domingo, novembro 30, 2014

Isaac & Charles: camadas de preconceito

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Primórdios do criacionismo no Brasil

sexta-feira, novembro 28, 2014

O papa é falível na questão da evolução

Defesa do inconciliável
[A propósito da declaração do papa Francisco sobre a teoria da evolução. Clique aqui para saber mais.] “Quando lemos sobre a Criação no Gênesis, corremos o risco de imaginar Deus como um mágico, com uma varinha mágica capaz de fazer tudo. Mas não é desse jeito”, disse o papa Francisco numa recente sessão plenária da Pontifícia Academia de Ciências. “Ele criou os seres humanos e os deixou se desenvolverem de acordo com as leis internas que Ele deu a cada um de modo que alcançassem sua realização.” Isso é o que ele diz. Isso não é o que Ele diz. O papa descarta o que a Bíblia diz acerca da Criação. Ele coloca a fé dele na evolução – bem na época em que muitos cientistas estão questionando-a.

Fico pensando: O que mais ele descarta da Palavra de Deus? Há algo sagrado na Bíblia?
“Deus não é um ser divino ou um mágico, mas o Criador que trouxe tudo à vida”, o papa disse. “A evolução na natureza não é incompatível com a noção da criação, pois a evolução requer a criação de seres que evoluam.”

Vamos pensar no que ele disse.

O que o Gênesis declara não é apenas um conto de fadas do Antigo Testamento. É fundamental para a convicção dos cristãos. Jesus confirmou totalmente o Gênesis. Aliás, se a queda do homem fosse apenas uma alegoria, por que Jesus teria vindo para fazer a expiação do pecado do homem – uma profecia que foi revelada pela primeira vez em Gênesis? Se Jesus não veio para cumprir essa profecia, quem era Ele?

Em Gênesis 3:15, vemos a primeira profecia com relação ao Redentor que viria na forma de Jesus. Num aviso à serpente, Deus diz: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o descendente dela; porquanto, este te ferirá a cabeça, e tu lhe picarás o calcanhar” (KJA). Essa é uma referência ao Messias que viria.

O próprio Jesus confirmou que Moisés é o autor do Gênesis: “Abraão, concluindo, lhe afirmou: ‘Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se permitirão converter, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos!’” (Lucas 16:31 KJA).

Ele confirmou o que a Bíblia diz sobre a Criação: “Entretanto, no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne’. Dessa forma, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, não o separe o ser humano!” (Marcos 10:6-9 KJA).

Talvez o papa tivesse se esquecido do ensino de Romanos e outros livros do Novo Testamento que explicam que Jesus veio como o segundo Adão: “No entanto, a morte reinou desde a época de Adão até os dias de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à desobediência de Adão, o qual era uma prefiguração daquele que haveria de vir.” (Romanos 5:14 KJA).

O que exatamente Jesus veio fazer se não redimir o ser humano do resultado da queda? Se o pecado entrou no mundo por meio de Adão, como é que o papa explica toda a morte evolucionária que teria de ocorrer na Terra antes do aparecimento de “Adão”?

Não entendo os cristãos que descartam o Gênesis. Não faz sentido. Nada na Bíblia faz sentido sem o que a Bíblia diz acerca da Criação. Se o papa não crê no aspecto fundamental da Bíblia, dá para ele acreditar em qualquer parte dela? Se ele acredita, ele deve ao mundo cristão uma explicação sobre quais partes da Bíblia ele acredita e quais ele descarta.

Recordando minha viagem neste mês a Jerusalém, a Cidade Santa de Deus, fico pensando que o número de crentes será pequeno quando Jesus voltar.

Eu também fico pensando se o papa acredita que Ele voltará.

(Joseph Farah, WND Commentary; tradução: Julio Severo)

Eles desafiam Darwin

Cientista de renome questiona Darwin
Cientistas brasileiros se aliam a um grupo de acadêmicos americanos e começam a defender nas universidades do País que a vida teria sido criada por uma mente inteligente

Toda vez que é instada a dissertar sobre o início do universo e da vida, a maioria da comunidade científica apoia-se nos princípios de Charles Darwin (1809-1882), o biólogo e naturalista inglês que explicou a origem da diversidade da vida na terra com a Teoria da Evolução. Para esses darwinianos, novas espécies de seres vivos surgem por meio de mudanças graduais, geradas pela descendência e guiadas pela seleção natural. Cresce no País, no entanto, um grupo de cientistas de currículos robustos dispostos a quebrar o paradigma da biologia evolutiva, defensores da Teoria do Design Inteligente (TDI). A vida, para eles, não se desenvolveu na Terra de forma natural, mas projetada por uma mente inteligente. “Conhecimentos científicos em bioquímica e biologia molecular cada vez mais apurados nos permitiram abrir a caixa preta chamada célula e enxergar nela um conjunto imenso de máquinas moleculares dotado de uma complexidade irredutível”, diz Marcos Eberlin, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Não dá para pensar num motor desse tipo produzido por forças naturais. Foi decisão de uma inteligência que existe no Universo.” Autor de mais de 650 artigos científicos com mais de dez mil citações e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, Eberlin é o porta-voz brasileiro da TDI, um movimento que nasceu nos Estados Unidos no final dos anos 80. Por lá, há cerca de três mil adeptos, como químicos, bioquímicos, biólogos e físicos. Aqui, os seguidores ganharam corpo com a Sociedade Brasileira do Design Inteligente, constituída no mês passado. Com Eberlin na presidência e um comitê científico composto por alguns ex-darwinistas, a entidade recentemente deu vida ao 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente, em Campinas, no interior de São Paulo.

Ao final do ciclo de palestras, no domingo 16, que contou com a presença de cientistas do exterior, como o filósofo com especialização em biologia evolucionária Paul Nelson, entre os 370 participantes, o número de membros da sociedade saltou de 220 para 300. “Seremos 500 até o final do ano, mil até o ano que vem e cinco mil em cinco anos”, afirma o químico da Unicamp. “Não somos inimigos de Darwin, mas amigos da ciência. Queremos restabelecer a verdade científica”, diz ele, que é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Por enquanto, porém, eles têm causado controvérsia na comunidade científica. Para o especialista em genética evolutiva Diogo Meyer, a TDI tem credibilidade quase nula. “Eles não são da área para a qual pretendem contribuir. São químicos, pessoas que atuam na biologia molecular, bioquímica, e não trabalham com a evolução, diversidade biológica ou genética”, afirma ele, que é biólogo do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). “É como se eu, que trabalho com evolução, argumentasse contra as interpretações mais convencionais da Revolução Francesa.” [Viajou!]

