quarta-feira, novembro 30, 2016

Aborto até terceiro mês de gestação não é crime?

Incentivo à irresponsabilidade
A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) abriu nesta terça-feira (29) uma nova jurisprudência e não viu crime na prática de aborto realizada durante o primeiro trimestre de gestação - independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez. A decisão da 1ª Turma do STF valeu apenas para um caso, envolvendo funcionários e médicos de uma clínica de aborto em Duque de Caxias (RJ) que tiveram a prisão preventiva decretada. Mesmo assim, o entendimento da 1ª Turma pode embasar decisões feitas por juízes de outras instâncias em todo o país. Durante o julgamento desta terça-feira, os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Rosa Weber se manifestaram no sentido de que não é crime a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre, além de não verem requisitos que legitimassem a prisão cautelar dos funcionários e médicos da clínica, como risco para a ordem pública, a ordem econômica ou à aplicação da lei penal.

Os ministros Luiz Fux e Marco Aurélio Mello, que também compõem a 1ª Turma, concordaram com a revogação da prisão preventiva por questões processuais, mas não se manifestaram sobre a criminalização do aborto realizado no primeiro trimestre.
http://t.dynad.net/pc/?dc=5550001892;ord=1480501148237
“Em temas moralmente divisivos, o papel adequado do Estado não é tomar partido e impor uma visão, mas permitir que as mulheres façam a sua escolha de forma autônoma. O Estado precisa estar do lado de quem deseja ter o filho. O Estado precisa estar do lado de quem não deseja - geralmente porque não pode - ter o filho. Em suma: por ter o dever de estar dos dois lados, o Estado não pode escolher um”, defendeu o ministro Barroso.


Nota 1: Criança com três meses não é gente? Tirar a vida de uma pessoa de até três meses não é assassinato? Quem disse que magistrados humanos têm o direito de autorizar o aborto que independe de motivo? E quem vai cuidar das meninas e das mulheres que abortarem por qualquer motivo e depois caírem em depressão? Essa é mais uma admissão de que o Estado não está conseguindo lidar com o crescente número de adolescentes grávidas e de abortos clandestinos. Em lugar de promover a conscientização quanto ao verdadeiro sexo seguro (no contexto do matrimônio e com responsabilidade), controlar a exibição da e o acesso fácil à pornografia e trabalhar em outras medidas preventivas dos comportamentos sexuais de risco, os detentores do poder e fazedores das leis preferem seguir a maré e fazer o que lhes parece mais fácil: autorizar a eliminação do problema, ou seja, matar as crianças geradas em grande medida por esse comportamento sexual irresponsável chancelado pelo Estado. Quando os governantes e legisladores não valorizam a vida, o que se pode esperar dos governados? O dia 29 ficará tristemente marcado na história deste país. Enquanto a nação chorava a morte de 76 pessoas indefesas em um voo que rumava para Medelim, juízes do STF aprovavam uma lei que permite a morte de pessoas que também não podem se defender. Quem vai chorar por esses milhões de bebês indefesos? [MB]

Nota 2: Só para lembrar: o sistema nervoso começa a ser formado por volta da terceira semana de desenvolvimento embrionário e se estende por toda a gestação. No fim da oitava semana, a estrutura básica do sistema nervoso está plenamente formada em um embrião com 1,6 cm de comprimento. Parabéns aos ministros que sabem tudo de embriologia!


Leia também: Como três ministros do STF passam por cima de uma nação para legislar sobre o aborto? e The biology of prenatal development

Clique aqui e leia mais sobre aborto.





“Ama como se fosses morrer hoje.”

Pensamento para lembrar todo dia
“Ama como se fosses morrer hoje.” Sêneca

“Demonstre seu amor hoje, como se você estivesse numa despedida. Fale com as pessoas de tal modo que elas guardem de você as palavras mais ternas. Não perca a oportunidade de mostrar seu afeto a cada pessoa que cruzar o seu caminho hoje. Não adie o amor, não adie o sorriso, o olhar de candura, a boa palavra, o abraço caloroso, o beijo de ternura, porque ninguém sabe se amanhã reencontraremos essas pessoas. Um dia sem amor é um dia perdido!” (Sêneca foi um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano)

Ecoando as palavras de Sêneca, o cantor e compositor brasileiro Renato Russo escreveu: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque, se você parar pra pensar, na verdade não há.” Jesus disse que basta a cada dia o seu mal, ou seja, vivamos cada dia da melhor maneira possível, sem ficar com os olhos fitos apenas no futuro que nos é incerto. Vivamos sempre motivados pelo amor a Deus e aos outros. Na verdade, o único futuro garantido é aquele planejado por Deus. Esse, sim, deve ocupar nossos pensamentos. Até porque, se a volta de Jesus for o nosso alvo, viveremos correta, intensa e amorosamente o nosso presente. [MB]

terça-feira, novembro 29, 2016

Chapecoense: quando a tragédia entra em campo

O momento é para solidariedade
Eles certamente viajavam felizes e com a mente cheia de expectativas. O time estava em uma boa fase e voava a bordo de um avião com destino a Medellín, na Colômbia, onde disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na quarta-feira, dia 30. Só Deus e talvez alguns familiares conheçam os sonhos que cada um alimentava, os planos, os projetos, as ambições. Talvez alguns tenham prometido gols para a namorada, a esposa ou os filhos. Possivelmente, outros sonhassem com o título inédito a fim de alegrar ainda mais o Natal e o Ano Novo. Sonhos, esperanças e projetos que ficaram definitivamente no passado. O avião que transportava 81 passageiros, entre os quais a equipe do time catarinense da Chapecoense, caiu nesta madrugada, quando se aproximava da capital colombiana. Pelo menos 76 pessoas morreram. A notícia chocou o Brasil na manhã desta terça-feira.

