e nem consegue se separar da sua). Situação difícil, mas bem mais corriqueira do que se gostaria. A surpresa, talvez não tão corriqueira assim, foi o estudo realizado por nove alunos de graduação em biologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no ano passado – não à toa, aliás, ano da comemoração dos 200 anos do nascimento de Charles Darwin. A pesquisa, publicada no periódico Genética na Escola, encontrou um dado extra que choca: cerca de dois a cinco alunos de cada turma (em média, de 40 alunos) de ciências biológicas da UEPB afirmam ser criacionistas.

O texto diz: “[Esses alunos] são seguidores de doutrinas religiosas que interpretam literalmente o texto bíblico [...], duvidando das teorias evolutivas por serem, como dizem, ‘apenas teorias’.” Ou seja, além da constatação óbvia de que há problemas na formação dos alunos nas escolas, os pesquisadores da UEPB perceberam que, mesmo entre seus pares na graduação, há problemas sérios de aceitação de certas informações.

“Na universidade, nem sempre somos incentivados a interpretar a poesia da vida. Há um debate polarizado e socrático, com torcidas organizadas. É uma pena”, diz Allysson Allan de Farias, um dos alunos que participaram da pesquisa. Allysson, que se formou biólogo ano passado, continua: “Nós enxergamos todas essas defasagens no nosso estado [Paraíba] e resolvemos fazer alguma coisa a respeito. Resolvemos envolver graduandos, alunos de escolas, professores do ensino médio e, por meio de um processo coletivo, falar sobre evolução e Darwin.”

O que o grupo de Allyson fez? Chamou 250 graduandos da UEPB, procurou oito escolas públicas de Campina Grande (PB), envolveu 800 alunos de ensino médio e propôs a ação: era hora de entender Darwin, sem preconceito (de lado a lado). Todo esse processo é descrito no texto para a Genética na Escola, que relata:

Entender o contexto da descoberta e as influências socioeconômicas nas quais as teorias científicas surgem é imprescindível para que o cidadão desenvolva uma perspectiva menos idealizada da ciência. Charles Darwin não era nem herói e nem vilão, apenas um indivíduo como tantos outros que queria compreender como as espécies surgiram e se diversificaram ao longo do tempo.

Para atingir o objetivo, os estudantes-líderes do projeto, junto à UEPB, realizaram exposições científicas nas escolas selecionadas, empregaram alguns livros nas salas de aula do ensino médio e criaram, até, um Cordel do Darwin. [...]

(Ciência Hoje)

Nota: Por que toda essa preocupação com a teoria da evolução? Será que a compreensão dos alunos com respeito à teoria da relatividade, por exemplo, também será alvo da preocupação dos físicos? Encontrar alunos que discordem da teoria da evolução é tão grave assim? É proibido, então, discordar do naturalismo darwinista que posa de ciência? Quem disse que macroevolução é sinônimo de ciência? E que criacionismo é tão-somente religião? E se os criacionistas reivindicassem espaço nas escolas públicas para apresentar sua cosmovisão? Qual seria a reação? Nem é preciso responder, não é mesmo? O que esses nove alunos da UEPB fizeram foi verdadeiramente uma catequização evolucionista; “trabalho missionário” bem-sucedido que levou muitas crianças a adorar o “maior cientista de todos os tempos”: Charles Robert Darwin.[MB]

Pessoas que abandonam a religião têm pior saúde

As pessoas que abandonam sua religião são mais propensas a classificar sua saúde como ruim, comparadas àquelas que participam de grupos religiosos mais rígidos, segundo recente estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, alguns estudos já vêm demonstrando os benefícios para a saúde da participação em atividades religiosas, e a nova pesquisa indica que abandonar um grupo religioso rígido pode ter influência negativa na percepção da saúde. Avaliando dados de mais de 30 mil pessoas, colhidos em diversas pesquisas sociais realizadas entre os anos de 1972 e 2006, os pesquisadores descobriram que 40% das pessoas que participavam de grupos religiosos rígidos classificavam sua saúde como excelente, com essa taxa caindo para 25% entre as pessoas que trocaram de religião e para apenas 20% entre aquelas que largaram completamente os grupos religiosos. E os resultados indicaram, ainda, que as pessoas que participavam de grupos mais rígidos tinham percepção mais positiva da própria saúde do que aqueles que eram membros de outros grupos mais liberais.

Segundo os pesquisadores, as religiões consideradas mais rígidas seriam aquelas que impõem normas sociais, morais e físicas mais firmes para seus membros, incluindo a proibição a comportamentos prejudiciais à saúde, como o consumo de álcool e o hábito de fumar. E essas regras, aliadas à existência de maior apoio social formal e informal nessas religiões, poderiam ajudar a explicar a melhor percepção da saúde por parte dos membros desses grupos.

“A solidariedade e o apoio social podem ter benefícios psicológicos. E isso poderia levar a certos benefícios para a saúde”, explicou o pesquisador Christopher Scheitle, que coordenou o estudo. Além disso, segundo o especialista, o fato de sair de um grupo religioso pode ser estressante, porque, nesses casos, as pessoas geralmente perdem sua rede de apoio social.

(PennState News Source, 22 de setembro de 2010)

terça-feira, setembro 28, 2010

Titã, assim como Marte, não suportaria vida

Titã, uma das luas de Saturno, é a única lua do planeta solar com atmosfera, dez vezes mais densa que a atmosfera da Terra. Cinco anos atrás, a missão Cassini–Huygens para Saturno, uma colaboração entre a Agência Espacial Europeia e a NASA, mandou uma sonda através da atmosfera daquela lua, que revelou paisagens que incluem montes, vales e lagos. Seriam estes últimos formados por água? Um pesquisador da missão, Akiva Bar-Nun, da Universidade de Tel Aviv, determinou a composição desses lagos. Levando em consideração os componentes químicos da atmosfera de Titã, ele demonstrou que os lagos não são compostos por água, mas por hidrocarbonetos líquidos, como etano e metano, que também são encontrados na Terra em reservas de petróleo e gás. Sua análise aprofundada da composição química da atmosfera de Titã e seus lagos foi publicada recentemente no Journal of Geophysical Research – Planets. "A atmosfera de Titã é única e não inclui nitrogênio e oxigênio como a da Terra, mas nitrogênio e metano", diz Bar-Nun. A irradiação solar na atmosfera da lua de Saturno produz uma variedade de gases hidrocarbonetos, que são condensados e caem na superfície. Uma vez que atingem a superfície fria de Titã eles liquifazem, transformam-se em chuva e se acumulam em lagos. "Mas você não ia querer dar um mergulho neles nas férias de verão", afirma o cientista, em tom de brincadeira.

A irradiação solar mais esses hidrocarbonetos na atmosfera produzem minúsculos glóbulos de polímeros, ou aerossóis, que dão a Titã seu famoso brilho laranja. Os processos químicos em Titã são diferentes dos que ocorrem na Terra porque no ar de lá não há vapor de água – por isso seus lagos não têm água. Isso faz desmoronar as alegações frequentes de que Titã poderia ser um laboratório para saber como surgiu a vida na Terra.

(Época)

Nota: Por muito tempo se alardeou que Marte e mesmo Titã poderiam ter formas de vida, numa busca desesperada por evidências de que a vida, afinal de contas, poderia surgir em algum lugar fora da Terra. Depois de muitos artigos sensacionalistas, capas de revistas, livros e até filmes, percebeu-se que tudo não passava de ilusão. A menos que existam seres com fisiologia e metabolismo totalmente diferentes dos daqueles que habitam a Terra (e absolutamente nada indica que isso seja um fato), com exceção de nosso planeta projetado para acolher vida, nosso sistema solar é um local inóspito. Mas isso não significa que não possa existir vida inteligente em outros planetas alhures (leia aqui).[MB]

Leia também: "Busca por ETs: que ciência é essa?"

Por que os apóstolos batizavam em nome de Jesus?

