O livro Inventando a Terra Plana (São Paulo: Editora Unisa, 1999), de Jefrey Burton Russel, historiador e pesquisador da Universidade da Califórnia, mostra convincentemente que a ideia da Terra plana foi uma elaboração mais ou menos recente. Embora hoje se saiba que os europeus renascentistas tenham supervalorizado a ideia de que houve um período de mil anos de trevas intelectuais entre o mundo clássico e o moderno, Russel acredita que o erro da Terra plana não havia sido incorporado à ortodoxia moderna antes do século 19. “[Russel] descobriu o fio da meada nos escritos do americano Washington Irving e do francês Antoine-Jean Letronne [responsáveis pela posterior propagação do mito da Terra plana]. Mas sua disseminação no pensamento convencional ocorreu entre 1870 e 1920, como consequência da ‘guerra entre a ciência e a religião”, quando para muitos intelectuais na Europa e nos Estados Unidos toda religião tornou-se sinônimo de superstição e a ciência tornou-se a única fonte legítima da verdade. Foi durante os últimos anos do século 19 e os primeiros anos do século 20 que a viagem de Colombo tornou-se então um símbolo amplamente divulgado da futilidade da imaginação religiosa e do poder libertador do empirismo científico. ... os pensadores medievais, da mesma forma que os clássicos que os antecederam, criam na redondeza da Terra” (p. 10).
Irving (1783-1859) retocou a história para parecer que a oposição à viagem de Colombo se deveu ao pensamento de que a Terra fosse plana . Isso foi provado falso. A oposição se deveu, na verdade, à preocupação com a distância que os navegadores teriam que percorrer. A esfericidade da Terra não foi tema de discussão naquela ocasião.
O fato é que nem Cristóvão Colombo, nem seus contemporâneos pensavam que a Terra fosse plana. Não há uma referência sequer nos diários do navegador (e de outros exploradores) que levante a questão da redondeza da Terra, o que indica que não havia contestação alguma a esse respeito, na época. Assim, segundo Russel, é comum a regra de Edward Grant de que no século 15 não havia pessoas cultas que negassem a redondeza da Terra. No entanto, esse mito permanece até hoje, firmemente estabelecido com a ajuda dos meios de comunicação e dos livros didáticos. Com que interesse?
Para Russel, o mito da Terra plana pode ser rastreado até o século 19, especialmente a partir de 1870, à medida que autores de livros-textos se envolveram na controvérsia em torno do darwinismo. “No início do século [20] a força dominante subjacente ao erro [da Terra plana] foi o anticlericalismo do Iluminismo no seio da classe média na Europa, e o anticatolicismo nos Estados Unidos” (p. 35).
Antes disso, na Divina Comédia, o poeta Dante Alighieri (1265-1321) já apresentava o conceito de uma Terra redonda. Os filósofos escolásticos, incluindo o maior deles, Tomás de Aquino (1225-1275), conhecedores de Aristóteles, igualmente afirmavam a esfericidade da Terra.
No entanto, como os escolásticos e filósofos medievais se baseavam em Aristóteles e este defendia a esfericidade da Terra, os iluministas tiveram que arranjar outros referenciais para dizer que o mito se baseava neles. E os encontraram em Lactâncio (245-325 d.C.) e Cosme Indicopleustes, autor de Topografia Cristã (escrito entre 547 e 549 d.C.). Só que, segundo Russel, Lactâncio tinha ideias muito estranhas sobre Deus e não foi levado em consideração na Idade Média (na verdade, foi considerado herege) – até que os humanistas da Renascença o “ressuscitassem”, apregoando sua suposta influência. Indicopleustes, partindo de escritos de filósofos pagãos e interpretando erroneamente textos bíblicos poéticos, defendeu a ideia da Terra plana. Era ignorado, ao invés de seguido.
Detalhe: a primeira tradução de Cosme para o latim não foi feita senão em 1706. Portanto, como poderia ele ter tido influência sobre o pensamento ocidental medieval?
Russel arremata:
“[Lactâncio e Cosme] foram símbolos convenientes a serem uados como armas contra os antidarwinistas. Em torno de 1870, o relacionamento entre a ciência e a teologia estava começando a ser descrito através de metáforas bélicas. Os filósofos (propagandistas do Iluminismo), particularmente [David] Hume, haviam plantado uma semente ao implicar que estavam em conflito os pontos de vista científicos e cristãos. Augusto Comte (1798-1857) havia argumentado que a humanidade estava laboriosamente lutando para ascender em direção ao reinado da ciência; seus seguidores lançaram o corolário de que era retrógrado tudo o que impedisse o advento do reino da ciência. Seu sistema de valores percebia o movimento em direção à ciência como ‘bom’, de tal forma que o que atrapalhasse esse movimento era ‘mau’. (...) O erro [da Terra plana] foi, desta forma, incluído no contexto de uma controvérsia muito maior – a alegada guerra entre ciência e religião” (p. 67, 77).
O próprio Copérnico (1453-1543), no prefácio de seu clássico trabalho De Revolutionibus, usou Lactâncio para ilustrar como a ignorância dos opositores à ideia da Terra esférica era comparável à dos que insistiam no geocentrismo. Curiosamente, Copérnico não diz que Lactâncio era típico do pensamento medieval. Esse prefácio foi enviado para o papa a fim de obter aprovação eclesiástica. Copérnico não atacaria Lactâncio e sua ideia da Terra plana, se a igreja estivesse de acordo com esse pensamento. O problema, como já vimos, teve que ver com o geocentrismo aristotélico versus heliocentrismo, e não com o formato da Terra.
Michelson Borges
Leia outra resenha aqui.
domingo, janeiro 31, 2010
Governo do Irã persegue minorias religiosas
A matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo e assinada pela jornalista Adriana Carranca reflete a repercussão da entrevista com a ganhadora do Nobel da Paz de 2003, Shirin Ebadi. Em síntese, espera-se que a audiência de julgamento dos sete líderes bahá'ís, designada para o dia 7 de fevereiro de 2010, possa contar com a presença de observadores brasileiros. Ademais, a matéria cita o ex-ministro da Justiça, José Gregori, para quem “será um escândalo se o presidente Lula não se manifestar, porque um governo democrático, com liberdade religiosa, não pode permitir a um parceiro, ainda que apenas comercial, violar direitos humanos universais”.
Assim, o presidente Lula não pode perder a oportunidade de questionar o presidente iraniano sobre as questões relacionadas com as gravíssimas violações de direitos humanos no Irã. A omissão de Lula poderá manchar a sua biografia no futuro. Os direitos humanos consagrados nos tratados internacionais estão acima de qualquer interesse comercial. É o que diz a Constituição brasileira de 1988. Sobre a primazia dos direitos humanos nas relações internacionais, confira o artigo publicado na revista jurídica Consulex, em 15 de dezembro de 2009.
A jornalista Adriana Carranca conclui a matéria expondo a opinião do advogado adventista Aldir Guedes Soriano, no sentido de que o julgamento dos sete líderes bahá'ís pode estar de acordo com a sharia law, mas viola o direito internacional dos direitos humanos. De acordo com esse direito, os Estados não estão livres para perseguir e matar os representantes das minorias religiosas. Nesse sentido, a "legalidade" das prisões dos líderes bahá'ís pode ser contestada por tratados internacionais.
Agende-se: Solidariedade aos Líderes Bahá'ís. 4 de fevereiro de 2010, às 10h
UMAPAZ - Parque do Ibirapuera - São Paulo. Mais informações: (11)3085-4628
Assim, o presidente Lula não pode perder a oportunidade de questionar o presidente iraniano sobre as questões relacionadas com as gravíssimas violações de direitos humanos no Irã. A omissão de Lula poderá manchar a sua biografia no futuro. Os direitos humanos consagrados nos tratados internacionais estão acima de qualquer interesse comercial. É o que diz a Constituição brasileira de 1988. Sobre a primazia dos direitos humanos nas relações internacionais, confira o artigo publicado na revista jurídica Consulex, em 15 de dezembro de 2009.
A jornalista Adriana Carranca conclui a matéria expondo a opinião do advogado adventista Aldir Guedes Soriano, no sentido de que o julgamento dos sete líderes bahá'ís pode estar de acordo com a sharia law, mas viola o direito internacional dos direitos humanos. De acordo com esse direito, os Estados não estão livres para perseguir e matar os representantes das minorias religiosas. Nesse sentido, a "legalidade" das prisões dos líderes bahá'ís pode ser contestada por tratados internacionais.
Agende-se: Solidariedade aos Líderes Bahá'ís. 4 de fevereiro de 2010, às 10h
UMAPAZ - Parque do Ibirapuera - São Paulo. Mais informações: (11)3085-4628
Terremotos: catástrofes mais mortais da última década
domingo, janeiro 31, 2010
profecia
Os terremotos foram a causa da maioria das mortes por catástrofes na década passada e seguem representando uma importante ameaça para milhões de pessoas que vivem em algumas das maiores megalópoles do mundo, informou na quinta-feira a ONU. Segundo estudo patrocinado pela ONU, quase 60% das cerca de 780 mil mortes em desastres entre 2000 e 2009 ocorreram devido a terremotos. Os furacões foram responsáveis por 22% do total de mortes enquanto que as temperaturas extremas causaram 11% de vítimas mortais nos 3.852 desastres registrados no período estudado. Os investigadores expressaram sua preocupação pelos desastres climáticos, cujo número foi o dobro em comparação com a década anterior.
"Os terremotos foram os desastres naturais mais mortais dos últimos 10 anos e seguem sendo uma ameaça séria para milhares de pessoas no mundo todo, já que oito das dez cidades mais povoadas do planeta se encontram em cima de falhas geológicas", explicou Margareta Wahlstroem, Representante Especial das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres.
Os desastres mais mortíferos entre 2000 e 2009 foram o tsunami no oceano Índico em 2004 - que matou 226.408 pessoas em vários países -, o ciclone Nargis na Mianmar em 2008 - que deixou 136.366 mortos -, e o terremoto de Sichuan, na China, no ano passado, com 87.476 vítimas mortais.
Cerca de 73.340 pessoas morreram em um terremoto no Paquistão em 2005 e 72.210 nas ondas de calor na Europa em 2003.
O ano de 2010 começou igualmente mortífero, com cerca de 170 mil mortos no violento terremoto que sacudiu o Haiti no dia 12 de janeiro.
As oito grandes cidades localizadas em falhas geológicas são Tóquio, Cidade do México, Nova York, Mumbai, Nova Délhi, Xangai, Calcutá e Jacarta.
(Yahoo Notícias)
Nota: Enquanto pairam dúvidas sobre o papel preponderante do ser humano nas alterações climáticas, terremotos são eventos totalmente naturais. E eles estão aumentando em poder destrutivo e frequência, exatemente como previu Jesus (Mt 24).[MB]
Leia também: "Terremoto atinge a costa da Guatemala (mais um)"
"Os terremotos foram os desastres naturais mais mortais dos últimos 10 anos e seguem sendo uma ameaça séria para milhares de pessoas no mundo todo, já que oito das dez cidades mais povoadas do planeta se encontram em cima de falhas geológicas", explicou Margareta Wahlstroem, Representante Especial das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres.
Os desastres mais mortíferos entre 2000 e 2009 foram o tsunami no oceano Índico em 2004 - que matou 226.408 pessoas em vários países -, o ciclone Nargis na Mianmar em 2008 - que deixou 136.366 mortos -, e o terremoto de Sichuan, na China, no ano passado, com 87.476 vítimas mortais.
Cerca de 73.340 pessoas morreram em um terremoto no Paquistão em 2005 e 72.210 nas ondas de calor na Europa em 2003.
O ano de 2010 começou igualmente mortífero, com cerca de 170 mil mortos no violento terremoto que sacudiu o Haiti no dia 12 de janeiro.
As oito grandes cidades localizadas em falhas geológicas são Tóquio, Cidade do México, Nova York, Mumbai, Nova Délhi, Xangai, Calcutá e Jacarta.
(Yahoo Notícias)
Nota: Enquanto pairam dúvidas sobre o papel preponderante do ser humano nas alterações climáticas, terremotos são eventos totalmente naturais. E eles estão aumentando em poder destrutivo e frequência, exatemente como previu Jesus (Mt 24).[MB]
Leia também: "Terremoto atinge a costa da Guatemala (mais um)"
"Se", poema que, em certa medida, reflete Gl 5:22-23
domingo, janeiro 31, 2010
Se és capaz de manter a tua calma quando / Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa; / De crer em ti quando estão todos duvidando, / E para esses no entanto achar uma desculpa; / Se és capaz de esperar sem te desesperares, / Ou, enganado, não mentir ao mentiroso, / Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares, / E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires, / De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores. / Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires / Tratar da mesma forma a esses dois impostores; / Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas / Em armadilhas as verdades que disseste, / E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas, / E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada / Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada, / Resignado, tornar ao ponto de partida; / De forçar coração, nervos, músculos, tudo / A dar seja o que for que neles ainda existe, / E a persistir assim quando, exaustos, contudo / Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes / E, entre reis, não perder a naturalidade, / E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes, / Se a todos podes ser de alguma utilidade, / E se és capaz de dar, segundo por segundo, / Ao minuto fatal todo o valor e brilho, / Tua é a terra com tudo o que existe no mundo / E o que mais - tu serás um homem, ó meu filho!
(Rudyard Kipling, em tradução de Guilherme de Almeida)
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires, / De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores. / Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires / Tratar da mesma forma a esses dois impostores; / Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas / Em armadilhas as verdades que disseste, / E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas, / E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada / Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada, / Resignado, tornar ao ponto de partida; / De forçar coração, nervos, músculos, tudo / A dar seja o que for que neles ainda existe, / E a persistir assim quando, exaustos, contudo / Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes / E, entre reis, não perder a naturalidade, / E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes, / Se a todos podes ser de alguma utilidade, / E se és capaz de dar, segundo por segundo, / Ao minuto fatal todo o valor e brilho, / Tua é a terra com tudo o que existe no mundo / E o que mais - tu serás um homem, ó meu filho!
(Rudyard Kipling, em tradução de Guilherme de Almeida)
Mais que perder peso, manter a saúde
domingo, janeiro 31, 2010
saúde
Quando nos alimentamos, estamos provendo ao corpo os nutrientes que ele precisa para manter suas funções, renovar células e dar energia para os movimentos de trabalho dos órgãos internos e também para o movimento dos músculos, quer seja no trabalho ou na prática de atividades físicas através dos esportes. Quando nos alimentamos em equilíbrio, as funções vitais são mantidas e o peso permanece estável. Ao contrário, quando nos alimentamos muito e não mantemos atividade física para gastar essa energia obtida através dos alimentos, nosso corpo acumula essa reserva em forma de células gordurosas, entendendo que a qualquer momento essa energia poderá ser solicitada. Abaixo estão algumas dicas práticas sobre perda de peso saudável: [Leia mais]
sexta-feira, janeiro 29, 2010
Os adventistas e a cafeína
sexta-feira, janeiro 29, 2010
adventismo, saúde
A Igreja Adventista não mudou sua posição na questão do chá, café e outras bebidas que têm cafeína. Nos Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Associação Geral de 2007/2008, página 293, lemos o seguinte: “É desaconselhado o uso do café, chá e outras bebidas que contêm cafeína e qualquer substância prejudicial.” Também, no Concílio Anual, no outono de 2007, a administração da igreja confirmou que “os ministérios adventistas de cuidado da saúde devem promover apenas as práticas baseadas na Bíblia ou no Espírito de Profecia, ou métodos de prevenção de doenças, tratamentos e manutenção da saúde baseados em evidências” (Ibid., p. 297).