Toda vez que um evento dessa natureza acontece revive a sensação de que habitamos um mundo inseguro e injusto. E isso é fato. Tragédias não escolhem lugar nem data para acontecer. Elas simplesmente estão como que à espreita, aguardando o momento de “entrar em campo” e ceifar vidas, destruir sonhos. No campeonato da vida, somente vencerá aquele que jogar segundo as regras do Céu. Podem acontecer reveses pelo caminho e até a morte surpreender um ou outro “jogador”, mas, para aqueles que seguram firmemente a mão do Criador, a vitória já está garantida. O último inimigo a ser derrotado é a morte; e que venha logo esse dia!

É claro que Deus não deixou de proteger os passageiros e os tripulantes do voo que ia para a Colômbia, enquanto estaria livrando de todos os males Seus “queridinhos”. O assunto é muito mais complexo do que isso. Deus tem em vista o bem eterno de todas as Suas criaturas, e mesmo nas tragédias é possível ver a mão dEle atuando – ainda que os afetados pela perda e pela dor não consigam compreender o que se passa no momento. Tragédias, mortes e sofrimento são a especialidade de Satanás, o inimigo de Deus, o originador do mal no Universo. E sua jogada de mestre consiste em causar destruição e levar as pessoas a atribuir essas coisas a Deus. O mal não existe porque o Criador quer. Muito pelo contrário: o que Ele mais quer é destruir o mal de forma definitiva. E fará isso em breve. Por hora, o que Ele faz em nosso favor é usar o bem e até o mal que Ele não causa – se puder, com isso, nos lembrar de nossa finitude e de nosso desamparo; que temos um Céu a ganhar e uma morte eterna a evitar. Como escreveu C. S. Lewis, as tragédias, muitas vezes, são o megafone de Deus.

O que aproveito de tudo isso é a reflexão suscitada pelos fatos que me fazem pensar que a vida é frágil, a tragédia é uma realidade sempre presente, este não é o lar que Deus planejou para nós e que nossa existência é feita de decisões. E se seu avião caísse hoje, como estaria sua vida? Que legado você deixaria para sua família e seus amigos? Que esperança de futuro o acompanharia até a sepultura?

Não adianta dourar a pílula. A tragédia e a tristeza estão em campo e permanecerão aqui até a volta de Jesus. O que nos resta fazer é nos preparar para esse grande evento, correr agora mesmo para os braços do Pai e orar pelos que estão com o coração apertado pela dor da perda e da saudade.

Vem logo, Senhor Jesus!

Michelson Borges 

Leia também: Adventistas se solidarizam com familiares de vítimas da Chapecoense




Uma das reflexões mais bonitas que li sobre o acidente é de Felipe Sandrin:

“Quando um avião cai a gente cai junto. Um avião transporta mais do que vidas, transporta sonhos. É o pai que está indo reencontrar os filhos, é a mãe que está indo buscar o sustento de sua família, são pilotos que planejam estar em casa ao jantar e a aeromoça que leva na bagagem o perfume favorito do namorado.

“Quando cai um avião a gente cai junto, pois quantos de nós viram os sonhos começar dentro de um avião. A viagem tão esperada, a assinatura de um contrato, o encontro com alguém com que tanto sonhamos estar junto.

“Aviões partem rumo a sonhos, e era isso que cabia também nesse trágico voo que quase chegou a seu destino. Jogadores que representavam o sonho do menino que quer ser jogador, jogadores que representavam seus familiares, seus torcedores.

“Quando um avião cai todos nós caímos juntos. Morrem sonhos, morrem encontros que não vão mais ocorrer, morrem saudades que não vão ser vencidas e que dali por diante vão apenas crescer e se tornar um buraco junto a quem nunca chegou.

“Quando um avião cai a dor é compartilhada, pois todos nós somos torcedores, torcemos para quem amamos, torcemos para logo poder dar o abraço, torcemos, pois ninguém sonha sozinho.

“Hoje esse humilde time de Santa Catarina tem a maior torcida do mundo, pois quando sonhos despencam do céu a solidariedade é a única camisa que todos vestem, pois essa é a única camisa que nesse momento nos conforta.

“Fica meu abraço e sincera dor a familiares e torcedores desse triste voo. O Resto é silêncio.”

segunda-feira, novembro 28, 2016

Jejum faz as células se comerem e renova o organismo

Ohsumi ganhou o Nobel de medicina
Não é dieta ou regime. Os cientistas estão pesquisando como o jejum ou o corte radical de calorias pode promover o aumento da expectativa de vida. A alimentação equilibrada e rica em nutrientes é fundamental para uma boa saúde. Porém, já é sabido que a privação de alimentos de forma controlada pode ativar mecanismos de autodefesa das células que garantem a elas maior longevidade. É isso que se traduz em benefícios para todo o organismo. Tudo por causa da autofagia. Ela é um mecanismo importante de autolimpeza que existe em todas as células de nosso corpo. Os genes que regulam essa reciclagem de organelas velhas ou malformadas foram identificados por Yoshinori Ohsumi, ganhador do Nobel de medicina deste ano. A redução da autofagia leva ao acúmulo de componentes danificados, o que está associado à morte das células e ao desenvolvimento de doenças. Assim, manter o mecanismo ativo seria uma forma de prevenir problemas futuros.

A autofagia é ativada quando a célula está em situações de estresse. Por exemplo, quando o indivíduo fuma um cigarro ou deixa de se alimentar. Para sobreviver, a célula passa a “comer” partes internas, degradando tudo o que tem de ruim. Quanto mais o mecanismo funciona maior a faxina interna.

“O jejum induz a autofagia, isso é sabido. Também sabemos que a autofagia induz a longevidade. A busca agora é entender a conexão entre a autofagia ativada pelo jejum e a longevidade das células”, explica Soraya Smaili, professora livre-docente da Escola Paulista de Medicina. Segundo ela, a maioria dos estudos feitos até hoje foi com animais. 