Se Jesus disse que o batismo deveria ser realizado “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19), por que os apóstolos batizavam em nome de Jesus (At 2:38; 8:16; 10:48; 19:5)?

Antes de estudar o que o Novo Testamento ensina sobre o batismo, precisamos entender o que significava um “nome” para os primeiros cristãos. Para nós, essa é apenas uma palavra que permite identificar alguém ou alguma coisa. Mas, na Bíblia, “nome” tem um significado muito mais profundo e belo. Ele representa todas as qualidades de alguém, seu verdadeiro caráter, tudo aquilo que a pessoa realmente é (ver Gn 11:3; 27:36; Êx 5:23; Nm 1:2; 26:53; 1Sm 17:45; 18:30; 2Sm 8:13; 1Rs 21:8; Is 56:5; Mc 6:14; Lc 6:22; At 1:15; Fp 2:9; Ap 3:1, 4). [Leia mais]

segunda-feira, setembro 27, 2010

Deus Se revela

Deus é infinito e uma das maiores dificuldades para os seres humanos caídos é compreender a revelação desse Deus. Por isso Ele falou e fala de “muitas maneiras” (Hb 1:1). Vejamos algumas delas:

Revelação natural – “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens [incrédulos] são, por isso, indesculpáveis” (Rm 1:20).

Em 9 de outubro de 2009, a matéria de capa da revista Science destacou a incrível arquitetura do genoma e a capacidade que o DNA tem de armazenar quantidade formidável de informação que supera em muito os maiores computadores conhecidos. “Nós sabemos há muito tempo que o DNA, em pequena escala, tem o formato de espiral dupla”, disse o pesquisador Erez Lieberman-Aiden. “Mas se a espiral dupla não se dobrasse, o genoma de cada célula teria dois metros de comprimento. Os cientistas de fato não entendiam como a espiral dupla se dobra para caber no núcleo de uma célula humana, que tem cerca de um centésimo de milímetro de diâmetro.”

O genoma adota organização muito incomum, conhecida como fractal. A arquitetura específica que os cientistas encontraram, chamada “glóbulo fractal”, permite que a célula empacote o DNA em um formato incrivelmente denso – a densidade de informações alcançada é trilhões de vezes mais alta do que a encontrada em uma memória de computador! E isso sem permitir que o genoma se embarace ou dê nós, o que inviabilizaria o acesso da célula ao seu próprio genoma. Além disso, o DNA pode facilmente ser desdobrado e novamente dobrado durante os processos de ativação genética, repressão genética e replicação celular.

No livro Signature in the Cell (Assinatura na Célula), o Dr. Stephen Meyer mostra que o código digital embutido no DNA aponta poderosamente para o design inteligente e ajuda a desemaranhar o mistério que Darwin não conseguiu: Como a primeira forma de vida surgiu? As pesquisas do Dr. Meyer mostram que as novas descobertas científicas estão apontando para o design inteligente como a melhor explicação para a complexidade da vida e do Universo.

Um milagre chamado Homeobox – Na matéria “Genética não é destino”, a revista Veja (22/4/2009) aponta outra maravilha relacionada à reprodução: “Embora bastante investigados, os mecanismos que levam à concepção de um ser humano ainda guardam mistérios para a ciência. Durante os nove meses de gestação, o zigoto, célula única que resulta da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, divide-se paulatinamente até se transformar nos 100 trilhões de células que formam os 220 tipos de tecido do corpo humano. O que ainda intriga os cientistas é como essa divisão se dá de modo tão organizado que o resultado é um bebê com dois olhos, dois ouvidos, dois braços, duas pernas – tudo sempre no mesmo lugar e distribuído de forma simétrica. O que impede que um zigoto produza aleatoriamente um ser com pés nos ombros e nariz no umbigo? Essa é uma das questões centrais da embriologia, ramo científico que estuda o desenvolvimento fetal.”

Uma das descobertas recentes relacionadas a esse assunto foi a do gene controlador homeobox, que age acionando outros genes e garantindo seu correto funcionamento, produzindo órgãos diferenciados a partir das células iniciais iguais. O texto diz que “esses genes mantiveram-se praticamente intactos durante a evolução” e que “são eles que ensinam aos outros genes o caminho a seguir para dar continuidade às espécies e não deixam a receita da vida perder o caminho”.

A pergunta é: Como o homeobox surgiu? E até que isso acontecesse, não deveria ter ficado um rastro de anomalias no registro fóssil? Ao invés disso, o que se percebe é a simetria, de alto a baixo da coluna geológica...

Complexidade do cérebro – No livro Como o Cérebro Funciona (Publifolha), John McCrone afirma que o cérebro humano “é o objeto mais complexo que o homem conhece. Dentro dessa massa aparentemente grosseira e disforme há o maior projeto de design já visto”. McCrone prossegue: “Um cérebro humano tem aproximadamente 100 bilhões de neurônios células nervosas cerebrais. Cada um desses neurônios pode fazer entre mil e várias centenas de milhares de sinapses. Uma sinapse é a junção entre dois neurônios. Logo, o seu cérebro é capaz de produzir cerca de 1.000 trilhões de conexões. [...] Estamos apenas começando a decifrar o cérebro, um órgão extremamente complexo. [...] Se a substância branca de um único cérebro humano fosse desenrolada, formaria um cordão longo o suficiente para dar duas voltas ao redor do globo terrestre. Então, imagine só... Tudo isso, os neurônios e as suas conexões, as células de apoio, o cabeamento, fica emaranhado dentro de seu crânio.”

Não é à toa que Davi tenha escrito: “Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139:14).

Revelação escrita – A criação revela o design inteligente que aponta para o designer. Mostra as digitais do Criador. Mas não diz muito a respeito do caráter, dos sentimentos e propósitos desse Criador. Por isso, Ele resolveu tornar esses aspectos mais claros e permanentes na forma de um livro divino-humano, escrito por pessoas escolhidas, mas inspirado pelo Espírito Santo.

Moacyr Scliar escreveu: “O que dizer de um livro que está traduzido em 2.167 idiomas e dialetos, que, no último século, teve edições totalizando mais de 2 bilhões de exemplares, está ao alcance de 85% da humanidade e é lido há cerca de 3 mil anos? Que tal coisa não existe, responderia um editor incrédulo (sobretudo um editor brasileiro, acostumado a pequenas tiragens). Mas existe, sim. Esse livro é a Bíblia, que merece, com justiça, o título de maior best-seller de todos os tempos. [...] Como se explica que um livro que começou a ser escrito há quase três mil anos, ainda tenha tantos, e às vezes tão importantes, leitores? Uma pergunta tanto mais significativa quando se considera que textos envelhecem... A Bíblia é uma exceção. Trata-se de um livro eminentemente legível, mesmo em tradução, e mesmo nos dias atuais, uma fonte de sabedoria e ensinamento até para pessoas não religiosas” (Biblioteca Entre Livros, maio de 2008).

Arqueologia bíblica – Essa área de estudos demonstra a veracidade das Escrituras. Apenas um exemplo entre inúmeros: o livro do profeta Daniel, no capítulo 5, menciona que o rei de Babilônia em 539 a.C. era Belsazar. Mas a história oficial afirmava que esse homem nem sequer existira. “Para vexação de tais críticos, W. Fox Talbot publicou em 1861 a tradução de uma oração – escrita em caracteres cuneiformes – oferecida pelo rei Nabonidus, na qual ele pede aos deuses que abençoem seu filho Belsazar!” (H. Fox Talbot, “Translation of Some Assyrian Inscriptions”, Journal of the Royal Asiatic Society 18 [1861]:195 – citado por C. Mervyn Maxwell, no livro Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, p. 91).

