sexta-feira, novembro 06, 2020

SCB quer despertar interesse de juvenis pela iniciação científica

Países como Japão, Alemanha, Estados Unidos e China, que estão à frente na corrida pela inovação e desenvolvimento tecnológico, reconhecem que o investimento em pesquisa é estratégico para obter resultados. Isso transparece na porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) que destinam anualmente especificamente para esse fim, como mostra a pesquisa de Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação publicada em 2018. No ano anterior, 2017, o Brasil havia direcionado 1,26%, contra 4,55% da Coreia do Sul. Isso gera reflexos diretos na política educacional, que estimula estudantes a se interessarem por temas científicos e dedicar-se à pesquisa. No entanto, salvo algumas exceções, no território nacional, o primeiro contato com o universo da investigação científica se dá apenas nos cursos universitários, seja em disciplinas isoladas ou como exigência na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).  

Mas e se esse interesse fosse despertado ainda na infância? É o que a Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) se propõe a fazer por meio do livro Acaso ou Planejamento? Uma Perspectiva Criacionista Bíblica, lançado para ser uma contribuição para a iniciação científica de nível básico. A obra, de 605 páginas, está dividida em cinco grandes áreas: Universo, sistema solar e natureza; Planeta Terra, geografia física e meio ambiente; Vida vegetal na Terra; Vida animal na Terra, e, por fim, O ser humano.

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terça-feira, outubro 20, 2020

Pesquisa: vida “começou” com animais parecidos com os atuais


Acredita-se que a vida se originou na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. Porém, como exatamente ela era, é difícil ter certeza. Acredita-se que seres unicelulares, como as bactérias, foram os primeiros habitantes vivos do planeta. Isso mostraria que a vida primitiva era muito diferente da atual. Agora, uma nova pesquisa liderada pelo geneticista evolucionista Momir Futo e publicada na Molecular Biology and Evolution mostrou que pode haver mais semelhanças do que o imaginado.

 Sabe-se que as bactérias se unem e criam uma casa comunitária protetora, formando colônias conhecidas como biofilmes, que fazem com que os organismos fiquem mais fortes. Isso porque, na segurança dessas estruturas, podem resistir melhor às mudanças climáticas, comunicar-se e até compartilhar uma espécie de memória coletiva. Agora, Futo e sua equipe descobriram que esses biofilmes também se desenvolvem como um organismo multicelular. Isso inclui divisão de trabalho, morte celular programada e autorreconhecimento.

 No laboratório, os pesquisadores investigaram o Bacillus subtilis em forma de bastonete, comumente encontrado no solo, em vacas e até nos humanos. A equipe estabeleceu uma linha do tempo de expressão genética do biofilme conforme ele se desenvolvia, começando com algumas células iniciais até dois meses de idade. Além disso, os cientistas compararam os produtos dos genes com os de outras bactérias da sua árvore genealógica, mapeando os relacionamentos evolutivos.

 “Surpreendentemente, descobrimos que os genes evolutivos mais jovens foram cada vez mais expressos em relação aos pontos temporais posteriores do crescimento do biofilme”, explicou Tomislav Domazet-Lošo, da Universidade Católica da Croácia. A ordem da expressão gênica durante o crescimento da estrutura reflete o tempo de evolução [sic] desses genes. O mecanismo é semelhante ao que embriões animais em desenvolvimento possuem.

 Esta, porém, não é a única maneira em que os biofilmes se assemelham aos embriões animais. Há também a organização passo a passo da expressão gênica. Ela representa um aumento na comunicação entre as células durante o desenvolvimento, o que, no caso dos biofilmes, coincide com o aparecimento de rugas 3D. “Isso significa que as bactérias são verdadeiros organismos multicelulares como nós”, destacou Domazet-Lošo. “Considerando que os fósseis mais antigos conhecidos são biofilmes bacterianos, é bem provável que a primeira vida também fosse multicelular, e não uma criatura unicelular como considerado até agora”, finalizou.

 Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram um novo método, conhecido como filoestratigrafia, e ainda há certa dúvida sobre sua confiabilidade. Além disso, a equipe afirma que os resultados são limitados a biofilmes de uma única espécie e em condições laboratoriais. Apesar disso, os pesquisadores concluíram que “é indiscutível que a célula é a unidade básica da vida; no entanto, isso não implica prontamente que a primeira vida foi estritamente unicelular”.

 (Olhar Digital)

 Nota: Quanto mais o tempo avança e mais pesquisas são feitas, mais se percebe que a vida “começou” com toda a complexidade conhecida hoje e necessária desde sempre. A hipótese do “surgimento” da vida a partir da não vida, de maneira rudimentar e aleatória, vai sofrendo golpe após golpe, e fortalecendo a ficção científica chamada “panspermia cósmica” (ato de jogar a “batata quente” para fora). [MB]

O paper original (open access) pode ser baixado aqui.