Temos declarações firmes do Espírito de Profecia concernentes às bebidas que contêm cafeína, aconselhando o não uso. Ellen White nunca falou da cafeína propriamente dita, mas a descrição que ela faz dos efeitos do chá e do café reflete as ações dessa substância, e presumimos que esteja falando contra ela. [Leia mais]
Temos declarações firmes do Espírito de Profecia concernentes às bebidas que contêm cafeína, aconselhando o não uso. Ellen White nunca falou da cafeína propriamente dita, mas a descrição que ela faz dos efeitos do chá e do café reflete as ações dessa substância, e presumimos que esteja falando contra ela. [Leia mais]
Defesa prática do cristianismo integral
sexta-feira, janeiro 29, 2010
cristianismo, filosofia
O cristão deve harmonizar os vários aspectos de sua vida intelectual a fim de se tornar uma pessoa integral, não-fragmentada. No entanto, algumas objeções tem sido feitas por ateus, cristãos e outros. Alguns sugerem que a pessoa não deve misturar suas convicções religiosas com suas convicções acadêmicas. Outros sugerem que a ciência é o padrão pelo qual se julga a teologia e a filosofia, e que a religião fica livre para “pensar” apenas nas áreas em que a ciência ainda não tem nada a dizer. Não vamos aqui analisar e refutar cada objeção levantada. Mantemos nossa posição a favor da coerência: não se pode acreditar numa coisa na igreja e em outra na sala de aula, no escritório ou no consultório.
Um leitor sugere a “suspensão do juízo como heurística”, o que parece uma boa ideia pois muitas pressuposições se revelam falsas e ilógicas quando confrontadas. Podemos até abrir mão de nossas pressuposições quando fazemos exercícios mentais numa discussão. O cristão pode raciocinar como um ateu a fim de fazer especulações filosóficas e científicas. A dúvida e o ceticismo metodológico têm espaço dentro da cosmovisão cristã. [Leia mais no blog da Vanessa]
Um leitor sugere a “suspensão do juízo como heurística”, o que parece uma boa ideia pois muitas pressuposições se revelam falsas e ilógicas quando confrontadas. Podemos até abrir mão de nossas pressuposições quando fazemos exercícios mentais numa discussão. O cristão pode raciocinar como um ateu a fim de fazer especulações filosóficas e científicas. A dúvida e o ceticismo metodológico têm espaço dentro da cosmovisão cristã. [Leia mais no blog da Vanessa]
Céticos vão tomar overdose de remédio homeopático
sexta-feira, janeiro 29, 2010
saúde
Centenas de céticos da homeopatia vão encenar uma “overdose em massa” diante de várias unidades de uma rede britânica de drogarias. O ato, marcado para este sábado (30), é para protestar contra a venda pela rede Boots de remédios homeopáticos e denunciar a falta de base científica dos tratamentos. A informação é do jornal The Guardian. No evento, cada manifestante vai ingerir todas as pílulas de vários frascos, para demonstrar que “não passam de pílulas de açúcar”. Entre as organizações que articulam a manifestação está a Merseyside Skeptics Society, entidade sem fins lucrativos dedicada a “desenvolver e apoiar a comunidade cética”. As “overdoses” ocorrerão diante de unidades da rede Boots em Birmingham, Bristol, Brighton, Edimburgo, Glasgow, Hampshire, Leeds, Leicester, Londres, Liverpool, Manchester, Oxford e Sheffield.
(G1 Notícias)
Nota: Vai ser a manifestação mais sem graça. Suspeito que não vai acontecer nada...[MB]
Leia mais sobre homeopatia aqui.
(G1 Notícias)
Nota: Vai ser a manifestação mais sem graça. Suspeito que não vai acontecer nada...[MB]
Leia mais sobre homeopatia aqui.
EUA adotam acordo climático de Copenhague
sexta-feira, janeiro 29, 2010
ECOmenismo, meio ambiente
Os Estados Unidos notificaram oficialmente a Organização das Nações Unidas (ONU) na quinta-feira de que adotaram o Acordo de Copenhague, estabelecendo objetivos não obrigatórios para reduzir as emissões de gases-estufa que foram negociados no mês passado. Todd Stern, o principal negociador de clima do governo de Barack Obama, também destacou que, como era esperado, o país vai almejar uma redução de 17 por cento nas emissões de dióxido de carbono e outros gases responsáveis pelo aquecimento global até 2020, com 2015 como o ano base. Um objetivo final de redução de emissões será submetido, disseram os EUA, assim que o Congresso promulgar a legislação interna exigindo as reduções de poluição de carbono. Mas essa legislação tem destino incerto no Senado.
O Acordo de Copenhague pede que os países enviem até o dia 31 de janeiro dados relativos ao quanto cada um vai cortar nas emissões de gases de efeito estufa. No último dia 21, contudo, o secretário-executivo da Convenção da ONU para o clima, Yvo de Boer, disse que o prazo é "flexível".
(G1 Notícias)
Nota: Para quem duvidava que o governo de Barack Obama, diferentemente do de Bush, era ECOmênico, esta aí a resposta. Obama vai cumprindo uma de suas promessas de campanha, que é a de combater o aquecimento global. A questão é: Como reduzir as emissões de gases fósseis na atmosfera sem frear o desenvolvimento econômico, beneficiando ao mesmo tempo a população? Parar um dia na semana para dedicar-se inteiramente a família e deixar a Terra "descansar" seria uma boa solução... E ela já foi proposta.[MB]
O Acordo de Copenhague pede que os países enviem até o dia 31 de janeiro dados relativos ao quanto cada um vai cortar nas emissões de gases de efeito estufa. No último dia 21, contudo, o secretário-executivo da Convenção da ONU para o clima, Yvo de Boer, disse que o prazo é "flexível".
(G1 Notícias)
Nota: Para quem duvidava que o governo de Barack Obama, diferentemente do de Bush, era ECOmênico, esta aí a resposta. Obama vai cumprindo uma de suas promessas de campanha, que é a de combater o aquecimento global. A questão é: Como reduzir as emissões de gases fósseis na atmosfera sem frear o desenvolvimento econômico, beneficiando ao mesmo tempo a população? Parar um dia na semana para dedicar-se inteiramente a família e deixar a Terra "descansar" seria uma boa solução... E ela já foi proposta.[MB]
quinta-feira, janeiro 28, 2010
Avatar e a hipótese Gaia
quinta-feira, janeiro 28, 2010
mídia
Muita coisa se tem dito a respeito do sucesso Avatar. Entretanto, creio que faltou abordar ainda o maior problema do filme, que é seu personagem mais importante: Eiwa. Trata-se de uma entidade espiritual formada por todos os seres vivos e o ambiente físico de Pandora, que se manifesta no fim da batalha, quando a derrota está evidente para os mocinhos, virando o jogo. Eiwa é para Pandora o que Gaia é para a Terra.
Em Avatar, vê-se claramente que Cameron faz proselitismo declarado a favor da hipótese de Gaia, originalmente proposta pelo investigador britânico James E. Lovelock, hipótese essa que vê a Terra como "um complexo sistema interagente", e que descreve nosso planeta como "um único organismo vivo". Essa hipótese recebe nome e inspiração da deusa grega Gaia, que se acreditava ser "a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo".
"Vista com descrédito pela comunidade científica internacional, a Teoria de Gaia encontra simpatizantes entre grupos ecológicos, místicos e alguns pesquisadores. Com o fenômeno do aquecimento global e a crise climática no mundo, a hipótese tem ganhado credibilidade entre cientistas" (Wikipedia).
Todos saem do cinema com a clara sensação de que o planeta Pandora só encontrou a harmonia quando seus habitantes se harmonizaram com Eiwa.
Para mim, trata-se de um pesado e muito bem pensado investimento, dentro de um plano cuidadosamente arquitetado para difundir (e encantar) com as teorias da Nova Era, principalmente as mentes e corações dos mais novos.
(Jeferson Quimelli, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR)
O beija-flor e a paciência
quinta-feira, janeiro 28, 2010
devocional
Ao olhar as flores, não é raro ver um paciente beija-flor, em dança frenética e misteriosa. O fotógrafo Flávio Cruvinel Brandão fez raríssima imagem da ave, em Brasília, DF, cujo nome científico é Eupetomena macroura. Seu tamanho de 17 cm, em média, impressiona, mas sua força, ao bater 80 vezes as asas por segundo, deixa-nos três lições de paciência, como fruto do Espírito.
A primeira: demonstrar que tamanho não é documento. Na disputa por territórios e fontes de alimento, o beija-flor vence os predadores naturais com técnica e maestria, pelo método da paciência. Tem a capacidade de enfretar desafios, a ponto de ser conhecido entre os ornitólogos (estudiosos de pássaros) como campeão dos pesos-leves entre as aves.
Ser paciente é mais do que ter paciência. Diante dos percalços da vida, ser paciente é demonstrar constância e firmeza, mesmo que as circunstâncias sejam desafiadoras e se apresentem destituídas de lógica. Um exemplo de paciência diante de uma situação sem lógica foi a de Noé. Ele construiu um barco no seco e pregou sobre enchente, sem nunca ter chovido. [Leia mais]
A primeira: demonstrar que tamanho não é documento. Na disputa por territórios e fontes de alimento, o beija-flor vence os predadores naturais com técnica e maestria, pelo método da paciência. Tem a capacidade de enfretar desafios, a ponto de ser conhecido entre os ornitólogos (estudiosos de pássaros) como campeão dos pesos-leves entre as aves.
Ser paciente é mais do que ter paciência. Diante dos percalços da vida, ser paciente é demonstrar constância e firmeza, mesmo que as circunstâncias sejam desafiadoras e se apresentem destituídas de lógica. Um exemplo de paciência diante de uma situação sem lógica foi a de Noé. Ele construiu um barco no seco e pregou sobre enchente, sem nunca ter chovido. [Leia mais]
Cérebro tem banda larga interna
quinta-feira, janeiro 28, 2010
design inteligente
Uma nova tecnologia ligada a uma importante descoberta, pode abrir amplas janelas para entender o funcionamento do cérebro. No fim do ano passado foi anunciada a descoberta de circuitos de neurônios especiais que podem trafegar dados em velocidades até 3 mil vezes maiores que a rapidez normal entre certas áreas do cérebro. O mais surpreendente é que esses circuitos estão em áreas que até recentemente se consideravam inúteis no cérebro. Tradicionalmente os cientistas concentraram seus estudos no mapeamento e funcionamento dos neurônios, as principais células nervosas, tentando monitorar como elas disparam potenciais elétricos que conduzem mensagens ao longo do seu corpo e liberam neurotransmissores químicos nos pontos de contatos com outros neurônios.
Os neurônios estão principalmente no que se chama "massa cinzenta" que ocupa a metade do volume do cérebro. A outra metade, chamada de "massa branca" é constituída de longos filamentos com poucos neurônios.
Pouquíssimo se sabia da função dessa massa branca, que se parece uma cabeleira de filamentos isolados por uma substância gordurosa isolante chamada mielina. Sabia-se que danos nesse encapamento de mielina, quando rompido por doenças, pode ser uma das causas do mal de Alzheimer, assim como fios elétricos desencapados podem causar curtos-circuitos danosos.
O que se descobriu recentemente é que as longas fibras brancas desempenham um papel importante na transmissão de informações dentro do cérebro. Essas fibras, aparentemente, funcionam como se fossem conexões de banda larga popularizadas na Internet. George Bartzokis, professor de psiquiatria da Universidade da Califórnia, explica as recentes descobertas na edição de dezembro da Technology Review: "Graças às camadas de isolamento que impedem a fuga de impulsos elétricos, as fibras com mielina podem mandar sinais aproximadamente 100 vezes mais rápidas que as não isoladas. A mielina também faz transmissão de mais informações por segundo, reduzindo o tempo de espera entre sinais. Com isso os neurônios blindados por mielinas podem processar 3 mil vezes mais informações. Isso é crucial para a fala e processamento da linguagem," diz Bartzokis.
[Se você tiver tempo e se interessar pela leitura do restante do texto, clique aqui.]
Três trechos me chamaram a atenção de maneira especial:
"Os neurônios formam conexões que lembram rios correndo numa planície, seguindo leitos de menor resistência. ... esses caminhos, pela experiência e aprendizado, acabam formando feixes densos em direções predominantes. O reforço de conexões muito usadas acaba alterando sua forma, da mesma maneira que músculos muito exercitados ficam mais fortes e definidos." [Isso quer dizer que aquilo que lemos, assistimos, ouvimos, pensamos acaba "moldando" o cérebro e tornando mais fácil ou mais difícil pensar de determinada maneira. "Pela contemplação somos transformados", já dizia Ellen White, há um século.]
"Seres humanos têm mais de 100 bilhões de neurônios que fazem entre eles mais de 100 trilhões de conexões, as chamadas sinapses. Para se ter ideia da complexidade, um dos dispositivos mais complicados produzidos pela tecnologia, o microprocessador Intel duocore mais avançado tem apenas 400 milhões de transistores, os equivalentes aos neurônios."
"O cérebro é essencialmente um computador que cria sua fiação durante o desenvolvimento e que pode refazer seus circuitos", explica Sebastian Seung, um neurocientista computacional do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
[Curioso como, quando o assunto é extremamente complexo, o jargão darwinista baseado no tempo e no acaso desaparece e dá lugar, ainda que discretamente, à sugestão de design inteligente. - MB]
Os neurônios estão principalmente no que se chama "massa cinzenta" que ocupa a metade do volume do cérebro. A outra metade, chamada de "massa branca" é constituída de longos filamentos com poucos neurônios.
Pouquíssimo se sabia da função dessa massa branca, que se parece uma cabeleira de filamentos isolados por uma substância gordurosa isolante chamada mielina. Sabia-se que danos nesse encapamento de mielina, quando rompido por doenças, pode ser uma das causas do mal de Alzheimer, assim como fios elétricos desencapados podem causar curtos-circuitos danosos.
O que se descobriu recentemente é que as longas fibras brancas desempenham um papel importante na transmissão de informações dentro do cérebro. Essas fibras, aparentemente, funcionam como se fossem conexões de banda larga popularizadas na Internet. George Bartzokis, professor de psiquiatria da Universidade da Califórnia, explica as recentes descobertas na edição de dezembro da Technology Review: "Graças às camadas de isolamento que impedem a fuga de impulsos elétricos, as fibras com mielina podem mandar sinais aproximadamente 100 vezes mais rápidas que as não isoladas. A mielina também faz transmissão de mais informações por segundo, reduzindo o tempo de espera entre sinais. Com isso os neurônios blindados por mielinas podem processar 3 mil vezes mais informações. Isso é crucial para a fala e processamento da linguagem," diz Bartzokis.
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Três trechos me chamaram a atenção de maneira especial:
"Os neurônios formam conexões que lembram rios correndo numa planície, seguindo leitos de menor resistência. ... esses caminhos, pela experiência e aprendizado, acabam formando feixes densos em direções predominantes. O reforço de conexões muito usadas acaba alterando sua forma, da mesma maneira que músculos muito exercitados ficam mais fortes e definidos." [Isso quer dizer que aquilo que lemos, assistimos, ouvimos, pensamos acaba "moldando" o cérebro e tornando mais fácil ou mais difícil pensar de determinada maneira. "Pela contemplação somos transformados", já dizia Ellen White, há um século.]