Para os darwinianos, a TDI é um movimento de criacionistas que tenta dar uma roupagem de teoria científica à fé deles. “A gente diz por que a evolução dá conta de explicar as estruturas complexas das moléculas celulares, mas quem está atacando uma ideia já vigente precisa arregaçar a manga e mostrar serviço, o que não ocorreu até agora”, afirma Meyer. Evangélico batista, o químico Eberlin argumenta que tentam rotular o selo de religião na TDI para classificá-la como pseudociência. A universidade da qual ele é docente chegou a divulgar o Congresso sobre Design Inteligente em sua página no Facebook mas, de acordo com Eberlin, sofreu pressão para remover o anúncio. A Unicamp explicou, por meio de sua assessoria, que após verificar que o evento não conta com participação institucional concluiu que não justifica a sua divulgação. O porta-voz da TDI chama seus opositores de pitbulls de Darwin. Para eles, o químico, presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas, é um charlatão. O docente, porém, continua aceitando convites para palestrar em universidades e explanar que fomos planejados e não gerados por processos naturais.


Nota: Parabéns à revista IstoÉ pelo ótimo jornalismo! Coisa rara nestes dias, principalmente quando se trata de desnudar Darwin. [MB]

quinta-feira, novembro 27, 2014

Terra tem um “muro invisível” contra a radiação

Acaso ou design inteligente
Um campo de força invisível e impenetrável, a cerca de 11 mil km da superfície da Terra, protege nosso planeta de doses letais de radiação. A descoberta surpreendente e até agora inexplicada foi feita por uma dupla de satélites da Nasa e reportada na edição de hoje da revista científica britânica Nature. Lançadas em 2012, as Van Allen Probes tinham por principal objetivo estudar os chamados cinturões de Van Allen, dois anéis de radiação concentrada produzidos pela interação do campo magnético da Terra com a torrente de partículas carregadas emanada constantemente do Sol. Os cinturões, aliás, foram a primeira descoberta da era espacial, feita em 1958 pelo cientista americano James Van Allen, da Universidade de Iowa, com dados colhidos pelo primeiro satélite ianque, o Explorer-1. A ambição original do pesquisador era estudar raios cósmicos, mas o satélite acabou fazendo a detecção de uma concentração anormal de partículas. Originalmente foram detectados dois cinturões: um mais baixo, entre 6 e 10 mil km de altitude, concentra prótons de alta energia, e outro mais distante, entre 13,5 mil e 57,6 mil km de altitude, agrupa elétrons de alta energia.

A nova surpresa só foi possível agora, graças aos instrumentos mais sofisticados já usados para explorar o ambiente dos cinturões. Os cientistas liderados por Dan Baker, ex-aluno do próprio Van Allen e pesquisador da Universidade do Colorado em Boulder, perceberam que todos os elétrons com os níveis mais altos de energia, que viajam em velocidades próximas à da luz, eram barrados um pouco acima do primeiro dos cinturões. Nenhum deles conseguia passar a barreira dos 11 mil km.

Ainda bem para nós, pois essa seria uma radiação nociva, se chegasse à superfície da Terra. Mas a surpresa é que o bloqueio abrupto observado contraria a expectativa original dos pesquisadores. Eles imaginavam que esses elétrons fossem detidos gradualmente pela atmosfera terrestre, conforme aconteciam colisões entre eles e as moléculas de ar. Uma barreira distinta a 11 mil km é totalmente incompatível com essa premissa. “É quase como se esses elétrons estivessem trombando com uma parede de vidro no espaço”, disse Baker, em nota. “É um fenômeno extremamente intrigante.”

Os cientistas ainda não têm uma explicação clara do que daria origem à barreira, mas o campo magnético da Terra parece não ter nada a ver com isso. Para descartar essa hipótese, eles estudaram com especial atenção o comportamento dos elétrons sobre o Atlântico Sul. Por alguma razão pouco compreendida, o campo magnético do planeta é mais fraco naquela região – tanto que os cinturões de Van Allen chegam um pouco mais perto da superfície por ali. Se a barreira invisível fosse causada pelo magnetismo terrestre, seria natural que os elétrons conseguissem maior penetração por ali. Mas não. Mesmo naquele ponto o fim da linha é ao redor dos 11 mil km.

Por enquanto, a melhor ideia com que Baker e seus colegas conseguiram se sair é a de que as poucas moléculas gasosas presentes àquela altitude formam um gás ionizado chamado de plasmasfera, que por sua vez emite ondas eletromagnéticas de baixa frequência. Seriam elas as responsáveis por rebater os elétrons altamente energéticos.

Como testar a hipótese? O segredo é continuar monitorando os cinturões, em busca de novas pistas do mistério. E é exatamente o que as Van Allen Probes vão fazer. Uma das descobertas já realizadas pelos satélites é que, durante momentos de grande atividade solar, os dois cinturões se desdobram em três. Recentemente, os pesquisadores envolvidos com a sonda desenvolveram software para apresentar as condições daquela região do espaço praticamente em tempo real, o que facilita o acompanhamento dinâmico dos cinturões.

A compreensão desses fenômenos é fundamental para proteger nossos satélites em órbita, que podem ser danificados pela radiação concentrada dos cinturões. E também é importante para garantir a saúde dos astronautas que porventura viajem além da órbita terrestre baixa. Os tripulantes das missões Apollo, que visitaram as imediações da Lua entre 1968 e 1972, tiveram de atravessar os cinturões.