Assista ao vídeo "Panspermia cósmica: o retorno"

sexta-feira, outubro 02, 2020

Simpósio criacionista terá sua primeira edição sul-americana online

O Instituto de Pesquisa e Geociência da Igreja Adventista na América do Sul (GRI-DSA) vai promover neste fim de semana o 1º Simpósio Criacionista da Igreja Adventista no território. Com o tema “Origens”, o evento contará com a participação de convidados, com transmissão online nos canais oficias da denominação. Michelson Borges, jornalista e vice-presidente da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB), será um dos palestrantes do evento. Ele vai tratar da panspermia, uma teoria que considera que microrganismos ou precursores químicos da vida podem estar presentes no espaço, sendo capazes de dar surgimento à vida quando encontrarem um planeta adequado. 

sexta-feira, setembro 11, 2020

Quando vão derrubar as estátuas de Darwin?

Nos protestos por igualdade racial que se espalham através da América e do mundo, uma cena é recorrente: caem as estátuas em homenagem a figuras históricas cuja biografia é controversa. Em seu lugar, pedestais vazios ostentam pichações de censura a seus feitos, celebrados no passado mas inaceitáveis no presente. Sob a representação de Cristóvão Colombo, em Providence, Estados Unidos, lê-se: “pare de celebrar genocídio”. 
 
Além de ter encontrado o continente americano em 1492, Cristóvão Colombo também foi governador e vice-rei das “Índias” (hoje, o país caribenho da República Dominicana). Segundo historiadores, em resposta à agitação e revolta dos nativos, Colombo ordenou uma repressão brutal na qual muitos foram mortos. Em uma tentativa de impedir mais rebeliões, Colombo ordenou que seus corpos desmembrados fossem exibidos pelas ruas.
 
No rastro das manifestações que seguiram a morte de George Floyd, a agitação de grupos minoritários tem como um de seus alvos os personagens históricos reconhecidamente racistas. O escritor e jornalista italiano Indro Montanelli – que quando servia o exército fascista durante a invasão italiana na Abissínia (hoje Etiópia) chegou a comprar uma africana de apenas doze anos como escrava – teve sua imagem em Milão depredada. Sob ela escreveram “racista estuprador”. 
 
(Jornal Opção)
 
Nota: Se é para levar esse revisionismo até às últimas consequências, sugiro que se derrubem também as estátuas do naturalista inglês Charles Darwin, pelas ideias racistas que expôs em seu livro menos conhecido A Descendência do Homem. Mas acho que minha proposta não dará em nada... [MB]
 
Leia também: Racismo e evolucionismo em pauta, Criacionismo é racista?! Ok, vamos falar de racismo, Charles Darwin: pai da eugenia?, Racismo darwinista e Darwin e as "raças inferiores": racismo?
 


sexta-feira, setembro 04, 2020

A falsa marcha do progresso


O Instagram da revista Galileu publicou a seguinte nota: “Publicada pela primeira vez em 1965, não é exagero dizer que a ‘Marcha do Progresso’, que você vê acima, é uma das representações mais mal-interpretadas de todos os tempos. Muito disso se dá por concepções equivocadas sobre a teoria da evolução desenvolvida pelo biólogo britânico Charles Darwin. É comum vermos a imagem sendo utilizada para ilustrar a ‘transformação’ do macaco em humano, passando a ideia de que há uma hierarquia entre os seres vivos na qual alguns organismos são ‘simples’ e outros, ‘sofisticados’. O desenho também dá a impressão de que entre o surgimento de uma espécie e outra há um salto evolutivo drástico, ou seja, não há intermediários entre elas. O principal motivo por trás dessa leitura equivocada é a má compreensão da teoria da evolução de Darwin.”

Quando li “biólogo britânico Charles Darwin”, tive vontade de nem prosseguir na leitura. Darwin nunca foi biólogo. Os primeiros cursos de Biologia foram criados bem depois da morte do naturalista que estudou Teologia. Mas resolvi fazer um esforço e ler o restante.  

O objetivo da nota é mostrar que a imagem (ridícula por si só) não refletiria a “realidade” de que existiriam elos transicionais entre as espécias e não “saltos evolutivos”. Mas o que nos mostra o registro fóssil? Exatamente: saltos evolutivos.

De qualquer forma, grosso modo, a imagem expressa, sim, a filosofia subjacente ao modelo darwinista. Ou seja: está errada de qualquer forma.

