segunda-feira, janeiro 31, 2011

Identificado o relógio biológico de todas as formas de vida

Cientistas identificaram o mecanismo que controla o relógio interno de todas as formas de vida, o que segundo eles pode levar à explicação de doenças como diabete, depressão e câncer em pessoas que trabalham em regime de plantão. Os trabalhos das universidades britânicas de Cambridge e Edimburgo, publicados na quarta-feira na revista Nature, sugerem que o relógio circadiano (que marca ciclos de 24 horas) encontrado em células humanas é igual ao de algas, e existe há milhões de anos nas formas de vida terrestres [segundo a escala de tempo evolucionista]. No primeiro estudo, de Cambridge, os cientistas descobriram pela primeira vez que glóbulos vermelhos do sangue possuem um ritmo de 24 horas. Isso é significativo, disseram eles, porque sempre se imaginou que os ritmos circadianos estivessem ligados ao DNA e à atividade genética. Só que, ao contrário da maioria das outras células do organismo, os glóbulos vermelhos não possuem DNA.

“As implicações disso para a saúde são múltiplas. Já sabemos que relógios perturbados [...] estão associados a distúrbios metabólicos como diabete, problemas de saúde mental e até câncer”, disse Akhilesh Reddy, que comandou o estudo. “Ao aprofundar nosso conhecimento sobre como o relógio de 24 horas funciona nas células, esperamos que as ligações [...] fiquem mais claras.” [...]

O outro estudo, de Edimburgo, descobriu um ciclo semelhante de 24 horas em algas marinhas, o que sugere que os relógios biológicos sempre foram importantes, mesmo para formas antigas de vida.

Andrew Millar, que comandou esse estudo, disse que o trabalho mostra que os relógios biológicos estão sendo mantidos ao longo de 1 bilhão de anos de evolução [sic]. “Eles devem ser bem mais importantes e sofisticados do que percebíamos anteriormente”, disse ele, acrescentando que é necessário realizar mais pesquisas para determinar como e por que esses relógios se desenvolveram nas pessoas, e qual o papel deles no controle dos nossos organismos.

(O Globo)

Nota: É importante frisar que o último parágrafo dessa reportagem é pura especulação darwinista. Na verdade, essas pesquisas podem ser interpretadas de outra maneira: Deus criou nosso planeta para funcionar em ciclos de 24 horas (os dias da Criação tiveram também essa duração, contando a tarde e a manhã de cada dia). Os seres humanos precisam de repouso entre um ciclo e outro (o recomendado é de sete a oito horas por noite). E mais: não devemos esquecer que há também o ciclo de sete dias. Confira aqui.[MB]

O poder da atração feminina exige responsabilidade

Todo mundo já desconfiava, mas agora existe um estudo comprovando: os homens prestam menos atenção às notícias quando a apresentadora é atraente demais. Eles podem até deixar de zapear pelos canais para assistir ao programa da bonitona, mas não se lembram de quase nada do que ela falou. A rede de TV pode até ficar feliz com os índices de audiência trazidos pela bela apresentadora (ou pelas pernas dela), mas a população masculina deixa de ganhar informação. O estudo, feito por duas pesquisadoras da Universidade de Indiana, diz que a “ênfase na aparência sexy das apresentadoras dificulta a memorização do conteúdo noticioso”. Segundo elas, os mecanismos cognitivos dos homens favorecem o processamento da informação visual em prejuízo da informação verbal. E aí, algum homem se reconhece nessa descrição? Como mulher, posso dizer que já desconfiava de uma certa dificuldade dos homens de manter uma conversa, por exemplo, diante de um belo par de peitos ou coxas. Agora também sei que essa dificuldade se mantém quando a beleza está na TV e o sujeito até acha que está prestando atenção!

Para chegar a essa conclusão óbvia, as pesquisadoras Maria Elizabeth Grabe e Lelia Samson gravaram duas versões do mesmo telejornal com a mesma apresentadora, uma jovem de 24 anos. Na primeira, ela estava vestida de maneira sensual, com um blazer acinturado, uma saia que acentuava suas curvas, colar e batom vermelho. Na segunda, vestia um conjunto de blazer e saia largos e nada de maquiagem ou acessórios. Nas duas versões, a apresentadora foi filmada do meio da coxa para cima e anunciou as mesmas notícias. Então, as pesquisadoras dividiram aleatoriamente 400 voluntários, homens e mulheres, entre as duas versões do telejornal. O público depois teve que responder a quatro questões de múltipla escolha sobre a aparência da apresentadora e dez questões sobre o conteúdo das notícias. Os homens se lembravam menos quando a apresentadora estava vestida de maneira sensual – porque a informação visual tomava o lugar da informação verbal. [...]

(Mulher 7x7)

Nota: Outra notícia, publicada no site R7, informa que uma dentista de Munique “anestesia” seus pacientes masculinos exibindo decotes generosos. Ela garante que quanto maior o decote da dentista, menos medo os pacientes sentem. Um dia, ao participar de uma Oktoberfest (a famosa festa de cerveja local), Marie notou que o decotão do vestido Dirndl (roupa tradicional das alemãs) atraía os olhares dos homens presentes. Ela então resolveu vestir suas funcionárias com a roupa típica e, assim, “anestesiar” os pacientes já na recepção. “A visão de decotes deixa os pacientes sedados e distraídos da dor bem mais rápido”, diz a dentista. Essas notícias devem levar os cristãos (especialmente as cristãs) a considerar o poder e a responsabilidade que têm. A poder de atração mútua entre os sexos é criação divina, mas o uso abusivo e indevido desse poder, aplicado sobre todas as pessoas que nos veem, é irresponsável e pode estimular pensamentos impróprios. Jesus disse que o adultério pode ser cometido ainda na mente, quando se alimentam pensamentos lascivos (cf. Mt 5:28). Sabendo disso, temos que cuidar para não facilitar as coisas para os adúlteros e adúlteras de plantão.[MB]

Leia também: “Homens veem mulheres sensualizadas como objeto” e “Ver biquíni faz homens gastarem dinheiro à toa”

Uma mulher, duas crianças e um cão

Parece o princípio de uma anedota, mas o que será reportado não tem nada de cômico. Chegamos a mais um marco histórico na nossa marcha para a diversidade sexual. Claro que “diversidade sexual” é apenas um eufemismo para a queda da moralidade até as profundezas do inferno. Krystal Violet Norby, mulher de 25 anos e proveniente de Minnesota, foi presa por ter alegadamente tirado fotos dela mesma enquanto tinha relações sexuais com duas crianças e um cão. De acordo com as notícias provenientes do escritório do Xerife do Município de Chisago [não confundir com Chicago], os detetives começaram a investigação depois que uma unidade da Child Exploitation, de Toronto (Canada), tê-los notificado de um caso de abuso que eles haviam descoberto por meio de uma rede de partilha de arquivos. Essa rede é conhecida pela rapidez na partilha da pornografia infantil.

Infelizmente para a Norby, a sociedade ainda não normalizou a pedofilia e o bestialismo, portanto, ainda há por aí muita pedofobia e muita bestialismofobia. Mas pode ser que quando ela sair da prisão, a “orientação sexual” dela (“imutável” como a homossexualidade, naturalmente) já faça parte do leque de comportamentos sexuais socialmente aceitos.

[No Brasil já existe a campanha] “Brasil sem homofobia”, portanto, pode ser que mais tarde os EUA comecem com “EUA sem pedofobia” ou “EUA sem bestialismofobia”.

Seria interessante ver que tipo de argumentos os esquerdistas usariam contra a senhorita Norby. Provavelmente seriam coisas deste tipo: “Isso está errado porque as crianças sofrem.” Não sabemos a idade das crianças, mas vamos assumir que sim. E depois? Alguns ateus usam o argumento de que a homossexualidade deve ser normal porque acontece entre os animais. Ora, também acontece entre os animais de os membros com mais idade se alimentarem dos mais novos, e, segundo já li, abusarem sexualmente de membros mais novos (alguns golfinhos fazem isso). Ser morto ou ser abusado sexualmente causa sofrimento, mas é “natural”. Uma vez que “acontece entre os animais”, deve ser normal, mesmo que cause “sofrimento” aos mais novos, certo?

Além disso, quem disse que o “sofrimento” é a base para classificar comportamentos? Por que não o prazer ou a satisfação? Sem Deus, não há forma de justificar uma sobre a outra.

“Os cães não consentem sexo com os humanos, portanto, não está certo.” As gazelas também não consentem que sejam devoradas pelos leões, mas acontece. Se acontece, então é normal (lógica esquerdista). Mais uma vez, a validade do “consentimento” é algo que não é possível de se justificar dentro da cosmovisão anticristã.

Conclusão: notícias desse tipo são coisas que nos deixam horrorizados porque crescemos numa cultura (ainda) judaico-cristã – na qual há regras clínica e socialmente saudáveis para o comportamento sexual. Mas, uma vez que a elite mundial declarou guerra à moral judaico-cristã, o que a senhorita Norby fez vai ser “normalizado” mais cedo ou mais tarde. [...]

(Darwinismo)

Nota: Para muita gente, o(a) pedófilo(a) que centra sua atenção em crianças do mesmo sexo é homossexual. O que dizer disso? Clique aqui, leia a matéria e responda: Ela foi condenada por pedofilia com alguém do mesmo sexo: é homossexualismo ou não?

Leia também: “The day I decided to stop being gay”

Macacos, sexo e Michelangelo

O pênis ereto de um gorila mede quatro centímetros. Foi por isso que nós fizemos a Capela Sistina, enquanto os gorilas só aprenderam a comer larvas de cupim. A teoria é do americano Jared Diamond, autor de O Terceiro Chimpanzé, que chegará no próximo dia 18 às livrarias brasileiras, publicado pela Editora Record. Jared Diamond é um misto de Charles Darwin com Carrie Bradshaw, a protagonista de Sex and the City. Se Carrie Bradshaw fosse uma gorila, ela poderia anotar em seu computador, como anotou Jared Diamond: “Por que os humanos copulam privadamente, se todos os outros animais sociais copulam em público?”