Os críticos, então, aceitaram a existência de Belsazar, mas em sua resistência contra a Palavra de Deus, alguns deles continuaram insistindo que Belsazar jamais fora identificado como rei, fora da Bíblia. Até que, em 1924, foi traduzido e publicado o Poema de Nabonidus (Tablete nº 38.299 do Museu Britânico) por Sidney Smith. Esse documento histórico oficial atesta que Nabonidus deixou Babilônia e se dirigiu a Tema, e no trono deixou quem? Belsazar! Daniel vivia na corte de Babilônia e estava familiarizado com esse costume de o filho assumir o cargo do pai, quando este saía em excursões militares.

Revelação pessoal – Jesus Cristo e “a imagem do Deus invisível” (Cl 1:15). Ele assumiu a forma humana para transpor a barreira entre o divino e o humano e Se relacionar de perto com Suas criaturas. Por isso Jesus é Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1:23). Deus caminhou entre nós! Sentiu fome e sede. Experimentou perseguição e abandono. E, finalmente, sem pecado, morreu como malfeitor a fim de que pudesse oferecer vida eterna aos que mereciam a morte eterna.

Jesus disse de Si mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (Jo 14:6). E João registrou: “No princípio era o Verbo [Logos], e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dEle.”

Revelação plena – Jesus Cristo é vida e todos os que O recebem têm a promessa da vida eterna: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21:3). Você leu com atenção? Habitando a Terra recriada e libertos das maiores limitações humanas – o pecado e a mortalidade – seremos capazes de contemplar o Criador face a face e vislumbrar dimensões até então inimagináveis! Poderemos obter respostas às nossas mais profundas inquietações – com o próprio Criador do Universo!

Mas não se esqueça: primeiro é preciso chegar lá!

Michelson Borges

Mais: faça o download da palestra "Deus Se Revela" (clique aqui).

Teoria Sintética: contradição, redundância e ambiguidade

O palavra “teoria” possui duas acepções distintas. Em sentido abrangente, significa “conjunto de conhecimentos”. Em sentido restrito, refere-se a uma proposição explicativa para um fenômeno natural, cuja comprovação se dará por meio de experimentos. No que diz respeito ao estudo da evolução, ao se falar de “Teoria Sintética”, deve-se levar em conta pelos menos um dos seguintes problemas:

1. Redundância: quando nos referimos a uma teoria em sentido genérico, uma vez que todas as teorias, nesse aspecto, são sintéticas.

2. Contradição ou oximoro: se nos referimos à teoria em seu sentido estrito, ela não pode ser sintética, já que remete ao aspecto exato e preciso da realidade, para a qual supostamente se há de fornecer uma explicação que se provará experimentalmente.

Portanto, Teoria Sintética, Evolutionary Synthesis, Extended (ou “expanded”) Evolutionary Synthesis, Modern Synthesis, etc., são termos redundantes ou contraditórios.

Também pode acontecer que se queiram mesclar ambas as acepções, criando-se outro tipo de teoria (genérica e estrita), a fim de fazê-la passar por uma teoria científica (em sentido estrito), mantendo-se assim uma ambiguidade que, desde Darwin, sempre guiou o estudo da evolução, e que consiste numa explicação (a Seleção Natural) que não explica nada, que não pode ser submetida à experimentação e que, muito mais do que explicação, faz-se passar por fatos, processos, teoria ou qualquer outra coisa que lhe seja conveniente.

(Tradução livre de “Teoría sintética: contradicción, redundancia y más ambigüedad”, de Emilio Cervantes; via Humor Darwinista)

sexta-feira, setembro 24, 2010

Físico defende que ignorância religiosa seja exposta

O renomado físico norte-americano Lawrence M. Krauss, da Universidade do Estado do Arizona (Estados Unidos), tem se destacado não só por sua pesquisa teórica, mas também por ser severo crítico da ignorância – palavras dele – promovida pela religião. Publicou recentemente, na Scientific American, belo comentário sobre a estranha atitude da Fundação Norte-americana para a Ciência (NSF, na sigla em inglês) de retirar, de um tradicional questionário bienal, questões que contrapõem religião e ciência. Na verdade, conta Krauss, as perguntas da seção foram feitas, mas não divulgadas. Porém, as respostas parecem ter vazado para a revista Science, que publicou um quadro geral sobre elas. Exemplos: nos Estados Unidos, só 45% das pessoas acreditam que os humanos se desenvolveram de espécies anteriores de animais (78% no Japão; 70% na Europa; 69% na China; 64% na Coreia do Sul). Cerca de um terço dos adultos norte-americanos crê que o homem e outros seres vivos sempre existiram na forma que têm atualmente.

Krauss comenta que o questionário da NSF tem mostrado, com mais intensidade nos últimos anos, que os adultos naquele país estão menos desejosos em aceitar, por exemplo, a evolução e o Big Bang como fatos, quando comparados a adultos de outros países.

Poderia ser mais uma crítica ao modo como pessoas religiosas são levadas, por suas crenças, a escolher entre mito e realidade. Mas o físico teórico espeta também a própria NSF, alegando que a atitude de “esconder” como a religião semeia ignorância é (ainda) tabu.

Ele finaliza o comentário relatando outros conflitos recentes entre essas duas searas: uma freira excomungada por um bispo no Texas porque autorizou o aborto de uma mulher de 27 anos, mãe de quatro filhos, que corria risco de morte caso seguisse com a gravidez.

Sobram, para o religioso, palavras duras: “Geralmente, um homem que, sem piedade, deixa uma mãe morrer e torna os filhos dela órfãos deveria ser chamado monstro; e isso não deveria ser diferente porque ele é um clérigo.”

Outro conflito: um candidato do Alabama que, depois de ser atacado pela União Estadual dos Professores pelo fato de defender o ensino da evolução, negou ter apoiado a inclusão do tema em sala da aula, por temer por seu futuro político.

“Se não estivermos dispostos a denunciar a ignorância religiosa em qualquer lugar em que ela surja, encorajaremos políticas públicas irracionais e promoveremos a ignorância em detrimento da educação de nossas crianças.”

(Ciência Hoje)

Nota: Krauss comete o erro banal de confundir darwinismo com ciência, assim como há aqueles que confundem catolicismo com cristianismo. Parece que a posição dele deriva do desespero de constatar que, a despeito de mais de um século e meio de esforço naturalista para banir o criacionismo, ele continua vivo e forte. O físico também incorre no mesmo erro típico de Dawkins et caterva: toma a parte pelo todo, ou seja, julga todos os religiosos pela atitude de uma freira e um político. Vamos julgar a ciência por seus impostores? Claro que não. Na verdade, concordo com Krauss: a ignorância deve ser exposta e combatida – mas não apenas a religiosa. Pergunte aos darwinistas se eles estão familiarizados com a discussão filosófica que envolve a controvérsia sobre as origens. Pergunte a Dawkins se ele está disposto a discutir publicamente com teóricos do design inteligente ou criacionistas. Pergunte se a grande imprensa está disposta a dar espaço para a exposição dos argumentos contrários à posição evolucionista. Pergunte se há professores capacitados a expor um darwinismo crítico nas escolas. Pergunte se os livros-texto de biologia contemplam as insuficiências epistêmicas do evolucionismo. Krauss também parece ignorar o fato de que muitos professores universitários temem revelar sua opção pelo criacionismo ou pelo design inteligente justamente para não perder o emprego ou não arranhar a carreira. A ignorância de Lawrence M. Krauss também deveria ser exposta.[MB]

Utensílios revelam engenhosidade do “homem primitivo”

Utensílios da Idade da Pedra recentemente encontrados indicam que a espécie humana deixou a África rumo a outros continentes antes do que se imaginava, segundo afirma um grupo de cientistas britânicos. Geneticistas estimam que a migração da África para o Sudeste Asiático e a Austrália ocorreu 60 mil anos atrás [segundo a cronologia evolucionista]. Mas Michael Petraglia, da Universidade Oxford, e colegas dizem que ferramentas achadas na Península Arábica e na Índia indicam que o êxodo começou entre 70 mil e 80 mil anos atrás - e talvez até antes. As descobertas foram divulgadas no Festival Britânico de Ciências, que neste ano ocorreu na Universidade Aston, em Birmingham. “Eu creio que múltiplas populações deixaram a África no período entre 120 mil e 70 mil anos atrás”, disse ele. “Nossa prova são ferramentas de pedra que podemos datar.” [...]