Michelson Borges

quarta-feira, setembro 02, 2020

A intolerância e a censura nos campi universitários

Em 2013, ativistas ateus na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiram convencer a reitoria a cancelar um evento intitulado “1° Fórum de Filosofia e Ciência das Origens”. Os doutores Rodrigo Silva, Marcos Eberlin e eu falaríamos, respectivamente, sobre arqueologia, química e mídia. Na época, escrevi a seguinte nota de esclarecimento em meu blog www.criacionismo.com.br: “Claramente conscientes de que a Unicamp se trata de uma instituição secular, nós, os palestrantes daquele que seria o 1º Fórum de Filosofia e Ciência das Origens, tínhamos a convicção de que deveríamos, cada um em sua respectiva palestra e área, tratar do tema sob uma perspectiva científico-filosófica. Nenhum de nós iria ao campus falar de religião, Bíblia nem mesmo criacionismo. Não somos pensadores mal-intencionados em busca de prosélitos. Todos nós – assim como penso que ocorre com muitos na academia – amamos a ciência e procuramos seguir as evidências, levem aonde levar. Não estamos engajados numa cruzada contra a ciência. Essa é a visão de uma oposição que vive à luz da falácia do espantalho, tenta nos desacreditar, nos ‘deformar’ e estereotipar sob a pecha de ‘fundamentalistas’, e, assim, impedir o livre debate de ideias num ambiente que deveria ser, acima de qualquer outro, local exatamente próprio para isso. Foi com profunda decepção que recebi a notícia do cancelamento do fórum, sem um motivo real que justificasse tal medida.”

Depois disso, o Dr. Eberlin (químico premiado no Brasil e no exterior, com um currículo invejável) escreveu um texto em desagravo (confira) e até a revista IstoÉ se manifestou com a matéria “Deus fora da Unicamp” (confira).

Lembro-me de meus tempos de aluno na Universidade Federal de Santa Catarina que era comum ver nos murais do campus cartazes com anúncios de eventos espiritualistas, medicina alternativa e até palestras com monges tibetanos. Mas falar em criacionismo e criticar o marxismo, por exemplo, aí era um convite ao escárnio e ao desprezo. Os anos passaram e a intolerância apenas recrudesceu.

Recentemente, um amigo pesquisador concluiu um estágio na área de Paleontologia em uma federal. O currículo dele foi analisado (tem mestrado em Ciências) e ele foi aprovado na seleção. Fez o curso com muita seriedade e competência – sei do que estou falando, pois o conheço pessoalmente e sou testemunha de sua produção e honestidade. Ele tem artigos científicos e livros publicados, é colunista de revista de divulgação em ciência e saúde, e tem dado grande contribuição para a ciência e para o criacionismo no Brasil e no exterior. “Mas espere aí! Você falou ‘criacionismo’?” Sim, falei. E aí está o problema, né?

Como é direito de toda pessoa que conclui um curso acadêmico ou obtém uma titulação, esse meu amigo, obviamente, apresenta suas credenciais em eventos e textos. E isso bastou para receber a seguinte mensagem do responsável pelo curso:

Em lugar de se discutirem ideias, blinda-se a discussão com o uso das expressões típicas: “pseudociência”, “teorias conspiratórias”, “mentiras e desinformação”. Se eu acreditasse em vida após a morte antes da ressurreição, diria que Newton, Galileu, Copérnico e Pascal estariam se revirando no túmulo agora.

Em 2002, a revista de divulgação científica popular Galileu afirmou em uma matéria de capa que criacionistas são “especialistas autoproclamados”. Em reação a isso, publiquei o livro Por Que Creio, com o testemunho de doze pesquisadores criacionistas titulados, provando que a revista foi leviana. Mas é assim: primeiro acusam criacionistas de não ter formação acadêmica, depois, quando eles procuram estudar, pesquisar e publicar, são impiedosamente censurados.

Esta foi a resposta do meu amigo ao responsável pelo curso:

“Boa tarde, [fulano]. De forma nenhuma estou utilizando o [...] para justificar o criacionismo. Essa é uma interpretação equivocada sua. Quando participo de algum programa cristão, eu sempre menciono minhas titulações e cursos realizados [...], assim como todo palestrante [faz]. Ademais, em momento algum menciono que aprendi criacionismo nessas instituições. Onde há falta de ética nisso? Muito cuidado! Perigosa, a meu ver, é a sua atitude de vir solicitar que eu não mencione minhas titulações. Isso me soa cerceamento de direito de expressão.”

A verdade é que os campi seculares (e não só eles) tornaram-se trincheiras para pensadores progressistas, naturalistas, marxistas e evolucionistas. Qualquer um que ouse desafiar ou ameaçar esse status quo é hostilizado e até censurado, como está acontecendo com meu amigo pesquisador. E para não dizerem que isso é conversa de “fundamentalista religioso”, vou mostrar aqui duas “pedras” gritando o óbvio. Dois livros que revelam os bastidores sórdidos dessa inquisição sem fogueiras que se tornaram grandes setores da mídia secular e da academia.