Como a travessia foi feita rapidamente, em cerca de 30 minutos, isso não afetou de forma adversa os intrépidos viajantes espaciais. Um fenômeno curioso, contudo, é que muitos deles reportaram a visualização de flashes luminosos durante a travessia. E eles viam isso até quando estavam com os olhos fechados. As tais “visões” eram resultado de partículas energéticas do cinturão colidindo diretamente em células da retina.

(Mensageiro Sideral, Folha.com)

Nota: O campo magnético da Terra serve como barreira contra a radiação solar que, se chegasse à superfície do nosso planeta, seria letal para a vida. Agora, descobre-se mais uma barreira protetora, o que aumenta a percepção de que a Terra foi projetada para conter vida – somente os incrédulos empedernidos insistem na tese do acaso, diante de tantas evidências de design inteligente. Será que os planetas que vêm sendo apontados como “outras Terras” têm todas essas qualidades e características especiais, reveladoras de um projeto intencional (leia este artigo)? [MB]

Papa diz que fundamentalistas são “inimigos de Deus”

Papa discursa no Parlamento Europeu
O papa Francisco classificou os extremistas como “inimigos de Deus” durante um discurso feito no Conselho da União Europeia. O pontífice católico comparece ao evento como chefe de Estado do Vaticano, o menor país do continente. Em sua fala, Francisco condenou o fundamentalismo religioso que “nutre um profundo desprezo pela vida humana e mata de modo indiscriminado vítimas inocentes”, e afirmou que infelizmente o “terrorismo religioso e internacional” é “financiado por um tráfico de armas que, muitas vezes, não é incomodado” pelas autoridades responsáveis. O discurso do papa abrangeu ainda as questões específicas do continente, dizendo que os cristãos estão dispostos a mostrar a “correta relação entre religião e sociedade” e oferecer apoio “ao desenvolvimento cultural e social”.

De acordo com o Jornal do Brasil, o papa Francisco pediu que as autoridades dos países europeus ouçam as contribuições que a Igreja Católica tem a oferecer na luta pela vida, e lamentou que o mundo ainda viva conflitos tão intensos.

“Infelizmente, a paz está muito ferida em muitas partes do mundo, onde irrompem conflitos de vários tipos”, disse o papa, ressaltando que as “tensões não cessam” e isso influencia negativamente. [...]

Em sua conclusão, Francisco afirmou que é preciso recuperar a autoestima no continente e se manter generoso com quem mais precisa: “Desejo vivamente que se instaure uma nova colaboração social e econômica, livre de condições ideológicas, que saiba enfrentar o mundo globalizado, mantendo vivo aquele senso de solidariedade e caridade recíproca que tanto a Europa ensinou. A obra generosa de centenas de homens e mulheres, alguns dos quais a Igreja Católica considera santos, que através dos séculos se empenharam para desenvolver o continente – tanto através da atividade empreendedora como em obras educativas, assistenciais e de promoção humana”.


Nota: Fundamentalistas assassinos, de fato, são inimigos de Deus e da humanidade. O problema é que o papa já andou dizendo que aqueles que leem a Bíblia de maneira literal também são, de certa forma, fundamentalistas e extremistas. Com isso, ele contribui para reforçar no imaginário popular a ideia de que seriam fundamentalistas/extremistas/fanáticos aqueles que consideram histórico o relato dos primeiros capítulos de Gênesis (leia-se criacionistas). Essa associação injusta e crescente dos criacionistas com os radicais islâmicos acabará por prejudicar o primeiro grupo, pacifista por natureza. Veja o que Ellen White escreveu há mais de um século: “Quando atingirmos a norma que o Senhor deseja que atinjamos, as pessoas mundanas considerarão os adventistas do sétimo dia como extremistas esquisitos, singulares e austeros” (Review and Herald, 9 de janeiro de 1894). [MB]

quarta-feira, novembro 26, 2014

Mel Gibson vai dirigir filme sobre herói adventista

Médico adventista Desmond Doss
Mel Gibson vai dirigir seu primeiro filme em oito anos, o drama da Segunda Guerra Mundial “Hacksaw Ridge”, de acordo com o The Hollywood Reporter. Andrew Garfield (“Homem-Aranha”) parece definido para estrelar o filme baseado na história verídica de um objetor de consciência que foi condenado ao ostracismo por sua recusa em carregar uma arma, mas ganhou uma medalha de honra do Congresso norte-americano por suas ações heroicas no campo de batalha. “Hacksaw Ridge”, que Gibson espera filmar no próximo ano, é baseado na história de vida de Desmond T. Doss, um soldado do exército norte-americano que em 1942 trabalhou como médico no campo do Pacífico. Ele foi condecorado por salvar a vida de 75 homens durante a batalha de Okinawa, depois de enfrentar o fogo inimigo durante a evacuação de soldados feridos perto da linha de frente.

O adventista do sétimo dia foi o primeiro objetor de consciência a receber a medalha de honra, e também foram entregues duas estrelas de bronze e três corações roxos por seu heroísmo. Doss foi ferido por uma granada e baleado por um franco-atirador, enquanto trabalhava no campo de batalha.

O projeto parece se ajustar perfeitamente à mentalidade religiosa de Gibson. O diretor foi premiado com o Oscar 2004 pelo filme “A Paixão de Cristo”, enorme sucesso de bilheteria, tendo arrecadado mais de 600 milhões de dólares em todo o mundo. [...]

Interestelar e o messias extraterrestre

Discussões escatológicas
A revista Veja da semana passada publicou uma matéria em que trata da busca de planetas habitáveis pelo ser humano, da procura de vida fora da Terra e da destruição do nosso mundo, usando como “gancho” o lançamento do filme de ficção científica “Interestelar”. Na produção de Christopher Nolan, a astronauta Amelia (Anne Hathaway) fica emocionada ao descobrir um lugar no qual a espécie humana poderá eventualmente continuar sua existência: um planeta coberto de água. Sim, água. Sempre ela. Em outra matéria, a especial sobre a descida da sonda Philae no cometa 67P, há a informação de que um dos objetivos da sonda é verificar se haveria moléculas orgânicas na rocha que viaja ao redor do Sol a uma velocidade equivalente a cem vezes a de uma bala de fuzil. Evolucionistas acreditam que moléculas orgânicas trazidas por um cometa poderiam ter chegado à Terra e dado origem a aminoácidos, proteínas, DNA e, finalmente, à vida. Alguns pesquisadores também acreditam que a água da Terra teria sido trazida a bordo de cometas. Se as tais moléculas e água não forem encontradas no 67P, assim como ainda não foram encontradas em Marte, a despeito dos jipinhos que passeiam por lá procurando a substância, a busca de evidências para a hipótese terá que continuar em outros locais. Mas a hipótese não perderá seus defensores, pois, de outra maneira, a explicação para a origem da vida aqui terá que passar pela ideia “inconcebível” de uma criação especial. Por quê? [Clique aqui e continue lendo o texto do jornalista Michelson Borges.]