Segundo Jared Diamond, a espécie humana evoluiu a partir de seu comportamento sexual. Mais importante do que o tamanho de nosso cérebro – que é 10% menor do que o do homem de Neandertal – é o tamanho de nosso apetite e, principalmente, de nosso aparato sexual. De fato, se Carrie Bradshaw fosse uma gorila, ela jamais encontraria um Mr. Big.

Em O Terceiro Chimpanzé, Jared Diamond trata de outros temas, além da Teoria do Tamanho do Pênis. Ele trata também da Teoria do Tamanho dos Testículos, da Teoria do Tamanho dos Mamilos e, por fim, da Teoria da Ruiva Peituda.

Nas últimas décadas, a biologia se transformou numa Galápagos intelectual, em que darwinistas das mais variadas espécies competem entre si, apresentando teorias extravagantes para se adaptar ao ambiente editorial e televisivo. Os mais bem-sucedidos divulgadores do darwinismo vendem livros como se fossem larvas de cupim e ganham documentários produzidos pela National Geographic Society. Foi exatamente o que ocorreu com Jared Diamond. Se Stephen Jay Gould e Richard Dawkins podem ser considerados o albatroz e a tartaruga-gigante da Galápagos darwinista, Jared Diamond posiciona-se imediatamente abaixo deles, como uma iguana do evolucionismo.

Jared Diamond estudou medicina. Depois de uma viagem a Papua-Nova Guiné, em que conheceu os membros de uma tribo de homens da Idade da Pedra, ele converteu-se em ecologista, em pacifista e em autor de ensaios sobre a origem da humanidade.

O Terceiro Chimpanzé foi publicado nos Estados Unidos em 1991. Foi o primeiro livro de Jared Diamond. Nele se encontram praticamente todas as ideias que seriam desenvolvidas em seus trabalhos seguintes. Em Why Is Sex Fun?, de 1997, Jared Diamond ampliou sua Teoria do Tamanho do Pênis, constrangendo novamente os gorilas. Em Armas, Germes e Aço, também de 1997, ele tentou explicar por que, em nossa história, um povo sempre procurou exterminar o outro – tema da parte final de O Terceiro Chimpanzé.

Nosso DNA é 98,8% igual ao de um chimpanzé. Geneticamente, um chimpanzé é mais próximo de um homem do que de um gorila. Há o chimpanzé comum. Há o chimpanzé pigmeu. Para Jared Diamond, o homem é uma terceira espécie de chimpanzé. Somos ligados como Tarzan e Chita. Como foi que Chita conseguiu fazer a Capela Sistina? Qual foi o elemento que, em apenas 40.000 anos, possibilitou que a humanidade abandonasse as cavernas e desse seu “Grande Salto para a Frente”?

A resposta, segundo Jared Diamond, é a linguagem falada. O aparelho vocal humano, em algum momento de nosso caminho evolutivo, transformou-se, diferenciando-se do de outros primatas e permitindo que nossos antepassados pronunciassem e articulassem uma série de novos sons. Esses novos sons deram origem a uma língua comum, extremamente rudimentar, cuja raiz sobrevive até hoje, em particular na fala de Dilma Rousseff. Através dessa língua comum, passamos a transmitir uns aos outros conhecimentos que possibilitaram o desenvolvimento da agricultura, do pastoreio, da roda e do adestramento de cavalos.

Nada disso teria ocorrido, porém, se nossas necessidades sexuais fossem iguais às de um chimpanzé ou às de um gorila. Contrariamente ao que acontece com os outros primatas, “os pais humanos oferecem às suas parceiras muito mais do que o esperma”. De fato, eles cuidam de seus filhos e se responsabilizam por eles, a fim de garantir a disponibilidade sexual de suas mulheres. A linguagem falada, de acordo com Jared Diamond, desenvolveu-se no ambiente familiar. Em primeiro lugar, para determinar o papel de cada um de seus membros. Em segundo, para estabelecer normas e leis que assegurassem aos homens que seus filhos eram seus, e que eles herdariam seus bens.

Os evolucionistas debocham dos criacionistas, mas o Velho Testamento, ilustrado na Capela Sistina, já contou essa história. Veja o Pecado Original. Veja nossos antepassados sendo expulsos do Jardim do Éden e dando origem à sociedade humana. Veja Noé nu e embriagado. No fim de O Terceiro Chimpanzé, Jared Diamond vislumbra o apocalipse ecológico e nuclear. Isso também está no Velho Testamento, ilustrado na Capela Sistina, no Juízo Final. Sim: em 40.000 anos, nós, chimpanzés superdotados, conseguimos fazer a Capela Sistina. Mas chegará o dia em que voltaremos a comer larvas de cupim.

(Diogo Mainardi, Veja)

Nota: Cuidado, Mainardi! Ironizando o darwinismo desse jeito você comprará briga com a galera dos “meninos e meninas de Darwin” (como diria o Enézio), assim como atraiu a ira de grandes segmentos petistas. Você verá que os ultradarwinistas não empunham bandeiras vermelhas, mas podem ficar roxos de raiva quando é questionada a “maior ideia científica que a humanidade já teve”.[MB]

sexta-feira, janeiro 28, 2011

ECOmenismo chega aos palcos da Europa

Já há algum tempo a discussão sobre a mudança climática chegou ao cinema e à televisão, principalmente na forma de documentários. Mas o palco de teatro ainda é território estranho para debates sobre o tema, apesar do grande interesse popular. Isto agora parece estar mudando. Ao menos na Europa. Na Alemanha, algumas peças já foram escritas, inclusive para o público infanto-juvenil. E na Grã-Bretanha, no próximo mês, duas grandes companhias de teatro estreiam em Londres textos que têm como centro a questão do aquecimento global. A primeira, “The Heretic” (“O Herege”, em tradução livre) será encenada pela Royal Court Theatre e terá como centro a vida de uma cientista, Dr. Diane Cassal, que se encontra em desacordo com a visão científica compartilhada pela maioria dos seus colegas. A sinopse da peça traz a questão: “Poderia a ideia de que o aquecimento global é causado pelo homem ter se tornado a religião mais atraente do século 21?”

A outra é “Greenland” (“Groenlândia”, em tradução livre) será encenada pela renomada Royal National Theatre e está sendo chamada também de peça/documentário. De acordo com o próprio site da companhia, o texto foi criado em conjunto por quatro dramaturgos que entrevistaram ao longo de seis meses figuras centrais do mundo das ciências, da política, dos negócios e da filosofia “em um esforço para tentar entender” o assunto “mais urgente da atualidade”.

Esta não é a primeira vez que uma peça sobre o aquecimento desembarca nos palcos londrinos. Em 2009, “The Contingency Plan” (“Plano de Contingência”) fez relativo sucesso. Mas é a primeira vez na Grã-Bretanha que duas grandes companhias investem no assunto de maneira simultânea.

E um artigo do crítico de teatro Robert Butler indica os prováveis motivos da demora da chegada do tema ao teatro no país. Segundo ele, primeiro, é necessário esclarecer conceitos relativamente complexos para um público leigo, problema enfrentando por qualquer dramaturgo que se aventure por temas do mundo das ciências. Mas além desta dificuldade, escrever uma peça sobre os efeitos das mudanças climáticas também impõe o desafio de criar tensão em relação a um evento que só acontecerá no futuro.

O que acontece em lugares remotos, como a Antártica, pode alterar o rumo dos acontecimentos na Grã-Bretanha em algumas dezenas de anos. Nada imediato e local como o drama originado por uma guerra ou uma epidemia, por exemplo.

“Greenland” e “The Heretic” parecem ter superado esta primeira barreira, atraindo o investimento de duas renomadas companhias teatrais britânicas. Resta saber como o público vai reagir e que tipo de desdobramento o surgimento de peças sobre o aquecimento global pode vir a ter. Os textos vão incentivar mudanças de comportamento e assumir um tom de campanha, como acontece com vários documentários? Ou as mudanças climáticas servirão somente como pano de fundo para tramas convencionais?

(BBC Brasil)

Nota: É interessante notar a intenção de tornar mais popular a discussão em torno do aquecimento global e a possibilidade de que a iniciativa assuma “tom de campanha” para “criar tensão”. Mas o que me chamou atenção mesmo foi a peça “The Heretic”, já que ela procura revelar a “religião” (ECOmenismo) que se criou em torno do aquecimento global supostamente causado principalmente pelo homem. Note que o cientista que procura denunciar esses interesses escusos, “religiosos” por trás do assunto é considerado “herege”. Daqui a pouco, os céticos do aquecimento global antropogenicamente causado poderão ser chamados, também, de hereges, pois, embora concordem que a natureza deva ser preservada, discordam dos métodos de “salvamento” do planeta e dos interesses políticos/religiosos nos bastidores dessa grande encenação que cheira a engenharia social. Quem viver verá o gran finale desse drama.[MB]

DNA do orangotango é 97% igual ao humano. E daí?

Um consórcio internacional de mais de 30 cientistas decodificou o sequenciamento completo do genoma de uma fêmea de orangotango de Sumatra, chamada Susie. Eles, então, completaram as sequências de outros 10 adultos, cinco de cada população. “Nós descobrimos que o orangotango médio é mais diverso, geneticamente falando, do que o homem médio”, relatou o chefe das pesquisas, Devin Locke, geneticista evolutivo da Universidade de Washington no Missouri. Os genomas de humanos e orangotangos se justapõem em 97%, enquanto que o de humanos e chimpanzés, em 99%, afirmou. Mas a grande surpresa foi que a população de Sumatra, consideravelmente menor, demonstrou ter mais variações no DNA do que seu primo comum de Bornéu. Embora perplexos, os cientistas disseram que isto pode aumentar as chances de sobrevivência da espécie. “Sua variação genética é uma boa notícia porque, a longo prazo, permite que mantenham uma população saudável” e ajudará a dar forma aos esforços de conservação, explica o co-autor do estudo, Jeffrey Rogers, professor do Baylor College de Medicina. [...]

Os cientistas também ficaram assombrados pela estabilidade persistente do genoma do orangotango, que parece ter mudado muito pouco desde que se ramificou para um caminho evolutivo separado [sic]. Isso significa que a espécie é geneticamente mais próxima do nosso ancestral comum [quem é ele mesmo?] do qual se supõe que todos os grandes símios tenham se originado, de 14 a 16 milhões de anos atrás [sic].