O grupo encontrou as ferramentas de pedra - que medem entre 2 e 10 centímetros - em camadas de sedimentos, cuja idade pode ser medida com o uso de areia e material vulcânico coletados abaixo e acima dos objetos. As ferramentas são basicamente punhais e raspadores. [...]

Pesquisas anteriores se embasavam em análises genéticas de populações modernas para determinar o quão distantes elas estavam dos ancestrais africanos. Segundo Chris Stringer, professor do Museu de História Natural de Londres, esses estudos indicam que humanos deixaram a África há cerca de 60 mil anos, ou ainda mais recentemente.

Para Petraglia, no entanto, pesquisar essas migrações por meio de análises genéticas pode gerar resultados imprecisos, já que não há amostras de DNA dos nossos antepassados para comparar com as amostras dos povos atuais.

(Jornal da Ciência)

Nota: Assim como tem ocorrido com as formas de vida tidas como “simples”, cuja complexidade cada vez recua mais no tempo, percebe-se que os seres humanos, mesmo aqueles tidos como “primitivos”, já faziam uso de ferramentas elaboradas há muito tempo. Na verdade, se os pesquisadores deixarem de lado os fósseis que são claramente de macacos, perceberão que o ser humano sempre foi bastante inteligente e engenhoso - e que a velha história dos homens das cavernas está muito mal contada.[MB]

Leia também: "Ferramentas de pedra eram usadas quase 1 mi de anos [sic] antes que se pensava"

A internet obriga a pensar de forma ligeira e utilitária

Nicholas Carr cutucou a onça da internet com um argumento longo e bem-desenvolvido no livro The Shallows What the Internet is Doing to Our Brains (que poderia ser traduzido como “No Raso o que a Internet Está Fazendo com Nossos Cérebros” e será lançado no Brasil pela Agir). Em poucas palavras, a facilidade para achar coisas novas na rede e se distrair com elas estaria nos tornando estúpidos. Era o que estava implícito no título de um artigo de Carr em 2008 (ele prefere o qualificativo de “superficiais”) que deu origem a uma controvérsia acesa. E, também, ao livro, que já vendeu mais de 40 mil cópias nos Estados Unidos e está sendo traduzido em 15 línguas. Carr recusa a pecha de alarmista, mas sua preocupação com os efeitos não pretendidos das “tecnologias de tela” é tanta que ele recomenda a restrição do acesso de alunos à internet nas escolas. Não descarta que a rede possa evoluir para a veiculação de ideias menos superficiais, mas tampouco vê indícios de que irá nessa direção.

“A internet, sendo um sistema multimídia baseado em mensagens e interrupções, tem uma ética intelectual que valoriza certos tipos de pensamento utilitários”, lamenta o jornalista. Ele já foi assinante de Facebook e Twitter, mas abandonou esses serviços para manter a concentração e a capacidade de refletir em profundidade.

Leia abaixo trechos da entrevista telefônica dada por Carr da casa de parentes em Evergreen, Colorado, onde se refugiou depois de evacuado em consequência de incêndios florestais que se aproximavam de sua casa nas montanhas Rochosas.

Seu livro, The Shallows, deplora a internet como ameaça à mente formada pela invenção de Gutenberg, que nos deu o Renascimento, o Iluminismo, a Revolução Industrial e o Modernismo. Mas a invenção de Gutenberg também não destruiu a mente e a filosofia medievais, assim como toda a cultura clássica greco-romana? Ou seria mais preciso dizer que ambas as invenções amplificaram e continuaram a cultura do passado?

Toda tecnologia de comunicação e escrita traz mudanças. Perdemos coisas do passado e ganhamos outras coisas novas. Isso é verdadeiro mesmo para o período anterior a Gutenberg, com a invenção do alfabeto, pela maneira como alterou a memória humana e nos deu maior capacidade de intercambiar informação. A internet, assim como tecnologias anteriores, amplifica certos modos de pensar e certos aspectos da mente intelectual, mas também, ao longo do caminho, sacrifica outras coisas importantes. [...]

O que pode ser feito em termos práticos e individuais para resistir a essa tendência, reservar algumas horas no dia ou na semana para permanecer desconectado? É o que o Sr. faz nas montanhas do Colorado?

(Risos) Não escrevi o livro para ser do tipo de autoajuda. A mudança que estamos vendo faz parte de uma tendência de longo prazo, na qual a sociedade põe ênfase no pensamento para a solução rápida de problemas, tipos utilitários de pensamento que envolvem encontrar informação precisa rapidamente, distanciando-se de formas mais solitárias, contemplativas e concentradas. Por outro lado, como indivíduos, nós temos escolha. Mesmo que a desconexão se torne mais e mais difícil, pois a expectativa de que permaneçamos conectados está embutida na nossa vida profissional e cada vez mais na visa social, a maneira de manter o modo mais contemplativo de pensamento é desconectar-se por um tempo substancial, reduzindo nossa dependência em relação às tecnologias de tela e exercendo nossa capacidade de prestar atenção profundamente em uma única coisa.

Seu livro lembra o filme Fahrenheit 451 (1966), de François Truffaut, baseado em romance de Ray Bradbury em que as pessoas decoravam livros para impedir que todos fossem destruídos. O Sr. acredita que essa seja a mensagem mais comum extraída dele, a importância de permanecer desconectado para preservar algo que não se deve perder?

Sim, e fico mesmo gratificado com isso. Muitas pessoas que o leram reagiram dessa maneira. O valor do livro para elas, pessoalmente, foi confirmar algo que talvez não tivessem percebido claramente antes, que estão de fato perdendo essa habilidade de ler e pensar em profundidade. Estão questionando sua dependência da nova tecnologia digital e, em alguns casos, tentam moderar o uso das engenhocas e retornar à leitura de material impresso, reservando tempo para contemplação, reflexão e meditação, modos mais solitários e calmos de pensar.

As escolas deveriam restringir o uso de computadores e internet pelos alunos, em lugar de se lançar de cabeça na tecnologia?

Sim. Nos Estados Unidos tem havido uma corrida para considerar que computadores na escola são sempre uma coisa boa, até mesmo uma confusão da qualidade do ensino com o tempo que os alunos passam conectados. É um erro. Certamente os computadores e a internet têm um papel importante a desempenhar na educação, e as crianças precisam aprender competências computacionais, a usar a internet de maneira eficaz. Mas as escolas precisam perceber que essa é uma maneira de pensar diferente de ler um livro. É preciso dar tempo e ênfase, no ensino, para desenvolver a capacidade de prestar atenção em uma única coisa, em vez de mover sua atenção entre diversas coisas. Isso é essencial para certos tipos de pensamento crítico e conceitual. [...]

Meu temor é que, na medida em que empurramos celulares, smartphones e computadores para as crianças em idades cada vez mais precoces, elas não venham a desenvolver as habilidades mentais mais contemplativas e atentas. Isso seria uma grande perda para a cultura, pois a expressão artística requer reflexão mais calma, tranquila, introspectiva. Se as crianças perderem isso, veremos uma diminuição nas realizações culturais e artísticas. [...]

Mas é concebível que a internet possa mover-se numa direção que combine os poderes da informação visual com os do texto para promover pensamentos em profundidade?

Tudo é possível, mas cada tecnologia que usamos para fins intelectuais tem certos efeitos e reflete um conjunto particular de premissas sobre como devemos pensar. A internet, sendo um sistema multimídia baseado em mensagens e interrupções, tem uma ética intelectual que valoriza certos tipos de pensamento utilitários, voltados para a solução de problemas, que encoraja as multitarefas e a rápida transmissão ou recepção de migalhas de informação. A tecnologia pode mudar rapidamente, mas não vejo razão para pensar que vá [noutra direção]. [...]