terça-feira, novembro 25, 2014

Mais muçulmanos sonham com Jesus e se convertem

Deus tem planos para eles
É provável que mais de 5% da população muçulmana no mundo tenha tido um sonho com Jesus – o que representa cerca de 80 milhões de sonhadores, afirma editor do site onde os muçulmanos postam seus relatos. “Eu estava no deserto sozinha, perdida. Não havia nada em vista, apenas areia. Eu sentia a areia nos meus pés descalços. Então eu vi algo extraordinário: no meio dessa aridez, uma imensa cruz de madeira emergiu da terra, se levantando e derramando a areia de volta à terra.” Assim começa a narrativa de um sonho que Emina Emlonic, uma adolescente muçulmana da Bósnia, teve. Um sonho sobre Jesus. Ela continua: “Me senti uma espectadora do meu próprio sonho, e a visão da cruz não me deu medo, nem alegria. Mas eu era uma curiosa e me aproximei, quase flutuando, em direção a ele, o mais magnífico. Era algo que eu nunca tinha visto ou imaginado. Como cheguei mais perto da cruz, de repente vi um homem andando na minha direção: tinha ombros largos, andava a passos largos, com uma pele escura, cabelos longos, e vestindo uma túnica branca. E eu, de repente, deixei de ser uma testemunha do meu sonho. Eu estava nele, caminhando na direção do homem que também estava andando na minha direção. Eu o reconheci imediatamente. Ele era Jesus. Sem saber por que, eu caí de joelhos. Ele, em pé, tocou meu rosto com a mão direita.”

Os relatos de encontros com Jesus por meio de sonhos e visões têm sido publicados com frequência, de acordo com o pastor Frank Costenbader, editor do site Isa Dreams (“Sonhos de Isa”, em tradução livre). Isa é um nome árabe que se encontra no Alcorão, e corresponde a Jesus.

“O número de sonhos com Isa têm crescido tremendamente desde 2000, e depois de 2005 o ritmo parece ter diminuído”, disse Costenbader. “Mas houve uma explosão de testemunhos na internet nos últimos dois anos sobre as pessoas que encontram Jesus em sonhos e, depois disso, se tornam seguidoras de Jesus.”

Um homem saudita disse que seu sonho começou com uma cena horrível. “Uma noite, enquanto eu dormia, tive um sonho horrível onde eu estava sendo levado para o inferno. O que eu vi lá me trouxe um medo real, e esses sonhos continuaram vindo para mim quase todas as noites. Eu estava realmente querendo saber por que eu estava vendo o inferno dessa maneira”, escreveu ele no site Answering-Islam. Ele disse que Jesus apareceu para ele e disse: “Filho, Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Entregue sua vida para Mim, e siga-Me. Gostaria de salvá-lo do inferno que você já viu.”

“Isso veio como uma surpresa para mim, pois eu não sabia que era Jesus. Ele é mencionado no Alcorão e no livro Surata Maria. Ele é indicado como um dos nossos profetas, mas não como um salvador que poderia nos salvar do inferno. Então eu comecei procurar por algum cristão que me desse explicações sobre esse Jesus que eu vi.”

Ele disse que teria que chegar até um cristão egípcio, porque o cristianismo é “totalmente proibido na Arábia Saudita, e se um cristão é pego evangelizando um muçulmano, é quase certeza que ele será decapitado.”

Os muçulmanos não são os únicos que relatam tais encontros notáveis. Costenbader diz que muitos hindus também têm postado muitos relatos no site. Ele disse que, independentemente do cenário, uma característica comum dos sonhos com Jesus é o sentimento de paz. “Isso é muito diferente do que impõe o sistema cheio de medos do Islã”, disse Costenbader.

Christine Darg, co-apresentador de um programa de televisão do Jerusalém Channel, afirma que esse é o cumprimento de uma profecia bíblica. “Esse fenômeno está acontecendo todos os dias. É parte da profecia do profeta Joel, que nos últimos dias Deus derramará Seu Espírito sobre todas as pessoas – vossos filhos e filhas profetizarão, jovens e velhos irão experimentar sonhos e visões”, disse Darg.

Darg observou que pelo menos um quarto de todos os crentes muçulmanos já experimentou algum tipo de sonho ou visão sobrenatural com Jesus.

Costenbader disse que o número de sonhos é incalculável. “Ninguém pode obter estatísticas perfeitas, mas, com base em toda a nossa investigação, acreditamos que bem mais de um milhão de sonhos e visões de Jesus ocorreram desde 2000. Isso significa cerca de 200 sonhos, todas as noites, entre os 1,6 bilhão de muçulmanos em todo o mundo.”

Ele disse que “é possível que mais de 5% da população muçulmana no mundo possa ter tido um sonho – o que seriam cerca de 80 milhões de sonhadores.”

Darg aponta que muitos muçulmanos “não relatam suas experiências facilmente por medo de represálias”.


segunda-feira, novembro 24, 2014

Entrevista: salvo da morte

Sueli e Orlando Mário Ritter
Orlando Mário Ritter nasceu em São Paulo, em 1957, e atualmente reside em Artur Nogueira, SP. Filho de Orlando Rubem Ritter e Edda Balzi Ritter, obreiros atuantes por muitos anos no Instituto Adventista de Ensino, hoje Unasp, campus São Paulo, Mário passou sua infância, adolescência e parte da juventude naquele ambiente. Após concluir o segundo grau em 1976, ingressou na Faculdade de Engenharia Industrial. Antes de se formar, concluiu que o que ele queria mesmo era se tornar professor, e transferiu seu curso para o de Licenciatura e Bacharelado em Química, a fim de se habilitar a dar aulas de Ciências, Matemática e Química. Em 1985, por necessidade da Obra, iniciou o curso de Pedagogia com habilitação em Administração Escolar. E 1993, ingressou no curso de Estudos em Teologia, no Unasp, concluindo-o em 1998. Em julho de 1981, casou-se com a enfermeira Sueli Maris Leite Ritter e tiveram dois filhos: Orlando Rubem Ritter Neto, em 1983, e Rafaela Maris Ritter, em 1988.