Outra forma de ativar a autofagia e propiciar benefícios para o organismo é com a restrição do consumo de alimentos. Para funcionar, a redução de calorias ingeridas deve variar entre 20% e 60%, de acordo com as pesquisas. “Não é o jejum, é a diminuição prolongada de consumo de nutrientes. A autofagia é aumentada”, explica Luciana Gomes. A redução ocorreria principalmente no consumo de carboidratos e proteínas.

Contudo, se a privação de nutrientes for muito longa, os efeitos passam a ser negativos. Nesse caso, a célula poderia começar a degradar componentes bons, que funcionam. O ideal seria conseguir estimular a faxina interna em tempo certo, sem excessos. Para isso, os cientistas pesquisam qual seria o tempo de jejum e o nível de redução calórica que garantiriam os efeitos benéficos sem causar prejuízos.

Smaili diz que há estudos feitos em humanos que mostram que o jejum, se bem conduzido e monitorado, traz benefícios a longo prazo. “Não é um jejum prolongado. É de 12 e no máximo 24 horas. E pode ser específico, de alguns nutrientes, como carboidratos e proteínas”, afirma. Durante o jejum, seria importante manter o consumo de água e de sais, para não provocar aumento da pressão arterial ou desidratação. Um soro pode cumprir essa função. E o jejum só poderia ser feito por pessoas saudáveis.

Para garantir o aumento da expectativa de vida a longo prazo, o jejum precisaria ser feito de forma periódica. “Não adianta fazer um hoje e outro no ano que vem”, diz a farmacóloga da Unifesp. Já a redução calórica precisaria ser permanente para produzir efeitos. “Como é difícil ter essa disciplina, surgiu a busca para confirmar se jejum intermitente conseguiria levar aos mesmos efeitos”, complementa a biomédica da USP. 

As pesquisas existentes ainda não possuem resultados que permitam traçar uma indicação de frequência do jejum. Quanto à restrição calórica, Gomes explica que em testes com animais os melhores resultados ocorreram entre os que foram mantidos em restrição calórica desde o nascimento. O aumento da expectativa de vida chegaria, nesses casos, a 30%.


Nota: Há mais de um século, Ellen White recomendou: “Para certas ocasiões, o jejum e a oração são recomendáveis e apropriados. Na mão de Deus são o meio de purificar o coração e promover uma disposição de espírito receptiva. Obtemos resposta às nossas orações porque humilhamos nossa alma perante Deus. [...] Agora e daqui por diante até ao fim do tempo, deve o povo de Deus ser mais fervoroso, mais desperto, não confiando em sua sabedoria, mas na sabedoria de seu Líder. Devem pôr de parte dias de jejum e oração. Pode não ser requerida a completa abstinência de alimento, mas devem comer moderadamente, do alimento mais simples” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 188, 189). 

Além dos benefícios físicos cientificamente comprovados, o jejum recomendado pela Bíblia e por Ellen White tem o poder de desintoxicar o organismo e deixar a mente mais clara, daí porque ele faz parte das práticas/disciplinas espirituais. “Com a mente servimos ao Senhor”, escreveu White (Temperança, p. 14), e tudo o que pudermos fazer para manter a mente clara favorecerá a compreensão da vontade de Deus. [MB]

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sexta-feira, novembro 25, 2016

O soldado e o goleiro – fiéis a toda prova

Uma história inspiradora
No tapete vermelho da estreia do filme “Hacksaw Ridge”, no Centro Sheen (Nova York), na última quarta-feira (16), o premiado ator e diretor Mel Gibson falou sobre o soldado cristão Desmond Doss, que serviu na Segunda Guerra Mundial, e o incrível exemplo de fé que ele deu, por não negociar seus princípios e até mesmo aceitando “virar a outra face” para aqueles que zombaram dele. “Hacksaw Ridge” é baseado na extraordinária história real de Doss (interpretado por Andrew Garfield), que serviu em Okinawa durante a mais sangrenta batalha no Pacífico e milagrosamente salvou 75 homens sem disparar um tiro. Doss serviu como soldado do Exército dos EUA na Segunda Guerra Mundial, mas se recusou carregar uma arma em combate por causa de suas crenças pessoais como adventista do sétimo dia. Consequentemente, pensou que seria mais apropriado servir como médico durante a guerra. “Você não pode deixar de se inspirar quando ouve falar dessa história. Quando eu li o roteiro me senti tocado. É uma história que vale a pena contar. Se você vai passar 18 meses ou dois anos em um projeto, também pode se certificar de que é uma história que vale a pena contar e é definitivamente isso que aconteceu”, disse Gibson em entrevista ao The Christian Post.

O filme detalha o heroísmo de Doss, um médico do Exército, cuja única arma no campo de batalha durante a guerra era a oração. O soldado cristão teve a chance de salvar a vida de mais de 75 homens, durante um confronto, em Okinawa. “Só mais um Senhor”, orou Doss, enquanto carregava sozinho seus companheiros de infantaria. “Desmond estava operando em outro reino. Em uma situação onde os homens vão para a guerra e a maioria é reduzida ao nível dos animais, ele conseguiu se manter superior, com seu propósito e pôde explorar sua virtude. Ele se moldou nessa experiência”, continuou Gibson. “Ele dizia a si mesmo que não era ele quem fazia isso. Algo maior do que ele estava fazendo. Ele disse que estava orando o tempo todo.”

Em “Hacksaw Ridge” há uma cena em que Doss é posto à prova por membros do seu pelotão que o agrediram e tentavam forçá-lo a revidar. Em vez disso, o soldado cristão decidiu seguir o exemplo de Jesus e “dar a outra face”, algo que Gibson sustenta que é muito difícil de fazer. “É muito difícil. Mesmo quando estávamos filmando aquela cena, Andrew e eu estávamos pensando: ‘Cara, se alguém fizesse isso comigo, eu revidaria com um soco na cara.’ Mas foi muito importante que ele não fizesse isso e que ele fosse melhor do que isso ou acima disso”, disse Gibson. “Ele não se importava com o que as pessoas pensavam dele - e muitos pensavam que ele era algum tipo de covarde ou algo assim, mas ele não era, claramente. Ele foi um dos mais corajosos de todos os tempos. Ele não negociou suas convicções e eu acho que ser capaz de ir tão longe e não revidar, amaldiçoando as pessoas que nos ferem, é uma grande decisão”, acrescentou.