(Folha.com)

Nota: O que mais me chama a atenção nessa entrevista é a constatação de que as pessoas têm reservado cada vez menos tempo para contemplação, reflexão e meditação. Seja sincero, internauta: Nos últimos meses/anos você leu/estudou mais ou menos sua Bíblia? Leu mais ou menos livros? Quanto do tempo que você dedicava a leituras mais profundas você hoje gasta navegando na internet? Defendo a internet como boa ferramenta para obtenção de informações e disseminação de conhecimento (inclusive para evangelismo), mas nosso pensamento não pode ser formado apenas de informação. O conhecimento não pode ser fragmentário, irrefletido; além disso, precisamos tomar tempo para “aquietar” (Salmo 46:10) e conversar calmamente com Deus. Se não formos “temperantes” também no uso da web, nosso precioso tempo se esvairá e nos tornaremos pessoas superficiais e vazias. Que tal desconectar um pouco agora, ler um livro, a Bíblia ou bater um bom papo com Deus, um amigo ou parente?[MB]

quinta-feira, setembro 23, 2010

Motor da evolução ou mais design superinteligente?

O trabalho do cientista australiano John Mattick tem contribuído para derrubar paradigmas tradicionais da genética. Segundo o professor da Universidade de Queensland, em Brisbane, a programação genética dos organismos multicelulares foi essencialmente mal compreendida durante os últimos 50 anos. O equívoco, conta, residia no pressuposto de que a maior parte da informação era codificada em proteínas por meio do RNA, cujo papel seria reduzido à transcrição desses dados. As pesquisas coordenadas por Mattick, no entanto, ligaram o RNA não-codificador de proteínas à evolução de organismos complexos, à diversidade biológica e à cognição, contribuindo para o desenvolvimento do campo da epigenética – o estudo da parcela de 99% do genoma que não codifica proteínas. [...] Em entrevista concedida à Agência Fapesp, Mattick destacou que o RNA não-codificador de proteínas – até há pouco tempo conhecido como “DNA lixo” – tem um papel regulatório tão importante que pode ser comparado a um software que controla todo o sistema dos organismos complexos.

O senhor afirma que passamos, nos últimos anos, por uma grande mudança de paradigma, que está transformando completamente a forma como entendemos a genética desde a descoberta da estrutura do DNA. O que mudou na genética?

O que realmente mudou tudo, em minha opinião, foram duas descobertas. A primeira é a surpreendente observação de que o número de genes não é muito diferente entre animais muito simples – um verme do solo, como o Caenorhabditis elegans, por exemplo – e humanos. Todos temos aproximadamente o mesmo número de genes convencionais codificadores de proteínas. E a maior parte desses genes é muito semelhante, tem funções parecidas e codifica o mesmo tipo de proteínas.

Por que essa descoberta foi tão intrigante?

Foi uma descoberta chocante, porque, antes dela, o dogma central da biologia molecular dizia que os genes estavam no DNA, eram expressos por algum tempo no código temporário do RNA e, então, eram traduzidos em proteínas, que executavam as tarefas no sistema. Assim, esperava-se que os humanos tivessem muito mais genes e muito mais proteínas do que um verme, por exemplo. Mas isso não ocorre. Temos uma variação maior de proteínas, mas, essencialmente, o mesmo número e o mesmo tipo de genes que esses animais muito simples. No entanto, há uma enorme diferença de complexidade entre um verme – que tem menos de 1 milímetro de comprimento e alguns milhares de células – e um humano, com mais de 100 trilhões de células. Trata-se de um plano celular muito mais complexo, principalmente ao se levar em conta o funcionamento do cérebro. Mas temos o mesmo número de genes, o que indica fortemente que deve haver outro tipo de informação capaz de resultar na construção de algo tão mais complexo.

E qual foi a segunda descoberta?

Foi uma segunda surpresa, coerente com a primeira: a maior parte dos genes presentes no genoma humano não codifica proteína alguma. Parecia ser puro entulho genético – foi chamado de “DNA lixo”. Mas o que é necessário para fazer um organismo mais complexo, como o humano, está sendo transmitido pelo RNA, não pela proteína. Antes disso, todo mundo pensava que o RNA era só um intermediário temporário entre o gene e a proteína.

Esse era o dogma central?

Sim, o DNA é transcrito pelo RNA e copiado na proteína. Esse é o dogma e ele está certo: o DNA faz RNA e alguns RNAs fazem proteína. Esse é o fluxo de informação. O erro é que se pensava que a maior parte da informação do RNA fluía pela proteína. Mas parece que, nos humanos, apenas uma quantidade muito pequena das informações vai para a proteína. A maior parte vai ao RNA. E, agora, estamos conseguindo evidências de que esse RNA está envolvido em regulações muito mais sofisticadas do sistema. Então, para entender como os humanos são programados, temos que pensar não apenas em termos de proteínas, que são componentes mecânicos do sistema. Por trás, há uma arquitetura altamente sofisticada que permite decidir quais componentes devem ser expressos e as mais diversas funções.

O senhor compara os sistemas regulatórios do RNA a um sistema computacional avançado.

Sim. Podemos fazer uma analogia com um sistema sofisticado que é o Boeing 777. Seus componentes mecânicos já eram conhecidos há 50 anos: motores, jatos, aerofólios, bombas hidráulicas e assim por diante. Mas há um mundo de diferenças entre um avião feito em 2010 e outro de 1960, quando os computadores ainda não eram populares e não se usavam fibras ópticas. Os objetos mais sofisticados na nossa sociedade se tornam cada vez mais ricos em informação. E essa informação que está codificada em computadores é transmitida por fibras e fios, que não são precisamente componentes mecânicos, mas sim aparatos de transmissão. Portanto, ir de um objeto simples para outro mais complexo não é apenas uma questão de fazer novos componentes, mas de expandir os sistemas de controle e a arquitetura, no caso dos aviões, para que os componentes funcionem de modos cada vez mais sofisticados.

Estamos começando a vislumbrar que há algo a mais do que os componentes que são observados?

Sim. Se você mostrasse uma aeronave moderna a um engenheiro aeronáutico de 1960, ele seria capaz de entender como ela voa, mas não poderia entender como funciona. Ele precisaria ver sobre o solo, separado do avião, as centenas de quilômetros de fibras ópticas que ele usa, para ter uma ideia. Porque, em 1960, a transmissão digital de informação em alta velocidade não era uma realidade. Então, é como se a biologia ou a evolução tivessem descoberto o caminho dos sistemas digitais de controle de comunicação 1 bilhão de anos antes do esperado [!!!]. Estamos só começando a perceber isso.

O senhor mencionou em sua palestra no Congresso Brasileiro de Genética que o papel de regulação do RNA é particularmente importante no cérebro. Por quê?

As enzimas que fazem a edição de RNA – processo que modifica a sequência de nucleotídeos do RNA mensageiro em relação à sequência de DNA que o codifica – expandiram-se muito durante a evolução dos vertebrados, em especial dos mamíferos e primatas. A edição de RNA ocorre em praticamente todos os tecidos, mas é particularmente ativa no cérebro – e é aproximadamente 30 vezes mais intensa no cérebro humano do que no do rato. Talvez a edição de RNA seja a conexão entre o genoma e o ambiente e sua expansão foi criticamente importante para a evolução da plasticidade e dos mecanismos de aprendizagem e memória. A regulação do RNA parece ser central não apenas para o desenvolvimento, mas também para a capacidade de alterar plasticamente a informação genética codificada.

Quando começaram as descobertas que possibilitaram essa quebra de paradigmas?