Tendo sido diretor de duas escolas, foi depois indicado para o Departamento de Educação da Associação Paulista Sul, onde permaneceu até o fim de 1999, acumulando também os departamentos de Saúde e Temperança. Em 1999, foi ordenado ao ministério pastoral e, em dezembro do mesmo ano, foi eleito secretário da Associação Paulista Sul, função que ocupou até dezembro de 2002. Em 2003, recebeu um chamado para atuar no departamento de Educação e Saúde da União Central Brasileira, onde permanece até hoje.

Nesta entrevista, concedida a Michelson Borges, ele fala sobre a experiência mais marcante e difícil de sua vida.

O senhor “encarou a morte” e sobreviveu. Fale um pouco sobre essa experiência.

Em junho de 2013, mesmo sem sentir dor, eu sentia um desconforto abdominal. Fui ao médico e fiz alguns exames, e uma semana depois tive o diagnóstico de câncer no cólon. Foi marcada a cirurgia para o dia 7 de julho de 2013 e, se tudo desse certo, em cinco dias eu teria alta. Lamentavelmente, não foi isso o que aconteceu. Devido a um acidente cirúrgico (perfuração do ureter), passei por quatro grandes cirurgias, quatro pequenas, 73 dias de internação, sendo 30 na UTI, entubado e em coma. Um dia antes da terceira cirurgia, meu estado de saúde era tão delicado que foi necessário aplicar três eletrochoques para “estabilizar” o coração. A urina que vazava no abdômen rompeu a costura do intestino (deiscência da anastomose), causando peritonite (infecção e inflamação da cavidade abdominal), e quando a pressão aumentou pelo acúmulo de dez litros, o líquido começou a “migrar” para a cavidade pulmonar, com cerca de 1,5 litro, tornando extremamente difícil a respiração. A notícia do óbito só não foi anunciada porque Deus agiu poderosamente evitando a morte certa. Andei pelo “vale da sombra da morte” e milagrosamente recebi de Deus uma nova oportunidade de viver. [Continue lendo.]

Os efeitos psicológicos de ter vários parceiros sexuais

Comportamento de risco
E se passássemos a vida transando com pessoas diferentes sem baixar a âncora num relacionamento estável? Bem, segundo a ciência, quando se trata dos efeitos de se ter múltiplos parceiros sexuais no longo prazo, menos é mais. Há muito se pensava que as consequências mentais de ter múltiplos parceiros sexuais incluíam maiores taxas de ansiedade e depressão. Ao mesmo tempo, também parecia que altas taxas de abuso de álcool e outras substâncias aumentavam as chances de jovens adultos se envolverem sexualmente com vários parceiros sem segurança. Mas novas pesquisas feitas através do estudo de mil voluntários na Nova Zelândia mostram que, surpreendentemente, nenhuma das duas ideias é verdade. Uma equipe internacional de pesquisadores de saúde mental no Dunedin School for Medicine, na Índia, concluiu um estudo em 2013, que procurava mostrar a ligação entre conexões mentais saudáveis e o envolvimento com diversos parceiros sexuais. Veja só o que eles descobriram:

1. Abuso de álcool e drogas. A maioria dos estudos anteriores que associavam problemas mentais a problemas de saúde, o abuso de álcool e outras substâncias demonstraram a ligação entre a quantidade de parceiros e o abuso de substâncias. Portanto, é impossível saber quando as pessoas procuram parceiros sexuais na tentativa de se automedicarem, para reduzir a dor emocional que estão sofrendo, buscando conexões sexuais com outras, mesmo que sejam passageiras.

2. Estilo de vida de alto risco. As pesquisas demonstraram ainda que as pessoas com um estilo de vida de alto risco procuram mais relações sexuais e uso de substâncias por dois motivos: por terem personalidades impulsivas ou porque são ansiosas e deprimidas. Os resultados do trabalho levaram especialistas em saúde mental a afirmar que, para reduzir as taxas de comportamento sexual arriscado, é necessário tratar os problemas psicológicos ocultos que levam indivíduos a buscar essa saída para sua própria infelicidade ou estilo de personalidade.

Tanto para homens quanto para mulheres o desenvolvimento de uma dependência em substâncias químicas aumentou praticamente conforme a quantidade de parceiros sexuais. Por outro lado, as pessoas que têm maior número de parceiros sexuais não necessariamente têm maiores taxas de ansiedade ou depressão.

Os autores da pesquisa alertam ainda que pessoas que vivem um estilo de vida arriscado e mantém um número maior de parceiros sexuais, no futuro têm mais chances de desenvolver problemas mentais. E, obviamente, existe grande chance de que os indivíduos que transam com diversos parceiros estejam envolvidos em situações em que há álcool e drogas, portanto, também correm o risco de desenvolver a dependência química com o tempo.

3. Quanto maior o número, menor a realização emocional. Mas quantos são múltiplos? Esta pergunta levou os cientistas a dividirem o número de parceiros em três grupos numa base anual: 0 ou 1, 1,1 a 2,5 e 2,6 anos ou mais. No entanto, alguns participantes informaram terem tido relações com até dez pessoas diferentes num único ano. Os cientistas afirmam que a natureza dos relacionamentos de sexo casual pode representar um fator de risco por si só. “Essas relações geralmente são impessoais, carecendo de potencial para promover a realização emocional”, escrevem eles no artigo publicado pela Psychology Today. Para lidar com sentimentos de solidão e desespero, muitos bebem álcool, o que pode abrir caminho para uma futura dependência em drogas.