Gibson confessou que dar a outra face é algo que ele tem dificuldade em fazer, mas afirmou que admira Doss por seu grande exemplo de fé e autocontrole.

Quando perguntado sobre o impacto que a história de Doss poderia causar nesta geração, Gibson disse: “Bem, ele viveu tudo isso em um tempo antes do nosso, e desde então já tem havido pessoas incríveis, que fizeram coisas inspiradas por seu exemplo. Eu acho que qualquer um pode olhar para uma história como essa e avaliar a si mesmo. Nós somos testados em determinadas circunstâncias e aqui temos um homem comum fazendo coisas extraordinárias em circunstâncias incrivelmente difíceis. Se ele pôde fazê-lo, por que outras pessoas não conseguiriam o mesmo?”, questionou Gibson.

Em outubro de 1945, o inspirador soldado recebeu a Medalha de Honra do Congresso, entregue pelo presidente Harry S. Truman. Doss morreu em 23 de março de 2006, aos 87 anos de idade, e foi enterrado no Cemitério Nacional de Chattanooga, no Tennessee.

“Hacksaw Ridge” já foi lançado nos Estados Unidos e tem previsão de estreia no Brasil para 17 de janeiro de 2017. (Guia-me)

Primeiro Deus
No Brasil, a história de fidelidade de outro adventista chamou a atenção da mídia. Trata-se do exemplo de fé do goleiro Vítor (conheça a história dele aqui). Jornais como a Folha de Londrina e o site do Globo Esporte deram destaque à história dele. Confira o que o jornal paranaense publicou:

“O goleiro Vitor, 31 anos, está de volta ao futebol. E também a Londrina. O jogador será o principal reforço do PSTC para o Campeonato Paranaense de 2017. Ídolo da torcida alviceleste, “São Vitor” vai retornar aos gramados depois de seis meses de uma aposentadoria forçada no auge da carreira. Vítor deixou o Tubarão em maio, após não ter o seu contrato renovado. Adventista, o goleiro comunicou ao clube a intenção de guardar o sábado – a religião prega que os seguidores não façam atividades entre o pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol de sábado [depende das atividades, claro]. Como o LEC tinha uma Série B pela frente, com diversos jogos na sexta à noite e no sábado, o vínculo do titular do clube nas últimas duas temporadas não foi estendido. 

“‘Estou muito feliz e satisfeito porque o clube me abriu as portas e respeitou minha crença e minha fé. Feliz por encontrar um clube que me aceita. E mais entusiasmado ainda porque vou voltar a fazer o que gosto e tentar dar continuidade ao momento maravilhoso que eu vivia no Londrina’, afirmou.

“Após sair do LEC, o goleiro voltou a Salvador, criou uma marca de camisetas cristãs e viajava pelo Brasil para testemunhar em outras igrejas. O convite para defender o time de Cornélio Procópio veio através de um telefonema. ‘Foi coisa de Deus mesmo. Não fiz nada, não tenho empresário e não fiz contato com nenhum clube’, frisou. ‘Estes meses não foram fáceis e vivi muito pela fé. Mas, sempre alimentei a possibilidade de voltar a jogar e, por isso, mantive a forma física’, lembrou.

“Vitor será apresentado oficialmente no dia 1º de dezembro no CT do PSTC, em Londrina, e terá quase dois meses para se preparar para a volta ao futebol. O Paranaense começa no dia 29 de janeiro. Sobre a necessidade de guardar o sábado, o goleiro afirmou que não houve qualquer objeção por parte do novo clube. ‘Eles já sabiam da minha condição e me ligaram sabendo disso. Tem um fisioterapeuta no clube que também é adventista e eles já estão acostumados. Fizemos um acordo rápido’, revelou o jogador, que firmou um acordo apenas para a disputa do Estadual.

“O goleiro afirmou que a notícia pegou muitos familiares de surpresa, mas que deixou todos também em euforia pelo seu retorno ao futebol. ‘Eles também estão presenciando um milagre de Deus. Muitos imaginavam que eu não jogaria mais. Mas, é possível conciliar a fé com a profissão. Uma coisa não atrapalha a outra’, ressaltou. ‘Voltar a Londrina também é um motivo de felicidade. Quando fomos embora todos ficaram muito tristes. Fizemos muitas amizades e agora fomos abençoados com esta volta e ainda podendo jogar futebol.’” 

Nota 1: Enquanto no mundo político, religioso e físico os sinais da volta de Jesus ocorrem um após o outro (dois terremotos nesta semana, por exemplo – veja aqui e aqui), Deus tem Seus meios de chamar a atenção das pessoas para verdades bíblicas importantes, como a fidelidade a qualquer custo e a guarda do sábado. Testemunhos como o de Doss e do Vítor têm o poder de fazer as pessoas pensar e reavaliar suas convicções. Enquanto alguns podem pensar que é loucura arriscar a vida por pessoas que “não merecem” e colocar em risco a carreira profissional, esses dois e muitos outros cristãos mostram que princípios devem ser inegociáveis e a fidelidade a Deus deve estar acima de tudo. [MB]

Nota 2: Clique aqui e adquira o livro que conta a história que inspirou o filme. 