O primeiro livro é o Cynical Theories – How activist scholarship made everything about race, gender, and identity – and why this harms everybody (Teorias Cínicas – Como estudiosos ativistas transformaram tudo em uma questão de raça, gênero e identidade – e como isso prejudica a todos, em tradução livre), de Heln Pluckrose e James Lindsay. Um dos autores, inclusive, é ateu. Veja a sinopse que consta no site da Amazon: 


“Você já ouviu que a linguagem é violência e que a ciência é sexista? Você já leu que certas pessoas não devem praticar ioga ou cozinhar comida chinesa? Ou ouviu que ser obeso é saudável, que não existe tal coisa como sexo biológico, ou que apenas brancos podem ser racistas? Você fica confuso com essas ideias e se pergunta como elas conseguiram desafiar tão rapidamente a própria lógica da sociedade ocidental? Neste volume investigativo e intrépido, Helen Pluckrose e James Lindsay documentam a evolução do dogma que traz essas ideias, de suas origens grosseiras no pós-modernismo francês [sempre lá!] para seu refinamento dentro de campos acadêmicos ativistas. [...] Como Pluckrose e Lindsay alertam, a proliferação desenfreada dessas crenças anti-iluministas representam uma ameaça não apenas para a democracia liberal, mas também para a própria modernidade. Embora reconhecendo a necessidade de desafiar a complacência daqueles que pensam que uma sociedade justa foi totalmente alcançada, Pluckrose e Lindsay analisam como o ativismo muitas vezes radical faz muito mais mal do que bem, pelo menos para as comunidades marginalizadas que afirma defender.”

O segundo livro é o Sobre o Relativismo Pós-Moderno e a Fantasia Fascista da Esquerda Identitária, do antropólogo e escritor Antonio Risério. E antes que você se sinta tentado a rotular o autor como algum tipo de direitista radical, preciso lhe dizer que ele mesmo se identifica como um esquerdista democrático. O que Risério faz em seu livro, entre outras coisas, é denunciar os extremos de ambos os lados do espectro ideológico. Sinopse da obra no site da Amazon:

“Este é um livro de enfrentamento direto, que desafia o relativismo pós-moderno e o fascismo identitário. O antropólogo, historiador, ensaísta, poeta e produtor cultural Antonio Risério [...] agora entrega aos leitores um ensaio de intervenção intelectual e combate político frontal, abertamente polêmico, sem concessões nem meias palavras. Autor de roteiros de cinema e TV, com mais de 20 livros publicados, aqui ele narra a história da formação dos movimentos excludentes (da contracultura e da transição democrática na década de 1970 aos de hoje), desmontando suas mistificações e manipulações, do desvario irracionalista do pensamento pós-moderno às posturas fraudulentas da realidade e da história. O pensador baiano faz uma crítica rigorosa e vigorosa à estranha ‘práxis’ esquerdista que colocou os campi sob seu controle, na base do chicote e da rédea curta. Um protesto em defesa do verdadeiro convívio político e cultural, da vida ao ar livre da democracia.”

Abaixo a ditadura da inquisição sem fogueiras! Abaixo a censura e o autoritarismo!

Michelson Borges

terça-feira, setembro 01, 2020

Fóssil de sapo descoberto no Brasil reforça tese criacionista

O volume 101 do periódico Journal of South America Earth Science, de agosto de 2020, publicou o achado de um anuro do período conhecido como Cretáceo Inferior, de supostamente 119 milhões de anos, na Formação Crato do nordeste do Brasil. Os anuros são um grupo de animais da classe dos anfíbios que incluem os sapos, as rãs e as pererecas.

 A Formação Crato é constituída por rochas calcárias que formam bancos de até 60 metros de espessura, com intercalações de material arenoso de granulação fina a grossa. Ela faz parte da Bacia do Araripe. Este local é um depósito sedimentar de direção geral leste-oeste desenvolvido durante a ruptura do supercontinente Pangeia nas fases finais de abertura do Oceano Atlântico. A bacia do Araripe possui cerca de 9000 km2, e inclui os Estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Para os criacionistas, a fragmentação de Pangeia, dando origem aos continentes atuais, foi um dos eventos mais dramáticos do grande dilúvio bíblico narrado no livro de Gênesis.

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segunda-feira, agosto 31, 2020

Cientista renomado apresentará palestra na Andrews University

Em 3 de setembro de 2020 [às 17h30, horário de Brasília], o Departamento de Química e Bioquímica da Andrews University apresentará uma palestra online de James M. Tour sobre as origens da vida, um tópico que gerou controvérsia significativa no campo da química pré-biótica. Tour, que tem três cátedras na Rice University em química, ciência de materiais e nanoengenharia, e ciência da computação, fará uma apresentação intitulada “Cientistas não sabem da origem da vida”.

 A palestra é co-patrocinada pelo Centro para Diálogo Interdisciplinar da Andrews University e pela Agência de Serviço de Educação Regional do Condado de Berrien.