Embora homens e mulheres estejam desenvolvendo padrões similares de comportamento sexual e abuso de substâncias, neste quesito os efeitos são mais fortes para as mulheres. Para elas, ter múltiplos parceiros ainda pode ir contra o que elas próprias consideram socialmente aceitável – e também acabam recorrendo a substâncias para lidar com sentimentos de vergonha, constrangimento e insatisfação.

Por causa disso, as mulheres devem ser mais cautelosas antes de se envolver em incontáveis transas com pessoas diferentes, principalmente em relação a seus sentimentos na manhã seguinte. O propósito do estudo, como ressaltam os autores, não é repreender as pessoas por terem diversos parceiros sexuais, ou gerar ainda mais culpa sobre aqueles que já sentem que estão violando seus próprios padrões morais. Ao contrário, eles afirmam que pretendem indicar de um ponto de vista estritamente científico que o sexo frequente com inúmeros parceiros sexuais parece carregar um risco


domingo, novembro 23, 2014

Fantástico estreia série evolucionista “A Jornada da Vida”

Mais uma investida evolucionista
Neste domingo (19), [estreou] a série em cinco episódios, comandada por Sônia Bridi, sobre as origens da vida na Terra. Desde que surgiu na Terra, a vida segue uma jornada. O Fantástico viajou o mundo para falar sobre a evolução do homem e de outros seres vivos. A série vai contar as origens dos seres vivos na Terra e a adaptação deles ao meio ambiente. A jornada dos repórteres Sônia Bridi e Paulo Zero passou pelos lugares que armazenam mais informações sobre a evolução das espécies. Na remota ilha de Socotra, no Oceano Índico, vivem plantas que existem apenas ali e em nenhum outro lugar do mundo, por causa do isolamento da ilha. O resultado são árvores que sobreviveram graças a fantásticas estratégias de adaptação. Elas têm um formato pouco comum, que não parece feito pela natureza, mas sim um cenário de ficção científica.

Nos Estados Unidos, outros exemplos incríveis de adaptação: as milenares sequoias gigantes e os pinheiros longevos da Califórnia, que criaram soluções para condições extremas de temperatura e umidade. E o pando, um dos organismos mais antigos do mundo [que, curiosamente, tem dezenas de milhares de anos, e não milhões], uma imensa colônia de clones de árvores interligadas por uma rede quilométrica de raízes subterrâneas – o pando é o maior e mais velho ser vivo conhecido.

Em Galápagos, nossa equipe refez a viagem que inspirou as conclusões mais importantes de Darwin sobre adaptação das espécies. No arquipélago do Pacífico, mostramos o programa de preservação das tartarugas gigantes e a riqueza da vida marinha.

A série conta ainda as origens do animal mais fascinante de todos: o ser humano. Na Etiópia, os maiores especialistas em paleontologia explicam de onde viemos, quem são nossos ancestrais e os 6 milhões de anos de evolução [sic] que resultaram no homem de hoje. Visitamos o povo Afar, os herdeiros diretos dos primeiros homo sapiens.

A jornada termina no Brasil, onde será recontada a história de Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, que ficou conhecida como a primeira brasileira. Ela  viveu num ambiente hostil, rodeada pelos assustadores animais da megafauna. Sônia Bridi e Paulo Zero visitaram os sítios arqueológicos de Lagoa Santa, em Minas Gerais, e a Serra da Capivara, no Piauí, onde estão os registros mais antigos dessa história.


Nota: Além da apologética ao homossexualismo, com duas matérias sobre “casais” gays, o Fantástico deste domingo levou ao ar a nova minissérie “A Jornada da Vida”. Embora tenham anunciado que tratariam da “origem” da vida, os repórteres da Globo falaram apenas de adaptação de organismos ao meio ambiente, o que não se trata de evolução, segundo o conceito popular e também científico da mega ou macroevolução. Falar em “estratégia de adaptação” remete muito mais a design inteligente do que ao mero acaso. Podemos pensar que o Criador dotou os seres vivos com essa capacidade, levando em conta as alterações pelas quais o mundo pós-diluviano passaria. Uma questão de sobrevivência que, no entanto, não faz com que uma árvore se torne em outro tipo de ser vivo ou que um lagarto se torne uma ave. Isolamento geográfico, como o observado na ilha de Socotra, de fato, reforça certas características dos organismos. Basta lembrar que cangurus só existem na Austrália, por exemplo. Mas aqui, novamente, é tudo uma questão de adaptação, diversificação de baixo nível. Para mim, a frase mais reveladora na matéria acima é esta: “A série conta ainda as origens do animal mais fascinante de todos: o ser humano.” É isso, então? Somos apenas animais fascinantes? Bem, se somos apenas animais, nossas regras de conduta e nossa própria moralidade são relativas e sujeitas a revisão. O próprio casamento passa a ser visto como uma convenção provisória, passível de releitura. Sem dúvida, o Fantástico deste domingo foi mesmo apologético e emblemático... [MB]

sexta-feira, novembro 21, 2014

Papa alerta para autodestruição do planeta

Francisco prepara encíclica para 2015
O papa Francisco declarou nesta quinta-feira em um discurso na FAO que teme que o planeta se autodestrua pela superexploração dos recursos naturais, lembrando aos Estados sobre seus deveres para com quem tem fome. “Precisamos mais uma vez proteger a Terra para impedir sua autodestruição”, afirmou o papa diante dos ministros reunidos na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), por ocasião de uma conferência internacional sobre nutrição. “Enquanto falamos de novos direitos, os famintos continuam nas esquinas pedindo para serem incluídos na sociedade e terem o pão de cada dia. Essa é a dignidade que eles pedem e não esmolas”, acrescentou o papa, que faz sua primeira visita à FAO, que tem sua sede em Roma. “As pessoas que não têm o pão de cada dia são obrigadas a lutar para sobreviver, a ponto de não mais se preocupar com a vida social ou com as relações familiares”, observou, referindo-se à dissolução dos laços sociais resultantes da fome.