Nota 3: Algumas igrejas adventistas em Portugal e nos Estados Unidos estão aproveitando o momento para distribuir na porta dos cinemas o livro que conta a história de Doss. #FicaaDica 

quinta-feira, novembro 24, 2016

Crentes na UTI e o remédio errado

É preciso reagir
Na medicina, temos situações em que pacientes estão entre a vida e a morte. O coração não bombeia o sangue adequadamente. Os vasos sanguíneos não conseguem manter a circulação para os órgãos. O corpo entra em uma espiral degenerativa que pode culminar com a morte. Nesse momento, em uma UTI, entramos com medicamentos para manter a pressão e dar força ao coração. Mas o corpo tem que aceitar e reagir apropriadamente a essa medicação. Caso isso aconteça, o organismo entra em um ciclo virtuoso, ou seja, se recupera, ganha vigor e se restabelece. Existem situações, no entanto, em que infelizmente isso não acontece. O corpo não está preparado, não responde. Entramos com uma segunda, terceira, quarta medicação. Finalmente, o corpo esvai-se completamente de suas reservas e entra em falência completa. Note-se, entretanto, que enquanto entramos com novas medicações, e com doses mais altas, aparentemente muitas vezes a pessoa está melhor. A pressão sobe. Dá sinais de vigor. Mas são só aparências. Essas doses mais altas de medicação acabam gastando mais rapidamente as reservas do organismo e precipitando a falência dele.

Existem pessoas que creem que necessitam de um estilo de adoração mais animado, mais “agitado” para se sentirem espiritualmente motivadas. Muitas vezes o que se observa é que várias dessas pessoas vão querendo formas de louvor cada vez mais agitadas, enérgicas, altas, como se desejassem despertar algo que já não conseguem com aquilo que as sensibilizava anteriormente. Sentem-se como se agora sua vida espiritual fizesse sentido, para em pouco tempo desejar algo mais agitado e radical. Não existiria aqui um paralelo com aqueles pacientes graves?

O louvor não vai encher você de algo que você não tenha por base. Se você não buscar uma vida de comunhão e reavivamento, formas exteriores de estimulação serão somente isto: um estímulo externo e transitório que não terá efeitos duradouros em sua vida espiritual.

(Everton Padilha é cardiologista do Incor e diretor do Estudo Advento)

A indústria de frango não quer que você veja isto

Tratados como objetos
Imagens chocantes revelam o trabalho manual de funcionários de uma empresa de carnes que matam e processam pintos com a finalidade de separar os melhores para enviá-los a fazendas de crescimento, onde os prepararão para o abate. O vídeo foi gravado secretamente pela Animal Equatily – uma organização de defesa dos direitos animais – e mostra todo o processo pelo qual os pequenos animais passam: os mais fracos sendo separados do grupo e tendo suas cabeças cortadas ou até mesmo os menos afortunados jogados vivos em sacos de lixo, se não forem considerados adequados para a indústria.

Primeiramente, os animais são despejados em caixas que passam pelas esteiras transportadoras e viajam por todas as seções, onde os funcionários os manuseiam como se fossem objetos inanimados. Alguns filhotes não são nem mesmo tirados do restante das cascas do ovo, eles podem ser vistos sendo esmagados junto com elas.

Os que sobrevivem até a fase posterior são enviados a uma espécie de carrossel, onde se acumulam. Em seguida, os funcionários aplicam uma vacina e vão jogando os filhotes dentro de um buraco. O vídeo continua a destacar como os filhotes são enviados para fazendas de crescimento e são alimentados, para que em apenas 40 dias estejam prontos para o abate. Alguns acabam crescendo tão rápido que suas pernas não acompanham, e ficam imobilizados nos confinamentos dessas fazendas de criação.

De acordo com a Animal Equality, esse vídeo trata-se de uma filmagem que a indústria da carne não quer que as pessoas vejam. No entanto, ele já possui mais de 30 milhões de visualizações. Acredita-se que tenha sido filmado nos Estados Unidos, embora a prática seja semelhante em vários outros países.

Milhões de filhotes de galinhas, nascidos em fazendas a cada ano, não conseguem viver mais do que um dia: são mortos simplesmente por terem nascido machos. Como não podem botar ovos, são jogados em máquinas de maceração que lhes matam instantaneamente. [Veja o vídeo abaixo.]



Nota: Já expressei em outro vídeo minha opinião sobre os extremismos veganos (confira aqui) e as incoerências dos que lutam pelos animais enquanto negligenciam seres humanos ou os tratam com menos respeito (como na foto abaixo). Mas não podemos fechar os olhos para a realidade do sofrimento de milhões de seres vivos unicamente para alimentar a ânsia devoradora da indústria da carne. Há lugares no mundo em que esse alimento se faz necessário, mas há outros em que, devido à abundância de alimentos de origem vegetal, comer carne se trata simplesmente de satisfação de um prazer. Evidentemente que o ideal é que as pessoas se conscientizem da maravilha que é ter boa saúde pela adoção de uma deita o mais natural possível e de um estilo de vida adequado. Mas uns vídeos chocantes de vez em quando também nos ajudam a acordar para a triste realidade do sofrimento desnecessário. [MB]



quarta-feira, novembro 23, 2016

A partícula sem Deus

Visita ao Cern, em Genebra, Suíça
O mundo científico ficou agitado três anos atrás. O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) anunciou, em Genebra, Suíça, a descoberta de uma partícula totalmente nova identificada como bóson de Higgs, entidade subatômica cuja procura durava quase 50 anos e que também ficou conhecida como Partícula de Deus. A nova partícula apresentou, em primeira análise, características de massa e comportamento previstas para o bóson de Higgs pelo chamado Modelo-Padrão, a “tabela periódica” da física das partículas. A matéria sobre o bóson, publicada num site brasileiro de divulgação científica, termina assim: “Sejamos gratos aos cientistas que descobriram mais uma parte misteriosa da natureza sem a qual nada do que conhecemos hoje existiria, nem sequer nós mesmos.” Assim, atribuem a criação do Universo a uma partícula, não ao Criador de todas as partículas. O site agradece aos cientistas e à partícula, apenas. Por isso, o certo seria chamá-la, do ponto de vista dessas pessoas, de Partícula Sem Deus.