Comecei a publicar sobre isso em 1994, mas foi há cerca de dez anos que essa informação realmente começou a circular. Em parte, devido à descoberta dos micro-RNAs regulatórios, mas principalmente graças ao Projeto Genoma Humano. Porque todo mundo esperava que o homem tivesse mais genes do que um verme. E não foi o caso. Então, começamos a descobrir que o RNA tinha muito mais importância do que se supunha. Essa revolução vem ocorrendo nos últimos dez anos, mas a maior parte das pessoas envolvidas com a biologia molecular ainda está considerando essa releitura. É algo ainda revolucionário, mas que está sendo cada vez mais aceito.

Qual a consequência dessa mudança de rumo? O que muda na ciência?

Acho que o que muda realmente é a ideia simplista de como a genética funciona. Ficamos muito mais sofisticados. É um pouco como ter mudado da física newtoniana para a física relativista – embora essa não seja uma analogia muito boa. Mas, de certo modo, é como se o mundo da programação genética ficasse muito mais sofisticado, complexo e diferente do que pensávamos. Ainda trabalhamos com moléculas, com DNA e com proteínas. Mas o RNA é o grande personagem hoje. Todo mundo pensava que ele era só um intermediário temporário entre o “disco rígido” e a proteína. Mas as pessoas vão começar a considerar que o RNA não é apenas um intermediário e entender que ele é o motor computacional da célula e do desenvolvimento. É também o motor computacional do cérebro. Assim, uma vez que entendermos esse princípio, poderemos começar a explorá-lo.

Como estudar uma genética que assume tamanha complexidade?

Algumas pessoas dizem que, com essas descobertas, a genética está ficando complicada demais. Acho que nunca vamos conseguir entender um sistema a menos que entendamos sua complexidade, pelo menos no plano conceitual. Assumindo a complexidade dos princípios, poderemos começar a fazer perguntas que vão mais adiante e trabalhar sobre o que está de fato ocorrendo. Então, é realmente mais complicado, mas o primeiro passo é entender que de fato é mais complicado. E o segundo passo é buscar um meio para explorar esse novo espaço.

Isso tudo muda a maneira de fazer perguntas científicas?

Não mudam as questões, mas muda a maneira como vamos procurar por respostas. As grandes questões continuam sendo como o desenvolvimento funciona e como o cérebro funciona. As perguntas ainda são as mesmas. Mas acho que agora temos uma plataforma muito mais bem formada para começar a responder essas perguntas. Há todo um mundo cuja existência nem suspeitávamos. Estamos só começando. Levaremos um longo tempo para sair desse ponto, mas o primeiro passo conceitual é muito importante e ele está sendo dado neste exato momento. [Os itálicos ao longo do texto foram acrescentados por mim.]

(Agência Fapesp)

Nota: É bom viver para ver caírem paradigmas teimosamente defendidos por ultradarwinistas empedernidos. Em discussões, tive que ouvir muitas vezes que o tal “DNA lixo” não tinha função alguma e que era tão-somente subproduto de milhões de anos de evolução. Mais ou menos como o velho argumento dos “órgãos vestigiais” dos quais hoje se conhece a função (frequentemente vital). Mattick faz comparações muito felizes (software avançado, Boeing 777, fibra ótica) para ilustrar a complexidade da vida, mas o paradigma naturalista parece tão entranhado em sua mente que ele atribui essa complexidade toda à biologia e à evolução! Duvido que ele atribua a origem do avião ou dos softwares a causas naturais... Outra coisa: se o RNA é tão mais complexo do que se supunha, a ponto de ser chamado de “motor computacional da célula”, como a vida pode ter existido sem esse “motor”? Afinal, não nos dizem que foi o RNA autocatalítico (seja lá o que for) que “surgiu” primeiro? Mistérios de complexidade...[MB]

Leia a mesma entrevista com os comentários de Enézio de Almeida Filho.

O Fim do Começo

Carolina Costa Cavalcanti é jornalista, pedagoga e mestre em Tecnologias Educacionais. Atua como designer instrucional dos cursos a distância do CEPA-USP e assessora pedagógica em educação a distância da Agenda Pública. É filha de um dos casais de músicos mais queridos da Igreja Adventista do Sétimo dia: Williams Costa Jr. e Sonete. Colabora como escritora do site www.eoqha.net e tem seu próprio blog: www.carolina-cavalcanti.blogspot.com. Lançou neste mês, pela Casa Publicadora Brasileira, a ficção O Fim do Começo. Carolina concedeu a seguinte entrevista ao também escritor Denis Cruz:

Carolina, você vem de uma família de músicos. Por que escolheu as letras e não as cifras?

Escolhi as letras por ser, pelo menos para mim, muito mais fácil. Uma questão de dom mesmo. Quando era criança tive que estudar piano; imagina, meu pai é compositor e minha mãe cantora. Não deu muito certo, sabe. Odiava praticar e não levava jeito para isso. Na música, só tinha jeito para cantar. Meus pais queriam tanto que fosse pianista, mas não deu certo. Assim que fui para o colégio interno, aos 15 anos, deixei de estudar piano. Entretanto, aos 15 anos, já havia escrito três livros. É lógico que nunca serão publicados. Escrevia por diversão e só para mim mesmo. Era algo que me fazia feliz. [...]

Agora fale um pouco do seu livro, O Fim do Começo. O que o leitor pode esperar dele?

O Fim do Começo é uma história que surgiu no meu coração há mais de dez anos. Queria que, de alguma forma, os jovens parassem para pensar em questões realmente importantes e que podem ser determinantes para sua salvação. Acima de tudo, o livro contém uma história envolvente, fictícia e baseada em fatos reais. Tem linguagem simples, personagens interessantes e muitas surpresas. Fico muito feliz ao pensar nesse projeto. Graças a Deus, tenho recebido inúmeras mensagens de pessoas que começaram a ler o livro e só conseguiram parar no fim. Elas me agradecem pela história e eu louvo a Deus em meu coração por saber que isso é resultado de muita oração.

E como surgiu a ideia de escrever essa história?

Esse é um projeto missionário que comecei a produzir no ano 2000. Na época, tinha acabado de me formar na faculdade de Jornalismo e ainda não sabia o que iria fazer da vida. Decidi escrever o livro. Depois de seis meses, havia escrito metade do livro. Entrei no mestrado, depois comecei a trabalhar em uma universidade e já não tinha tempo para investir no projeto. Quando meu primeiro filho nasceu, em 2007, decidi que aquele era o momento. Aproveitei o período da licença maternidade para escrever. Enquanto o bebê dormia de manhã, eu escrevia um trecho da história. Lógico que foi necessário adaptar muito daquilo que havia escrito no ano 2000. A visão de mundo que tinha na época era diferente. Agora era esposa, mãe, professora... tinha mudado. A história foi adaptada e concluída. Fiquei feliz com o resultado.

Você acha que ficções têm papel relevante no evangelismo atual?

Creio que as ficções de cunho cristão têm um papel muito importante, pois permitem que as verdades bíblicas sejam abordadas de maneira leve, simples e acessível. Além do mais, existem muitas pessoas que gostam de ler e, por falta de opção, acabam se voltando para os romances seculares que não enriquecem sua vida espiritual, muito pelo contrário. É necessário dar melhores opções para esses leitores. Daí a importância de estimular jovens autores a produzir livros de qualidade que tenham uma mensagem que modifique vidas, que leve as pessoas a Cristo.

(http://denis-cruz.blogspot.com/2010/09/entrevista-com-escritora-carolina-costa.html)

Para saber mais sobre O Fim do Começo, clique aqui. Para adquirir o livro, clique aqui.

Dez estratégias de manipulação midiática

O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “Dez estratégias de manipulação” através da mídia:

1. Estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

2. Criar problemas, depois oferecer soluções. Esse método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3. Estratégia da gradação. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4. Estratégia do deferido. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para se acostumar com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chega o momento.

5. Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

8. Estimular o público a ser complacente na mediocridade. Promover no público a ideia de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9. Reforçar a revolta pela autoculpabilidade. Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de se rebelar contra o sistema econômico, o individuo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo no qual um dos efeitos é a inibição da ação. E, sem ação, não há revolução!

10. Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem. No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto física quanto psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce controle maior e grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si mesmos.

(Instituto João Goulart)

Nota do blog Diário da Profecia: “A plena semelhança com os dias em que vivemos não é mera coincidência. Sem contar que esse estado de alienação que vem sendo verticalmente disseminado na massa é algo absolutamente necessário para a caracterização do quadro profético esperado nos últimos dias deste planeta.”

quarta-feira, setembro 22, 2010

Podemos crer na criação segundo a Bíblia?

Posso acreditar em Jesus e na Bíblia, mas sem acreditar em mitos ultrapassados como Adão e Eva, e Noé e o Dilúvio?

Hoje, existem três interpretações sobre a história de Gênesis. A primeira afirma que o autor de Gênesis pretendia que os leitores compreendessem as narrativas como literais e historicamente verdadeiras. Eles afirmam, no entanto, que a maior parte de Gênesis não aconteceu de fato. A segunda interpretação nega que o autor de Gênesis pretendia que as narrativas fossem compreendidas como literais ou históricas. Em vez disso, elas foram escritas para serem interpretadas de maneira simbólica, para transmitir apenas verdades morais e espirituais. A terceira interpretação afirma que o autor de Gênesis pretendia descrever eventos literais e históricos relacionados à Criação, ao Dilúvio, e assim por diante. Além disso, defendem a exatidão e veracidade da história. Portanto, pensam que a Criação ocorreu em seis dias de 24 horas e que houve um dilúvio global. Com quem está a razão? [Leia mais]

Para cientistas, mar pode ter sido dividido pelo vento

A famosa passagem da Bíblia em que Moisés divide o Mar Vermelho pode ter sido real, segundo simulações feitas em computadores. A história do Livro do Êxodo diz que os judeus estavam fugindo do Egito, liderados por Moisés, e com o exército do Faraó em seu encalço. Moisés ergueu seu cajado e dividiu o Mar Vermelho, para que os judeus pudessem passar pelo meio das águas. Quando o exército do faraó tentou persegui-los, a água do mar caiu sobre os soldados, fazendo com que os judeus ficassem a salvo. Agora simulações feitas por cientistas americanos mostram que uma espécie de ponte poderia ter sido aberta em um determinado local do Mar Vermelho, ajudando os judeus a atravessarem as águas em segurança.

As pesquisas mostram que um vento leste forte poderia ter empurrado a água para um local onde um rio desaguava em uma lagoa. Com a água sendo empurrada para dois lados (para o natural e pelo vento leste) uma ponte seria aberta e pessoas poderiam atravessar em segurança. Assim que o vento parasse, a água voltaria ao seu lugar original.

Segundo um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, Carl Drews, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA, a simulação bate com a situação apresentada pelo Livro do Êxodo – desde que um vento leste forte tenha soprado durante algum tempo.

Outros cientistas já tentaram explicar esse milagre de Moisés. Outra hipótese levantada é de que um tsunami tenha feito as águas se retraírem e voltarem rapidamente, mas nada foi comprovado.

(Hypescience)

Nota: Tremenda coincidência teria sido o mar se abrir justamente quando os hebreus pisaram em sua margem e se fechar exatamente quando eles passaram a salvo! Que vento ou tsunami controlados e sincronizados teriam sido esses? Não seria mais fácil e coerente admitir que ocorreu algo sobrenatural ali? O que significa para o Criador do universo abrir um canal por entre as águas do Mar Vermelho, a fim de fazer com que Seu povo passasse a pés secos e avistando duas colunas de água, à direita e à esquerda, conforme relata a Bíblia? Mais informações aqui e aqui. O que chama a atenção mesmo é que se trata de um artigo científico com tema religioso com revisão por pares! Bom começo?[MB]

Bill Clinton entra na onda ECOmênica

O ex-presidente americano Bill Clinton estabeleceu a relação entre os desastres climáticos recentes com o caos climático provocado pelas emissões humanas. Ele falou isso no evento anual da Clinton Global Initiative, um projeto liderado por ele para combater as mazelas sociais do planeta. No evento do ano passado, Clinton enfatizou estratégias para dar poder às mulheres e investimentos em energia. Este ano, o foco foi a capacidade global para atender as populações em desastres de grandes proporções. O ano de 2010 está pródigo em eventos climáticos extremos. As enchentes recordes no Paquistão desabrigarão milhões de pessoas. A onda inédita de calor na Rússia quebrou a safra do país. Chuvas fora do padrão inundaram Rio e São Paulo no início do ano. E agora a Amazônia parece que entra na maior estiagem das últimas décadas. O aquecimento global também está aí. Os 8 primeiros meses deste ano foram os mais quentes da história, segundo medições das agências NASA e NOAA americanas.

Clinton destacou como o aquecimento global deve aumentar a frequência de desastres naturais como enchentes, ondas de calor e furacões. “A incidência de desastres naturais economicamente devastadores vai acelerar em todo mundo com as mudanças no clima”, afirmou.

Esses desastres, e seus custos econômicos e sociais (além da perda inestimável de vidas humanas), não são levados em conta quando os governos decidem postergar medidas para conter o aquecimento global. O argumento é o preço de combater o aquecimento, reduzindo emissões poluentes com investimentos em energia limpa ou diminuição do desmatamento. Mas na medida em que os desastres climáticos vão se acumulando, fica também cada vez mais evidente o custo de deixar nossa descarga de gases poluentes na atmosfera crescendo no ritmo atual.

Seria bom se a expressão de Clinton sensibilizasse pelo menos os americanos que têm uma lei para redução de emissões emperrada há meses no Congresso. Como os EUA são o país mais rico e mais emissor, só com a aprovação dessa lei é realista esperar qualquer avanço nas negociações internacionais.

(Época)

Nota: Como se não bastassem Al Gore e os cientistas do IPCC da ONU, agora a turma do ECOmenismo (que quer unir o mundo para salvar a “mãe Terra”) ganhou um reforço de peso: o ex-presidente norte-americano Bill Clinton. Lembre-se de que uma das “medidas para conter o aquecimento global” tem que ver com o descanso dominical e que o país-chave para encabeçar a redução da emissão de gases são os EUA.[MB]

terça-feira, setembro 21, 2010

Neurônios entram em sintonia para que cérebro funcione

Na hora de realizar tarefas complexas, há algo a mais de que o cérebro precisa: ritmo. Segundo estudo feito na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, ritmos corticais fazem com que grupos de neurônios espalhados por diversas regiões do cérebro sejam convocados para realizar uma atividade coordenada, como se fossem um regente conduzindo as várias seções de uma orquestra. O estudo será publicado esta semana no site e sairá em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os atos mais simples, como abaixar para apanhar uma folha de papel, exigem uma coordenação notável de múltiplos grupos de neurônios, de modo a perceber o objeto, a distância que ele se encontra, quando usar os músculos necessários para abaixar, esticar o braço, agarrar a folha e assim por diante.

Os neurocientistas ainda não sabem bem como esses grupos de células cerebrais dispersas em regiões diferentes e distantes umas das outras ligam-se entre si de modo que tarefas simples ou complexas possam ser realizadas. “Um dos principais problemas atuais da neurociência é compreender como saímos de bilhões de neurônios distintos e independentes, de um lado, para, do outro, um cérebro unificado capaz de atuar em um mundo complexo”, disse Jose Carmena, professor assistente do Departamento de Engenharia e Ciências da Computação, um dos autores do estudo.

A ideia de grupos de neurônios anatomicamente dispersos, mas funcionalmente relacionados, foi descrita pela primeira vez pelo neurocientista canadense Donald Hebb, em 1949, no livro The Organization of Behavior. “Ele basicamente disse que neurônios isolados não são as unidades mais importantes na operação cerebral e que o que realmente importa é a montagem das células”, disse Ryan Canolty, outro autor do estudo.