"Seres humanos têm mais de 100 bilhões de neurônios que fazem entre eles mais de 100 trilhões de conexões, as chamadas sinapses. Para se ter ideia da complexidade, um dos dispositivos mais complicados produzidos pela tecnologia, o microprocessador Intel duocore mais avançado tem apenas 400 milhões de transistores, os equivalentes aos neurônios."
"O cérebro é essencialmente um computador que cria sua fiação durante o desenvolvimento e que pode refazer seus circuitos", explica Sebastian Seung, um neurocientista computacional do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
[Curioso como, quando o assunto é extremamente complexo, o jargão darwinista baseado no tempo e no acaso desaparece e dá lugar, ainda que discretamente, à sugestão de design inteligente. - MB]
quarta-feira, janeiro 27, 2010
Neandertal usava pintura corporal e bijuteria
quarta-feira, janeiro 27, 2010
dinossauros
Uma equipe de pesquisadores disse que encontrou as primeiras evidências convincentes de que o homem de Neandertal pintava o corpo e usava bijuteria há 50 mil anos [sic]. Conchas contendo resíduos de pigmentos usados para este fim foram encontradas em dois sítios arqueológicos em Múrcia, no sul da Espanha. O arqueólogo português, João Zilhão, que lidera a equipe a partir da Universidade de Bristol, na Inglaterra, disse que foram examinadas conchas que eram usadas como utensílios para a mistura e armazenamento de pigmentos. Bastões pretos com um pigmento à base de manganês podem ter sido usados como tinta para o corpo. Artefatos semelhantes foram encontrados na África no passado. "(Mas) esta é a primeira evidência segura do uso de cosméticos", disse o arqueólogo à BBC. "A utilização dessas receitas complexas é novidade. É mais do que tinta para o corpo."
Os cientistas encontraram fragmentos de um pigmento amarelo que, segundo eles, pode ter sido usado como base para maquiagem. Eles também descobriram um pó vermelho junto com manchas de um mineral negro brilhante.
Algumas das conchas, entalhadas e pintadas com cores fortes, também podem ter sido usadas como bijuteria.
Até agora, muitos especialistas acreditavam que só os seres humanos modernos usavam maquiagem como adorno ou para rituais.
Durante um período na pré-história Neandertais e humanos podem ter compartilhado a Terra, mas Zilhão disse que a descoberta de sua equipe data de 10 mil anos antes do contato entre ambos e, portanto, ela não indicaria uma influência humana. Zilhão vê na prática do uso de pintura corporal e bijuteria um certo grau de sofisticação.
"As pessoas têm que acabar com essa ideia de que os Neandertais eram débeis mentais", afirmou.
O estudo foi divulgado em Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
(BBC Brasil)
Nota: Quem tem que acabar com essa ideia de que nossos ancestrais eram "débeis mentais" são os evolucionistas. Os criacionistas sabem que eles eram superiores em inteligência, longevidade e força (lembre-se de que a ilustração acima é uma concepção abestalhada imaginada a partir de ossos por algum artista darwinista). Outra coisa: Como esse pigmento pôde ser preservado por tantos milhares de anos? Ou os neandertais conheciam técnicas de pintura superavançadas ou esse pigmento não é assim tão antigo...[MB]
Leia mais sobre neandertais aqui.
Os cientistas encontraram fragmentos de um pigmento amarelo que, segundo eles, pode ter sido usado como base para maquiagem. Eles também descobriram um pó vermelho junto com manchas de um mineral negro brilhante.
Algumas das conchas, entalhadas e pintadas com cores fortes, também podem ter sido usadas como bijuteria.
Até agora, muitos especialistas acreditavam que só os seres humanos modernos usavam maquiagem como adorno ou para rituais.
Durante um período na pré-história Neandertais e humanos podem ter compartilhado a Terra, mas Zilhão disse que a descoberta de sua equipe data de 10 mil anos antes do contato entre ambos e, portanto, ela não indicaria uma influência humana. Zilhão vê na prática do uso de pintura corporal e bijuteria um certo grau de sofisticação.
"As pessoas têm que acabar com essa ideia de que os Neandertais eram débeis mentais", afirmou.
O estudo foi divulgado em Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
(BBC Brasil)
Nota: Quem tem que acabar com essa ideia de que nossos ancestrais eram "débeis mentais" são os evolucionistas. Os criacionistas sabem que eles eram superiores em inteligência, longevidade e força (lembre-se de que a ilustração acima é uma concepção abestalhada imaginada a partir de ossos por algum artista darwinista). Outra coisa: Como esse pigmento pôde ser preservado por tantos milhares de anos? Ou os neandertais conheciam técnicas de pintura superavançadas ou esse pigmento não é assim tão antigo...[MB]
Leia mais sobre neandertais aqui.
terça-feira, janeiro 26, 2010
Bíblia: mito ou realidade?
terça-feira, janeiro 26, 2010
bíblia
Conta a anedota que uma mulher de Manhattan que morava próximo à ferrovia ligou para a companhia para reclamar de danos em seu apartamento causados pela passagem dos trens. Ela alegou que pedaços do reboco de seu quarto estavam se desprendendo devido à vibração e exigia indenização. Dois meses depois, no momento em que ela se preparava para entrar no banho, a campainha tocou. Com a toalha enrolada no corpo, ela espiou pelo olho mágico e viu um homem de boné, uniforme e crachá. Era o técnico da companhia de trem. Justo naquele momento?! Dali a poucos minutos, ela teria que comparecer a uma entrevista de emprego.
A mulher tentou explicar a situação, mas o técnico disse que teria que anotar em seu relatório que a cliente não pôde recebê-lo, e disse também que uma nova visita poderia demorar outros dois meses. Contrariada, ela pediu que o homem entrasse, se dirigisse ao quarto, sentasse ao pé da cama e esperasse o trem que passaria dentro de poucos minutos. Enquanto isso, ela tomaria banho e trocaria de roupa no banheiro.
O que ela não esperava era que o noivo chegasse naquele momento para lhe fazer uma surpresa, oferecendo-lhe carona até o local da entrevista. Como tinha a chave do apartamento, ele foi logo entrando e se dirigiu ao quarto.
– O que significa isso?! – gritou para o rapaz sentado na cama, que empalideceu instantaneamente.
– O senhor acreditaria se eu lhe dissesse que estou esperando o trem?
Deixando a graça – e a imprudência da moça – de lado, essa história revela um fato curioso: por mais inverossímil que seja um relato, ele pode ser a pura expressão da verdade.
Deus criou o mundo em sete dias. O diabo usou uma serpente para enganar a primeira mulher. Um dilúvio cobriu toda a Terra e apenas uma família e representantes das espécies terrestres de animais foram salvos numa grande arca de madeira. Deus criou a diversidade de línguas para impedir a construção da Torre de Babel. Escravos cruzaram o Mar Vermelho que se abriu diante deles. Jesus curou paralíticos, deu vista aos cegos e até ressuscitou mortos. Isso tudo é possível? Trata-se de fatos reais ou meras alegorias para transmitir verdades espirituais? É preciso analisar os fatos antes de chegar a uma conclusão precipitada.
1. A Criação. Quando analisamos os relatos ou mitos de criação antigos, percebemos semelhanças interessantes com o texto Bíblico. Exemplo: o Enuma Elish, datado do 7º século a.C., traz sete tabletes de argila que descrevem a criação do mundo dividida em sete partes. Apesar das diferenças, as semelhanças entre esses mitos e o relato bíblico apontam para uma mesma fonte primordial. Kenneth Kitchen, respeitado egiptólogo da Universidade de Liverpool, Inglaterra, e especialista em literatura do antigo Oriente Médio afirma que geralmente na cultura literária daquela região os relatos mais simples contêm a narrativa original de um evento. Quando comparado com os mitos babilônicos, assírios, hititas e egípcios, o relato da criação em Gênesis desponta como a versão menos elaborada, logo, original. Mais: De onde teria surgido o ciclo semanal, que não depende de movimentos de corpos celestes, como os dias, os meses e os anos? E como ficaria o quarto mandamento da lei de Deus, que estabelece a guarda do sábado semanal – “porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êx 20:11) –, caso a semana da Criação não fosse literal?
2. A Queda. De modo semelhante, o relato da queda pelo engano da serpente é sugerido em outras culturas. Um selo mesopotâmico do 3º milênio a.C. traz a imagem de um casal sentado em frente a uma árvore com uma serpente por trás deles. Resquícios dessa história são encontrados em outras culturas, apontando igualmente para um relato primordial.
3. O Dilúvio. Mais de 200 culturas espalhadas pelo mundo preservaram relatos de uma grande inundação que destruiu a Terra e da qual foram salvas algumas pessoas num grande barco. Além disso, há várias evidências geológicas que apontam para uma tremenda catástrofe hídrica. Exemplo: cerca da metade dos sedimentos continentais são de origem marinha; são encontrados em montanhas fósseis de animais marinhos; os estratos da coluna geológica se apresentam de forma paralela em grandes extensões, sem revelar sinais de erosão entre as camadas, o que indica uma formação rápida; etc.
4. A Torre de Babel. Os zigurates encontrados em Ur, no Iraque, e que eram usados para facilitar o contato dos sacerdotes com os deuses, atestam que o povo de Babel construiu torres com propósitos religiosos. Além disso, estudos línguísticos têm demonstrado que os idiomas remontam a um tronco comum, à medida que se recua no tempo.
5. O Êxodo. Estudos indicam que, de fato, houve escravos hebreus no Egito, como atestam pinturas nas paredes de pirâmides. E um papiro do sacerdote egípcio Ipuwer menciona, inclusive, algumas das pragas que assolaram a nação. Há diversas palavras e expressões hebraicas nas narrativas do livro de Êxodo que são claramente de origem egípcia, o que indica a autoria de alguém versado em ambos os idiomas e conhecedor do local de origem do relato. Por que, então, duvidar do restante do relato do livro bíblico do Êxodo?
6. Milagres de Jesus. Fontes extrabíblicas, como o historiador judeu do 1º século Flávio Josefo e o Talmude, importante obra do judaismo concluída por volta do ano 500 d.C., sugerem que Jesus de Nazaré foi responsável por feitos miraculosos. Quando Jesus ressuscitou, os maiores interessados em desmentir o fato eram os líderes judaicos e os soldados romanos. Mas eles não puderam fazer isso. O surgimento do cristianismo em Jerusalém só pode ser explicado por meio da ressurreição de Jesus Cristo, uma vez que se o corpo dEle ainda estivesse na tumba de José de Arimatéia, a crença num Messias ressurreto seria infundada e insana.
E o mais interessante é que Jesus, o Filho de Deus, confirmou todos os eventos bíblicos citados acima ao fazer referência a eles como fatos históricos e não meras alegorias.
Michelson Borges
Leia também: "O Novo Testamento é historicamente confiável" e "Ele ressurgiu!"
A mulher tentou explicar a situação, mas o técnico disse que teria que anotar em seu relatório que a cliente não pôde recebê-lo, e disse também que uma nova visita poderia demorar outros dois meses. Contrariada, ela pediu que o homem entrasse, se dirigisse ao quarto, sentasse ao pé da cama e esperasse o trem que passaria dentro de poucos minutos. Enquanto isso, ela tomaria banho e trocaria de roupa no banheiro.
O que ela não esperava era que o noivo chegasse naquele momento para lhe fazer uma surpresa, oferecendo-lhe carona até o local da entrevista. Como tinha a chave do apartamento, ele foi logo entrando e se dirigiu ao quarto.
– O que significa isso?! – gritou para o rapaz sentado na cama, que empalideceu instantaneamente.
– O senhor acreditaria se eu lhe dissesse que estou esperando o trem?
Deixando a graça – e a imprudência da moça – de lado, essa história revela um fato curioso: por mais inverossímil que seja um relato, ele pode ser a pura expressão da verdade.
Deus criou o mundo em sete dias. O diabo usou uma serpente para enganar a primeira mulher. Um dilúvio cobriu toda a Terra e apenas uma família e representantes das espécies terrestres de animais foram salvos numa grande arca de madeira. Deus criou a diversidade de línguas para impedir a construção da Torre de Babel. Escravos cruzaram o Mar Vermelho que se abriu diante deles. Jesus curou paralíticos, deu vista aos cegos e até ressuscitou mortos. Isso tudo é possível? Trata-se de fatos reais ou meras alegorias para transmitir verdades espirituais? É preciso analisar os fatos antes de chegar a uma conclusão precipitada.
1. A Criação. Quando analisamos os relatos ou mitos de criação antigos, percebemos semelhanças interessantes com o texto Bíblico. Exemplo: o Enuma Elish, datado do 7º século a.C., traz sete tabletes de argila que descrevem a criação do mundo dividida em sete partes. Apesar das diferenças, as semelhanças entre esses mitos e o relato bíblico apontam para uma mesma fonte primordial. Kenneth Kitchen, respeitado egiptólogo da Universidade de Liverpool, Inglaterra, e especialista em literatura do antigo Oriente Médio afirma que geralmente na cultura literária daquela região os relatos mais simples contêm a narrativa original de um evento. Quando comparado com os mitos babilônicos, assírios, hititas e egípcios, o relato da criação em Gênesis desponta como a versão menos elaborada, logo, original. Mais: De onde teria surgido o ciclo semanal, que não depende de movimentos de corpos celestes, como os dias, os meses e os anos? E como ficaria o quarto mandamento da lei de Deus, que estabelece a guarda do sábado semanal – “porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êx 20:11) –, caso a semana da Criação não fosse literal?
2. A Queda. De modo semelhante, o relato da queda pelo engano da serpente é sugerido em outras culturas. Um selo mesopotâmico do 3º milênio a.C. traz a imagem de um casal sentado em frente a uma árvore com uma serpente por trás deles. Resquícios dessa história são encontrados em outras culturas, apontando igualmente para um relato primordial.
3. O Dilúvio. Mais de 200 culturas espalhadas pelo mundo preservaram relatos de uma grande inundação que destruiu a Terra e da qual foram salvas algumas pessoas num grande barco. Além disso, há várias evidências geológicas que apontam para uma tremenda catástrofe hídrica. Exemplo: cerca da metade dos sedimentos continentais são de origem marinha; são encontrados em montanhas fósseis de animais marinhos; os estratos da coluna geológica se apresentam de forma paralela em grandes extensões, sem revelar sinais de erosão entre as camadas, o que indica uma formação rápida; etc.
4. A Torre de Babel. Os zigurates encontrados em Ur, no Iraque, e que eram usados para facilitar o contato dos sacerdotes com os deuses, atestam que o povo de Babel construiu torres com propósitos religiosos. Além disso, estudos línguísticos têm demonstrado que os idiomas remontam a um tronco comum, à medida que se recua no tempo.
5. O Êxodo. Estudos indicam que, de fato, houve escravos hebreus no Egito, como atestam pinturas nas paredes de pirâmides. E um papiro do sacerdote egípcio Ipuwer menciona, inclusive, algumas das pragas que assolaram a nação. Há diversas palavras e expressões hebraicas nas narrativas do livro de Êxodo que são claramente de origem egípcia, o que indica a autoria de alguém versado em ambos os idiomas e conhecedor do local de origem do relato. Por que, então, duvidar do restante do relato do livro bíblico do Êxodo?