 Tour é um renomado químico orgânico sintético e nanotecnologista, que se autodescreve como judeu messiânico praticante há mais de 40 anos. Ele escreveu e lecionou extensivamente sobre pesquisa da origem da vida e, especificamente, sobre química pré-biótica. Tour tem mais de 700 publicações de pesquisa e mais de 130 patentes em diversas áreas. Ele também desenvolveu estratégias para retardar ataques terroristas químicos.

 Para educação pré-universitária, Tour desenvolveu o conceito NanoKids para educação K-12 em ciência em nanoescala, e também pacotes de ciência Guitar Hero para educação de ensino fundamental e médio. Esses recursos são usados ​​atualmente por mais de 450 distritos escolares e 40 mil professores, com mais de um milhão de downloads.

 Tour completou um bacharelado em química pela Syracuse University, um PhD em química orgânica sintética e organometálica pela Purdue University e um pós-doutorado em química orgânica sintética pela University of Wisconsin e pela Stanford University. Depois de passar 11 anos no corpo docente do Departamento de Química e Bioquímica da Universidade da Carolina do Sul, ele ingressou no Centro de Ciência e Tecnologia em Nanoescala da Rice University, em 1999.

 Tour ganhou muitos prêmios e reconhecimentos, incluindo o Prêmio Centenário da Royal Society of Chemistry 2020 por inovações em química de materiais com aplicações em medicina e nanotecnologia. [...] Ele foi nomeado um dos “50 cientistas mais influentes do mundo hoje” (2019); listado no “The World’s Most Influential Scientific Minds” por Thomson Reuters (2014); nomeado “Cientista do Ano”pela R&D Magazine (2013); e foi classificado como um dos dez maiores químicos do mundo na primeira década do século 21 (2009). Ele foi selecionado ou eleito ou introduzido na Royal Society of Chemistry, na National Academy of Inventors e na American Association for the Advancement of Science. Seus prêmios incluem o Arthur C. Cope Scholar Award da American Chemical Society por suas realizações em química orgânica (2007); o Prêmio Feynman em Nanotecnologia Experimental (2008); e o Prêmio Trotter em “Informação, Complexidade e Inferência” (2014).

 Tour é tão prolífico e público sobre os estudos bíblicos quanto sobre a ciência. Seu podcast de 19 de julho de 2020 marcou a centésima edição de sua série sobre o livro de Gênesis, que começou em 2018. Cópias de áudio podem ser encontradas em seu site. Ele tem presença ativa nas redes sociais como Facebook, YouTube, Instagram e Twitter. Suas palestras no YouTube consistem em ciência, fé e estudos bíblicos.

 Tour não vê conflito entre fé e ciência, tendo sido citado dizendo: “Eu construo moléculas para viver. Eu não posso começar a dizer o quão difícil é esse trabalho. Eu admiro a Deus por causa do que Ele fez por meio de Sua criação. Só um novato que nada sabe sobre ciência diria que a ciência tira a fé. Se você realmente estudar ciência, isso o deixará mais perto de Deus.”

 Sua próxima palestra na Andrews University será uma oportunidade única de apresentar argumentos científicos em uma comunidade de aprendizagem de fé e valores compartilhados. Ele planeja oferecer uma crítica científica, não baseada em filosofia nem teologia, dos modelos atuais de origem de vida. Especificamente, ele abordará a falta de propostas quimicamente válidas que expliquem a síntese, informação, montagem e função vital que, em última análise, converteu os blocos de construção químicos nas estruturas e funções da vida.

 (Adventist Review)

 Nota: A videoconferência será apresentada via Zoom, às 17h30 do dia 3 de setembro. Link aqui. 

Teorema matemático prova existência de Deus

Congresso universitário realizado na Missão Bahia Sudoeste com a presença dos palestrantes Michelson Borges, Rodrigo Silva, Matusalém Alves, Eduardo Lütz e Graça Lütz. Acompanhe o encontro completo que durou três dias, no canal "Fala Sério, Pastor", no YouTube. Na palestra acima, o físico Eduardo Lütz apresenta várias evidências da existência de Deus, incluindo uma PROVA; isso mesmo, uma prova: um teorema matemático que prova a existência de Deus. Confira.

Clique aqui para assistir.

quinta-feira, agosto 27, 2020

Há 150 anos nascia o pioneiro do criacionismo moderno

No livro The Creationists, o acadêmico Ronald Numbers afirma que o criacionismo espalhou-se rapidamente durante o século 20, desde seu humilde começo “nos escritos de Ellen White”. Mark Noll também afirma que o criacionismo moderno emergiu dos esforços dos adventistas do sétimo dia. Outro estudioso que reconhece esse “DNA criacionista” adventista é o físico Eduardo R. da Cruz, organizador do livro Teologia e Ciências Naturais (Paulinas). Na página 239, é dito que “o criacionismo não consiste na sobrevivência de uma cosmovisão pré-científica; ao contrário, trata-se de um fenômeno moderno, ligado primariamente aos adventistas”. Mas se há um nome que pode ser considerado o pioneiro do criacionismo moderno é o do canadense George McCready Price (1870-1963), justamente por ter se aprofundado em áreas como biologia e geologia, relacionando suas pesquisas e descobertas à cosmovisão bíblica.