A importância do bóson de Higgs, segundo os físicos, está em sua capacidade de conferir massa às demais partículas. É mais ou menos como uma pessoa que nada em uma piscina e sai dela molhada. As partículas, ao atravessar o “mar de bósons de Higgs”, saem dele com massa. Como isso acontece? Aí você terá que perguntar a um físico... De qualquer forma, a despeito das interpretações filosóficas, as pesquisas realizadas no LHC (Grande Colisor de Hádrons) têm sido muito importantes para entender o mundo das partículas subatômicas.

terça-feira, novembro 22, 2016

Neoadventismo? Precisamos conversar!

É preciso refletir
A distintividade da fé e do pensamento adventista ao longo dos séculos 19 e 20 foi construída no solo fértil do estudo da Palavra de Deus e da oração. Somos marcadamente um movimento profético-missionário que ganhou notoriedade não somente entre os grupos religiosos ao redor do mundo, mas entre estudiosos da religião que levaram a sério a história desse movimento nascido na segunda metade do século 19. Entre outras coisas, fomos estabelecendo e sendo estabelecidos na história como um povo atento às mudanças e transformações na política, na ciência, na economia, na história e na sociedade, exatamente por estarem vinculadas à nossa interpretação profética. Sinteticamente, fomos construídos ou formados como um povo alicerçado nos princípios morais e identitários da tradição judaico-cristã. Em outras palavras, nos reconhecemos como pertencentes a uma ética cristã que coloca tudo ante a autoridade das Escrituras.

Embora os movimentos dissidentes sejam parte inconteste da nossa história (como acontece em todos os cortes religiosos), nos últimos anos um “novo” jeito relativizador de pensar a fé adventista tem-se constituído em nossos espaços. Alguns advogando um posicionamento mais liberal e mais “coerente” com a realidade dos dias atuais têm feito aberturas substanciais da compreensão da experiência religiosa e da sua fé, em detrimento de princípios estabelecidos nas escrituras, em nossa história e teologia. Essas pessoas acreditam terem se libertado de um exclusivismo soteriológico que seria, segundo eles, o maior impasse entre nós adventistas e os outros grupos religiosos para uma convivência harmoniosa. Isso também explicaria a razão de não termos um número mais expressivo de membros em nossas igrejas. Seguindo a mesma lógica, esses queridos irmãos creem piamente terem alcançado uma autonomia na interpretação da sua fé e, como resultado, passam a propor uma ressignificação da experiência religiosa que põe em xeque princípios centrais da fé bíblica. É interessante notar que essas pessoas não acreditam ser dissidentes ou contrários a pontos basilares da fé adventista, pelo contrário, acreditam poder até mesmo ser influência positiva dentro da igreja, a fim de ajudar outros a “abrirem” os olhos para as mudanças no mundo, para a urgência de um engajamento inter-religioso tão necessário para uma convivência tolerante ou mesmo ecumênica entre os distintos grupos religiosos.

Dada a ordem dessa problemática, lembro-me de C. S. Lewis, que nos ensinou que Jesus não pode ser concebido com um grande mestre espiritual, ou filósofo, ou um revolucionário político, pois ou Ele é quem disse que é, ou Ele não passaria de um lunático. Ou seja, é inconcebível pensar Jesus no meio termo desses dois polos. Do mesmo modo aplico esse princípio lógico-filosófico ao pensamento e ao modo de ser adventista: ou somos aquilo que se expressa em nós através das Escrituras e que está identificado em nossa origem e teologia, ou não somos adventistas do sétimo dia. Não há outra saída.

Esse novo jeito de ser adventista chamado por mim de neoadventismo deixou-se encantar com relativismo cultural e com as tentações do humanismo. Mal sabem estes que, ao invés de serem “cabeças abertas”, na verdade, estão sendo subprodutos de uma acomodação intelectual estruturada em uma perspectiva filosófica baseada no humanismo, no criticismo bíblico, no liberalismo moral, no relativismo cultural, nos apelos da pós-modernidade ou modernidade tardia. Não há possibilidade de uma conciliação completa (talvez em nenhum ponto) com essas visões de mundo. Não estamos dispostos a flertar com aquilo que é negado pela Palavra de Deus e isso não é em momento algum razão para sermos fundamentalistas ou coisa do gênero, ao contrário, isso é um posicionamento lúcido e coerente com aquilo pelo qual se constitui o nosso firme fundamento, a saber, a nossa fé. Valorizamos o diálogo inter-religioso? Sim! Somos pioneiros e herdeiros sobre questões concernentes à liberdade religiosa? Sim! Somos favoráveis a uma boa convivência entre os mais diversos grupos religiosos? Sim! Mas nada disso escapa ao equilíbrio das orientações bíblicas que põem cada coisa em seu devido lugar.

Creio que seja esse um tempo para que o neoadventismo em curso incline-se mais às Escrituras e menos a processos histórico-seculares de intervenção na cultura e no modo de pensar. Que faça uma análise das esferas e campos que o influenciam em seu modo de pensar e agir. Que duvide mais e ponha à prova os conhecimentos adquiridos e tenham um posicionamento mais crítico em relação às fontes de que bebe. Por fim, que solicite em oração a presença do maior dos interpretes, a saber, o Espírito Santo.

(Tiago Garrido de Souza é graduando do curso de Ciências Humanas – Sociologia da Universidade Federal do Maranhão e ancião da Igreja Adventista de Cohab, em Bacabal, MA)

Lingeries “masculinas” conquistam adeptos

Bizarrices da ideologia sem gênero
Cada vez mais em diferentes lugares do mundo empresas encontram homens que aceitam e gostam da ideia de usar roupas íntimas com babados, tangas e até sutiã. Um site australiano que vende lingeries masculinas [sic] diz: “Fornecemos lingerie para homens e não estamos preocupados se você é gay, hetero, vegetariano, republicano, anglicano, marciano ou qualquer outra coisa. Nós apenas criamos e fabricamos lingeries atraentes e de luxo para os homens. São peças divertidas, caem bem e fazem com que a tarefa de usar roupas íntimas todos os dias seja bem mais agradável.” Além do estilo diferente, as peças possuem a modelagem toda planejada para comportar o corpo masculino de maneira confortável. As alcinhas possuem espaço e reforço extra na parte da frente, sutiãs possuem alças que se adequam sem apertar e desenhados para o peitoral do homem.

