sexta-feira, abril 30, 2010

Coordenador do NBDI explica o que é design inteligente

Aproveitando como “gancho” o 3º Simpósio Darwinismo Hoje, realizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, de 26 a 29 de abril, o portal iG publicou a reportagem “Design Inteligente ganha espaço no Brasil”. Na matéria de Isis Nóbile Diniz, é dito que “os partidários do Design Inteligente acreditam que algo, seja um Deus ou até mesmo um extraterrestre, seria o responsável pelas criações da maioria dos seres na Terra, em oposição ao darwinismo, que responsabiliza o mecanismo de seleção natural pela evolução dos seres vivos, inclusive o homem”. Nóbile informa que metade da população dos Estados Unidos acredita que Deus criou os seres literalmente como está descrito na Bíblia, e completa, ecoando uma crítica recorrente na imprensa: “Por isso, o Design Inteligente é chamado por seus críticos de ‘criacionismo disfarçado’, uma tentativa de dar um verniz científico a uma crença religiosa.”

Nóbile entrevistou os biólogos Atila Iamarino, da Universidade de São Paulo (USP), e Henrique Paprocki, da Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Segundo Paprocki, “o principal problema do Design Inteligente é montar sua teoria em cima de falhas na Teoria da Evolução”. Paprocki também afirma que “existem evidências indiscutíveis sobre a Teoria da Evolução, é como afirmar que a Terra gira em torno do Sol”. E justifica: “O fato de haver lacunas não significa que ela esteja errada.”

Iamarino apela para a medicina a fim de tentar embasar cientificamente a seleção natural: “Quando digo que a seleção natural favorece certos organismos, sei que na presença de antibióticos as bactérias resistentes tendem a ser favorecidas. Daí a necessidade de tomar os remédios durante todo o tratamento. É não dar chance para que algumas tenham a resistência selecionada e passem adiante essa característica”, explica. “O Design Inteligente é como dizer que o céu é azul porque alguém o deseja assim, não explica nem acrescenta”, acredita Iamarino.

Entrevistei o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente (NBDI), o mestre e doutorando em História da Ciência Enézio de Almeida Filho. [Leia a matéria completa no portal CNTN]

Brasileiros acreditam em Deus e em Darwin

O jornal Folha de S.Paulo publicou, no dia 2 de abril, os dados da pesquisa Datafolha que revelam o que o povo brasileiro pensa sobre a origem da humanidade. Para 59% dos 4.158 entrevistados, "os seres humanos se desenvolveram ao longo de milhões de anos a partir de formas menos evoluídas de vida, mas com Deus guiando esse processo de evolução". Uma parcela menor (25%) acredita que "Deus criou os seres humanos de uma só vez praticamente do jeito que são hoje, em algum momento nos últimos dez mil anos". Apenas 8% acreditam que "os seres humanos se desenvolveram ao longo de milhões de anos a partir de formas menos evoluídas de vida, mas sem a participação de Deus nesse processo".

Busquei a opinião de três pessoas – um darwinista, um teórico do design inteligente e um criacionista – que analisaram os números da pesquisa. [Leia o texto completo, publicado no Observatório da Imprensa, e deixe seu comentário lá.]

Para ler todos os meus textos publicados no OI, clique aqui.

quinta-feira, abril 29, 2010

Afinal, brasileiro reclama de quê?

O brasileiro (felizmente há exceções) é assim:

- Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
- Estaciona nas calçadas, até mesmo debaixo das próprias placas de proibição.
- Suborna, ou tenta subornar, quando é pego cometendo infração.
- Troca voto por qualquer coisa: cesta básica, areia, cimento, tijolo, dentadura.
- Fala ao celular enquanto dirige.
- Trafega pela direita nos acostamentos durante um congestionamento.
- Pára em filas duplas, triplas, em frente às escolas.
- Viola a lei do silêncio.
- Dirige após consumir bebida alcoólica.
- Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
- Espalha mesas, churrasqueira, banca de camelô nas calçadas.
- Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
- Faz gato de luz, de água e de TV a cabo.
- Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
- Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda, também para pagar menos imposto.
- Escreve que a cor da pele é mais morena, para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou R$ 10, pede nota de R$ 20.
- Comercializa os objetos doados em campanhas pós-catástrofes.
- Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
- Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
- Compra produto piratas com a plena consciência de que são piratas.
- Substitui o catalisador do carro por um que de catalisador só tem a casca.
- Se bater num carro estacionado, some fazendo de conta que não tem nada com isso.
- Mente a idade do filho para que passe por baixo da roleta do ônibus sem pagar passagem.
- Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
- Frequenta caça-níqueis e faz fezinha no jogo do bicho.
- Leva das empresas onde trabalha pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis, etc., como se isso não fosse roubo.
- Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas em que trabalha.
- Rouba assento de vaso sanitário e papel higiênico de restaurantes e de banheiros públicos.
- Falsifica tudo, tudo mesmo. Só não falsifica o que ainda não foi inventado.
- Quando volta do exterior, nunca fala a verdade quando o policial pergunta o que traz na bagagem.
- Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E querem que os políticos sejam honestos... Ora, os políticos, policiais, delegados, promotores, desembargadores, procuradores, ministros que aí estão saíram do meio desse mesmo povo. Ou não?

(UOL Mais)

Nota: O que mais agride meus ouvidos de brasileiro é ouvir que esta é uma nação cristã, quando tantos estão envolvidos com cultos pagãos e creem em doutrinas espiritualistas; quando tantos nunca põem a mão na Bíblia, mas fazem promessas aos santos ao mesmo tempo em que tiram a roupa ao ar livre no Carnaval, tudo diante das câmeras de TV; quando a bebedeira e o clima de festa “correm soltos” e alguns só se lembram de Deus quando ocorrem tragédias; e quando “celebridades” promovem a indecência e valores anticristãos se dizem “evangélicos”. Que país “cristão” é este?[MB]

Leia também: “A cara do Brasil”, “Maturidade nas passarelas (só lá?)” e “A imagem das brasileiras lá fora”

Álcool: não há dose segura

A lista dos possíveis fatores que elevam o risco de câncer de mama cresce a cada ano. Obesidade e sedentarismo têm seus efeitos danosos comprovados em números e estatísticas. A novidade no tema, embora ainda sem garantias oficiais, aponta que o consumo moderado de álcool também aumenta as chances da doença. Fabiana Baroni Makadissi, mastologista do Hospital A.C Camargo, explica a relação usando a metáfora da balança: os fatores de risco estão de um lado, e os de proteção, no outro. Nesse caso, endossa a médica, o desequilíbrio é condição para aumentar ou não a chance de aparecimento da doença. Quanto maior for o peso da proteção menor serão os riscos.

A especialista diz que a matemática é simples. O câncer está diretamente relacionado à qualidade de vida. “Ainda não temos como dominar e controlar a doença, mas tudo que for possível fazer para deixar o organismo equilibrado, é benéfico e diminui as chances dela aparecer.”

Segundo Fabiana, o câncer de mama é multifatorial, ou seja, causado por diversos fatores. A obesidade, o sedentarismo e o consumo de álcool não desencadeiam a doença sozinhos, mas potencializam os riscos. “Nascer mulher e estar envelhecendo também são fatores de risco para o surgimento da doença. Estes dois não temos como mudar, mas os outros fatores sim. A manutenção da saúde, é responsabilidade de cada um.” [Leia mais]

quarta-feira, abril 28, 2010

Mitos que podem custar vidas

Em um mundo ideal, todos deveriam ter formação em primeiros socorros. Mas, de acordo com St. John Ambulance, até 150 mil pessoas morrem desnecessariamente na Grã-Bretanha a cada ano por ataques cardíacos e vítimas de asfixia. Por causa disso, a instituição de caridade “The Difference” lançou uma campanha para ensinar como lidar em situações comuns. A entidade aponta os dez maiores equívocos em se tratando de primeiros socorros:

Mito 1: A ambulância chegará em um minuto. Não, se você apenas chamá-la, ela não vai. Na Inglaterra, por exemplo, a meta de tempo de resposta para emergências de risco de vida é de oito minutos, e apenas para 75% de todos os incidentes. Tempo suficiente para que o acidentado, dependendo da gravidade, morra. [Conheça os outros nove mitos]