Uma pista possível para a falta de mudanças estruturais no DNA do orangotango é a relativa ausência, na comparação com os humanos, de marcadores genéticos conhecidos como “Alu”. Estes curtos segmentos de DNA compõem cerca de 10% do genoma humano - por volta de 5.000 - e podem aparecer em lugares imprevisíveis para criar novas mutações, algumas das quais persistem.

“No genoma do orangotango, nós encontramos apenas 250 novas cópias de Alu em um período de tempo de 15 milhões de anos”, disse Locke. Os orangotangos são os únicos grandes símios a viver principalmente em árvores. Na natureza, eles podem viver de 35 a 45 anos e em cativeiro, mais 10 anos. As [fêmeas] dão à luz, em média, a cada oito anos, o maior intervalo entre nascimentos entre os mamíferos. [...]

(Exame)

Nota: O foco não deveria estar nas semelhanças, mas nas diferenças entre humanos e símios (confira aqui). As semelhanças genéticas são realmente esperadas, já que humanos e macacos têm metabolismo, morfologia e fisiologia semelhantes. O curioso é que a alegada “pouca diferença” genômica confere aos humanos a capacidade de falar, escrever, compor sinfonias, estudar bioquímica e genética, ter pensamentos transcendentes sobre a vida e a morte, nutrir a espiritualidade, etc. Mas já que a intenção é enfatizar as semelhanças de genoma, é bom lembrar que essa semelhança genética não ocorre apenas em relação ao orangotango; animais sem “parentesco” próximo se assemelham muito a nós, do ponto de vista genético (confira aqui). E aí? Com relação à estabilidade do genoma do orangotango, se não fosse a mitologia evolutiva segundo a qual todos os seres vivos teriam evoluído de um ancestral comum (macroevolução), os cientistas darwinistas perceberiam que, na verdade, essa estabilidade é mais ou menos percebida em toda a coluna geológica: peixes, anfíbios, répteis, mamíferos e aves são perfeitamente identificados (sem seus esperados inúmeros elos de transição) de alto a baixo da coluna. Quando a ciência lida com fatos – o genoma de seres vivos, por exemplo –, percebe a estabilidade do patrimônio genético que sofre uma ou outra modificação sem ganho de informação (microevolução); mas, quando se aventura pelos meandros da ciência histórica (leia-se macroevolução/darwinismo), com base apenas em fósseis muitas vezes incompletos e muita, muita especulação, surgem as interpretações mitológicas.[MB]

Leia também: “Somos ‘macacos-pelados’?” e “O que nos faz diferentes?”

EVOLUÇÃO e evolução

"Sei que evolução [macro] é verdade porque vejo evolução [micro] ocorrendo o tempo todo!"

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Mundo árabe experimenta onda de protestos

Depois da Tunísia e do Egito, agora é a vez do Iêmen. A onda de protestos contra os governos autoritários no mundo árabe chegou ao país nesta quinta-feira. Dezenas de milhares de pessoas convocadas pelos principais partidos da oposição se concentraram em quatro pontos da capital Sana para pedir que o presidente do país, Ali Abdullah Saleh, desista de uma nova reeleição. Abdullah Saleh está no poder no Iêmen desde 1990. “Não à reeleição, não à sucessão”, cantavam os cerca de 10.000 participantes de uma das quatro manifestações, realizada perto da Universidade do Iêmen, no centro de Sana. Os manifestantes foram convocados pelo comitê conjunto da oposição, que reúne seis formações lideradas pelo Partido da Reforma Islâmica e que engloba também vários partidos laicos, como o Partido Socialista e o Partido Baath.

As pessoas envolvidas nos protestos gritavam palavras de ordem que faziam referência à onda de manifestações nos países vizinhos. “Quem supera o limite marcado pela Constituição chega a Jidá”, gritavam alguns, em referência ao presidente deposto da Tunísia, Ben Ali, que fugiu para a cidade saudita depois de um mês de protestos. A oposição garante que os protestos serão sempre pacíficos e visam apenas criticar a manutenção de Saleh no poder.

Uma das marchas mais comentadas foi a realizada junto à casa do falecido líder do Partido da Reforma Islâmica Abdullah Bin Hussein al Ahmar, situada no centro da cidade, nas proximidades da sede do Ministério do Interior. As manifestações que começaram em dezembro e levaram à queda do presidente da Tunísia contagiaram vários países da região, como Egito e Iêmen, onde foram adotados os lemas dos manifestantes tunisianos.

(Veja.com)

Nota: Não sou profeta, nem filho de profeta, portanto não vou profetizar nada. Mas que essas manifestações me fazem lembrar da ex-União Soviética, isso me fazem. Nos anos 1980, antes da abertura da “cortina de ferro”, estudantes das profecias bíblicas ficavam confusos com a existência de duas superpotências mundiais, quando o Apocalipse fala de uma única potência, ou seja, a besta política. O cenário geopolítico não se encaixava na descrição profética. Mas a União Soviética é passado e aquele povo, submetido por anos a um regime ateísta intolerante, hoje pode cultuar a Deus livremente. Muitos cristãos se sentem preocupados com o mundo islâmico aparentemente impenetrável à pregação do evangelho. Em parte, os muçulmanos têm razão em temer o “cristianismo” ocidental, pelo menos o que eles conhecem. Ocidente cristão, para muitos adeptos do Islã, é sinônimo de paganismo e licenciosidade. Cristão, para muitos islâmicos, é aquele que bebe, fuma, vai a baladas, vive de forma desregrada e busca a Deus (ou a igreja) apenas nos fins de semana ou quando precisa dEle. Se pensarmos bem, eles têm razão no que diz respeito à maioria dos que se dizem cristãos. Quando pensam em cristianismo, alguns muçulmanos também se lembram das Cruzadas e da Inquisição. Por isso, para que o mundo islâmico tenha acesso aos preceitos cristãos e liberdade para comparar e escolher, pelo menos duas coisas são necessárias: (1) a apresentação de um cristianismo coerente, tolerante e capaz de acomodar o estilo de vida islâmico naquilo que tem em comum com a Bíblia (abstenção de alimentos impuros e de álcool, práticas consistentes de oração, estilo de vida regrado e fortemente marcado pela religião todos os dias, não apenas nos fins de semana) e (2) abertura política e promoção de liberdade de escolha, expressão e religião nos países islâmicos. É aí que vejo nesses protestos uma possível abertura para a pregação do evangelho. Segundo reportagem publicada no site da BBC Brasil, a internet (especialmente o Facebook e o Twitter) foi intensamente usada para mobilizar os manifestantes. Isso me faz pensar no poder da mídia para alcançar respeitosa e amoravelmente essas pessoas com a mensagem de Jesus. Enfim, de uma coisa eu sei: Deus ama os muçulmanos e vai operar maravilhas entre eles, como fez com a então instransponível União Soviética. Oremos por isso.[MB]

Leia também: “‘Revolta das massas árabes é movimento latente', diz especialista”

Astrônomos descobrem galáxia mais distante já detectada

Um grupo de astrônomos descobriu uma galáxia que pode ser a mais distante detectada até o momento. Ela está situada a cerca de 13,2 bilhões de anos-luz, segundo estudo publicado pela revista científica Nature. Uma equipe de astrônomos que analisava imagens cósmicas registradas pelo telescópio espacial Hubble aumentou seu alcance até 480 milhões de anos após o Big Bang, quando o Universo tinha 4% de sua idade atual. “Estamos nos aproximando das primeiras galáxias, que achamos que foram formadas entre 200 milhões e 300 milhões de anos depois do Big Bang”, ressaltou Garth Illingworth, professor de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia (EUA) e um dos autores do estudo. Em sua pesquisa, Illingworth e Rychard Bouwens, da Universidade de Leiden (Holanda), utilizaram dados do Hubble reunidos pela câmara Wide Field Camera 3 (WFC3).

Os astrônomos observaram as mudanças que se produziram nas galáxias de 480 milhões a 650 milhões de anos depois do Big Bang e detectaram que a taxa de nascimento das estrelas no Universo aumentou cerca de dez vezes durante esse período de 170 milhões de anos. Para Illingworth, isso é um “aumento assombroso em um período de tempo tão curto, somente 1% da idade atual do Universo”.

Os astrônomos também registraram mudanças significantes no número de galáxias detectadas. “Nossas buscas anteriores tinham encontrado 47 galáxias quando o Universo possuía cerca de 650 milhões de anos”, disse Illingworth. Ele acrescentou que “o Universo está mudando muito rapidamente em um período de tempo muito curto”.

Já Bouwens afirmou que os resultados dos estudos são consistentes com a imagem hierárquica da formação das galáxias, segundo a qual estas cresceram e se uniram sob a influência gravitacional da matéria escura.

Para chegar à nova descoberta, os astrônomos calcularam a distância de um objeto no espaço com base em seu “deslocamento rumo ao vermelho”, fenômeno que ocorre quando a radiação eletromagnética - normalmente a luz visível - que se emite de um objeto tende ao vermelho no final do espectro.

Sua medida é considerada pela comunidade astronômica internacional como o procedimento mais confiável para calcular distâncias espaciais - a galáxia recém-descoberta alcançou um nível provável de “redshift” (desvio rumo ao vermelho) de 10,3 pontos.

Os especialistas acrescentaram que a galáxia em questão é pequena se for comparada às enormes já vistas no Universo, como a Via Láctea, pelo menos cem vezes maior.

(Folha.com)

Nota: Continuam no ar as perguntas: Como pode haver número tão grande de estrelas num Universo tão “jovem”? Como é possível explicar, segundo a teoria da “evolução” das galáxias, a existência de galáxias perfeitamente formadas, “adultas”, em tão pouco tempo, segundo a escala de tempo adotada para o Universo? Não duvido de que o Universo possa ter os alegados bilhões de anos, mas imagino que, assim como Adão e Eva pouco depois de serem criados aparentavam idade adulta, Deus possa ter criado no início do Universo estrelas e galáxias perfeitamente formadas, projetadas para conter sistemas solares e planetas habitáveis.[MB]

Leia também: "Galáxias velhas num universo jovem"

Deus não faz matemática vagabunda

Não eram nem 17h03 nem 16h59, mas precisamente 17h, quando César Camacho, diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) tomou o microfone: “É uma honra receber aqui o professor Michael Atiyah, que como vocês sabem é ganhador da Medalha Fields e do Prêmio Abel. O título da palestra dele é ‘Da Física Quântica à Teoria dos Números: Um Geômetra Explora o Universo’. Muito obrigado.” Na plateia, alguém comentou com o vizinho: “Só duas coisas começam na hora no Brasil, jogo no Maracanã e palestra no Impa.” Obrigações com a tevê explicam a pontualidade do Maracanã; no caso do Impa, trata-se tão somente de rigor, um dos bens mais cultivados por ali.