6. Milagres de Jesus. Fontes extrabíblicas, como o historiador judeu do 1º século Flávio Josefo e o Talmude, importante obra do judaismo concluída por volta do ano 500 d.C., sugerem que Jesus de Nazaré foi responsável por feitos miraculosos. Quando Jesus ressuscitou, os maiores interessados em desmentir o fato eram os líderes judaicos e os soldados romanos. Mas eles não puderam fazer isso. O surgimento do cristianismo em Jerusalém só pode ser explicado por meio da ressurreição de Jesus Cristo, uma vez que se o corpo dEle ainda estivesse na tumba de José de Arimatéia, a crença num Messias ressurreto seria infundada e insana.
E o mais interessante é que Jesus, o Filho de Deus, confirmou todos os eventos bíblicos citados acima ao fazer referência a eles como fatos históricos e não meras alegorias.
Michelson Borges
Leia também: "O Novo Testamento é historicamente confiável" e "Ele ressurgiu!"
Bento XVI pede união de todas as Igrejas cristãs
O papa Bento XVI pediu hoje a unidade de todas as igrejas cristãs, porque "a comunhão dos cristãos torna mais crível e eficaz o anúncio do Evangelho", antes de rezar o Ângelus dominical na Praça de São Pedro, diante de cerca de 50 mil fiéis. Bento XVI anunciou que assistirá amanhã à cerimônia ecumênica presidindo as solenes vésperas na Basílica de São Paulo Extramuros, no encerramento da Semana de Oração para a União dos Cristãos, que coincide com a conversão de são Paulo. "A Igreja é concebida como o corpo, do qual Cristo é a cabeça, e forma com Ele um uno", acrescentou o papa, citando São Paulo: "Todos fomos batizados mediante um só espírito em um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou libertos, e todos saciamos nossa sede espiritual."
Graças aos carismas, "a Igreja se apresenta como um organismo rico e vital, não uniforme, fruto do único Espírito Santo que conduz todos a uma unidade profunda, assumindo as diferenças sem aboli-las e realizando uma união harmoniosa", disse.
Portanto, é justo em Cristo e no espírito que a Igreja é una e santa, o que é uma íntima comunhão que supera a capacidade humana e a sustenta, afirmou o pontífice.
O papa lembrou a figura de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e da imprensa católica, cuja memória litúrgica é celebrada hoje e a relacionou com a mensagem que enviou ontem aos sacerdotes para que divulgassem o evangelho pela internet.
(Yahoo Notícias)
Nota: Que a igreja é um "corpo", isso é fato. Mas a Bíblia apresenta Cristo como o único cabeça dessa igreja, ao passo que a Igreja Católica entende que o papa é o "cabeça visível da igreja". Assim, a pergunta que fica é: Quem será o líder visível dessa coalizão ecumênica? No livro O Grande Conflito (recomendo a leitura), Ellen White afirma que o papado nunca mudou e que essa união religiosa seria um dos sinais do fim. Quando Cristo previu que haverá um só rebanho e um só Pastor (João 10:16), estava Se referindo a Si mesmo e às pessoas sinceras que abraçarão a verdade bíblica. Essa união se dará em torno da Verdade, com o consequente abandono do erro doutrinário. O ecumenismo propõe a união em torno de uma religião, independentemente do que se creia.[MB]
Graças aos carismas, "a Igreja se apresenta como um organismo rico e vital, não uniforme, fruto do único Espírito Santo que conduz todos a uma unidade profunda, assumindo as diferenças sem aboli-las e realizando uma união harmoniosa", disse.
Portanto, é justo em Cristo e no espírito que a Igreja é una e santa, o que é uma íntima comunhão que supera a capacidade humana e a sustenta, afirmou o pontífice.
O papa lembrou a figura de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e da imprensa católica, cuja memória litúrgica é celebrada hoje e a relacionou com a mensagem que enviou ontem aos sacerdotes para que divulgassem o evangelho pela internet.
(Yahoo Notícias)
Nota: Que a igreja é um "corpo", isso é fato. Mas a Bíblia apresenta Cristo como o único cabeça dessa igreja, ao passo que a Igreja Católica entende que o papa é o "cabeça visível da igreja". Assim, a pergunta que fica é: Quem será o líder visível dessa coalizão ecumênica? No livro O Grande Conflito (recomendo a leitura), Ellen White afirma que o papado nunca mudou e que essa união religiosa seria um dos sinais do fim. Quando Cristo previu que haverá um só rebanho e um só Pastor (João 10:16), estava Se referindo a Si mesmo e às pessoas sinceras que abraçarão a verdade bíblica. Essa união se dará em torno da Verdade, com o consequente abandono do erro doutrinário. O ecumenismo propõe a união em torno de uma religião, independentemente do que se creia.[MB]
Pornografia distorce sexualidade dos meninos
terça-feira, janeiro 26, 2010
sexualidade
Uma pesquisa sobre pornografia confirmou o que muita gente já sabia: meninos expostos à pornografia em vídeos e fotos acham mais complicado manter um relacionamento do que ter “casos de uma noite só” quando ficam adultos. Além disso, estudos anteriores mostraram que seis em cada dez meninos na Grã-Bretanha com menos de 16 anos tinham acesso à pornografia. A média de tempo que eles usavam para “analisar” o material era de 90 minutos por semana.
Educadores concordam que a pornografia não fornece informação suficiente para ser a única fonte de informações sobre sexo para um indivíduo. O sexo mostrado ali é diferente do real e, além disso, não mostra intimidade e amor. As mulheres retratadas são caricaturizadas e a descrição delas é hostil.
Obviamente, isso não quer dizer que quem assiste filmes pornôs vá estuprar alguém, mas a chance de que isso aconteça aumenta, já que a idéia que o menino tem de sexo e de mulheres fica comprometida.
(Hypescience)
Nota: Alguma dúvida sobre quem inventou a pornografia em oposição ao puro relacionamento sexual criado por Deus?[MB]
Leia também: "Sensualidade pura"
Educadores concordam que a pornografia não fornece informação suficiente para ser a única fonte de informações sobre sexo para um indivíduo. O sexo mostrado ali é diferente do real e, além disso, não mostra intimidade e amor. As mulheres retratadas são caricaturizadas e a descrição delas é hostil.
Obviamente, isso não quer dizer que quem assiste filmes pornôs vá estuprar alguém, mas a chance de que isso aconteça aumenta, já que a idéia que o menino tem de sexo e de mulheres fica comprometida.
(Hypescience)
Nota: Alguma dúvida sobre quem inventou a pornografia em oposição ao puro relacionamento sexual criado por Deus?[MB]
Leia também: "Sensualidade pura"
segunda-feira, janeiro 25, 2010
O ateu que quase se converteu
segunda-feira, janeiro 25, 2010
ateísmo, dica de leitura
Depois de ler minha postagem "Camus descreve uma vida sem Deus", um amigo ex-ateu me deu a dica: No início da década de 1950, Albert Camus visitou a Igreja Americana de Paris para ouvir o famoso organista Marcel Dupré. Naquele dia, acabaria ouvindo também o sermão do norte-americano Howard Mumma, um reverendo metodista que estava em Paris a convite daquela igreja. Intrigado pela filosofia e teologia de Mumma, Camus o convidou para almoçar, iniciando um inusitado relacionamento que seria permeado de conversas sobre teologia e existencialismo, com grande ênfase na questão da teodiceia. Mumma ainda voltaria a Paris e se encontraria com Albert Camus em diversas ocasiões. Em uma de suas passagens pela cidade, teve a oportunidade de visitar Jean-Paul Sartre e debater com o filósofo alguns conceitos e ideias. Agora, décadas mais tarde, Howard Mumma recupera os diálogos que manteve com esses dois escritores existencialistas, apresentando ao leitor um texto profundo, filosófico e extremamente agradável, em Albert Camus e o Teólogo.
Nota: Essa é uma faceta pouco conhecida de Camus, que os ateus não gostam de abordar.[MB]
Nota: Essa é uma faceta pouco conhecida de Camus, que os ateus não gostam de abordar.[MB]
Projeto Atlanta: depois da tempestade vem a bonança
segunda-feira, janeiro 25, 2010
Projeto Atlanta
Quando abri os olhos no dia seguinte ao quase naufrágio nas águas do Mar do Caribe, senti grande paz interior. Paz que me trouxe uma sensação de força e poder. Poder para ousar, para lutar e vencer. Foi gostoso despertar e sentir ao meu lado o Senhor dos Exércitos que me dará a vitória sobre os obstáculos que surgirem em meu caminho até Atlanta, nos Estados Unidos.
Depois da Colômbia, tenho a impressão de que tudo será mais fácil física, mental, espiritual e até materialmente. Este último fator se baseia em um menor desgaste da “gorducha”, uma vez que não terei montanhas gigantes para subir. Havendo menor desgaste, haverá menor quebra de peças e, consequentemente, menor despesa com peças de reposição. Gastando menos com equipamentos para a bike, terei mais recursos para comer e pagar as pousadas nas cidades onde não encontro quem me receba em casa.
Saí da pousada às 6h30 da manhã. Pedalei 85 km por uma estrada estreita, asfaltada, até que cheguei a Colon, primeira cidade grande no Panamá. Ali estão as eclusas que permitem a transposição dos navios do Oceano Atlântico para o Pacífico. Alcancei a cidade por volta das 13h. Não tinha endereço de ninguém. Apenas a informação de haver uma escola adventista. Sai perguntando e encontrei. Localiza-se em um bairro nobre. Entreguei a carta de recomendação e pedi apoio para dormir. A diretora pediu a um dos funcionários que me levasse até uma pousada. Combinamos que eu voltaria no dia seguinte para fazer uma palestra em uma das salas de aula sobre o Projeto Atlanta e a seguir pegaria a estrada em direção à Cidade do Panamá, capital deste país.
No dia seguinte, acordei cedo e me dirigi à escola. Às 9h30 comecei a palestra. A diretora assistiu e gostou tanto que me levou para fazer o mesmo em todas as salas. A vice-diretora ligou para um canal de TV local e vieram à escola fazer uma entrevista sobre esta viagem continental. Fui entrevistado enquanto dirigia palavras de ânimo aos alunos para viverem um estilo de vida saudável e confiarem a vida a Jesus.
Terminadas as palestras e a entrevista, comecei a preparar a “gorducha” para a próxima etapa de 100 km, quando chegou o pastor distrital e me convidou para ficar alguns dias em sua casa e ajudá-lo em um programa evangelístico. Então passei a quinta, a sexta e o sábado em Colon e preguei e testemunhei em três templos, nos quais não senti apenas a presença, mas a mão de Deus convertendo corações. Nada substitui o testemunho pessoal. Deus seja honrado pelas maravilhas e as decisões que presenciei em Colon, graças à atuação do Espírito Santo.
Que bom que Ele me livrou das garras das Farcs e das tempestades no mar do Caribe. Estar no Panamá é uma glória. É uma vitória em honra do meu Criador e Redentor.
Com a vida e nossos planos nas mãos de Deus, podemos dizer tranquilos: depois da tempestade sempre vem a bonança!
Estou quase deixando Colon para viajar mais 100 km. Levarei boas recordações daqui. Chegarei a Atlanta com elas. Escreverei para a posteridade.
Sigo para os Estados Unidos de bicicleta. Minha bike se chama “gorducha”. Ela é pesada. É forte. Estou montado nela e nos braços de Deus.
Venha comigo porque Ele está aqui. Até breve.
(George Silva de Souza, atleta e autor livro Conquistando o Brasil)
Nota: O Atleta da Fé, George Silva, está enfrentando grandes dificuldades financeiras para prosseguir nessa missão esportivo-evangelística e precisa urgentemente fazer uma revisão na bicicleta. Ele não me pediu isso, mas eu convido: se você puder colaborar de alguma maneira, escreva para ele: georgepalestras@yahoo.com.br
Depois da Colômbia, tenho a impressão de que tudo será mais fácil física, mental, espiritual e até materialmente. Este último fator se baseia em um menor desgaste da “gorducha”, uma vez que não terei montanhas gigantes para subir. Havendo menor desgaste, haverá menor quebra de peças e, consequentemente, menor despesa com peças de reposição. Gastando menos com equipamentos para a bike, terei mais recursos para comer e pagar as pousadas nas cidades onde não encontro quem me receba em casa.
Saí da pousada às 6h30 da manhã. Pedalei 85 km por uma estrada estreita, asfaltada, até que cheguei a Colon, primeira cidade grande no Panamá. Ali estão as eclusas que permitem a transposição dos navios do Oceano Atlântico para o Pacífico. Alcancei a cidade por volta das 13h. Não tinha endereço de ninguém. Apenas a informação de haver uma escola adventista. Sai perguntando e encontrei. Localiza-se em um bairro nobre. Entreguei a carta de recomendação e pedi apoio para dormir. A diretora pediu a um dos funcionários que me levasse até uma pousada. Combinamos que eu voltaria no dia seguinte para fazer uma palestra em uma das salas de aula sobre o Projeto Atlanta e a seguir pegaria a estrada em direção à Cidade do Panamá, capital deste país.
No dia seguinte, acordei cedo e me dirigi à escola. Às 9h30 comecei a palestra. A diretora assistiu e gostou tanto que me levou para fazer o mesmo em todas as salas. A vice-diretora ligou para um canal de TV local e vieram à escola fazer uma entrevista sobre esta viagem continental. Fui entrevistado enquanto dirigia palavras de ânimo aos alunos para viverem um estilo de vida saudável e confiarem a vida a Jesus.
Terminadas as palestras e a entrevista, comecei a preparar a “gorducha” para a próxima etapa de 100 km, quando chegou o pastor distrital e me convidou para ficar alguns dias em sua casa e ajudá-lo em um programa evangelístico. Então passei a quinta, a sexta e o sábado em Colon e preguei e testemunhei em três templos, nos quais não senti apenas a presença, mas a mão de Deus convertendo corações. Nada substitui o testemunho pessoal. Deus seja honrado pelas maravilhas e as decisões que presenciei em Colon, graças à atuação do Espírito Santo.
Que bom que Ele me livrou das garras das Farcs e das tempestades no mar do Caribe. Estar no Panamá é uma glória. É uma vitória em honra do meu Criador e Redentor.
Com a vida e nossos planos nas mãos de Deus, podemos dizer tranquilos: depois da tempestade sempre vem a bonança!
Estou quase deixando Colon para viajar mais 100 km. Levarei boas recordações daqui. Chegarei a Atlanta com elas. Escreverei para a posteridade.
Sigo para os Estados Unidos de bicicleta. Minha bike se chama “gorducha”. Ela é pesada. É forte. Estou montado nela e nos braços de Deus.
Venha comigo porque Ele está aqui. Até breve.
(George Silva de Souza, atleta e autor livro Conquistando o Brasil)
Nota: O Atleta da Fé, George Silva, está enfrentando grandes dificuldades financeiras para prosseguir nessa missão esportivo-evangelística e precisa urgentemente fazer uma revisão na bicicleta. Ele não me pediu isso, mas eu convido: se você puder colaborar de alguma maneira, escreva para ele: georgepalestras@yahoo.com.br
"Por amor de Deus, tenham um blog!"
segunda-feira, janeiro 25, 2010
mídia, tecnologia
"Por amor de Deus, tenham um blog!", disse o papa Bento XVI aos padres católicos neste sábado, afirmando que eles devem aprender a usar novas formas de comunicação para disseminar as mensagens do evangelho. Em sua mensagem para a Igreja Católica no Dia Mundial da Comunicação, o papa, de 82 anos e conhecido por não amar computadores ou a internet, reconheceu que os padres devem aproveitar ao máximo o "rico menu de opções" oferecido pelas novas tecnologias. "Os padres são assim desafiados a proclamar o evangelho empregando as últimas gerações de recursos audiovisuais - imagens, vídeos, atributos animados, blogs, sites - que, juntamente com os meios tradicionais, podem abrir novas visões para o diálogo, evangelização e catequização", disse ele.