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sexta-feira, agosto 14, 2020

Inserção de genes humanos cria animais “humanizados”

 

Para os critérios de hoje, o romance Frankstein é até meio bisonho. Mas expressa com contundência uma questão recorrente da ciência: Seremos algum dia capazes de criar um ser humano artificial? Entre os cientistas da computação, a meta é emular ao máximo as capacidades humanas por meio de máquinas inteligentes. Entre os biólogos, a criação artificial de um homem é vista com ceticismo. Os filósofos morrem de rir.

Na última virada do século, o debate esquentou com a criação de organismos geneticamente modificados (lembram da ovelha Dolly?) e a manipulação de células-tronco que hoje podem até gerar minicérebros humanos. O fato é que estamos longe de conseguir criar um ser humano artificial, como fez o personagem Viktor Frankenstein, criado por Shelley. Será?

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quarta-feira, julho 29, 2020

Nuvens de gafanhoto: praga bíblica?

De fato, o ano de 2020 tem se tornado pano de fundo para uma diversidade de “memes” em virtude da quantidade de catástrofes naturais que vêm ocorrendo. Agora, considerando a aproximação de nuvens de gafanhotos com o Brasil, há quem diga que as pragas do Egito estão de volta. Outros, porém, questionam sua relação com as pragas apocalípticas. Mas, afinal, o que é essa nuvem de gafanhotos? Como ela surgiu e será que existe relação com alguma praga ou profecia bíblica? Antes de tudo, vamos entender o que são esses animais e por que podem ser considerados uma ameaça.

O que são os gafanhotos?
           
São animais que possuem patas articuladas e exoesqueleto quitinoso, chamados de artrópodes.  Dentro desse Filo, a Classe dos insetos difere das demais porque seus integrantes possuem três pares de pernas, um par de antenas e três divisões do corpo (tagmas): cabeça, tórax e abdome.
           
Os gafanhotos pertencem à subordem Caelifera e à ordem Orthoptera (insetos com asas em linha reta), e estão classificados dentro da Família Acrididae em virtude de seu terceiro par de pernas saltatórias. Além dos gafanhotos, integram esse grupo as esperanças, os grilos, as paquinhas e as taquarinhas. Dentro dessa família Acrididae, a espécie Schistocerca cancellata, a mesma que está na Argentina, é considerada a mais robusta e de maior comprimento. Os machos geralmente têm quatro centímetros e as fêmeas, seis.

Aparelho bucal e alimentação
           
O aparelho bucal dos insetos foi minuciosamente projetado de acordo com o tipo de alimento que consomem. Os gafanhotos possuem um aparelho bucal do tipo mastigador, com uma mandíbula enorme, capaz de devorar um galho em segundos.
 
Labro
: forma o “céu” da boca dos insetos, articulando-se sobre o clípeo. Relaciona-se a uma função gustativa.
Mandíbulas: são duas peças dispostas lateralmente abaixo do labro, articuladas e resistentes. Sua função é mastigar, triturar ou dilacerar os alimentos
Maxila: articuladas na parte lateral inferior da cabeça, são peças auxiliares durante a alimentação.
Lábio: representa a parte inferior da boca.  
           
Em relação aos hábitos alimentares, esses insetos são polífagos (comem mais de uma variedade de alimento) geralmente consomem folhas de vários tipos de plantas tais como: citrosarrozsojapastagensalfafaeucalipto e outras. Estima-se que a quantidade diária de alimento ingerido seja equivalente ao seu peso. Em se tratando de um único inseto, não se percebem grandes alterações no ambiente, mas o problema é que algumas espécies de gafanhotos são gregárias (vivem em grupos) e podem representar uma grande ameaça para a agricultura e, indiretamente, para a agropecuária, uma vez que os rebanhos se alimentam dos vegetais.

A formação da nuvem e o deslocamento dos gafanhotos
           
A formação de uma nuvem de gafanhotos está diretamente relacionada com questões ambientais específicas. Um dos motivos para a formação dessas nuvens é o clima. Outro fator importante é a diminuição dos inimigos naturais desses insetos (sapos, pássaros, fungos e bactérias), em parte decorrente do uso abusivo e incorreto de inseticidas e agrotóxicos. Dessa forma, ao encontrarem condições favoráveis pelo caminho, como tempo quente e seco, vento e alimento, esses insetos vão se reproduzindo rapidamente, avançando pelas lavouras enquanto devoram tudo o que encontram pela frente.
           