Hoje se sabe que grupos de neurônios não apenas precisam trabalhar em conjunto para a realização de uma determinada tarefa, mas que esses grupos têm que unir forças com outros, em partes distintas do cérebro, como em regiões responsáveis pela cognição e pelo controle dos movimentos do corpo. [...]

“Se os neurônios se importassem apenas com o que ocorre em seu ambiente local, seria difícil fazer com que trabalhassem em conjunto caso estivessem em diferentes áreas corticais. Mas quando múltiplos neurônios, espalhados por todo o cérebro, são sintonizados em um padrão de atividade elétrica em uma frequência específica, então sempre que o padrão de atividade global ocorrer esses neurônios podem atuar em um agrupamento coordenado”, disse Canolty. [...]

(Diário da Saúde)

Nota: “Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formate; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:14).

Michael Ruse e o “canto da sereia de Darwin”

Numa entrevista feita pelo site espanhol “Desde el Exilio”, perguntaram a Michael Ruse sobre como evoluiu a teoria evolucionista. E sua resposta: “Obviamente o advento de Darwin em 1859 foi importante, porque estabeleceu a evolução como um fato. O trabalho de Mendel, redescoberto em 1900 foi crucial, assim como a fusão da genética mendeliana e a seleção natural na década de 1930 na criação do neodarwinismo. Desde então tem havido importantes mudanças, especialmente com a chegada da biologia molecular e o ápice do desenvolvimento da biologia evolutiva (evo devo).”

Veja só que interessante! Os darwinistas falam da genética mendeliana, uma teoria experimentalmente estabelecida, como se fosse uma consequência óbvia das ideias de Darwin. Ora, é fato que nenhum dos mecanismos evolutivos teve a menor importância nas experiências realizadas por Mendel. A genética de Darwin se baseava numa tal Pangênese, que hoje lhe renderia um belo “Darwin awards”, pela sua esquisitice. Os louros que deveriam ir para a cabeça do monge Gregor Mendel foram darwinianamente colocados na fronte de Charles Darwin. No darwinismo não são apenas os “mais aptos” que sobrevivem, mas também os “mais espertos”.

(Humor Darwinista)

Pelagornis: o pássaro gigante com a maior envergadura

Segundo cientistas, um pássaro enorme alcançou o recorde mundial de envergadura. Essa ave, que voava pelos céus chilenos 50 ou 100 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], tinha uma envergadura de pelo menos 5,18 metros. A medida se baseia em ossos da asa em bom estado de conservação (70% completos) dessa espécie recém-nomeada Pelagornis chilensis. O animal pesava cerca de 29 quilos e pertencia a um grupo conhecido como “pelagornithids”, aves caracterizadas por bicos finos e longos com muitos espinhos, projeções parecidas com dentes. Essa nova espécie foi uma ave marinha do norte do Chile, mas fósseis de outros pássaros ósseo-dentados foram encontrados em outros continentes. É provável que todas essas espécies tenham sido enormes.

Os pesquisadores acreditam que as aves voavam à procura de alimentos, como peixes e lulas. Uma vez que a presa fosse detectada, as aves cruzavam a superfície do mar com suas mandíbulas inferiores imersas na água, para pegar a presa escorregadia de forma segura com seus bicos.

Os ossos da ave tinham paredes extremamente finas, como as dos ossos de pterossauro. Provavelmente isso deu leveza a seus corpos, contribuindo para sua capacidade de crescer para um tamanho tão grande.

Os pássaros ósseo-dentados foram um grupo muito bem-sucedido, que viveu a maior parte no período Cenozóico ao longo de um período de tempo de 50 a 60 milhões de anos [idem]. Todos foram extintos cerca de dois milhões de anos atrás [idem], no momento em que o Istmo do Panamá entre o Norte e América do Sul fechou.

Hoje, os pesquisadores acreditam que os 5,18 metros estão perto da envergadura máxima que um pássaro pode atingir voando. Estimativas anteriores de envergaduras do pelagornithids acreditavam que o valor era 6,1 metros, mas esses dados eram baseados em fósseis mais fragmentados.

Os cientistas afirmam que o motivo para tamanha envergadura é a evolução. Isso evitaria concorrência com outras aves. As aves com um tamanho tão grande podem, naturalmente, navegar através de grandes distâncias e caçar presas mais facilmente no oceano aberto.

No entanto, também existe uma série de inconvenientes de ser tão grande. Os filhotes teriam que ser criados por um longo período de tempo, tornando-os mais suscetíveis a predadores. Além disso, as penas de aves são muito pesadas, e pássaros tão grandes podem ter se tornado muito pesados. [...]

(Hypescience)

Nota: Fatos: a ave é gigante para os padrões atuais e era perfeitamente desenhada para o voo, com ossos leves e penas (que são componentes bastante complexos). O resto é especulação. Note que os “cientistas afirmam que o motivo para tamanha envergadura é a evolução”. Se se tratasse de uma ave minúscula, a resposta seria a mesma. Se fosse uma ave média, idem. Lembre-se de que a evolução explica tudo! Na verdade, as várias descobertas de animais e plantas gigantes hoje extintos corrobora o relato bíblico segundo o qual havia seres gigantes antes do dilúvio.[MB]

Palestra: Os Adventistas e a Trindade


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segunda-feira, setembro 20, 2010

O povo tem memória curta e a mídia quase não ajuda

1. Por que a mídia tem grande poder de influir na opinião pública?

Primeiro, porque muitos jornalistas, editores e donos de meios de comunicação sabem exatamente como utilizar os mecanismos de controle de opinião pública e se valem desse expediente para se beneficiar ou promover seus interesses. Segundo, porque o povo desconhece o processo de preparo da notícia, a hierarquização de assuntos e os diversos vieses que uma pauta pode ter, e assume que o que é veiculado é a pura verdade. Poucas pessoas vão atrás do aprofundamento da informação, lendo, comparando, criticando. Terceiro, porque nossa população não é estimulada a desenvolver a visão crítica.

2. A mídia falha em muitas vezes não dar continuidade na cobertura dos fatos que pressupõe ser irrelevantes?

Na ânsia por divulgar o novo, o inusitado, sem dúvida existe essa falha de não se acompanhar o desdobramento dos fatos. Como se diz que o povo tem memória curta, a imprensa deveria assumir o papel de instrumento de recordação, recapitulando histórias e cruzando informações. De vez em quando, isso até é feito, mas a dinâmica do fazer jornalístico impõe uma velocidade e uma fugacidade às notícias que o que hoje é relevante e está nas telas e páginas de todo o país, amanhã pode ser banido para a vala comum das informações ultrapassadas. Cria-se a falsa impressão de que somente o aqui e agora é que tem importância jornalística, quando a coisa não é bem assim.

3. Os veículos de comunicação revelam acontecimentos bombásticos e a população se indigna, mas quando a mídia deixa de dar relevância ao fato, automaticamente eles esquecem? Por que este fenômeno acontece na sociedade em geral?

Porque vivemos a cultura do espetáculo. A mesma pessoa que fica indignada com os desmandos da política, poucos minutos depois de assistir ao telejornal, vai derramar lágrimas com sua novela preferida. Na mente rasa de muitos telespectadores, tudo se trata de um espetáculo montado para entretê-los. A vida é um show, é o circo. E a nós, espectadores passivos, cabe o papel de apenas sentar, assistir, se emocionar e depois ir para a cama, prontos para um novo dia. Vivemos sempre à espera do próximo “espetáculo” e quando ele explode em nossas telas, concluímos: “Que horror! Mas, tudo bem, o mundo continua o mesmo.” E seguimos a vida. As informações que obtemos deveriam nos ajudar a refletir e a tomar decisões, e não apenas nos fazer passar o tempo, manipulando nossas emoções e, depois, nos anestesiando.

(Entrevista feita com o jornalista Michelson Borges pela estudante de Jornalismo do Unasp Tatiane Virmes)