Os padres, disse ele, precisam responder aos desafios das "mudanças culturais de hoje" se quiserem chegar aos mais jovens.
Mas Bento XVI alertou os padres de que não tentem se tornar estrelas da nova mídia. "Os padres no mundo das comunicações digitais devem ser mais chamativos pelos seus corações religiosos do que por seus talentos comunicativos", disse ele.
No ano passado, um novo site do Vaticano, www.pope2you.net, foi lançado, oferecendo um novo aplicativo chamado "O Papa se encontra com você no Facebook" e outro permitindo acesso aos discursos e mensagens do papa nos iPhones ou iPods dos fiéis.
Bento XVI também escreve a maior parte de seus discursos à mão, em alemão, e seus ajudantes mais jovens ficam encarregados de colocá-los em conteúdo digital.
(Último Segundo)
Nota: O papa, inteligente como é, percebeu a utilidade e capacidade de capilarização da mensagem que a internet e as redes sociais possuem. Nestes tempos em que a informação "voa" à velocidade da luz por meio de cabos de fibra ótica, é inevitável (e imperioso) nos valermos das infovias para disseminar a verdadeira mensagem de esperança. Esse é o conselho de Habacuque 2:2.[MB]
Os padres, disse ele, precisam responder aos desafios das "mudanças culturais de hoje" se quiserem chegar aos mais jovens.
Mas Bento XVI alertou os padres de que não tentem se tornar estrelas da nova mídia. "Os padres no mundo das comunicações digitais devem ser mais chamativos pelos seus corações religiosos do que por seus talentos comunicativos", disse ele.
No ano passado, um novo site do Vaticano, www.pope2you.net, foi lançado, oferecendo um novo aplicativo chamado "O Papa se encontra com você no Facebook" e outro permitindo acesso aos discursos e mensagens do papa nos iPhones ou iPods dos fiéis.
Bento XVI também escreve a maior parte de seus discursos à mão, em alemão, e seus ajudantes mais jovens ficam encarregados de colocá-los em conteúdo digital.
(Último Segundo)
Nota: O papa, inteligente como é, percebeu a utilidade e capacidade de capilarização da mensagem que a internet e as redes sociais possuem. Nestes tempos em que a informação "voa" à velocidade da luz por meio de cabos de fibra ótica, é inevitável (e imperioso) nos valermos das infovias para disseminar a verdadeira mensagem de esperança. Esse é o conselho de Habacuque 2:2.[MB]
domingo, janeiro 24, 2010
O poder da experiência
“A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce”, já dizia Salomão. De fato, para uma alma sedenta, um simples “bom dia” faz o dia. Porém, quando essa mesma alma está farta, pode desprezar as mais belas e ricas palavras de amor e sabedoria. É o poder da experiência. Não por acaso, é pelas chamadas “experiências” que a ciência comprava, empiricamente, suas teorias. Walter Benjamin conta, em A Omelete de Amoras, que certa vez um rei, com todos os poderes e tesouros da Terra, se sentia infeliz e a cada ano ficava mais melancólico. Um dia, chamou seu cozinheiro e disse: “Quero que você me dê uma última prova de sua arte. Você deve me preparar uma omelete de amoras igual àquela que eu comi há cinquenta anos, na infância. Naquele tempo, meu pai tinha perdido a guerra e nós fugimos, viajamos dia e noite pela floresta, e acabamos nos perdendo. Famintos e cansados, chegamos a uma cabana onde morava uma velhinha que nos acolheu. Preparou para nós uma omelete de amoras, quando a comi, fiquei maravilhado: a omelete era deliciosa e me trouxe novas esperanças ao coração. Na época, eu era criança e não dei importância ao fato. Já no trono, vasculhei todo o reino, porém, não a localizei. Agora, quero que você faça uma omelete de amoras igualzinha. Se você conseguir, eu lhe darei ouro, será meu herdeiro e sucessor no trono. Se você não conseguir, entretanto, mandarei matá-lo.”
Então, o cozinheiro falou: “Senhor, pode chamar o carrasco. Conheço todo o segredo da preparação de uma omelete de amoras. Conheço as palavras mágicas que devem ser pronunciadas. Mas não me impedirá de ser executado, porque a minha omelete jamais será igual à da velhinha. Ela não terá o sabor picante do perigo, a emoção da fuga, não será comida com o sentido alerta do perseguido, não terá a doçura inesperada da hospitalidade calorosa, não terá o sabor do presente estranho e do futuro incerto.” O rei ficou calado durante algum tempo. Não muito mais tarde, consta que o rei lhe deu muitos presentes, tornou-o um homem rico e despediu-o do serviço real.
É o poder da experiência. Muitos ateus criticam os teístas e vice-versa. Cada um com sua verdade estabelecida e defendendo seu ponto de vista que sempre, sempre será subjetivo. Questão de perspectiva. A “letra mata, mas o espírito vivifica”, assim sendo, cada indivíduo lerá o mundo e o entenderá de acordo com o “estado de espírito” que lhe foi dado. Para cada um haverá “uma omelete de amoras” e sua percepção será mudada pelas experiências por que passou. O ser humano é racional, porém, mesmo a racionalidade está transpassada pela subjetividade de cada pessoa. Essa afirmação não é de teoria teísta, mas de ateus. Não somos computadores ou máquinas, somos seres humanos. Muitos ateus ainda se converterão, e é possível que muitos teístas mudem seu caminho.
O que determinará tal escolha? A experiência e a perspectiva escolhida em relação a ela. Muitos consideram o Cristianismo uma imposição do imperador Constantino por interesses políticos e que, portanto, seria mais uma farsa da fé. Essa é uma perspectiva. Se a Bíblia foi escrita por homens, todo e qualquer enunciado também foi. Consequentemente, sua credibilidade não está abaixo de qualquer documento histórico-científico, afinal, este também foi escrito por homens, com técnicas de homens. Por que a Bíblia é vista como uma grande mentira e os outros documentos como verdades absolutas? Porque, segundo dizem, foi um livro compilado por pessoas com interesses escusos? E os outros documentos, mesmo os que rebatem a Bíblia, estão isentos de interesses escusos, imaculados e ilibados de intenções subjetivas? Essa é uma perspectiva, e uma teoria que pode ou não ser creditada.
Então, será que Deus realmente não existe e somos levados por impulsos pessoais e desequilíbrio emocional a “inventar” um Deus invisível para nos sentirmos amparados por mãos que não vemos? Para os ateus, essa é a verdade racional e óbvia (embora não seja plausível pensar que os crentes sejam pessoas desequilibradas emocionalmente, todo ser humano passa por momentos de desequilíbrio, independentemente do seu credo). E os teístas, podem criticar isso? Não. É questão de escolha, perspectiva, fé. Evidências? Sim, há evidências e discursos muito bem elaborados por teístas e ateus. De qual lado ficar? Questão de perspectiva. Agnósticos, ateus e teístas são os mesmos humanos com seus erros, acertos, com sua fé direcionada a caminhos diferentes.
Se os teístas são “melhores” do que os ateus e com melhor conduta? Não. “Examine o homem a si mesmo”, há muitos ateus honestos e honrados que, embora não acreditem em um ser Superior, possuem fé em valores Superiores, na ética moral, na filosofia humanista. Da mesma forma, há “cristãos” que, embora acreditem em Deus, são corruptos e hipócritas, como os fariseus da época de Cristo, para vergonha do evangelho. Não há separatismo nem generalizações, não deve haver. Cada homem é único e responde por suas atitudes, crenças e condutas. Cada homem busca felicidade a sua maneira. Por que, então, os cristãos teimam em converter os ateus? Porque descobriram um caminho, porque comeram uma “omelete de amora” e gostariam de dividir com todos. Os ateístas, por sua vez, acreditam que estamos cegos e tentam nos mostrar a luz, nos tirar da caverna da fé teísta para a fé ateia. Esse tem sido, talvez, o grande erro de teístas e ateus: a digladiação. Seja como for, ambos querem se ajudar, mas nada nem ninguém poderá substituir o poder da vivência pessoal.
Evidente que nos falta sabedoria em muitos momentos, não percebemos a força da experiência e o quanto ela é fundamental. O apóstolo Paulo jamais teria sido quem foi se não fosse a experiência pela qual passou quando se dirigia a Damasco. Muitos se converteram porque receberam um milagre, que os ateus atribuem a causas naturais. Muitos se tornaram ateus porque foram desrespeitados ou molestados por religiosos e, inconscientemente, culpam a Deus ou à inexistência dEle, ao invés de culpar o próprio homem pelas suas condutas deploráveis. Cada um escolhe o ângulo para observar o mundo, escolhe seu caminho. Será ateu, agnósticos ou teísta de acordo com uma experiência, uma perspectiva. E mesmo aqueles que dizem seguir simplesmente a razão, há uma razão subjetiva para as escolhas objetivas. Freud, um grande ateu, dizia que “o homem é cego diante do próprio desejo”, seja ele qual for, teísta ou não.
(Elisabete Ferraz Sanches, professora graduada em Letras pela USP, pós-graduada em Português: Língua e Literatura pela UniSant’Anna e mestranda em Literatura Brasileira pela USP)
Leia também: "Dissonância cognitiva: um obstáculo à verdade"
Então, o cozinheiro falou: “Senhor, pode chamar o carrasco. Conheço todo o segredo da preparação de uma omelete de amoras. Conheço as palavras mágicas que devem ser pronunciadas. Mas não me impedirá de ser executado, porque a minha omelete jamais será igual à da velhinha. Ela não terá o sabor picante do perigo, a emoção da fuga, não será comida com o sentido alerta do perseguido, não terá a doçura inesperada da hospitalidade calorosa, não terá o sabor do presente estranho e do futuro incerto.” O rei ficou calado durante algum tempo. Não muito mais tarde, consta que o rei lhe deu muitos presentes, tornou-o um homem rico e despediu-o do serviço real.
É o poder da experiência. Muitos ateus criticam os teístas e vice-versa. Cada um com sua verdade estabelecida e defendendo seu ponto de vista que sempre, sempre será subjetivo. Questão de perspectiva. A “letra mata, mas o espírito vivifica”, assim sendo, cada indivíduo lerá o mundo e o entenderá de acordo com o “estado de espírito” que lhe foi dado. Para cada um haverá “uma omelete de amoras” e sua percepção será mudada pelas experiências por que passou. O ser humano é racional, porém, mesmo a racionalidade está transpassada pela subjetividade de cada pessoa. Essa afirmação não é de teoria teísta, mas de ateus. Não somos computadores ou máquinas, somos seres humanos. Muitos ateus ainda se converterão, e é possível que muitos teístas mudem seu caminho.
O que determinará tal escolha? A experiência e a perspectiva escolhida em relação a ela. Muitos consideram o Cristianismo uma imposição do imperador Constantino por interesses políticos e que, portanto, seria mais uma farsa da fé. Essa é uma perspectiva. Se a Bíblia foi escrita por homens, todo e qualquer enunciado também foi. Consequentemente, sua credibilidade não está abaixo de qualquer documento histórico-científico, afinal, este também foi escrito por homens, com técnicas de homens. Por que a Bíblia é vista como uma grande mentira e os outros documentos como verdades absolutas? Porque, segundo dizem, foi um livro compilado por pessoas com interesses escusos? E os outros documentos, mesmo os que rebatem a Bíblia, estão isentos de interesses escusos, imaculados e ilibados de intenções subjetivas? Essa é uma perspectiva, e uma teoria que pode ou não ser creditada.
Então, será que Deus realmente não existe e somos levados por impulsos pessoais e desequilíbrio emocional a “inventar” um Deus invisível para nos sentirmos amparados por mãos que não vemos? Para os ateus, essa é a verdade racional e óbvia (embora não seja plausível pensar que os crentes sejam pessoas desequilibradas emocionalmente, todo ser humano passa por momentos de desequilíbrio, independentemente do seu credo). E os teístas, podem criticar isso? Não. É questão de escolha, perspectiva, fé. Evidências? Sim, há evidências e discursos muito bem elaborados por teístas e ateus. De qual lado ficar? Questão de perspectiva. Agnósticos, ateus e teístas são os mesmos humanos com seus erros, acertos, com sua fé direcionada a caminhos diferentes.
Se os teístas são “melhores” do que os ateus e com melhor conduta? Não. “Examine o homem a si mesmo”, há muitos ateus honestos e honrados que, embora não acreditem em um ser Superior, possuem fé em valores Superiores, na ética moral, na filosofia humanista. Da mesma forma, há “cristãos” que, embora acreditem em Deus, são corruptos e hipócritas, como os fariseus da época de Cristo, para vergonha do evangelho. Não há separatismo nem generalizações, não deve haver. Cada homem é único e responde por suas atitudes, crenças e condutas. Cada homem busca felicidade a sua maneira. Por que, então, os cristãos teimam em converter os ateus? Porque descobriram um caminho, porque comeram uma “omelete de amora” e gostariam de dividir com todos. Os ateístas, por sua vez, acreditam que estamos cegos e tentam nos mostrar a luz, nos tirar da caverna da fé teísta para a fé ateia. Esse tem sido, talvez, o grande erro de teístas e ateus: a digladiação. Seja como for, ambos querem se ajudar, mas nada nem ninguém poderá substituir o poder da vivência pessoal.
Evidente que nos falta sabedoria em muitos momentos, não percebemos a força da experiência e o quanto ela é fundamental. O apóstolo Paulo jamais teria sido quem foi se não fosse a experiência pela qual passou quando se dirigia a Damasco. Muitos se converteram porque receberam um milagre, que os ateus atribuem a causas naturais. Muitos se tornaram ateus porque foram desrespeitados ou molestados por religiosos e, inconscientemente, culpam a Deus ou à inexistência dEle, ao invés de culpar o próprio homem pelas suas condutas deploráveis. Cada um escolhe o ângulo para observar o mundo, escolhe seu caminho. Será ateu, agnósticos ou teísta de acordo com uma experiência, uma perspectiva. E mesmo aqueles que dizem seguir simplesmente a razão, há uma razão subjetiva para as escolhas objetivas. Freud, um grande ateu, dizia que “o homem é cego diante do próprio desejo”, seja ele qual for, teísta ou não.
(Elisabete Ferraz Sanches, professora graduada em Letras pela USP, pós-graduada em Português: Língua e Literatura pela UniSant’Anna e mestranda em Literatura Brasileira pela USP)
Leia também: "Dissonância cognitiva: um obstáculo à verdade"
Britânico morre afogado após salvar a mulher
domingo, janeiro 24, 2010
Um professor britânico recém-casado morreu afogado quando o barco em que estava afundou durante sua lua-de-mel no Egito. Segundo o pai da noiva, David Nicholson-Cole, seu genro, Luke Day, 31 anos, morreu depois de salvar sua mulher, Sophie Nicholson-Cole e dois outros passageiros do barco, um indiano e um canadense. "Luke estava ajudando Sophie e todos os outros a saírem do convés quando o barco começou a afundar. Ele foi o último a tentar sair mas infelizmente não conseguiu", disse o pai de Sophie, David Nicholson-Cole, em declaração publicada pelos jornais The Times e Daily Telegraph. "Ele basicamente se sacrificou para salvar todos os outros, incluindo minha filha."