O inglês Michael Atiyah é um senhor baixo, calvo, rechonchudo e extremamente jovial. Se disser que está chegando aos 70, ninguém objetará. (Ele está com 81.) Na beira de um campo de futebol, seria confundido com o médico Lídio Toledo, aquele da Seleção Brasileira. Numa boa churrascaria, poderiam tomá-lo por maître, e ele provavelmente não ligaria se lhe pedissem para trazer logo a fraldinha. A etiqueta, porém, recomendaria pingar um Sir antes do seu nome, pois em 1983 a rainha Elizabeth II o honrou com o título.

Ali no Impa, em todo caso, a real condecoração impressionava bem menos do que a Medalha Fields, a láurea mais prestigiosa da matemática. Atiyah ganhou a sua em 1966, aos 37 anos, pela contribuição que deu à topologia algébrica, área que, em síntese, descreve maneiras de torcer o espaço.

Ele foi logo ao ponto: “Nos últimos trinta anos tem havido uma interação cada vez maior entre a matemática e a física. Minha palestra é sobre isso: física quântica, teoria dos números e o universo. É o pacote completo. E, quando digo universo, refiro-me não apenas às coisas concretas, mas também ao mundo das ideias.” Um garoto de short e chinelo no qual se lia Full Tilt Poker (um dos maiores sites de pôquer do mundo) inclinou o corpo para a frente.

Atiyah, quando fala, lembra um personagem de filme da BBC. Parece estar com um ovo na boca. Suas frases aceleram do meio em diante, como se as palavras, entediadas com o andar da carruagem, decidissem apostar corrida para ver quem chega primeiro ao ponto-final.

Para ouvidos brasileiros, não é fácil. Benditos slides. Acionando a projeção, o matemático disse: “Gosto muito de citações.” Einstein era o autor das três primeiras: Quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado nesse ou naquele fenômeno. Quero saber como Ele pensa. O resto é detalhe. Era a ambição. Em seguida, veio o espanto: O aspecto mais incompreensível do mundo é o fato de ele ser compreensível.

Atiyah reflete: “Não há nenhuma razão para que o mundo obedeça a leis matemáticas, mas nós acreditamos que é assim. É um ato de fé nosso, que alguns poderiam, com razão, comparar ao sentimento religioso. Até agora nossa aposta tem dado certo, explicamos muitos fenômenos naturais. Mas não está claro por que dá certo.” Durante os 90 minutos seguintes, ele tentaria converter os jovens à fé. Deus é esperto, mas não malicioso – Einstein, ainda. Melhor pensar que, se existe uma ordem, ela não é obra de um espírito irônico que tenha decidido se divertir às nossas custas.

Talvez por passarem a vida contemplando objetos ideais, alguns matemáticos adotam um vocabulário comum aos homens de religião. Naquela tarde, Deus apareceu muitas vezes no Impa. Não ficou claro se Atiyah se referia a um demiurgo engenheiro ou à força ordenadora da natureza; que cada um preenchesse a lacuna segundo as próprias convicções.

O importante era transmitir a absoluta convicção quanto à força epistemológica da beleza: “Se existe uma teoria última do universo, ela certamente é bela”, disse Atiyah, dando voz a uma de suas crenças mais arraigadas: a de que a beleza explica e é um dos indícios da verdade. O belo, para os matemáticos, é a intuição da totalidade. Onde só se viam partes, alguém percebe um corpo. Era disso que ele falava naquela tarde.

Há meio século os cientistas vêm tentando unificar a teoria quântica e a teoria da relatividade – a primeira, sobre o imensamente pequeno; a segunda, sobre o imensamente grande. Somadas, elas descrevem a totalidade dos fenômenos naturais, mas com sintaxe autônoma, como se a linguagem matemática de cada uma se tornasse agramatical no ambiente da outra. Conciliar as duas teorias é o maior problema que um físico pode se dar. Atiyah estava ali para estimular os seus jovens ouvintes a serem ambiciosos.

Não deve causar espanto o fato de que falava para futuros matemáticos, não físicos. Cientistas acreditam que a máquina do universo provavelmente corresponde a uma estrutura matemática. Descoberta essa estrutura, tudo se tornaria inteligível, tal como um palácio se deixa compreender por sua planta baixa. Referindo-se a uma hipótese formulada há 150 anos pelo alemão Bernhard Riemann, Atiyah disse: “Muita gente acredita que...” – agora havia um brilho metafórico nele – “a solução da hipótese de Riemann” – um problema eminentemente matemático, anterior à física moderna – “oferecerá automaticamente a síntese entre a relatividade de Einstein e a física quântica. Refiro-me a uma Teoria Matemática do Universo...” O silêncio do auditório era bom, desses de cortar com uma faca.

Atiyah seguiu assim, falando do sonho da unidade, dos vários caminhos teóricos possíveis, de vários profetas da física contemporânea – cristãos, ortodoxos, hereges... “Pois eu sou o místico. E, como vocês sabem, os místicos sintetizam.” Atiyah sorriu: “Deus não jogaria fora a beleza de todas essas teorias para ficar com uma só.”

Ele não garante que a Teoria Matemática do Universo vá ser encontrada, mas a intuição lhe diz que sim. “É uma linda hipótese, e assim deve ser quando se faz uma previsão. Qual a graça em imaginar que a verdade virá sob a forma de uma teoria horrorosa? Por que Deus faria o universo com base em matemática vagabunda? Não acredito nisso. Se um dia chegarmos a essa conclusão, será uma pena. Em todo caso, significaria apenas que Ele é um péssimo matemático.”

A palestra foi encerrada com os versos “de um poeta famoso, eu mesmo, que só escrevi um poema na vida”. Em poucas linhas, os alunos foram convocados a não abrir mão do rigor – mas só de dia. À noite, devem se libertar dele, para “sonhar, deslumbrados com o milagre dos céus”.

O auditório demorou a esvaziar. Atiyah ficou cercado de jovens de bermuda e chinelo – garotos talentosos, de todas as classes sociais. Queriam uma fotografia.

(João Moreira Salles, Revista Piauí)

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Direito gay x direitos humanos

Em entrevista concedida à revista Veja desta semana, o cantor gay Rick Martin diz que “existe muito preconceito contra mães de aluguel, mas é uma alternativa excelente. A mãe dos meus filhos é linda, uma mulher estudada, espiritual, que fala quatro línguas. Mostrarei a foto dela aos meus filhos, mas não haverá contato entre eles. Fizemos um acordo de privacidade”. Ele diz ainda que quer que os filhos “sintam orgulho em fazer parte de uma família moderna”. Martin revela ainda que já sentiu atração sexual por mulheres, mas que, no fim do dia, a vontade dele é de estar com um homem.

Que tipo de sociedade pessoas como Martin querem fundar? Para satisfazer um desejo egoísta de ter filhos com sua bagagem genética, o moço aluga a mãe e, depois, deliberadamente impede que ela tenha contato com os rebentos. A mãe é rigorosamente escolhida por sua beleza e dotes intelectuais, como se o que o objeto de escolha fosse uma vaca holandesa ou um touro reprodutor. Alguém está pensando nas crianças que nascerão dessa “linha de produção”? Martin diz: “Meus filhos têm uma mulher maravilhosa como mãe”, mas lhes sonega o direito de conhecê-la, a não ser por fotos! E mais: O que dizer do determinismo comportamental a que esses filhos estarão sujeitos, já que pesquisas indicam que filhos de homossexuais têm muito mais probabilidade de ser, também, homossexuais? O cantor tem direito de fazer essas escolhas pelos filhos? Onde estão os defensores dos direitos humanos, numa hora dessas?

Parem o mundo que eu quero descer (faz tempo)![MB]

“Robô evolucionário” aprende a andar

Quer construir um robô realmente robusto, capaz de resistir às mais duras exigências? Então é melhor esquecer o Exterminador do Futuro e se preparar para observar como um girino aprende a usar pernas para se transformar em um sapo. Esse foi o enfoque da equipe do professor Josh Bongard, da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos. Os pesquisadores criaram robôs virtuais, simulados em computador, e robôs reais que, como os girinos, mudam as formas do próprio corpo enquanto aprendem a andar. Esse é o princípio da chamada robótica evolucionária, que utiliza algoritmos genéticos, ou evolucionários, para encontrar a forma mais eficiente de resolver um problema - neste caso, como um robô pode andar de forma mais eficiente.

Ao longo das gerações, os robôs simulados evoluíram, passando cada vez menos tempo na sua forma “infantil” de girinos e mais tempo na forma “adulta”, com quatro patas. Mesmo em situações similares, os robôs capazes de evoluir a própria forma aprenderam a andar mais rapidamente do que os robôs com forma fixa.

Além disso, quando atingiram uma forma “definitiva”, considerada eficiente pelos pesquisadores, os robôs mutantes desenvolveram um gingado mais robusto, que lhes dá maior equilíbrio - isto foi aferido tentando derrubar os robôs com um varinha enquanto eles andavam: os robôs evolucionários são muito mais difíceis de derrubar. “Esta pesquisa mostra como a mudança corporal, mudança morfológica, de fato nos ajuda a projetar robôs melhores”, disse Bongard. “Isso nunca havia sido tentado antes.”

Programar um robô para que ele ande significa enviar comandos precisos, temporizados, para cada um de seus motores e atuadores, tudo na sequência correta. Isso é uma tarefa complicada e extenuante, e nem sempre dá ao robô um andar muito elegante. [...]

“Estamos copiando a natureza, nós estamos copiando a evolução, nós estamos copiando a ciência neural enquanto construímos cérebros artificiais para esses robôs”, diz o pesquisador.