Estima-se que haja cerca de 40 milhões de indivíduos por quilômetro quadrado da “nuvem”. Nesse caso, como não há alimento suficiente para sustentar todos os insetos do bando, o grupo se desloca em busca de comida, o que pode incluir plantações e áreas agrícolas. Das 400 espécies conhecidas, cerca de 50 são nômades, podendo percorrer uma média de 150 quilômetros por dia. Embora não transmitam doenças, o prejuízo econômico de uma nuvem de gafanhotos pode ser enorme.


As atuais nuvens de gafanhotos têm alguma relação com as pragas do Egito?

Definitivamente NÃO! O fato de uma nuvem de gafanhotos ter sido a 8ª praga do evento bíblico relacionado à libertação do povo de Israel do jugo egípcio tem dado “asas” à imaginação de muitos internautas. Porém, as dez pragas foram um evento pontual, específico, e não vão acontecer novamente. Qualquer semelhança é mera coincidência. Mantenha distância de sites que abordam tais especulações que visam atrair “likes” de curiosos e desinformados. Você pode ler a história dessa fantástica atuação de Deus para livrar seu povo no livro de Êxodo, nos capítulos 7 a 12.

Invasões de gafanhotos são novidade?
           
Não estamos acostumados a ouvir noticiários sobre “bandos” de gafanhotos invadindo lavouras, mas o fenômeno tem se tornado cada vez mais frequente. Na América do Sul, há registros de nuvens de gafanhotos atacando cultivos de mandioca na província de Buenos Aires em 1538. Em 2004, uma nuvem de gafanhotos chegou ao Cairo e as imagens dos insetos tapando a visão das Pirâmides de Gizé correram o mundo. Em janeiro de 2016 houve uma infestação no noroeste da Argentina, sendo considerado o maior ataque em 50 anos.

Infestações por gafanhotos no Brasil já causaram grandes perdas às lavouras de arroz na região Sul do País, nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, o controle tem sido eficiente, mantendo-os em sua fase “isolada”, evitando a formação “nuvens”. Atualmente a única espécie nômade que vive regularmente no País e causa problemas é a Rhammatocerus schistocercoides, encontrada no Mato Grosso. Recentemente vemos uma ameaça em virtude de manifestações dos insetos no Paraguai e na Argentina.
           
Por outro lado, a praga está há meses assolando parte da África, do Oriente Médio e Sudeste Asiático, regiões já vulneráveis. Entre o fim de 2019 e o início de 2020, gafanhotos geraram alertas da FAO a países do leste da África para as piores infestações dos últimos 70 anos. A situação foi pior no Quênia, na Somália e na Etiópia, e fazendeiros relataram preocupação com a fome depois que os insetos comeram plantações inteiras de produtos como milho e feijão.

De fato, os noticiários mencionam que as atuais infestações são as piores em décadas. Diante disso, muitos têm voltado os olhos para o livro do Apocalipse, considerando que esse livro também faz menção a pragas no fim dos dias da Terra. Vimos que as infestações de gafanhotos nada têm que ver com as dez pragas do Egito, mas pode haver alguma relação com as pragas do Apocalipse ou com suas profecias?
           
Gafanhotos e o Apocalipse
           
Quando analisamos o cenário mundial, temos a percepção de que tudo ao nosso redor parecer estar em convulsão, prestes a ruir. Os noticiários do mundo todo estão repletos de rumores de guerras, manifestações públicas cheias de intolerância e ódio, causando depredação de patrimônios culturais, públicos e privados, incêndios que esforços humanos custam para controlar e apagar, terremotos, ciclones, disseminação de doenças (pestes) que causam danos físicos, sociais, econômicos e emocionais, além da crescente preocupação com pragas, como a dos gafanhotos. Cenários comuns em locais distintos, acontecendo em períodos próximos e cuja intensidade tem sido classificada como “a pior em décadas” nos fazem pensar se estamos mesmo vivendo o “fim dos tempos”, assim como descrito em Mateus 24.
           
Não bastasse isso, alguns recorrem à Bíblia e se deparam com o texto em que João também vê as guerras e pragas derramadas durante o sétimo selo, em Apocalipse 9:1-3: E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar. E da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra.”
           
Apesar disso, é preciso atentar para o fato de o livro do Apocalipse ser simbólico, e a única relação com as atuais nuvens de gafanhotos se dá pela característica voraz desse animal, e não ao inseto propriamente dito.  Você pode ler mais sobre os gafanhotos do apocalipse aqui.
             
Embora não seja uma das sete pragas apocalípticas, a Bíblia menciona que a maior frequência no aparecimento das “pragas” seria um dos sinais de que o mundo estaria, sim, chegando ao fim. E agora?