A Igreja Católica, segundo ele, espera “ajudar a adotar critérios capazes de desenvolver um sistema global justo”, que, “no plano jurídico, devem priorizar a alimentação e ao direito à vida, o direito a uma existência digna, o direito à proteção jurídica [...], mas também a obrigação moral de compartilhar a riqueza”. [...]

Francisco também enfatizou a gravidade da situação do meio ambiente, por falta de uma exploração adequada e equilibrada dos recursos naturais. “Deus perdoa sempre, os homens às vezes, mas a natureza nunca perdoa”, disse ele, enquanto prepara para o próximo ano uma encíclica sobre a proteção do meio ambiente e respeito pela natureza. [...]


80 milhões de bactérias são trocadas durante o beijo

"Ambiente bucal" mais parecido
De acordo com cientistas do museu Micropia e do TNO (Organização para Pesquisa Científica Aplicada da Holanda), na Holanda, cerca de 80 milhões de bactérias são transferidas durante um beijo de dez segundos. Outra descoberta do estudo foi que parceiros que se beijam pelo menos nove vezes por dia têm comunidades bacteriais semelhantes. O ecossistema de mais de 100 trilhões de micro-organismos que vivem em nossos corpos – nosso microbioma – é essencial para inúmeras funções como digestão dos alimentos, síntese de nutrientes e prevenção de doenças. A boca é lar de mais de 700 variedades de bactérias. A pesquisa concluiu que essas bactérias podem ser “trocadas” no intercâmbio do beijo. 21 casais participaram do estudo. Eles preencheram questionários sobre seu comportamento, incluindo a frequência com que se beijavam. Amostras foram recolhidas para estudar a microbiota bucal da língua e saliva de cada um.

Numa experiência controlada para quantificar a transferência de bactérias, um membro de cada um dos pares tomou uma bebida probiótica contendo variedades específicas de bactérias, incluindo Lactobacillus e Bifidobacteria. Depois de um beijo íntimo, os pesquisadores descobriram que a quantidade de bactérias probióticas na saliva do receptor triplicou. Eles calcularam que, no total, 80 milhões de bactérias foram transferidas durante um beijo de dez segundos.

Os resultados também mostraram que, quando os casais se beijam intimamente frequentemente, suas microbiotas ficam semelhantes. Nove beijos íntimos por dia levaram a casais com microbiota salivar significativamente parecida.

De acordo com Remco Kort, principal autor do estudo, o beijo íntimo envolve contato pleno de línguas e troca de saliva. Este parece ser um comportamento único dos seres humanos e é comum em mais de 90% das culturas conhecidas. [...]

O estudo também sugere que o estilo de vida, os hábitos alimentares e os de cuidados pessoais interferem com a microbiota bucal, especialmente da língua. Enquanto a microbiota da língua era mais similar entre parceiros românticos do que indivíduos não aparentados, sua semelhança não se alterou com o beijo mais frequente, em contraste com a microbiota da saliva. [...]


quinta-feira, novembro 20, 2014

Isaac & Charles: isso não cheira bem

Conheça a página da tirinha no Facebook e o blog.

Confissões de uma viciada em internet

Certos eventos são tão importantes que têm o potencial de marcar a história humana de maneira definitiva. Cito três: a invenção da escrita; a criação dos tipos móveis e da imprensa, com a consequente disseminação de informações antes restritas a uma minoria privilegiada; e a invenção da internet, promovendo uma nova revolução informacional – e revoluções noutras áreas da vida, também.

Este livro, da jornalista Fabiana Bertotti, trata justamente dessa nova revolução, a digital. A coisa toda é ainda muito recente (tá, a internet deu seus primeiros passos há meio século, mas a prensa de Guttenberg tem mais de 500 anos). Estamos no processo de assimilar todas as novidades que surgiram no ambiente da rede. E a Fabiana, com sua experiência de migrante virtual precoce e estudiosa do assunto – ou seja, usuária e analista –, nos ajuda a singrar esse mar novo e bravio, com todas as suas potencialidades, oportunidades, desafios e perigos.

A internet nos tornou mais críticos ou superficiais? Promoveu a conexão ou a desconexão das pessoas? O que as tecnologias de tela estão fazendo com o nosso cérebro? E nossos hábitos de consumo, nossos passatempos e relacionamentos, em que medida foram afetados pela web?

Leia este livro e encontre as respostas para essas e uma infinidade de outras perguntas.

Michelson Borges

Adquira já o seu. Clique aqui.

quarta-feira, novembro 19, 2014

Manifesto da Sociedade Brasileira do Design Inteligente

Participantes do 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente 

Manifesto público da Sociedade Brasileira do Design Inteligente (TDI-Brasil) sobre o ensino da Teoria da Evolução e da Teoria do Design Inteligente nas escolas e universidades públicas e privadas:

A TDI-Brasil declara, como sua política educacional, não ser favorável, na atual conjuntura acadêmica, ao ensino da Teoria do Design Inteligente (TDI) nas escolas e universidades brasileiras públicas e privadas, como também nas confessionais.

Nossa posição se fundamenta na opinião atual da Academia, que ainda não acata em sua maioria a TDI e o seu ensino, posição essa que nós da TDI-Brasil, como acadêmicos, devemos acatar.

Outro fundamento de nossa posição contrária ao ensino da TDI nas escolas é a não existência, no quadro educacional atual, de professores capacitados para corretamente ensinar os postulados da TDI.

Entendemos, porém, que os alunos têm o direito constitucional de ser informados de que há uma disputa já instalada na academia entre a teoria da evolução (TE) e a TDI quanto à melhor inferência científica sobre nossas origens. Inclusive há outras correntes acadêmicas, além da TDI, que hoje questionam a validade da TE oferecendo uma terceira via.

Quanto ao ensino da TE, a TDI-Brasil defende que esse ensino seja feito, porém, de uma forma honesta e imparcial, tanto nos livros didáticos quanto na exposição dos professores em salas de aula. Defendemos que sejam eliminados exemplos fraudulentos ou equivocados atualmente presentes em livros didáticos, e que sejam expostas as deficiências graves que a TE apresenta, e que se agravam a cada dia frente às descobertas científicas mais recentes – o que hoje não ocorre.