O ponto que mais se destaca na simulação é que não se trata da “simples” evolução de um cérebro artificial - o controlador da rede neural. Os robôs evoluem em interação contínua com mudanças no formato do seu corpo. Parece-se de fato com uma evolução biológica extremamente acelerada.

Talvez seja por isso que os robôs evolucionários tenham desenvolvido capacidades que não haviam sido projetadas inicialmente pelos pesquisadores, como a capacidade de resistir bravamente à tentativa de derrubá-los.

(Inovação Tecnológica)

Nota: Releia o trecho grifado acima e, em seguida, o parágrafo abaixo, em que o pesquisador diz que eles estão “copiando a evolução”. Estão mesmo? Se estivessem, os cientistas deveriam se afastar do experimento e não interferir. Não deveriam também adicionar informação a fim de que o cérebro do robô seja capaz de “evoluir”. A evolução é naturalista, ou seja, não aceita a interferência de um agente externo, doador da informação necessária para existir vida. O que essa experiência prova? Que os criacionistas e os defensores do design inteligente têm razão. Até para copiar o original criado é preciso ter muita inteligência.[MB]

terça-feira, janeiro 25, 2011

Expressões e vícios igrejeiros

É interessante notar como, com o tempo, certas expressões de linguagem e “vícios” de comportamento acabam sendo incorporados e cristalizados no meio religioso (no que diz respeito às expressões, isso é até normal, em qualquer língua falada). A lista abaixo é apenas uma sugestão para ajudar especialmente os líderes e comunicadores das igrejas a aprimorar o trabalho que desempenham e que é muito importante para Deus e para a comunidade:

1. “Vamos cantar o hino ....... para a entrada da plataforma.” A plataforma, sobre a qual ficam o púlpito e as cadeiras do pregador e dos oficiantes, nunca entra, a menos que tenha rodinhas e seja móvel. A plataforma sempre está lá. Quem entra são os oficiantes do culto ou componentes da plataforma. Alguns podem alegar que em “entrada da plataforma” há elipse e metonímia. Correto. Outros podem argumentar que o uso consagrou a expressão, apesar da incorreção. Igualmente correto. Então, para evitar maiores discussões, poderíamos simplesmente cantar para que entrem os oficiantes que compõem a plataforma, sem precisar chamá-los. Que tal?

2. Já que mencionamos a música, é bom lembrar que o ideal é anunciar os hinos pelo nome e depois informar o número deles. Assim, fica melhor: “Vamos cantar o hino ‘Jubilosos Te adoramos’, nº 14.” E nada de dizer “Vamos cantar o hino três, quatro, dois.” O correto é “trezentos e quarenta e dois”.

3. “Senhor, abençoa os que não puderam vir por motivo justo.” Esse tipo de súplica é comum em cultos de oração (às quartas-feiras), quando geralmente há menos pessoas na igreja. Infelizmente, é um tipo de oração legalista que procura excluir das bênçãos de Deus certas pessoas. Se alguém deixou de ir à igreja por “motivo injusto”, aí, sim, é que devemos orar por essa pessoa. O melhor mesmo é ser inclusivo e orar: “Senhor, abençoa aqueles que não puderam vir. Que Teu Espírito esteja com eles neste momento.” Outro detalhe: tem gente que parece ter fixação pelos que não vieram à igreja. O dirigente começa a reunião e já dispara: “Apesar de termos muitos bancos vazios...” ou “Mesmo sendo poucos...” Vamos valorizar os que estão presentes. Pra que ficar falando toda hora de quem não veio? Nenhum apresentador de TV fala sobre os que não estão assistindo ao seu programa... Quem não veio que ore em casa por si mesmo e vá à reunião seguinte, se for possível.

4. “Aqueles que puderem, vamos nos ajoelhar para orar.” Essa também já virou “vício”. É evidente que somente se ajoelharão aqueles que puderem. E os que não puderem por certo serão tão poucos que nem é preciso mencionar. Essa frase é dispensável.

5. Às vezes, quando alguém vai apresentar os oficiantes do culto, na plataforma, diz algo do tipo: “À minha direita, à esquerda dos irmãos...” Isso é quase como chamar a congregação de espacialmente desorientada. Que tal simplesmente dizer: “À direita do pregador...”, ou algo assim?

6. “Senhor, que Tuas bênçãos venham de encontro às nossas necessidades.” Tenho certeza de que quem ora dessa maneira não quer esbarrar nas bênçãos de Deus nem ser atingido por elas. Vir de encontro é se chocar contra. O correto, então, é pedir que as bênçãos de Deus venham ao encontro das nossas necessidades, ou seja, estejam de acordo com o que precisamos.

7. “Viemos aqui para celebrar...” Viemos é pretérito perfeito de “vir”. Talvez o mais adequado seja dizer “vimos”, presente do indicativo de “vir”. Mas dizer “Vimos aqui” fica muito formal, não é? Então, que tal mudar para algo do tipo: “Estamos aqui para celebrar...”? Na dúvida, saia pela tangente e busque sempre a maneira mais simples (porém correta) de falar.

8. “Senhor, abençoa esta semana que para nós é desconhecida”; “Não temos mérito algum, mas confiamos nos méritos do Teu filho Jesus Cristo”; etc. Não há nada de gramaticalmente errado nessas frases, mas será que quem as usa está pensando no que diz? Aqui quero chamar atenção para as “frases feitas” que povoam nossas orações. Oração, como bem definiu Ellen White, é abrir o coração a Deus como se faz com um amigo. Portanto, as orações, mesmo as feitas em público, deveriam ser dirigidas a Deus com palavras simples e sem modismos ou tradicionalismos ditos automaticamente.

9. “Quando a porta da graça for fechada”; “Depois do tempo da sacudidura”; “O povo remanescente da profecia”; “A pena inspirada registra que...”; “O povo laodiceano”; “Segunda hora”; “Vamos para o lava-pés”; “O departamento de Mordomia”, “Fazer o pôr do sol” (não precisa fazer, ele é automático!); “Devolução do pacto”; etc. Novamente, nada há de errado com essas frases e expressões. Mas imagine que você não é adventista ou não é cristão e está visitando uma igreja adventista pela primeira vez. Como interpretaria essas expressões? Entenderia alguma coisa? Portanto, os pregadores devem tanto quanto possível evitar o “adventistês”. Se tiverem que usar termos do jargão adventista, o melhor é explicá-los em seguida. Nossa mensagem tem que ser clara, simples e universal.

10. Devemos evitar também termos denominacionais (esse é um deles) que se referem à estrutura da igreja e que não têm muito sentido para quem não os conhece. Imagine a cena: alguém anuncia que naquela manhã de sábado falarão o pastor da União e o pastor da Divisão. Alguém pode pensar que um é bom, pois promove a união, e o outro é mau. Assim, o ideal é explicar os termos ou simplesmente dizer: “Hoje falarão o pastor fulano, diretor de Educação da Igreja no Estado de São Paulo, e o pastor cicrano, líder de Jovens para a América do Sul.” Por que “diretor” e “líder”? Porque é mais claro que “departamental”.

11. Que tal promover o culto jovem? Nos dois sentidos: promover a frequência ao culto e o nome dele desse jeito. “Culto JA” não tem sentido (no meu Estado de origem, JA é Jornal do Almoço). E “programa dos jovens” soa ainda pior. Culto jovem é mais bonito.

12. As pessoas oram, cantam alguns hinos e depois o dirigente diz: “Para começarmos o culto, cantemos o hino .......” A oração e os hinos anteriores não eram parte do culto? Eram o que, então?

13. Outro “vício” envolve a palavra “possa” (e suas variantes) e até lança dúvida sobre o poder de Deus. Quer um exemplo? “Senhor, que Tu possas nos perdoar os pecados. Que Tu possas conceder a cura ao irmão fulano e que nós possamos ser fieis a Ti.” Além de ficar sonoramente feio, quando repetido, o “possa” aplicado a Deus relativiza o poder dEle. É claro que Deus pode! Talvez Ele não queira algumas coisas, mas que pode, pode. Assim, melhor seria orar: “Senhor, perdoa nossos pecados. Se Tu quiseres, cura o irmão fulano e ajuda-nos a ser fieis a Ti.”

14. Imperativos são outro problema. Errado: “Senhor, cure”, “Senhor, ouça”, “Senhor, atenda”, “Senhor, faça”. Correto: “Senhor, cura”, “Senhor, ouve”, “Senhor, atende”, “Senhor, faze”. Ok, essa é um pouco mais complicada, mas, com o tempo, um pouco de estudo e atenção, é possível orar direitinho sem perder a espontaneidade. Devemos sempre oferecer o melhor a Deus, inclusive nosso melhor português possível.

15. Como mais ninguém (a não ser os mais antigos e alguns preciosistas) usa a palavra “genuflexos”, basta dizer “ajoelhados”. Sim, porque “de joelhos” (desde que tenhamos pernas completas) sempre estaremos, mesmo quando ajoelhados. O mesmo vale para “de pé”. O certo é “em pé”. (Porém, fica aqui o registro de que o Dicionário Houaiss já aceita a expressão “de joelhos”.)

16. Devemos evitar o uso abusivo da palavra “alma”. Exemplos: “Foram batizadas mais de quinhentas almas”; “Sair para a conquista de almas”; “Ganhador de almas”; etc. Para os que entendem “alma” como uma entidade separada do corpo e que sai dele quando a pessoa morre, falar em “conquista de almas” talvez possa configurar a intenção de proceder a essa separação, ou seja, praticar assassinato! Melhor substituir a palavra “alma” por “pessoa”, que é exatamente o sentido bíblico.

17. Para encerrar esta lista (mas não o assunto e a preocupação que ele levanta), não poderíamos deixar de fora expressões exclusivistas, como, por exemplo, “não adventistas”. Você conhece alguém que gosta de ser chamado “não”? “Apresento-lhes este meu não parente.” Horrível, né? Então, evitemos termos que dão a impressão de que somos um clube fechado, exclusivo. Nada de “não adventista”, “mundanos”, etc. Podemos nos referir a “amigos visitantes”, “irmãos evangélicos”, etc. É mais simpático.