Uma boa notícia
           
Parece impossível conciliar os atuais eventos com qualquer boa nova, não é mesmo? Mas acredite, é exatamente o que tudo isso representa: o fim do sofrimento e da dor e a proximidade de uma vida eterna e feliz. Como assim? Tudo faz parte do plano de salvação elaborado por Deus para nos livrar da morte decorrente do pecado.
           
Cristo selou Seu pacto com a humanidade na cruz do calvário, mas o fim do pecado se dará somente com a segunda vinda de Cristo. Ele prometeu e vai cumprir. É aí que se encaixam as peças de toda desgraça que temos visto. Cristo sabia que o ser humano se esqueceria do “manual de instruções” deixado por Ele nos dez mandamentos, e consequentemente os hábitos destrutivos humanos refletiriam no caos que vemos hoje.
           
Por isso ele deixou na Bíblia os sinais de Sua volta para que pudéssemos nos preparar e poder ter “paz em meio à tempestade”. Um desses sinais é que a frequência de pagas e pestes iria aumentar com o passar do tempo, e estamos vendo isso diante de nossos olhos. Os sinais são muitos, mas o cenário da gloriosa volta de nosso Criador está quase completo.
           
Você sabe quais são os sinais da volta de Jesus? O que ainda falta acontecer? Não se deixe enganar por fontes duvidosas e especulativas. As respostas estão na Bíblia e vamos deixar links de estudo abaixo. Ore, peça orientação divina, estude e reparta essas boas-novas com as pessoas que você ama.
           
Quando tudo parecer ruir, lembre-se das palavras de Jesus: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.”

(Liziane Nunes Conrad Costa é formada em Ciências Biológicas com ênfase em Biotecnologia [UNIPAR], especialista em Morfofisiologia Animal [UFLA] e mestranda em Biociências e Saúde [UNIOESTE]. É diretora-presidente do Núcleo Cascavelense da SCB [Nuvel-SCB])

Referências:
MARTINEZ, Natasha Macias; ROCHA-LIMA, Ana Beatriz Carollo. A importância dos insetos e as suas principais ordens. Unisanta BioScience, v. 9, n. 1, p. 1-14, 2020.
MEDINA, HECTOR E.; CEASE, A.; TRUMPER, E. The resurgence of the South American locust (Schistocerca cancellata). Metaleptea, v. 37, n. 3, p. 17-21, 2017.
Canal Rural

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SÉRIE “AS PROFECIAS DE DANIEL”:

ESTUDOS SOBRE O APOCALIPSE:

domingo, julho 19, 2020

O ataque ao destróier HMS Sheffield e a curvatura da Terra

Há 38 anos, na manhã de 4 de maio de 1982, o sofisticado destróier Tipo 42 HMS Sheffield (D80) da Royal Navy, foi atingido mortalmente pouco acima da linha d’água por um míssil AM39 Exocet, lançado por um jato Super Étendard da Armada Argentina. O navio de escolta britânico atuava como “piquete-radar” e era responsável pela defesa antiaérea de área de unidades maiores da FT britânica, cujo principal objetivo era a retomada das Falklands com um desembarque anfíbio. Mesmo sendo equipado com um radar de busca aérea de longo alcance e mísseis antiaéreos Sea Dart capazes de atingir um alvo a pelo menos 20 milhas de distância (37 km), o Sheffield não conseguiu detectar a aproximação de dois jatos Super Étendard, nem se proteger do míssil Exocet.

O fantasma da vulnerabilidade de navios de escolta ainda está presente hoje, quase 40 anos depois daquele ataque, apesar dos avanços tecnológicos. A causa disso é uma limitação natural: a curvatura da Terra. Devido a essa curvatura, a partir da linha do horizonte, forma-se uma zona cega à baixa altura, não atingida pelo radar. Assim, o alcance do radar de um navio é limitado pela linha do horizonte, contra alvos voando rente ao mar. Essa vulnerabilidade também está presente nos radares terrestres e é usada por pilotos de aviões do tráfico de drogas, por exemplo, para escapar à detecção.


A tática argentina para atingir embarcações importantes da RN empregava aeronaves de patrulha marítima, como o P-2 Neptune, que repassavam por rádio os contatos às aeronaves de ataque. [...]

Os jatos prosseguiram para as coordenadas, sempre “colados” na água, elevando-se a poucos metros a mais para realizar algumas varreduras com seu próprio radar de busca, a fim de localizar os alvos, sem alertar os equipamentos MAGE/ESM britânicos. Ambos os pilotos detectaram um alvo grande e três medianos, travaram seus Exocet no alvo maior e, quando estavam a cerca de 50 km de distância, lançaram os mísseis. [...]

O HMS Sheffield sofreu um incêndio após o impacto do míssil que matou 20 tripulantes. O navio acabou afundando no dia 10 de maio de 1982 quando era rebocado.



Clique aqui e assista a vídeos que refutam a ideia da Terra plana.