Quanto ao criacionismo, na sua versão religiosa e filosófica, por causa de seus pressupostos filosóficos e teológicos, entendemos que deva ser ensinado e discutido, junto com as evidências científicas que porventura o corroborem, em aulas de Filosofia e Teologia, dando a essas disciplinas o seu devido valor no debate sobre as nossas origens.

TDI-BRASIL, Campinas, 16 de novembro de 2014.

terça-feira, novembro 18, 2014

Livro da Turma da Mônica prega o espiritismo

Doutrinação nos quadrinhos
A Turma da Mônica, grupo de personagens de histórias em quadrinhos criado pelo cartunista Maurício de Sousa, será usada para difundir as crenças espíritas sobre Jesus e o Evangelho.  O livro Meu Pequeno Evangelho traz histórias do grupo de personagens infantis escritas em parceria com o espírita Luis Hu Rivas, um designer peruano, e Alã Michell, que desde os 15 anos de idade é adepto da religião. De acordo com o jornalista Felipe Patury, essa não é a primeira vez que Sousa publica histórias religiosas da Turma da Monica. “O que nunca tinha feito é um livro que juntasse Monica, Cebolinha, Cascão, Magali, Anjinho e Penadinho em histórias de cunho espírita”, pondera Patury. Em pré-venda, o livro Meu Pequeno Evangelho é descrito na sinopse da Boa Nova Editora – especializada em publicações espíritas – como uma obra de mensagens positivas a respeito do Evangelho.

“Neste livro, a Turma da Mônica recebe a visita de André, um primo do Cascão que vai apresentar para as crianças conceitos do Evangelho que todos podemos usar no dia a dia, independentemente da religião que praticam. Meu Pequeno Evangelho traz lindas mensagens de amor, caridade e humildade, contadas de forma divertida com os personagens mais queridos do Brasil”, diz o resumo.

O espiritismo é uma doutrina derivada do cristianismo [sic] criada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo Allan Kardec, que mistura ciência, filosofia e fé na busca por uma “melhor compreensão não apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse transcendente (religião)”, de acordo com o resumo do Wikipédia.

No Brasil, uma das principais difusoras das mensagens do espiritismo são as novelas da TV Globo que tratam sobre vida após a morte, reencarnação, almas gêmeas e outros assuntos pertinentes a essa doutrina.


Nota: Na verdade, como se pode perceber nas ilustrações abaixo, a pregação espírita não é novidade nas produções de Mauricio. A apologia dessa filosofia (que não deriva do cristianismo, como diz a Wikipédia, pois ensina a reencarnação e não a ressurreição, e afirma que Jesus é um “espírito iluminado” e não Deus) vem sendo cada vez mais forte nas mídias populares, como novelas, filmes, seriados e quadrinhos. Praticamente todas as pessoas hoje em dia creem na imortalidade da alma, mesmo aqueles que creem também na Bíblia Sagrada. Mas isso não surpreende. Já estava profetizado. [MB]



O mistério da “explosão cambriana”

Segundo matéria publicada no portal Terra, uma pesquisa da universidade americana Yale no Marrocos descobriu que alguns dos mais estranhos animais já descobertos no planeta viveram muito mais do que se imaginava, pelo menos 10 milhões de anos, segundo a cronologia evolucionista. As espécies em questão eram do período Cambriano (de 542 milhões a 488 milhões de anos atrás, na mesma cronologia), mas chegaram a viver no início do período Ordoviciano. A reportagem dá conta de que essas descobertas podem mudar algumas crenças científicas, como, por exemplo, a de que esses seres “esquisitos” viveram por pouco tempo. [Continue lendo.]

segunda-feira, novembro 17, 2014

Testículos são o tecido “mais notável” do corpo humano

Função perfeita desde a origem
Os testículos foram identificados como o tipo “mais peculiar” de tecido do corpo humano em um atlas produzido pelo Instituto Real de Tecnologia na Suécia. O Atlas das Proteínas Humanas foi descrito com “um fundamento realmente importante” para a pesquisa científica e o desenvolvimento de novos medicamentos. Os pesquisadores detalharam quais proteínas ficam ativas em cada tecido do corpo. Os testes mostraram que os testículos precisam das proteínas mais diferenciadas para funcionar. No estudo, a equipe de pesquisadores usou anticorpos criados para se acoplar a diferentes proteínas. Eles expuseram 32 tipos de tecido - representando todos os maiores órgãos do corpo - a esses anticorpos para verificar quais se prendiam e saber assim quais proteínas estavam ativas.

Quase mil proteínas se mostraram mais ativas no tecido dos testículos, mais do que em qualquer outro lugar do corpo - mais precisamente, 999. O córtex cerebral tinha apenas 318; o fígado, 172; e os músculos lisos, 0.

O coordenador do projeto, Mathias Uhlen, disse que os testículos podem ser únicos devido ao complicado método de produção de espermatozoides, que precisam ter mais que o dobro de DNA que uma célula normal. Além disso, os testículos são distintos porque se focam em produzir grande número de espermatozoides sem erros no código genético. Mutações em uma célula normal podem eventualmente levar ao câncer. Já uma mutação nos espermatozoides pode tornar impossível que eles fertilizem um óvulo.


Nota: (1) Se os testículos precisam de proteínas “mais diferenciadas” para funcionar, como poderiam funcionar, caso essas proteínas específicas não existissem? Então, quem “surgiu” primeiro: os testículos ou essas proteínas diferenciadas? (2) Como os testículos conseguiram desde que “surgiram” produzir espermatozoides sem erros no código genético? Eles “aparecem” já perfeitos? E se não (o que é de se esperar segundo a teoria da evolução), cadê no registro fóssil os seres aberrantes aos milhões, que deveriam ter existido até que a produção de espermatozoides “se ajustasse” (ou fosse selecionada)? (3) Uma, somente uma mutação nos espermatozoides pode impossibilitá-los de fecundar o óvulo. Então, como explicar que ao longo de tantos milhões de anos essa mutação não tenha ocorrido? Quando querem que algo evolua, esse algo evolui. Quando não pode evoluir, não evoluiu! [MB]

Leia também: "Gene específico produz espermatozoides"