Resumindo: temos que descomplicar nossa linguagem e liturgia a fim de que não criemos barreiras para a compreensão da mensagem que é simples e clara: Deus nos ama e quer nos salvar.

Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia

Darwin no Banco dos Réus: o desafio completa 20 anos

O polêmico livro que mexeu com os fundamentos científicos. Por quê? Ele demonstra que a teoria da evolução não tem sua base em fatos, mas na fé – fé no naturalismo filosófico. Phillip Johnson argumenta corajosamente que simplesmente não há um vasto corpo de dados que deem suporte à teoria. Com o clima intrigante de um mistério e detalhes que nos prendem como ao assistirmos a um julgamento, Johnson conduz o leitor através das evidências com a perícia de um advogado, a qual ele adquiriu como professor de Direito em Berkeley, especializando-se na lógica dos argumentos. “Qual a razão pela qual uma editora cristã [brasileira] lança no mercado a tradução de uma obra contra o evolucionismo escrita em 1993, portanto com 15 anos de atraso? A principal razão é a sua pujança e relevância. Apesar dos 15 anos de idade, o livro de Phillip Johnson continua atualíssimo. Pouca coisa surgiu nesse período que inovou a apologética antievolucionista além do que Johnson tem feito” (Augustus Nicodemus Lopes, na apresentação).

Phillip E. Johnson é graduado em Harvard e na Universidade de Chicago. Ele foi oficial de direito do presidente do Superior Tribunal Earl Warren e ensinou por mais de trinta anos na Universidade da Califórnia, Berkeley, onde é professor emérito de Direito.

Adquira o livro aqui.

Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “Sou suspeito para recomendar esse livro. Primeiro porque já fui evolucionista de carteirinha. Segundo porque defendo uma teoria científica que vai de encontro à teoria da evolução através da seleção natural de Darwin: a teoria do Design Inteligente. Há exatamente 20 anos, Johnson expunha o Darwinismo como sempre foi desde 1859 - uma fé no naturalismo filosófico que não é corroborada pelas evidências, se submetidas ao contexto de justificação teórica. Se você crítico de Darwin ainda não leu esse livro, leia e conheça as muitas dificuldades fundamentais que essa teoria sofre. Se você evolucionista ainda não leu, leia e mostre que você se sujeita às evidências aonde elas forem dar por ser uma pessoa objetiva que se convence pelos dados e não pela retórica darwiniana. O livro de Johnson continua, apesar de publicado há 20 anos, sendo um desafio devastador à Nomenklatura científica.”

Barro e ferro: Alemanha evidencia “duas europas”

BMW, Daimler e Audi anunciaram medidas surpreendentes para muitos: vão ampliar suas fábricas para conseguir atender aos pedidos recordes. Dois anos depois do auge da pior crise econômica desde a era Hitler, a Alemanha dá sinais claros de que já deixou a crise no passado. Depois de registrar seu maior crescimento do PIB desde a reunificação em 1991, sexta-feira foi a vez da confiança do setor privado sofrer a maior alta já registrada. As exportações para países emergentes e a volta do consumo doméstico estão impulsionando a economia alemã. Mas também revelando um lado obscuro da Europa: a existência cada vez mais acentuada de um bloco em duas velocidades. Em 2010, a economia alemã cresceu 3,6%, bem acima de todas as demais da UE. Para economistas alemães, a explicação para o bom desempenho é simples. O modelo é baseado nas exportações e, com a importação de emergentes em alta, a economia alemã conseguiu resistir. O desemprego ficou em 7% e permitiu que o consumo interno fosse fortalecido.

Mas se o crescimento da Alemanha está sendo visto como um alívio para muitos na Europa, a expansão também escancara uma realidade que a UE evita falar: a existência de duas europas. Se a Alemanha cresce, países como Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e até Itália continuam sofrendo. Só a taxa de desemprego na Espanha, por exemplo, é três vezes superior à da Alemanha.

Para governos de países que enfrentam crises profundas, essa disparidade entre a Alemanha exportadora e suas economias cada vez menos competitivas é o que está ameaçando a Europa. Por anos, o saldo positivo na balança comercial alemã foi garantida graças ao consumo de espanhóis, gregos e irlandeses, hoje altamente endividados.

(Veja)

Nota: Há mais de 2.600 anos, o profeta Daniel registrou no capítulo dois de seu livro uma profecia impressionante que resume em alguns versículos toda a história da humanidade começando em Babilônia e avançando até a volta de Jesus. O símbolo profético é uma estátua composta de metais que representam claramente os impérios mundiais. Os pés de barro e ferro (v. 32, 33, 41) representam “reinos” europeus (já que eles vêm da fragmentação do Império Romano) que seriam fortes e fracos. Qualquer semelhança com a atual situação da Europa não é mera coincidência.[MB]

segunda-feira, janeiro 24, 2011

ECOmenismo assusta com falta d’água e de comida

Muito tem se falado sobre o aquecimento do planeta e todos se mostram assustados com essas enchentes, com a chuva e com o mau tempo que castiga não só o Brasil, mas outros continentes. Mais calor, menos comida e mais um efeito preocupante das mudanças no clima: a falta d’água e a falta de comida para milhões e milhões de pessoas. A comida parece farta em supermercados de grandes centros do mundo, mas nos últimos anos têm sido cada vez mais frequentes protestos isolados por causa do preço dos alimentos. Especialista em agronegócios, o britânico Richard Warburton diz que a guerra do futuro pode ser para conseguir água e comida e não, como se pensava, a disputa por petróleo e territórios.

Em Nova York, as Nações Unidas estudam os efeitos do aquecimento global. As pesquisas indicam uma reação em cascata. As mudanças climáticas afetam a produção agropecuária. Com isso, a oferta diminui e os preços dos alimentos disparam.

Em Teresópolis, as chuvas destruíram 80% da produção agrícola. O Quênia acaba de enfrentar a terceira pior estiagem em mais de uma década. Nessa época do ano, era para o capim estar verde e alto, mas os produtores locais reclamam que perderam centenas de cabeças de gado, porque não havia o que comer.

Mesmo em países onde o clima é favorável à agricultura, os efeitos do aquecimento global são sentidos pelos produtores. Os recursos naturais estão diminuindo, e a explosão da população mundial indica que o problema pode se agravar nas próximas décadas.

O chefe do painel da ONU sobre mudanças climáticas, Rajendra Pachauri, prevê um futuro sombrio. “Inicialmente os preços vão subir. Depois haverá escassez de produtos no mundo”, afirma.

As fontes naturais para produção de alimentos estão sob ameaça. Do petróleo não se refina apenas o combustível dos tratores e caminhões usados na agricultura. Ainda se tira o plástico usado para processar e empacotar a comida. Na quarta-feira (19), o preço do barril estava sendo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York por menos de US$ 91, mas há dois anos chegou a custar quase US$ 150 por causa das ameaças de queda na produção mundial.

A alternativa, o biocombustível, ainda provoca polêmica. Nos Estados Unidos, a estimativa é de que um terço do plantio de milho seja usado para produzir etanol. O risco é que a produção de biocombustível consuma o que poderia servir de comida e inflacione ainda mais o preço dos alimentos.

A falta de água também é uma ameaça. Mais de um bilhão de pessoas não tem acesso à água limpa, e o consumo deve dobrar nos próximos 20 anos. Em Punjab, na Índia, o uso da água para irrigar as plantações de trigo secou parte dos rios. Os fazendeiros antes cavavam poços rasos e logo encontravam água. Agora estão se endividando para comprar equipamentos caros que consigam perfurar poços profundos. Nem assim têm encontrado água. Os recursos naturais são limitados.

A população do mundo dobrou nos últimos 40 anos para quase sete bilhões de pessoas. Especialistas alertam que, usando as técnicas atuais de agricultura, não vamos conseguir produzir para tanta gente. Em 2050, precisaremos ter o dobro da quantidade de comida que é produzida agora. É como se criássemos uma fazenda do tamanho do Brasil apenas para alimentar a nova população mundial.

Nos mares e rios, as previsões também são pessimistas. A pesca predatória está levando peixes e mariscos à extinção. Especialistas acreditam que os estoques acabariam a partir de 2048.

“Precisamos mudar nossos hábitos alimentares. A quantidade de comida consumida em países ricos não é sustentável, e o consumo em países em desenvolvimento vai continuar aumentando”, diz Pachauri.

O mundo tem o desafio de mudar a relação com os alimentos: o que e quanto se come e a forma de distribuição entre a população mundial.

(Bom Dia Brasil)

Nota: Em Mateus 24 (o famoso sermão profético), Jesus previu que, de fato, haveria fome em várias partes do mundo. O que os ECOmênicos e defensores do aquecimento global causado principalmente pelo ser humano estão fazendo é aproveitar essa crise para colocar lenha na fogueira de sua causa que tem interesses escusos. Mesmo em épocas de produção suficiente de alimentos, a fome existiu por causa da má distribuição e da ganância. Agora, sem dúvida, o problema se agrava com o aumento da população mundial e o esgotamento dos recursos naturais. Orientar os seres humanos para que sejam consumidores conscientes (a redução do consumo de carne ajudaria muito, como se pode ver no infográfico abaixo) é uma boa coisa, evidentemente. O que preocupa é a velha tática do uso da engenharia social (medo insuflado nas massas) para a aprovação de leis que ameaçam as liberdades individuais. Leia mais sobre ECOmenismo aqui e saiba o que preocupa os estudantes das profecias bíblicas.[MB]

Leia também: “Vantagens do vegetarianismo”

Minha vida na faculdade

No ano 2000, entrei para a faculdade para fazer o curso de Historia, já que trabalho na área de educação há alguns anos. Fiz minha inscrição para o período da manhã, pois trabalhava no período da tarde. Após ter sido aprovada no vestibular, ao fazer minha matricula, tive a noticia de que não abririam turmas no período da manhã, mas só no período noturno. Procurei saber sobre os dias da semana em que haveria aulas e fui informada de que seria de segunda à sexta-feira. Mesmo tendo que estudar no período noturno, estava confiante. Já na primeira semana de aula, nós, os 40 alunos daquela turma, fomos informados de que teríamos aulas também aos sábados, já que o curso havia sido reduzido de quatro para três anos. A princípio, fiquei apavorada, mas confiei em Deus e pensei: “Quem sabe essa será a oportunidade de testemunhar neste lugar de minha fidelidade a Deus e aos mandamentos dEle.”