O incidente aconteceu em Aswan, na noite de segunda-feira. O casal estava em um veleiro tradicional no rio Nilo quando uma forte e inesperada tempestade atingiu a embarcação. "(A tempestade) inundou o barco e fez com que capotasse", disse Philip May, diretor da escola Costessey High School, em Norwich, onde Day lecionava francês havia quatro anos. "Eles tiveram que voltar para terra firme. A mulher de Luke voltou, mas ele não."
"Eu acredito que ela esteja fisicamente bem, mas claro que está devastada", disse. O diretor descreveu Day como uma pessoa "adorável" e um professor "brilhante" que era amado pelos alunos. (...)
(Terra)
Nota: Sempre que leio notícias de heroísmo como essa, lembro do supremo sacrifício realizado por nosso Senhor Jesus Cristo. A morte dEle na ignominiosa cruz não nos garante apenas uma sobrevida neste mundo - é a garantia de acesso à vida eterna, num mundo em que não haverá mais morte, despedidas, choro ou dor.[MB]
O incidente aconteceu em Aswan, na noite de segunda-feira. O casal estava em um veleiro tradicional no rio Nilo quando uma forte e inesperada tempestade atingiu a embarcação. "(A tempestade) inundou o barco e fez com que capotasse", disse Philip May, diretor da escola Costessey High School, em Norwich, onde Day lecionava francês havia quatro anos. "Eles tiveram que voltar para terra firme. A mulher de Luke voltou, mas ele não."
"Eu acredito que ela esteja fisicamente bem, mas claro que está devastada", disse. O diretor descreveu Day como uma pessoa "adorável" e um professor "brilhante" que era amado pelos alunos. (...)
(Terra)
Nota: Sempre que leio notícias de heroísmo como essa, lembro do supremo sacrifício realizado por nosso Senhor Jesus Cristo. A morte dEle na ignominiosa cruz não nos garante apenas uma sobrevida neste mundo - é a garantia de acesso à vida eterna, num mundo em que não haverá mais morte, despedidas, choro ou dor.[MB]
sábado, janeiro 23, 2010
Camus descreve uma vida sem Deus
sábado, janeiro 23, 2010
Quando lia o depressivo romance A Queda, do argelino Albert Camus, me deparei com o seguinte trecho, que consiste numa das falas (o livro é um monólogo) de seu personagem: "Se eu lhe disser que não tinha religião alguma, você compreenderá ainda melhor o que havia de extraordinário nessa convicção. ... Sentia-me bem à vontade em tudo, é bem verdade, mas, ao mesmo tempo, nada me satisfazia. Cada alegria fazia com que desejasse outra. Ia de festa em festa. Chegava a dançar noites inteiras, cada vez mais louco com os seres e com a vida. Às vezes, já bastante tarde, nessas noites em que a dança, o álcool leve, meu modo desenfreado, o violento abandono de todos me lançavam a um arrebatamento ao mesmo tempo lasso e pleno, parecia-me no extremo da exaustão e no espaço de um segundo, compreender, enfim, o segredo dos seres e do mundo. Mas o cansaço despararecia no dia seguinte e com ele o segredo; e eu me lançava outra vez com todo ímpeto. Assim corria eu, sempre pleno, jamais saciado, sem saber onde parar, até o dia, ou melhor, até a noite em que a música parou e as luzes se aparagaram. A festa em que eu fora feliz..." (p. 25).
Nobel de Literatura (1957), Camus filiou-se ao Partido Comunista francês em 1930. Ao lado de Jean-Paul Sartre, foi um dos principais representantes do existencialismo. Segundo Alister McGrath, em seu livro The Twilight of Atheism, "para Camus, a ideia da morte de Deus é melhor expressa em termos de Seu silêncio mais do que de Sua ausência" (p. 158). É preciso entender que Camus viveu no período da Segunda Guerra Mundial, e deve residir nisso seu desencanto com Deus (que deveria, na verdade, ser o desencanto com o ser humano sem Deus). Em A Queda, Camus revela o homem moderno que abandona seus valores e mergulha num vazio existencial. O trecho que reproduzi acima, para mim, é quase um desabafo do autor e um verdadeiro raio x daqueles que andam pela vida "jamais saciados", precisando sempre de doses de alegria ilusória, não se dando conta de seu vazio - até que as luzes se apagam e a festa termina.[MB]
Nobel de Literatura (1957), Camus filiou-se ao Partido Comunista francês em 1930. Ao lado de Jean-Paul Sartre, foi um dos principais representantes do existencialismo. Segundo Alister McGrath, em seu livro The Twilight of Atheism, "para Camus, a ideia da morte de Deus é melhor expressa em termos de Seu silêncio mais do que de Sua ausência" (p. 158). É preciso entender que Camus viveu no período da Segunda Guerra Mundial, e deve residir nisso seu desencanto com Deus (que deveria, na verdade, ser o desencanto com o ser humano sem Deus). Em A Queda, Camus revela o homem moderno que abandona seus valores e mergulha num vazio existencial. O trecho que reproduzi acima, para mim, é quase um desabafo do autor e um verdadeiro raio x daqueles que andam pela vida "jamais saciados", precisando sempre de doses de alegria ilusória, não se dando conta de seu vazio - até que as luzes se apagam e a festa termina.[MB]
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Clima sabático
sexta-feira, janeiro 22, 2010
sábado
Deus estabeleceu o sábado como memorial da Criação (Gn 2:1-3; Êx 20:8-11). Como esse dia especial foi criado antes do pecado e, portanto, antes que houvesse cansaço, entende-se que o descanso sabático tinha um significado, sobretudo, espiritual. Era uma pausa para adoração especial. Um dia de comunhão mais íntima com Deus – tão especial, que tudo o mais que podia ficar para outro dia era deixado para depois.
Há cem anos, Ellen White escreveu: “O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr do sol, ponde de parte todo trabalho secular, e fazei desaparecer os jornais profanos. Explicai aos filhos esse vosso procedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 20-22).
Em tempos de internet, é fácil passar por alto a recomendação de fazer desaparecer os “jornais profanos”. Mas o princípio permanece: guarde sua mente livre das notícias, das informações e das distrações, e mantenha o foco nas coisas de Deus. Ao checar a caixa de e-mails nas horas do sábado, lá poderão estar aquelas mensagens e propagandas nos convidando a abri-las. Verificando as novidades no Twitter, se formos seguidores de sites noticiosos, poderemos esbarrar em notícias que certamente “clamarão” para ser lidas. MSN, Facebook e Orkut podem representar o mesmo risco de perda do foco, caso a navegação e as conversas nessas redes e ferramentas conduzam para temas seculares, sem relação com a espiritualidade.
Assim, é preciso ser muito criterioso quando se navega na internet em dia de sábado, do contrário, podemos acabar com o clima gostoso planejado por Deus para Seu dia santo – clima esse que refrigera a alma e nos fortalece para enfrentar os desafios da semana seguinte, deixando claro que, na condição de criaturas, dependemos de nosso Deus para viver uma vida plena.
Michelson Borges
Há cem anos, Ellen White escreveu: “O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr do sol, ponde de parte todo trabalho secular, e fazei desaparecer os jornais profanos. Explicai aos filhos esse vosso procedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 20-22).
Em tempos de internet, é fácil passar por alto a recomendação de fazer desaparecer os “jornais profanos”. Mas o princípio permanece: guarde sua mente livre das notícias, das informações e das distrações, e mantenha o foco nas coisas de Deus. Ao checar a caixa de e-mails nas horas do sábado, lá poderão estar aquelas mensagens e propagandas nos convidando a abri-las. Verificando as novidades no Twitter, se formos seguidores de sites noticiosos, poderemos esbarrar em notícias que certamente “clamarão” para ser lidas. MSN, Facebook e Orkut podem representar o mesmo risco de perda do foco, caso a navegação e as conversas nessas redes e ferramentas conduzam para temas seculares, sem relação com a espiritualidade.
Assim, é preciso ser muito criterioso quando se navega na internet em dia de sábado, do contrário, podemos acabar com o clima gostoso planejado por Deus para Seu dia santo – clima esse que refrigera a alma e nos fortalece para enfrentar os desafios da semana seguinte, deixando claro que, na condição de criaturas, dependemos de nosso Deus para viver uma vida plena.
Michelson Borges
Projeto Atlanta: piratas do Caribe
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Projeto Atlanta
Viajei três dias em lancha até entrar em território panamenho. Ao chegar a Puerto Obaldia, primeira cidade deste país da América Central, pensava que encontraria uma estrada até a Rodovia Interamericana. Engano meu. Ainda precisaria de mais um dia nas águas azul-turquesa do Mar do Caribe para ter acesso a uma estrada vicinal que me deixasse nessa rodovia que liga as três Américas. Então, em uma manhã de chuva, embarquei outra numa lancha rumo a cidade chamada Miramar, onde fontes locais informaram-me haver uma estrada para o resto do país. A saída do porto de Obaldia foi às 7h. A previsão da viagem por mar era de oito horas, caso as ondas não estivessem muito agitadas e o tempo fosse mais favorável. Porém, o mar encapelou-se e as ondas passavam dos dois metros. O céu ficou carregado de nuvens negras e a chuva nos castigava. Ventos sacudiam o barco e raios pipocavam no horizonte. O barco não tinha cabine para se abrigar. As ondas mais altas batiam na proa com força, fazendo um barulho assustador e tudo na frágil embarcação parecia voar pelos ares. Inclusive os passageiros.
Havia uma criança de dois anos com seus pais argentinos. Uma senhora de uns 50 anos e outro senhor, de 45. Depois o comandante do barco e seu fiel auxiliar, que mais me pareciam “piratas do caribe”. Eles não se importavam com a chuva, com o vento, com as ondas ou mesmo com os fortes trovões. Pareciam ter muita pressa de chegar e aceleravam os motores a toda potência.
A pequena lancha era dotada de dois motores marines de 115 hp cada. Ou seja, o timoneiro tinha 230 hp de força para singrar as ondas bravias.
Por volta das três da tarde o sol abriu. Pararam a chuva e o vento. Estávamos havia mais de sete horas viajando e clamando a Deus para termos bonança, pois a lancha parecia que iria se despedaçar a qualquer momento. No entanto, os “piratas do caribe” mais e mais forçavam os motores. Com o mar calmo, a potência foi levada ao máximo. Resultado: pifou um dos motores. Andamos um pouco mais e falhou o segundo.
Resultado: ficamos à deriva e sendo puxados rumo à costa onde havia uma arrebentação de pedras. Apressados, consertaram um dos motores e fugimos do perigo. Mas, como os “piratas” não eram bons de cálculo de consumo de gasolina, após uns quinze minutos navegando, faltou combustível.
Isso aconteceu quando estávamos a uns 2 km da praia da cidade de Miramar. Podíamos ver os coqueiros e casinhas do nosso destino hoje, porém, as ondas começavam outra vez a nos levar rumo às pedras da costa.
Esses incidentes impediram-me de contemplar despreocupado a beleza das ilhas e praias do Mar do Caribe. A viagem estava sendo emocionante, radical e, agora, perigosa.
Quem, neste momento, nos livrará de sermos arrastados pelas ondas em direção das pedras que estão a uns 300 metros de nossa embarcação sem cabine, sem motores e sem combustível?
Os passageiros estão todos perplexos. Olham, sem palavras, para os dois “piratas do caribe”. Eles buscam uma gota de combustível nos tambores, mas em vão. Os motores também estão danificados. Com certeza, creio que todos estão pensando na imagem triste de um veleiro que avistamos no caminho jogado sobre um banco de pedras.
Estou calado e tranquilo. Disponho de condições físicas para nadar os dois quilômetros que faltam até a praia de Miramar. Também o mar se encontra calmo, portanto, favorável à natação. Na verdade, esta parecendo uma grande piscina. Lembro-me ainda de minhas travessias aquáticas nos rios da Amazônia e da lagoa de Araruama, no Rio de Janeiro, onde fiz percursos de mais de 10 km.
Porém, contemplo o sangue desaparecer da face dos passageiros e os olhos buscarem terra por todo lado. Por isso, tomo a decisão de permanecer no barco e lutar com eles por uma vitória completa, ainda mais quando temos a bordo um bebê de dois anos, com seus pais.
Sinto que não há para onde fugir a não ser orar por um milagre. Apenas oro: “Deus, socorre-nos!”
Minutos depois, vemos outra lancha se aproximando em alta velocidade. Nela há um homem sozinho. Ele joga uma corda e pede aos “piratas do caribe” que amarrem em nossa proa. Feito isso, reboca-nos em segurança até a praia da pequena vila de pescadores por nome Miramar, e assim livra a todos da “boca do leão”.
Viajando dessa maneira coloco meus pés e as rodas da “gorducha” (bike) em terras panamenhas. Minutos depois, chegam as trevas da noite e eu estou em segurança deitado numa cama em uma pousada da praia de Miramar, extremo leste do Panamá, América Central.
Estou a caminho da Geórgia, EUA. Lugar distante, porém, perto porque ando nos passos da fé e sigo as pegadas do Senhor. Ele está aqui. Venha comigo!
Obs.: também não ia ter coragem de abandonar o barco à deriva por causa de minha “gorducha”.
(George Silva de Souza, atleta e autor livro Conquistando o Brasil)
Nota: O Atleta da Fé, George Silva, está enfrentando grandes dificuldades financeiras para prosseguir nessa missão esportivo-evangelística e precisa urgentemente fazer uma revisão na bicicleta. Ele não me pediu isso, mas eu convido: se você puder colaborar de alguma maneira, escreva para ele: georgepalestras@yahoo.com.br
Havia uma criança de dois anos com seus pais argentinos. Uma senhora de uns 50 anos e outro senhor, de 45. Depois o comandante do barco e seu fiel auxiliar, que mais me pareciam “piratas do caribe”. Eles não se importavam com a chuva, com o vento, com as ondas ou mesmo com os fortes trovões. Pareciam ter muita pressa de chegar e aceleravam os motores a toda potência.
A pequena lancha era dotada de dois motores marines de 115 hp cada. Ou seja, o timoneiro tinha 230 hp de força para singrar as ondas bravias.
Por volta das três da tarde o sol abriu. Pararam a chuva e o vento. Estávamos havia mais de sete horas viajando e clamando a Deus para termos bonança, pois a lancha parecia que iria se despedaçar a qualquer momento. No entanto, os “piratas do caribe” mais e mais forçavam os motores. Com o mar calmo, a potência foi levada ao máximo. Resultado: pifou um dos motores. Andamos um pouco mais e falhou o segundo.
Resultado: ficamos à deriva e sendo puxados rumo à costa onde havia uma arrebentação de pedras. Apressados, consertaram um dos motores e fugimos do perigo. Mas, como os “piratas” não eram bons de cálculo de consumo de gasolina, após uns quinze minutos navegando, faltou combustível.
Isso aconteceu quando estávamos a uns 2 km da praia da cidade de Miramar. Podíamos ver os coqueiros e casinhas do nosso destino hoje, porém, as ondas começavam outra vez a nos levar rumo às pedras da costa.
Esses incidentes impediram-me de contemplar despreocupado a beleza das ilhas e praias do Mar do Caribe. A viagem estava sendo emocionante, radical e, agora, perigosa.
Quem, neste momento, nos livrará de sermos arrastados pelas ondas em direção das pedras que estão a uns 300 metros de nossa embarcação sem cabine, sem motores e sem combustível?
Os passageiros estão todos perplexos. Olham, sem palavras, para os dois “piratas do caribe”. Eles buscam uma gota de combustível nos tambores, mas em vão. Os motores também estão danificados. Com certeza, creio que todos estão pensando na imagem triste de um veleiro que avistamos no caminho jogado sobre um banco de pedras.