No Brasil, as peças também possuem adeptos e uma loja mineira se encarregou de começar a vender as lingeries. “Entramos para o mercado para revolucionar a moda íntima masculina, desenvolvendo produtos estilosos e elegantes para um homem moderno e que possui atitude e irreverência”, descreve a loja em seu site.


Nota: E a campanha para a destruição da noção de gêneros continua de vento em popa, apelando até para bizarrices como essa aí. Conforme destacou meu amigo Marco Dourado, “na verdade, é só uma estratégia marota desses (de)formadores de opinião. Eles induzem a opinião pública a pensar que uma nova moda se oferece aos ‘antenados’ e ‘esclarecidos’ (como foi nos anos 1980 com o brinco, e nos anos 1990 com o piercing), quando, na verdade, é só um processo de engenharia psicossocial implementada com o auxílio de meia dúzia de degenerados midiáticos”.

E ele cita um exemplo dessa engenharia: “Em novembro de 1988, meu pai visitou sua cidade natal a fim de votar para prefeito. Exatamente um ano depois, regressou para votar para presidente, e percebeu um estranho fenômeno: diversas moças (solteiras) da cidade encontravam-se em avançado estágio de gravidez. Informaram-lhe o seguinte: entre 88 e 89, na novela das 8, ‘Vale Tudo’ (‘Quem matou Odete Roitman?’), a mocinha-personagem queria fazer uma 1produção independente1, isto é, engravidar sem nenhuma intenção de compromisso com algum homem que apresentasse características fenotípicas desejáveis. Isso calou fundo na mentalidade das estabanadas interioranas da cidade de meu pai (e não somente ali, mas em diversas outras cidades, grandes, médias e pequenas, ao longo do país). O espírito de manada da espécie humana é irresistível, principalmente entre os mais lesados cognitivamente.”

A amiga Bárbara Berti destaca outro exemplo: “Aqui em Blumenau, o setor de publicidade e propaganda da FURB (universidade) fez um teste. Consultaram várias pessoas (muitas mesmo) sobre o signo de um cidadão x da cidade. Ninguém sabia, obviamente. Depois colocaram dois, apenas dois, banners de propaganda (placas luminosas) em pontos de alta circulação na cidade, informando o nome e o signo, e mais algumas coisas. A mesma pesquisa foi feita um mês depois e quase 90% dos entrevistados sabia as informações solicitadas. Ou seja, todo esse tipo de coisa fica na mente das pessoas, e se perguntassem: O que você acha da popularidade das lingeries ‘para homens’, muitos diriam: ‘Estão usando em quase todo o mundo.’”

Adventistas apoiam o ecumenismo?

Unidos a qualquer custo?
[Texto de Ganoune Diop, diretor do Departamento de Assuntos Públicos e Liberdade Religiosa da Associação Geral (sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.]

Os adventistas do sétimo dia me despejam questões quando descobrem que eu representei a Igreja Adventista nas Nações Unidas e em reuniões de organizações ecumênicas cristãs. “Como exatamente os adventistas veem a unidade cristã, as relações e o ecumenismo?”, eles perguntam. “Por que os adventistas escolhem aceitar e manter o estatuto e não os membros entre as organizações ecumênicas cristãs? Por que os adventistas escolhem se misturar com outros cristãos e não cristãos enquanto se abstêm de se tornar membros de entidades cristãs organizadas e religiosas ecumênicas?” Minha resposta é simples: é legítimo que todas as pessoas de boa vontade se unam para salvar vidas, proteger vidas e afirmar a importância e a sacralidade da vida. É ainda urgente que todas as pessoas se associem para tornar este mundo um lugar melhor para todos os seres humanos, contribuindo para uma saúde melhor, educação e trabalho humanitário em toda a dignidade, liberdade, justiça, paz e fraternidade.

Como se relacionar com os outros

A cofundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia Ellen G. White oferece conselhos práticos sobre a arte e a ciência de se relacionar com cristãos de outras denominações. Aqui estão três conselhos:

1. Não denuncie outras denominações. “Quando alguns que têm falta do Espírito e o poder de Deus entram em um novo campo, começam a denunciar outras denominações, pensando que podem convencer as pessoas acerca da verdade por apresentar as incoerências das igrejas populares. Pode parecer necessário em algumas ocasiões falar dessas coisas, mas em geral cria preconceito contra a nossa obra e fecha os ouvidos de muitos que poderiam de outra maneira ouvir a verdade. Se esses instrutores estivessem intimamente ligados a Cristo, teriam a sabedoria divina para saber como aproximar-se do povo” (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 535).

2. “Não devemos, ao entrar em um lugar, levantar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de modo que eles pensem que somos seus inimigos declarados. Não devemos criar desnecessariamente um preconceito em seu espírito com o fazer-lhes um ataque. Muitos há entre os católicos que vivem incomparavelmente mais segundo a luz que têm do que muitos que professam crer na verdade presente, e Deus os provará tão certamente como nos tem provado a nós” (Manuscrito 14, 1887; Evangelismo, p. 144).

3. “Alegamos possuir maior soma de verdades do que as outras igrejas; porém, se essa convicção não conduzir a maior consagração de nossa parte e a uma vida mais pura e mais santa, de que proveito será? Melhor seria nesse caso que nunca tivéssemos recebido a luz da verdade do que, professando aceitá-la, não sermos por ela santificados” (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 620).