No primeiro ano, foi tudo bem, sem nenhum empecilho. As aulas de sexta-feira à noite eu as fazia na quinta-feira e as de sábado também consegui conciliar, ficando apenas com uma DP.

No segundo ano, as coisas começaram a piorar. A coordenadora do curso não abriu mão das minhas faltas no sábado. Cheguei a ponto de quase trancar minha matrícula e procurar outra faculdade. Mas não desisti e novamente me entreguei à oração e Deus novamente não me desamparou.

Fazia uma semana que eu não estava indo à faculdade, tentando encontrar outra que me aceitasse. Foi quando recebi um recado da coordenadora do curso para que eu fosse vê-la. Qual não foi minha surpresa, quando ela disse que daria um jeito para que eu pudesse continuar os estudos e não precisasse me transferir para outra faculdade. Continuei, mas as provas vinham a todo o momento.

Fazia o segundo ano e as matérias do primeiro, o que me deixou muito esgotada física e emocionalmente. Algumas disciplinas do curso de História são para provar a fé de qualquer cristão. Alguns professores, sabendo da minha convicção religiosa, me alfinetavam sempre que tinham oportunidade, tentando me provar que tudo o que aprendi era falso, mentiras de homens e que religião “não passa de invenções humanas”.

Para piorar, havia uma professora que, literalmente, me odiava por causa da fé que eu professava. Ela me expunha na frente de todos, procurando me humilhar, me desestabilizar, mas eu buscava a Deus constantemente em oração pedindo sabedoria.

Resumindo, meus três anos de curso se tornaram quatro que mais pareciam oito.

Meus colegas de classe se formaram um ano antes de mim. Somente eu e um colega ficamos para fazer mais um ano, ele por outros motivos.

Na noite da minha formatura, no trajeto até a faculdade, comentei com meu esposo e minhas filhas no carro que, apesar de ter conseguido chegar até o fim, estava frustrada, pois pensava não ter testemunhado o bastante para as pessoas que haviam estado comigo por quatro anos.

Ao entrar no auditório, fiquei muito surpresa ao ver, assentada, a grande maioria dos meus colegas que haviam se formado um ano antes. Eles vieram até mim e disseram que não poderiam deixar de assistir à minha formatura, depois de tudo o que havia se passado ali. Fiquei muito feliz com aquela demonstração de amizade, mas Deus tinha algo melhor para mim naquela noite.

Após a oradora oficial da turma ter acabado seu discurso (mecanizado), a coordenadora do curso pediu para que outro aluno, agora um homem, fosse até a tribuna e convidou meu amigo (aquele que havia ficado comigo por mais um ano) para falar.

Ele começou seu discurso de improviso e, para minha surpresa, citou meu nome e, como que inspirado, foi relatando as dificuldades pelas quais passei ao longo daqueles anos; as oposições sofridas, as humilhações e também a firmeza naquilo que eu acreditava, sendo que nada nem ninguém conseguiu abalar minha fé. Ele terminou o discurso afirmando que eu era o “símbolo” da persistência que leva à vitória. Que, apesar de toda oposição sofrida, eu ainda continuava firme em minhas convicções, não me deixando influenciar por tudo o que ouvi na faculdade.

O coração disparou, os olhos lagrimejavam, e, bem ali, diante de toda aquela plateia, o nome do nosso Deus foi glorificado e eu pude compreender que meu testemunho durante todos aqueles anos não tinha sido em vão.

Por pior que seja a situação, por mais difícil que seja o caminho, Deus me mostrou que nunca estaremos sozinhos. Ele estará conosco. E eu sou testemunha viva de que isso é a mais pura verdade.

“Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze e despedaçarei as trancas de ferro” (Isaias 45:2).

(Sandra Zil é bacharel em História)

Vaidades que matam

A modelo e atriz pornô alemã Carolin Berger, que ficou famosa após participar de uma das edições do Big Brother na Alemanha, morreu por complicações médicas após sua sexta operação para implante de silicone nos seios. Berger, conhecida também pelo nome artístico de “Sexy Cora”, já tinha uma carreira na indústria de filmes eróticos do país quando foi escolhida para participar do reality show no ano passado. A atriz, de 23 anos, teria sofrido uma parada cardíaca logo após a anestesia e entrou em coma durante a operação, realizada em uma clínica de Hamburgo, para aumentar o volume de seus seios de cerca de 750 ml para mais de 900 ml. Berger havia passado pela primeira de suas operações para aumentar os seios quando tinha apenas 18 anos. Ela morreu [na] quinta-feira no hospital universitário de Hamburgo após passar nove dias em coma. [...]

Berger ganhou fama no Big Brother alemão em janeiro do ano passado com seu desempenho picante, incluindo um striptease total e a realização de massagens eróticas em outros competidores. [...]

(BBC Brasil)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/01/110121_atriz_implante_morte_rw.shtml?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Nota: Não é primeira mulher que morre após realizar procedimentos médicos em nome da “estética”. Outras tiveram que amargar deformações físicas. Numa cultura que supervaloriza o corpo, o visual, as formas em detrimento do conteúdo, essas são apenas algumas das tristes consequências. Há outras, mais “discretas”, mas que também machucam: a coisificação e a descartabilidade do ser humano. No fundo, ninguém gosta de se sentir uma “coisa”. Talvez a vontade de aparecer, de se destacar pelo exterior mascare justamente esse vazio. Cria-se, assim, uma armadilha circular: capricha-se na casca que mascara o vazio que gera a necessidade de se chamar atenção pela casca. Vida triste. Nunca se esqueça de que “a formosura é uma ilusão, e a beleza acaba, mas a mulher que teme a Deus será elogiada” (Provérbios 31:30).[MB]

Um presente de ano novo

Elisa de quatro anos acordou e viu mamãe Simone olhando para a barriga. Elisa não entendeu por que, ela não estava gorda nem magra e não parecia estar com dor de barriga. Então ela levantou da cama, se sentou ao lado da mãe e perguntou: "Mamãe, por que você está olhando para a barriga?" A mãe deu um beijo nela e disse: "Descobri que estou grávida!"

"Que legal!" Elisa olhou para a barriga fez carinho e disse: "Eu vou cuidar bem de você..."

No dia seguinte, mamãe disse para Elisa: "Elisa, eu e o papai vamos para o centro comprar roupas para o bebê, não vai demorar, porque não vamos ter muita opção, não sabemos o sexo do bebê, então vamos procurar roupinhas que sirvam para menina e menino, você quer ir junto?" [Leia mais]

domingo, janeiro 23, 2011

Minha “vidinha” do lar

Sou mãe de três filhos. Quando ando na rua com os três, com certa dificuldade, as pessoas me perguntam, espantadas: “Os três são seus?” Ouço alguns comentários, como: “Você é tão jovem! Nem parece mãe deles. Que corajosa!” É, talvez seja preciso ter coragem para educar três filhos nos caminhos de Deus e enfrentar todos os obstáculos que o mundo hoje apresenta. A primeira dificuldade que observo é de que muitas mulheres acham um verdadeiro sacrifício assumir o papel de mãe em tempo integral. Para mim, me dedicar totalmente aos meus filhos tem sido muito prazeroso e me sinto plenamente realizada, apesar da cobrança da sociedade por supermulheres que administram o lar, têm um emprego, são profissionais bem-sucedidas e ainda contribuem para aumentar a renda familiar. Confesso que já tive crises de consciência e de pensar que o que faço é muito pouco. Já pensei seriamente se vivo assim por opção ou por falta de opção. [Leia mais]

sexta-feira, janeiro 21, 2011

O benefício da dúvida

Karl Popper, um dos filósofos mais influentes do século passado, apontou para o fato de que, para ser validada, uma teoria científica deve necessariamente ser confrontada, desafiada, falseada. Dizia que, do contrário, a teoria poderia se tornar dogma – e qualquer dogma, para Popper, seria terrível para a ciência. É curioso notar como o raciocínio de Popper vai ao encontro de um texto publicado pelo jornal britânico Guardian sábado passado. A matéria repercute uma pesquisa realizada pela revista eletrônica Edge, que faz, todo ano, uma pergunta para centenas de especialistas de áreas distintas com o objetivo de colher tendências. A pergunta de 2011 é: “Qual conceito científico poderia aprimorar a ferramenta cognitiva de uma pessoa?” Artistas, cientistas e filósofos responderam a questão. Surpreendentemente, muitos deles destacaram a relevância dos erros, incertezas e dúvidas para a ciência e ressaltaram a importância de esses aspectos inerentes ao empreendimento científico serem melhor divulgados ao público não especializado.

A CH On-line procurou cientistas brasileiros para saber o que eles pensam sobre a questão levantada pela Edge e sobre as respostas apuradas pela revista até o momento.

“É realmente fundamental desmistificar o trabalho do cientista. A questão principal é que, ao pesquisar, você lida necessariamente com o desconhecido, então, é claro que há erros e dúvidas, é isso que nos impulsiona”, diz o físico Caio Lewenkopf, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

“Existem matérias que são intrinsecamente complexas, como, por exemplo, os modelos utilizados para mensurar as mudanças climáticas. Temos inúmeros indicadores de várias décadas e alguns cientistas divergem sobre essa questão”, completa Lewenkopf.

O físico cita justamente um dos pontos colocados no texto do Guardian: assuntos controversos como mudança climática seriam menos polêmicos na esfera social caso fosse divulgado, com mais clareza, que a natureza da ciência comporta a dúvida.