Estou calado e tranquilo. Disponho de condições físicas para nadar os dois quilômetros que faltam até a praia de Miramar. Também o mar se encontra calmo, portanto, favorável à natação. Na verdade, esta parecendo uma grande piscina. Lembro-me ainda de minhas travessias aquáticas nos rios da Amazônia e da lagoa de Araruama, no Rio de Janeiro, onde fiz percursos de mais de 10 km.
Porém, contemplo o sangue desaparecer da face dos passageiros e os olhos buscarem terra por todo lado. Por isso, tomo a decisão de permanecer no barco e lutar com eles por uma vitória completa, ainda mais quando temos a bordo um bebê de dois anos, com seus pais.
Sinto que não há para onde fugir a não ser orar por um milagre. Apenas oro: “Deus, socorre-nos!”
Minutos depois, vemos outra lancha se aproximando em alta velocidade. Nela há um homem sozinho. Ele joga uma corda e pede aos “piratas do caribe” que amarrem em nossa proa. Feito isso, reboca-nos em segurança até a praia da pequena vila de pescadores por nome Miramar, e assim livra a todos da “boca do leão”.
Viajando dessa maneira coloco meus pés e as rodas da “gorducha” (bike) em terras panamenhas. Minutos depois, chegam as trevas da noite e eu estou em segurança deitado numa cama em uma pousada da praia de Miramar, extremo leste do Panamá, América Central.
Estou a caminho da Geórgia, EUA. Lugar distante, porém, perto porque ando nos passos da fé e sigo as pegadas do Senhor. Ele está aqui. Venha comigo!
Obs.: também não ia ter coragem de abandonar o barco à deriva por causa de minha “gorducha”.
(George Silva de Souza, atleta e autor livro Conquistando o Brasil)
Nota: O Atleta da Fé, George Silva, está enfrentando grandes dificuldades financeiras para prosseguir nessa missão esportivo-evangelística e precisa urgentemente fazer uma revisão na bicicleta. Ele não me pediu isso, mas eu convido: se você puder colaborar de alguma maneira, escreva para ele: georgepalestras@yahoo.com.br
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Espere! Não tome decisões precipitadas
quinta-feira, janeiro 21, 2010
devocional
O marido pergunta para a esposa o que ela faria se, quando ele estivesse viajando, alguém lhe dissesse que o viu beijando outra mulher. Ela responde que, como o conhece há mais de dez anos, o ama profundamente e conhece seu caráter íntegro, ficaria assustada com a notícia, sim, mas esperaria seu retorno antes de tomar qualquer decisão precipitada.
Na vida, muitas vezes, acontecem coisas conosco (e com pessoas ao nosso redor) que nos deixam perplexos. Tentamos racionalizar, buscar respostas a fim de encontrar algum consolo. Mas, convenhamos que há situações para as quais realmente não existem explicações racionais simples. Nessas horas, é preciso amar, confiar e esperar pela resposta.
Quando conhecemos o amor de Deus por nós e mantemos comunhão com Ele, nossa confiança aumenta a tal ponto de não cairmos na armadilha que tem dois extremos: (1) tentar explicar racionalmente cada aspecto desta vida “louca” e (2) abandonar a fé pelo fato de não podermos explicar cada aspecto desta vida “louca”.
Quando a perplexidade e a dúvida o(a) assolarem, lembre-se de não tomar decisões precipitadas. Espere o regresso do “esposo”.
Michelson Borges
Na vida, muitas vezes, acontecem coisas conosco (e com pessoas ao nosso redor) que nos deixam perplexos. Tentamos racionalizar, buscar respostas a fim de encontrar algum consolo. Mas, convenhamos que há situações para as quais realmente não existem explicações racionais simples. Nessas horas, é preciso amar, confiar e esperar pela resposta.
Quando conhecemos o amor de Deus por nós e mantemos comunhão com Ele, nossa confiança aumenta a tal ponto de não cairmos na armadilha que tem dois extremos: (1) tentar explicar racionalmente cada aspecto desta vida “louca” e (2) abandonar a fé pelo fato de não podermos explicar cada aspecto desta vida “louca”.
Quando a perplexidade e a dúvida o(a) assolarem, lembre-se de não tomar decisões precipitadas. Espere o regresso do “esposo”.
Michelson Borges
quarta-feira, janeiro 20, 2010
Foram descobertas moedas com o nome de José?
quarta-feira, janeiro 20, 2010
arqueologia, bíblia
Recebi este e-mail dias atrás: “Caro, Michelson, fiquei sabendo há pouco tempo de duas descobertas importantes sobre a Bíblia, que são o Palácio de Davi e as supostas moedas do Egito com o nome do imperador José gravadas nelas, que seriam uma verdadeira ‘bomba atômica’ nas alegações de Israel Finkelstein, que poderiam ir para o espaço de vez. Você poderia me dizer se essas descobertas foram confirmadas de fato?”
O fato de nesta semana eu estar aqui no Unasp cursando Arqueologia Bíblica com o meu orientador de mestrado, o Dr. Rodrigo Silva, veio a calhar. Falei com ele sobre esses achados e ele fez uma rápida pesquisa, chegando às seguintes conclusões, as quais resolvemos partilhar com você, leitor deste blog, e, quem sabe, ajudar a impedir que sejam espalhadas inverdades que apenas denigrem a reputação dos seguidores e pregadores da Bíblia:
1. A descoberta do Palácio de Davi é fato. O jornal Folha de S. Paulo, em sua edição de 06/08/05, traz a seguinte notícia: “Uma arqueóloga israelense diz ter descoberto em Jerusalém Oriental o lendário palácio do rei bíblico Davi... A descoberta é rara e importante: um grande edifício público do século 10 a.C., junto com fragmentos de cerâmica da época de Davi e Salomão e um sinete (usado para carimbar documentos) que pertenceu a um funcionário mencionado no livro do profeta Jeremias. A descoberta provavelmente vai se tornar mais um argumento numa das maiores controvérsias da arqueologia bíblica.”
2. Já as tais moedas com o rosto e o nome de José são, na verdade, um grande mal-entendido. A informação proveio do jornal egípcio Al-Ahram, via site Memri. Outro site que repercutiu o assunto foi o Urban Christian News. Este até publicou uma foto, dando uma tremenda “barrigada” jornalística. As moedas da imagem são, na verdade, gregas e trazem a inscrição “Basileos Ptolomaios”. Nada de hieróglifos. Detalhe: José viveu por volta do ano 1850 a.C., enquanto Ptolomeu viveu no terceiro século a.C.
3. No tempo de José não havia moedas. As fotos do site árabe são escaravelhos entalhados em alabastro e em pedra, e definitivamente não se trata de moedas. A moeda foi inventada no 8º século a.C. pelos lídios. Ademais, onde estão o rosto e o nome de José nesses artefatos?
4. José não era faraó. Como teria uma moeda esculpida com seu nome e rosto? (Além do que, por ser judeu, não consentiria como esse tipo de homenagem pictográfica.)
5. O Dr. Sa’id Mahammad Thabet, que é muçulmano, parece mais é querer provar a exatidão do Alcorão, que na Sura 12:20 diz que os irmãos de José o “venderam por um preço baixo, um número de moedas de prata”. Muito material do Alcorão é “emprestado” da Bíblia, que é bem mais antiga que o livro sagrado dos islâmicos. O que ocorre neste caso específico é uma corruptela da tradução mal feita do texto bíblico de Gênesis 37:38: “Passando, pois, os mercadores midianitas, os irmãos de José, alçando-o da cisterna, venderam-no por vinte ciclos de prata aos ismaelitas, os quais o levaram para o Egito” (Almeida Contemporânea). A versão Almeida Revista e Atualizada traz a palavra “moedas” em lugar de “ciclos”. Ocorre que o original hebraico traz apenas “vinte de prata”. A palavra shekels (= peças, pedaços, peso ou ciclos) foi um acréscimo posterior ao texto original. O Alcorão, baseado numa tradução bíblica imprecisa, colocou “moedas”.
6. O que Thabet faz é tentar “salvar” o texto corânico, indo na contramão de outros estudiosos, ao afirmar que há textos da 3ª, da 6ª e da 12ª dinastias que mencionam moedas. Só que ele usa a palavra deben, que, à semelhança de shekel, era também usada para se referir à medida de peso (como o futuro talento) e pesava 21 gramas.
Fica aqui, mais uma vez, a advertência para que não espalhemos informações imprecisas (e/ou até inverídicas) por aí. O leitor fez bem em me enviar o e-mail em busca de mais informações. Presta-se um grande desserviço quando se usam boatos infundados para tentar validar a Bíblia. Com isso, cristãos conseguem o efeito contrário e dão ainda mais munição para os críticos de plantão.[MB]
Leia também: “Especulações arqueológicas” e “Boataria internética”
O fato de nesta semana eu estar aqui no Unasp cursando Arqueologia Bíblica com o meu orientador de mestrado, o Dr. Rodrigo Silva, veio a calhar. Falei com ele sobre esses achados e ele fez uma rápida pesquisa, chegando às seguintes conclusões, as quais resolvemos partilhar com você, leitor deste blog, e, quem sabe, ajudar a impedir que sejam espalhadas inverdades que apenas denigrem a reputação dos seguidores e pregadores da Bíblia:
1. A descoberta do Palácio de Davi é fato. O jornal Folha de S. Paulo, em sua edição de 06/08/05, traz a seguinte notícia: “Uma arqueóloga israelense diz ter descoberto em Jerusalém Oriental o lendário palácio do rei bíblico Davi... A descoberta é rara e importante: um grande edifício público do século 10 a.C., junto com fragmentos de cerâmica da época de Davi e Salomão e um sinete (usado para carimbar documentos) que pertenceu a um funcionário mencionado no livro do profeta Jeremias. A descoberta provavelmente vai se tornar mais um argumento numa das maiores controvérsias da arqueologia bíblica.”
2. Já as tais moedas com o rosto e o nome de José são, na verdade, um grande mal-entendido. A informação proveio do jornal egípcio Al-Ahram, via site Memri. Outro site que repercutiu o assunto foi o Urban Christian News. Este até publicou uma foto, dando uma tremenda “barrigada” jornalística. As moedas da imagem são, na verdade, gregas e trazem a inscrição “Basileos Ptolomaios”. Nada de hieróglifos. Detalhe: José viveu por volta do ano 1850 a.C., enquanto Ptolomeu viveu no terceiro século a.C.
3. No tempo de José não havia moedas. As fotos do site árabe são escaravelhos entalhados em alabastro e em pedra, e definitivamente não se trata de moedas. A moeda foi inventada no 8º século a.C. pelos lídios. Ademais, onde estão o rosto e o nome de José nesses artefatos?
4. José não era faraó. Como teria uma moeda esculpida com seu nome e rosto? (Além do que, por ser judeu, não consentiria como esse tipo de homenagem pictográfica.)
5. O Dr. Sa’id Mahammad Thabet, que é muçulmano, parece mais é querer provar a exatidão do Alcorão, que na Sura 12:20 diz que os irmãos de José o “venderam por um preço baixo, um número de moedas de prata”. Muito material do Alcorão é “emprestado” da Bíblia, que é bem mais antiga que o livro sagrado dos islâmicos. O que ocorre neste caso específico é uma corruptela da tradução mal feita do texto bíblico de Gênesis 37:38: “Passando, pois, os mercadores midianitas, os irmãos de José, alçando-o da cisterna, venderam-no por vinte ciclos de prata aos ismaelitas, os quais o levaram para o Egito” (Almeida Contemporânea). A versão Almeida Revista e Atualizada traz a palavra “moedas” em lugar de “ciclos”. Ocorre que o original hebraico traz apenas “vinte de prata”. A palavra shekels (= peças, pedaços, peso ou ciclos) foi um acréscimo posterior ao texto original. O Alcorão, baseado numa tradução bíblica imprecisa, colocou “moedas”.
6. O que Thabet faz é tentar “salvar” o texto corânico, indo na contramão de outros estudiosos, ao afirmar que há textos da 3ª, da 6ª e da 12ª dinastias que mencionam moedas. Só que ele usa a palavra deben, que, à semelhança de shekel, era também usada para se referir à medida de peso (como o futuro talento) e pesava 21 gramas.
Fica aqui, mais uma vez, a advertência para que não espalhemos informações imprecisas (e/ou até inverídicas) por aí. O leitor fez bem em me enviar o e-mail em busca de mais informações. Presta-se um grande desserviço quando se usam boatos infundados para tentar validar a Bíblia. Com isso, cristãos conseguem o efeito contrário e dão ainda mais munição para os críticos de plantão.[MB]
Leia também: “Especulações arqueológicas” e “Boataria internética”
terça-feira, janeiro 19, 2010
Uma vida transformada com Vida e Saúde
terça-feira, janeiro 19, 2010
saúde, testemunho, vegetarianismo
Fazia alguns anos que eu não via minha tia Leonor Borges Sabino (ou simplesmente “tia Lola”, como a chamamos). No dia 31 de dezembro do ano passado, pude encontrá-la na casa de praia dos meus pais, no Balneário Rincão, em Santa Catarina. Quase não a reconheci, de tão mudada (para melhor) que ela estava – e fiquei surpreso ao saber da transformação pela qual ela havia passado. Vou deixar que ela conte o que aconteceu:
“Tenho 59 anos e fui fumante por mais ou menos 25 anos. Minhas condições física e mental eram péssimas e vivia desesperada, porque tinha tudo o que não prestava: um coágulo no cérebro, problemas com o ácido úrico, gastrite, úlcera no estômago, problema nos ossos (osteopenia) e muito mais. Tomava remédios e não resolvia. Não sabia mais o que fazer. O médico disse que eu tinha que parar de fumar, mas eu não conseguia; não tinha força; o vício era mais forte que eu. Então me apeguei a Deus, comecei a fazer jejum e oração; pedia para que eu pudesse deixar de fumar. Muitas vezes, até chorava implorando a Deus para me tirar o vício. Todos os dias eu pedia isso a Deus, pois me sentia com o coração sujo, como se Deus não pudesse entrar ali. Foram cerca de dois anos de luta contra o inimigo. Até que um dia fui à igreja carismática e pedi muito ao Senhor que me libertasse do vício naquele mesmo dia! Depois fui embora. Quando cheguei em casa, fui direto pegar um cigarro, mas me arrependi na hora. Pedi perdão ao Senhor e não peguei o cigarro. Fui dormir. No dia seguinte, não senti mais vontade de fumar; senti até nojo. Isso que quando eu levantava de manhã, a primeira coisa que eu fazia era acender um cigarro. A resposta de Deus foi me libertar desse vício de um dia para o outro! E por isso eu louvo e agradeço a esse Deus maravilhoso!
“Tem mais... Na época em que eu estava doente, pedindo a Deus para me libertar do vício, certo dia me apareceu um vendedor, alguém muito abençoado, e me ofereceu a revista Vida e Saúde, da Casa Publicadora Brasileira, e eu aceitei fazer a assinatura. Quando recebi a primeira revista, parece que sabiam que eu estava com problemas, pois havia justamente uma reportagem falando sobre o cigarro, o câncer de boca e de pulmão. Vi aquelas imagens horríveis e aí me desesperei ainda mais. E foi aquilo que me fez pedir ajuda a Deus. Assinei a revista por três anos. Vida e Saúde tem muita coisa interessante - nos ensina a como nos alimentarmos bem e com saúde; também nos estimula ao exercício físico; etc. Foi através dessa revista que me tornei vegetariana.