Todos os serviços e atividades da Igreja Adventista do Sétimo Dia procuram promover vida – e vida em abundância. No cumprimento da missão da igreja, os adventistas se misturam com outras organizações cristãs. Em referência à sua posição em organizações cristãs mundiais, a Igreja Adventista tem mantido o estatuto de observador em reuniões e tem estado aberta a ser parceira de outras igrejas em áreas que não comprometem sua identidade, missão e mensagem. A regra de ouro é não segurar a condição de membros em qualquer entidade ecumênica que erradique ou apague a voz adventista distintiva em referência à soberania de Deus, o Criador, o sábado e a segunda vinda de Jesus.

Em princípio, os adventistas escolhem não estar envolvidos em alianças doutrinais com outras igrejas por causa da adesão adventista com uma abordagem holística e integrada com as doutrinas bíblicas que os adventistas consideram ter sido marginalizadas, alteradas ou esquecidas no curso da história da igreja.

Dito isso, a unidade não é uma palavra ruim. Os adventistas valorizam a unidade assim como Deus valoriza. A unidade é fundamentada na existência de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Os adventistas promovem a unidade para o bem da missão, para que Cristo seja conhecido por todos os grupos étnicos, línguas, tribos e nações. Os cristãos também podem se unir para tornar o mundo um lugar melhor por meio da promoção de saúde, educação, trabalho humanitário e a promoção e proteção dos direitos humanos.

[Continue lendo esse artigo esclarecedor.]

segunda-feira, novembro 21, 2016

Terremoto na Califórnia pode ser pior do que se imagina

A Falha de San Andreas
Um estudo recente descobriu que a Falha de San Andreas, na Califórnia, poderia realmente se romper ao longo de todo o seu comprimento de 800 milhas. Anteriormente, acreditava-se que o [terremoto] Big One só poderia ocorrer em segmentos confinados, e essa nova informação está sendo usada pelas seguradoras para fazer algumas previsões desconcertantes. Durante anos, o consenso científico era de que um terremoto em todo o Estado não poderia ocorrer na Califórnia. Mas um estudo realizado em 2014 por pesquisadores federais, estaduais e acadêmicos determinou que um terremoto que começasse em qualquer das extremidades da falha poderia completar a linha por centenas de quilômetros. Morgan Page, geofísico pesquisador do USGS que participou do estudo de 2014, disse ao Wall Street Journal: “Os cientistas não tinham certeza se poderia haver uma ruptura no San Andreas. Agora pensamos que não é muito provável, mas é possível.” [...]

Cerca de 3,5 milhões de casas poderiam ser danificadas em um terremoto de magnitude 8,3 ao longo de uma porção de cerca de 500 milhas da falha - em comparação com 1,6 milhão de casas danificadas, se apenas a parte norte da falha rompesse, ou 2,3 ​​milhões, se o sul fosse rompido. O prejuízo apenas em casas destruídas poderia totalizar 289 bilhões de dólares. [...]

Um dos melhores pontos de referência para um terremoto desse tamanho é o terremoto de 9,0 que atingiu Tohoku, no Japão, em 2011. Acredita-se que um terremoto 8.0 ou superior possa atingir a Califórnia a cada 2.500 anos. [...]


Nota: Além do prejuízo com residências destruídas, coloquem-se na ponta do lápis a destruição da infraestrutura das cidades, o caos urbano e, claro, principalmente, a enorme perda de vidas humanas. Um terremoto dessa magnitude na Califórnia – cujos prejuízos poderiam chegar à casa dos trilhões ­– teria o potencial de levar os Estados Unidos e o mundo a uma grave crise financeira, com consequências políticas e religiosas significativas. Há outras catástrofes anunciadas que teriam o mesmo potencial (confira aqui e aqui, por exemplo), bastando que os anjos de Apocalipse 7:1 finalmente soltem os “ventos” que estão sendo contidos há muito tempo. Em pouco tempo, a paz relativa que reina em boa parte do planeta pode ser subvertida, e isso nos faz pensar que nossa única segurança está em Deus. [MB]

Artigo na Nature inclui pesquisa de saúde com adventistas

Pesquisa inédita no Brasil
Um artigo publicado no último dia 14 de novembro, terça-feira, sobre a relação de uma bactéria intestinal e a possível influência sobre diabetes incluiu dados de uma pesquisa com adventistas do sétimo dia do Brasil. A publicação saiu na conceituada revista científica Nature Communications, que faz parte do grupo Nature. A publicação britânica é considerada uma das poucas revistas acadêmicas que publica pesquisas originais em vários campos científicos e tem um público on-line de cerca de três milhões de leitores únicos por mês. O artigo foi elaborado pelos pesquisadores brasileiros Ana Carolina Franco de Moraes, Gabriel R. Fernandes, Alexandre C. Pereira, Sandra R. G. Ferreira e o médico adventista Everton Padilha Gomes, coordenador do Estudo Advento, em parceria com pesquisadores da Oregon State University.

Segundo a doutora em Nutrição em Saúde Pública pela USP Ana Carolina, esse é um dos artigos que está sendo produzido a partir do uso de dados com pacientes avaliados no estudo inédito realizado sobre regimes dietéticos entre adventistas do sétimo dia em São Paulo. A nutricionista explica que o artigo publicado na Nature identificou uma importante ligação entre o sistema imunológico, as bactérias do intestino e o metabolismo da glicose. Foi constatado que há diferença na abundância da bactéria Akkermansia muciniphila no intestino de pessoas diabéticas, pré-diabéticas e as que não possuem qualquer anormalidade no metabolismo da glicose (tecnicamente chamadas de normotolerantes). “Essa bactéria se mostrou menos presente nas pessoas diabéticas e mais abundante nas consideradas normotolerantes. Isso indica que essa interação pode influenciar o desenvolvimento do diabetes tipo 2”, comenta a pesquisadora e coautora do artigo. Não há, no entanto, ainda, uma relação estabelecida sobre o tipo de regime dietético dos adventistas e a presença dessa bactéria