Osvaldo Frota Jr., físico e doutor em história e filosofia da ciência e membro do Departamento de Letras da Universidade de São Paulo (USP), faz coro. Para ele, mesmo os objetivistas, aqueles que tendem a não relativizar muito a ciência e a enxergam de modo positivista, sabem que a matéria que estudam é feita de dúvida. “Mesmo quem não é um relativista ou, na antropologia e sociologia, pós-moderno, sabe reconhecer que a ciência é calcada em incertezas”, comenta Frota Jr. “

A conversa com um cientista social toca na mesma tecla, embora haja um estranhamento do teor da matéria do Guardian. “Dizer que a ciência é falível, no ponto de vista da filosofia da ciência, é uma trivialidade. Mas não tenho certeza se, de fato, a sociedade acredita que ela é infalível”, afirma Renan Springer de Freitas, sociólogo que estuda temas relacionados à ciência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Freitas afirma que sua visão de ciência é objetivista. Ou seja, ele acredita que a ciência traz consigo uma verdade. Uma verdade, no entanto, que pode e deve ser questionada. “A ciência tem o privilégio do debate, da possibilidade de discordância. Isso, no entanto, não a coloca em xeque. Muito pelo contrário”, defende o sociólogo.

(Ciência Hoje)

Nota: Mas é preciso admitir que existem dogmas científicos blindados. Tente confrontar e desafiar a teoria da macroevolução em sala de aula, por exemplo. Você corre o risco de ser massacrado, mesmo usando bons argumentos científicos. Parafraseando a matéria acima, “assuntos controversos como a teoria da evolução seriam menos polêmicos na esfera social caso fosse divulgado, com mais clareza, que a natureza da ciência comporta a dúvida”. Aliás, como as teorias da macroevolução e da “evolução” da informação genética complexa e específica podem ser falseadas a la Popper? Não podem. Assim como a criação também não pode. Quando o assunto é a mudança climática, acham que faz bem ressaltar a falibilidade dos métodos de aferição (talvez para justificar as “falhas” e poder reafirmar a tese). Deveriam assumir a mesma postura humilde quanto aos aspectos nebulosos da teoria da evolução e permitir a discussão ampla de suas insuficiências. Todos ganhariam com isso, inclusive os cientistas que poderiam ampliar o horizonte de suas pesquisas para além dos limites do naturalismo filosófico engessante.[MB]

Dinossauros voadores se pareciam mais com répteis

Os dinossauros que voavam há cerca de 160 milhões de anos [de acordo com a cronologia evolucionista] sobre o nordeste da China se pareciam mais com répteis do que com aves, segundo um estudo publicado pela revista Science na quinta-feira. Os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências Geológicas de Pequim descobriram, em rochas sedimentares da região da atual província chinesa de Liaoning, o fóssil de um pterossauro adulto preservado junto com um de seus ovos. A presença do ovo indica que o réptil alado era uma fêmea “sexualmente madura”, o que originou várias comparações entre os machos e as fêmeas desta espécie denominada Darwinopterus, da qual se encontraram dezenas de fósseis.

“Os modos de reprodução e crescimento têm um impacto profundo sobre a anatomia, a ecologia e a evolução, mas ainda são pouco conhecidos no que se refere à maioria da fauna extinta”, destaca o artigo. Isto inclui os pterossauros, um grupo importante de répteis voadores que persistiu desde o fim do período Triásico, há cerca de 200 milhões de anos, até o término do Cretáceo, há aproximadamente 65 milhões de anos [idem].

Como até pouco tempo atrás eram poucos os exemplares fósseis obtidos dos pterossauros, “as ideias sobre a biologia reprodutiva destes animais eram obtidas, em grande medida, por meio de comparações com as aves”, revelou o estudo.

(Folha.com)

Nota: Comparar répteis com aves é atitude típica de pesquisadores darwinistas que supõem que elas evoluíram a partir deles, a despeito das diferenças gigantescas. Esse estudo publicado na Science parece reforçar o fato de que répteis sempre foram répteis e aves sempre foram aves, exatamente como mostra o registro fóssil.[MB]

Leia também: "Fóssil de pterossauro revela segredos sobre sexo dos répteis extintos"

Que tipo de atenção você quer chamar?

Não adianta muito ficar horas no cabeleireiro ou sofrer colocando cílios postiços. O grande segredo para prender a atenção dos homens está em caprichar na produção dos lábios. Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Manchester, nos Reino Unido, concluiu que nos dez segundos seguintes a um homem ver uma mulher pela primeira vez, ele fica, em média, metade desse tempo olhando apenas para a boca. A informação é do Daily Mail. O experimento acompanhou os movimentos dos olhos de 50 homens, em resposta a imagens de diferentes mulheres. Quando elas usavam batom, a dificuldade de desviar o olhar era grande: eles gastaram, em média, sete segundos olhando os lábios, levando apenas 0,95 segundo vendo os olhos e 0,85 segundo observando os cabelos. Um tom de rosa na boca segurou a atenção deles por 6,7 segundos; já um batom vermelho os prendeu por 7,3 segundos.

Sem maquiagem, a boca feminina não fez tanto sucesso. Nesse caso, os homens dedicaram 2,2 segundos da atenção aos lábios, mas passaram 2,97 segundos admirando os olhos e 2,77 segundos observando os narizes. O estudo também mostrou que lábios carnudos, como os da atriz Angelina Jolie, são considerados os mais atraentes.

O doutor Geoff Beattie, que liderou a pesquisa, conta que a boca exerce um papel fundamental na atração sexual humana. “Lábios carnudos e vermelhos são perfeitos para provocar a fixação masculina, mas as mulheres que simplesmente usam batom – independentemente do seu tipo de lábio – são significamente mais atraentes do que aquelas que não usam”, disse.

(Galileu)

Nota: Os cristãos devem ser representantes de Cristo na Terra. Como "cartas vivas" (2Co 3:2), devem transmitir mensagem coerente, e seu exterior deve ser condizente com o conteúdo dessa mensagem. Temos que chamar atenção para nosso Mestre e ser caracterizados por uma beleza simples e pura. Pode parecer um tanto anacrônico falar disso em pleno século 21, mas é bom lembrar que princípios são eternos.[MB]

Leia também: "Inocência comprometida" e "Importa realmente o que vestimos?"

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Aminoácidos em meteorito?

A notícia darwinista do momento dá conta de que um meteorito conteria traços de aminoácidos do tipo levógiro (L), o que, para alguns pesquisadores dotados de grande imaginação, seria evidência de que a vida veio do espaço e colonizou nosso planeta. Talvez, daqui a algumas semanas, alguém detecte um erro e seja necessária retratação, como aconteceu com a bactéria “ET” da Nasa. Mas, enquanto isso não ocorre, para comentar esse assunto, ninguém melhor do que um cientista especialista em homoquiralidade, o Dr. Marcos N. Eberlin, da Unicamp:

“Essencialmente, o artigo trata da seguinte questão: Se poderia ser D ou L, por que L, então? E aí, ao encontrarem um pouquinho mais de L do que D em meteoritos, eles assumem que o pequeno excesso de L poderia ter induzido a vida a escolher a forma L. Ok, sugestão válida... Mas o buraco, nessa questão, é muito, muito, muito mais embaixo, um abismo embaixo. Não basta tentar explicar somente por que D e não L. Temos que explicar, na realidade, o grande enigma da vida, que não é esse. Qual seria, então, esse enigma? Como a vida se iniciou, em um processo não guiado, somente com um tipo de aminoácido, independentemente de ser D ou L? Como a vida, antes de ser vida, conseguiu desenvolver as maquinarias necessárias para separar e selecionar um dos tipos de AAs, e para todos os 20 AAs (19, na realidade, pois um não é quiral) que entram na receita de proteínas? Como, se processos naturais não guiados formam – nós sabemos hoje – uma mistura equivalente dos dois, 1:1, racêmica? Como, se cientistas em seus laboratórios, quando preparam AAs, formam misturas racêmicas? E como, levando em conta que cientistas, usando toda a sua imaginação, habilidade e inteligência, raramente conseguem grandes excessos enantioméricos (ee)? Isso porque se sabe que um só AA na orientação errada entrando na composição de uma proteína destruiria a função dela. Torceria a proteína para o lado errado, um veneno para a vida! Caos completo. Um bilhão de anos para formar uma; dois bilhões para formar duas; e a vida precisaria de várias e várias e ao mesmo tempo.

“Essas são as verdadeiras questões para as quais até hoje não encontramos respostas. Esse é o grande enigma da vida! O enigma da homoquiralidade dos seres vivos. Na verdade, é só metade do enigma, pois sabemos que os açúcares que constituem o DNA e o RNA também são quirais, e da orientação oposta à dos AAs. Os açúcares são enantiomericamente puros também, e da forma D. Para ser capazes de enovelar corretamente o DNA em uma dupla hélice. Ou seja, a maquinaria do LUCA (a primeira forma de vida, last universal common ancestor), para iniciar a vida neste planeta antes de a vida estar nele operando teria que saber reconhecer, separar e selecionar AAs do tipo L e açucares do tipo D. Dois ‘milagres’ simultâneos da evolução química, com os quais, abismados e boquiabertos, nos deparamos quando conseguimos, nós os químicos e bioquímicos, entender como a vida funciona em nível molecular. Com suas maquinas, seus ‘amazing rybosomes’, como a prêmio Nobel de Química, a profa. Ada Yonath, nos falou e nos mostrou em um vídeo de tirar o fôlego, aqui no Instituto de Química da Unicamp, em uma palestra. Os ribosomos, robôs moleculares com mãos, cabeça, cérebro. Como as kinesinas, com suas ‘pernas’, que andam através das rodovias moleculares de nossas células e que dependem de moléculas enantiomericamente puras para terem formas corretas, tridimensionalmente corretas. Um espetáculo de engenharia química e eficiência sintética! Design absolutamente perfeito, e de uma inteligência inimaginável. Sintese enantiosseletiva 100% eficiente. Maquinaria que faz e reconhece coisas que nós, cientistas, temos imensa dificuldade de fazer e reconhecer.

“Quem se atreveria, então, a explicar como, na sopa primordial, em processos não guiados, essa maquinaria surgiu e gerou a vida? Estamos tentando...”

Em tempo: A Folha.com noticiou o assunto com o título “Moléculas fundamentais à vida podem ter origem extraterrestre” e a Veja.com publicou entrevista com o Dr. Eberlin. Sabe o que essa teoria (que vem ganhando força) – a da panspermia cósmica – sugere? Que os cientistas darwinistas estão admitindo que aqui, na Terra, não haveria tempo suficiente, nem condições logicamente aceitáveis para o “surgimento” da vida. Assim, o melhor negócio é jogar o problema para fora, para o espaço. E quanto mais longe melhor.[MB]