“Minha vida mudou muito depois que passei a ler a revista. Hoje me sinto mais jovem, com saúde física, mental e espiritual. E agradeço a Deus por tudo o que Ele fez em minha vida.”
Minha tia, além de vegetariana, usa pão integral, evita o açúcar e pratica exercícios. Ela é mais uma prova de que funcionam as bondosas e sábias instruções que Deus nos deixou em Sua Revelação. É só colocá-las em prática e confiar no bom Criador.[MB]
“Tenho 59 anos e fui fumante por mais ou menos 25 anos. Minhas condições física e mental eram péssimas e vivia desesperada, porque tinha tudo o que não prestava: um coágulo no cérebro, problemas com o ácido úrico, gastrite, úlcera no estômago, problema nos ossos (osteopenia) e muito mais. Tomava remédios e não resolvia. Não sabia mais o que fazer. O médico disse que eu tinha que parar de fumar, mas eu não conseguia; não tinha força; o vício era mais forte que eu. Então me apeguei a Deus, comecei a fazer jejum e oração; pedia para que eu pudesse deixar de fumar. Muitas vezes, até chorava implorando a Deus para me tirar o vício. Todos os dias eu pedia isso a Deus, pois me sentia com o coração sujo, como se Deus não pudesse entrar ali. Foram cerca de dois anos de luta contra o inimigo. Até que um dia fui à igreja carismática e pedi muito ao Senhor que me libertasse do vício naquele mesmo dia! Depois fui embora. Quando cheguei em casa, fui direto pegar um cigarro, mas me arrependi na hora. Pedi perdão ao Senhor e não peguei o cigarro. Fui dormir. No dia seguinte, não senti mais vontade de fumar; senti até nojo. Isso que quando eu levantava de manhã, a primeira coisa que eu fazia era acender um cigarro. A resposta de Deus foi me libertar desse vício de um dia para o outro! E por isso eu louvo e agradeço a esse Deus maravilhoso!
“Tem mais... Na época em que eu estava doente, pedindo a Deus para me libertar do vício, certo dia me apareceu um vendedor, alguém muito abençoado, e me ofereceu a revista Vida e Saúde, da Casa Publicadora Brasileira, e eu aceitei fazer a assinatura. Quando recebi a primeira revista, parece que sabiam que eu estava com problemas, pois havia justamente uma reportagem falando sobre o cigarro, o câncer de boca e de pulmão. Vi aquelas imagens horríveis e aí me desesperei ainda mais. E foi aquilo que me fez pedir ajuda a Deus. Assinei a revista por três anos. Vida e Saúde tem muita coisa interessante - nos ensina a como nos alimentarmos bem e com saúde; também nos estimula ao exercício físico; etc. Foi através dessa revista que me tornei vegetariana.
“Minha vida mudou muito depois que passei a ler a revista. Hoje me sinto mais jovem, com saúde física, mental e espiritual. E agradeço a Deus por tudo o que Ele fez em minha vida.”
Minha tia, além de vegetariana, usa pão integral, evita o açúcar e pratica exercícios. Ela é mais uma prova de que funcionam as bondosas e sábias instruções que Deus nos deixou em Sua Revelação. É só colocá-las em prática e confiar no bom Criador.[MB]
Terremoto de 5,1 graus atinge o Chile
terça-feira, janeiro 19, 2010
notícias do fim do mundo, profecia
[Mais um pra lista...] Um tremor de 5,1 graus na escala Richter atingiu nesta terça a capital chilena [Santiago] e outras localidades da Região Metropolitana e de Valparaíso, sem deixar vítimas ou danos materiais, segundo as autoridades. O terremoto foi registrado às 2h37 (3h37 de Brasília) e o epicentro foi localizado 40 quilômetros ao norte da localidade de Los Andes e cerca de 117 quilômetros de Santiago, a uma profundidade de 100 quilômetros, informou o Instituto Sismológico da Universidade do Chile.
(Terra)
Nota: 2010 mal começou e já está amargando alguns recordes tristes e preocupantes. E muitos brasileiros assistindo ao BBB...[MB]
(Terra)
Nota: 2010 mal começou e já está amargando alguns recordes tristes e preocupantes. E muitos brasileiros assistindo ao BBB...[MB]
A mesquinhês artística de Avatar
terça-feira, janeiro 19, 2010
mídia
Setores midiáticos têm trombeteado as grandezas da superprodução Avatar. Mas as grandezas do filme vão pouco além dos efeitos especiais. O herói é um homem branco, ex-marine, que trabalha numa corporação e é escalado para promover a exploração e pilhagem dum planeta, desfazendo-se dos seus habitantes. Mas ele descobre que esses inocentes seres são amantes da natureza e vivem em harmonia com ela. São atletas por natureza, dançarinos, têm paz espiritual. Ele rapidamente consegue fazer parte da principal “tribo” deles, consegue proeminência lá e faz sexo com a mais bela mulher daquele planeta tão diferente, mas tão sedutor como ela mesma.
Esse herói vai “ajudar” os habitantes do “aeu” novo mundo a se defenderem dos inimigos, os quais, eles não percebem, podem destruí-los. Ele vai comandá-los para que seu mundo mais elevado sobreviva. Ou seja, ele, o homem civilizado e branco, é o único capaz de auxiliar outros povos; pois embora eles tenham suas habilidades, não são capazes de lutar contra uma civilização superior. Precisam de alguém vindo dessa civilização para ajudá-los. Como disse o articulista David Brooks, do New York Times (7/1/2010): "Isso baseia-se no estereótipo de que o homem branco é racional e tecnocrata, enquanto que os colonizados são espirituais e atléticos. Isso baseia-se na premissa de que os não-brancos precisam do Messias Branco para liderar-lhes em suas cruzadas. Na premissa de que a ignorância (ou falta de cultura) é que traz a graça de viver. Isso dá suporte à dupla forma de imperialismo em que os nativos podem ter sua história cruel por causa da maldade do seu colonizador, ou uma boa história por causa do bom colonizador. Mas sempre eles serão atores coadjuvantes na jornada de auto-admiração nossa (de nós, brancos e civilizados)."
É escapismo, óbvio, mas um romantismo benevolente é tão condescentente para o mal como um mal romance. Ou seja, uma repetição de Dança com os Lobos, O Último Samurai e outros filmes do heroísmo branco.
No fim do século 19 e início do século 20, isso tinha um nome: white man's burden (fardo do homem branco). Ou seja, pensadores criaram a teoria de que o homem branco tinha que dominar o mundo para civilizá-lo, e para isso deveria usar “suas” capacidades, rejeitar as ideias sempre retrógradas “deles”. E assim civilizar o mundo. Grandes cérebros acreditavam nisso como o abolicionista Joaquim Nabuco e o escritor Monteiro Lobato, para citar dois. Outro caso mais drástico disso foi o pensamento ariano de Hitler.
O Brasil desse período instituiu como política trazer a imigração europeia, pois achava que o branqueamento ajudaria na ascensão nacional. Bom, o país foi branqueado e, graças a isso, hoje temos mais mulatos e pardos do que negros; mas as mazelas são imensas especialmente entre os pardos e mulatos, os branqueados.
Por isso, lendas e crendices como as subliminares a Avatar podem ser bonitas e excitantes, mas trazem a falsidade de valores que sempre ameaçam a consciência. Como obra de arte, Avatar, por mais espetacular que pareça ser, em nada desperta a consciência para novos patamares.
Aí você pode perceber que outros artefatos culturais artísticos têm impacto bem diferente e despertam a consciência. Cito, por exemplo, o clássico da literatura inglesa tornado filme O Príncipe e o Mendigo. Nas entrelinhas das vidas das crianças “gêmeas”, cruzam-se a riqueza e a pobreza, e o leitor-espectador pode ver essas realidades constrastantes e a consequência disso. Posso ainda lembrar do livro, depois filme, Caçada ao Outubro Vermelho, no qual, ao mergulharmos na história de um submarino russo, descobrimos a história do oprimido povo da Ucrânia, que fora subjugada pela Rússia após a 2ª Guerra Mundial. Por último, vale lembrar o livro tornado filme E o Vento Levou, no qual são descortinados as teorias racistas e o triunfalismo aristocrástico religioso do sul dos Estados Unidos, que foi varrido, pelo menos parcialmente, pelos ventos da guerra civil americana. Nesses casos, a consciência é despertada a novos patamares de questionamento e de concepções a serem buscadas. Há uma lógica e antilógica artística forçando os espectadores a buscar valores que vão além do status quo. Há um despertar de sentimentos adormecidos, sentimentos que nascem do surpreendente desenrolar dos fatos fictícios, mas que trazem veracidade, possibilidades e sonhos.
Em Avatar ocorre o contrário. Apesar de toda roupagem, Avatar segue o status quo; o espectador só vê uma roupagem exuberante vestindo uma história na qual há um herói-messias, e pessoas impotentes a seguí-lo. Diante disso, quando a verossimilhança artística do filme segue a lógica da libertação efetuada pelo poder opressor - algo errático, como já vimos -, quando esse poder externo tem a bondade de conceder chances, e todos dependem dele, o Messias, que chegou a tanto por ser branco.
Logo, mesmo com a grandeza de cenários, seres voadores,etc., os espectadores desse filme jamais poderão sentir um impacto legítimo da quebra de paradigma para melhor; jamais descobrirão novas dimensões da consciência que é rebaixada não sei pra onde, pois em Avatar, com toda exuberância, só há uma repetição do óbvio, e com sofisticado disfarce garante que não há novos patamares a galgar.
(Silvio Motta Costa, professor da rede pública em Campinas, SP)
Leia também: "Homem morre após assistir sessão em 3D de Avatar" e "Avatar e a saudade do Céu"
Esse herói vai “ajudar” os habitantes do “aeu” novo mundo a se defenderem dos inimigos, os quais, eles não percebem, podem destruí-los. Ele vai comandá-los para que seu mundo mais elevado sobreviva. Ou seja, ele, o homem civilizado e branco, é o único capaz de auxiliar outros povos; pois embora eles tenham suas habilidades, não são capazes de lutar contra uma civilização superior. Precisam de alguém vindo dessa civilização para ajudá-los. Como disse o articulista David Brooks, do New York Times (7/1/2010): "Isso baseia-se no estereótipo de que o homem branco é racional e tecnocrata, enquanto que os colonizados são espirituais e atléticos. Isso baseia-se na premissa de que os não-brancos precisam do Messias Branco para liderar-lhes em suas cruzadas. Na premissa de que a ignorância (ou falta de cultura) é que traz a graça de viver. Isso dá suporte à dupla forma de imperialismo em que os nativos podem ter sua história cruel por causa da maldade do seu colonizador, ou uma boa história por causa do bom colonizador. Mas sempre eles serão atores coadjuvantes na jornada de auto-admiração nossa (de nós, brancos e civilizados)."
É escapismo, óbvio, mas um romantismo benevolente é tão condescentente para o mal como um mal romance. Ou seja, uma repetição de Dança com os Lobos, O Último Samurai e outros filmes do heroísmo branco.
No fim do século 19 e início do século 20, isso tinha um nome: white man's burden (fardo do homem branco). Ou seja, pensadores criaram a teoria de que o homem branco tinha que dominar o mundo para civilizá-lo, e para isso deveria usar “suas” capacidades, rejeitar as ideias sempre retrógradas “deles”. E assim civilizar o mundo. Grandes cérebros acreditavam nisso como o abolicionista Joaquim Nabuco e o escritor Monteiro Lobato, para citar dois. Outro caso mais drástico disso foi o pensamento ariano de Hitler.
O Brasil desse período instituiu como política trazer a imigração europeia, pois achava que o branqueamento ajudaria na ascensão nacional. Bom, o país foi branqueado e, graças a isso, hoje temos mais mulatos e pardos do que negros; mas as mazelas são imensas especialmente entre os pardos e mulatos, os branqueados.
Por isso, lendas e crendices como as subliminares a Avatar podem ser bonitas e excitantes, mas trazem a falsidade de valores que sempre ameaçam a consciência. Como obra de arte, Avatar, por mais espetacular que pareça ser, em nada desperta a consciência para novos patamares.
Aí você pode perceber que outros artefatos culturais artísticos têm impacto bem diferente e despertam a consciência. Cito, por exemplo, o clássico da literatura inglesa tornado filme O Príncipe e o Mendigo. Nas entrelinhas das vidas das crianças “gêmeas”, cruzam-se a riqueza e a pobreza, e o leitor-espectador pode ver essas realidades constrastantes e a consequência disso. Posso ainda lembrar do livro, depois filme, Caçada ao Outubro Vermelho, no qual, ao mergulharmos na história de um submarino russo, descobrimos a história do oprimido povo da Ucrânia, que fora subjugada pela Rússia após a 2ª Guerra Mundial. Por último, vale lembrar o livro tornado filme E o Vento Levou, no qual são descortinados as teorias racistas e o triunfalismo aristocrástico religioso do sul dos Estados Unidos, que foi varrido, pelo menos parcialmente, pelos ventos da guerra civil americana. Nesses casos, a consciência é despertada a novos patamares de questionamento e de concepções a serem buscadas. Há uma lógica e antilógica artística forçando os espectadores a buscar valores que vão além do status quo. Há um despertar de sentimentos adormecidos, sentimentos que nascem do surpreendente desenrolar dos fatos fictícios, mas que trazem veracidade, possibilidades e sonhos.
Em Avatar ocorre o contrário. Apesar de toda roupagem, Avatar segue o status quo; o espectador só vê uma roupagem exuberante vestindo uma história na qual há um herói-messias, e pessoas impotentes a seguí-lo. Diante disso, quando a verossimilhança artística do filme segue a lógica da libertação efetuada pelo poder opressor - algo errático, como já vimos -, quando esse poder externo tem a bondade de conceder chances, e todos dependem dele, o Messias, que chegou a tanto por ser branco.
Logo, mesmo com a grandeza de cenários, seres voadores,etc., os espectadores desse filme jamais poderão sentir um impacto legítimo da quebra de paradigma para melhor; jamais descobrirão novas dimensões da consciência que é rebaixada não sei pra onde, pois em Avatar, com toda exuberância, só há uma repetição do óbvio, e com sofisticado disfarce garante que não há novos patamares a galgar.
(Silvio Motta Costa, professor da rede pública em Campinas, SP)
Leia também: "Homem morre após assistir sessão em 3D de Avatar" e "Avatar e a saudade do Céu"
Terremoto de 5,6 graus sacode Taiwan (outro)
terça-feira, janeiro 19, 2010
notícias do fim do mundo, profecia
Um terremoto de 5,6 graus na escala Richter sacudiu a cidade litorânea de Hualien, no leste de Taiwan, e foi sentido em toda a ilha, informou o Serviço Meteorológico Central do país. O tremor aconteceu às 14h09 locais (4h09 de Brasília) e teve epicentro a 37,3 quilômetros de profundidade, a 19,7 quilômetros a sudeste de Hualien, assinalou o serviço meteorológico. Por enquanto não foram informados danos pessoais ou materiais de importância devidos ao tremor. Taiwan sofreu em 21 de setembro de 1999 seu terremoto mais devastador nos últimos cem anos, com 7,3 graus de magnitude na escala Richter, causando a morte de mais de 2.400 pessoas.
(Yahoo Notícias)
(Yahoo Notícias)
Vídeo: "Razões para Crer"
terça-feira, janeiro 19, 2010
bíblia, criacionismo, design inteligente, vídeos