Pesquisadores creem ter encontrado a arca de Noé (2)

Hoje foi a vez de o Portal Terra repercutir a notícia sobre a suposta localização da arca de Noé: “Um grupo de cientistas turcos e chineses afirma ter localizado a arca de Noé no monte Ararat, de acordo com a imprensa turca. O pesquisador chinês Yang Ving Cing diz que eles encontraram uma estrutura antiga de madeira [foto] em uma altitude de 4 mil metros no monte que fica no leste da Turquia, na fronteira com o Irã. O cientista é membro de uma organização internacional dedicada à busca pela arca em que, conforme a Bíblia, Noé e sua família escaparam do dilúvio universal. Segundo Cing, a estrutura encontrada tem 4,8 mil anos. [...]”

Estranhamente, a imprensa nacional ainda mantém silêncio sobre o achado. Ontem, em língua portuguesa, creio que este blog e portal de notícias CNTN foram os únicos a publicar a nota. Hoje apenas o Terra repercutiu o achado. Se fosse algo que contrariasse a Bíblia, creio que seria primeira página nos principais jornais...

Ontem mesmo, em conversa com o amigo Dr. Urias Takatohi, do Unasp, concluímos que a cautela deve nos fazer mesmo esperar mais informações e estudos. Segundo ele, que é doutor em física e é um dos meus entrevistados no livro Por Que Creio, numa consulta ao Google Earth com as coordenadas Latitude 39°41'46.35"N, Longitude 44°20'14.99"L e a fotos no site Panoramio (aqui, aqui e aqui), não é preciso ser especialista em geologia para perceber que a montanha chamada de Ararate (ou Ağrı Dağı) é um cone vulcânico mais recente do que o planalto de 1.800 m, do lado turco, ou o vale de 800 m do lado armênio. Na realidade, há vários cones vulcânicos visíveis em torno. “A aparência desses cones vulcânicos é bem ‘recente’”, ele avalia. “Esse tipo de montanha não cresce pela elevação do terreno existente como se observa nos Himalaias, Andes e Rochosas. A montanha cresce por deposição de material ejetado do interior em erupções vulcânicas. Se a arca tivesse ficado na região onde se esperaria encontrá-la? A 4.000 m ou soterrada no meio da montanha sob grandes quantidades de material vulcânico?”

A Bíblia afirma que a arca de Noé pousou sobre as "montanhas do Ararate" (Gn 8:4), mas não especifica sobre qual delas. Seria muito bom que a embarcação ou parte dela (se é que Noé e sua família não utilizaram a madeira para construir suas casas) fosse encontrada, mas nossa fé não precisa repousar nesse tipo de evidência. Há muitas outras.

Com relação à datação da amostra, também ficam dúvidas no ar. Para justificar idades pelo método do Carbono 14 (C14) maiores do que 6.000 anos, R. H. Brown (leia o estudo dele aqui) levanta a hipótese de que antes do dilúvio a proporção de C14 no ambiente biológico e, consequentemente, nos materiais de origem biológica deveria ser muito pequena dando uma aparência de idade maior do que a real. O petróleo e o carvão mineral, segundo os modelos criacionistas, são materiais orgânicos pré-diluvianos e apresentam proporção de C14 compatível com idades C14 correspondentes ao limite do método em torno de 40.000 a 50.000 anos. A madeira da arca deveria ter a mesma idade C14 do petróleo e do carvão mineral.

Estaria errada a idade apresentada por Cing? Conclusão do Dr. Urias: “Não podemos dizer que a datação seja obrigatoriamente discrepante, a menos que o método de datação usado tenha sido o C14.”

Católicos divididos - a morte das utopias

Deu na IstoÉ da semana passada: “Uma transformação política silenciosa vem ocorrendo no seio da Igreja Católica do Brasil, cujo papel político nas últimas décadas esteve intrinsecamente ligado ao Partido dos Trabalhadores. É cada vez mais evidente o fim da hegemonia do PT entre as lideranças religiosas e os leigos que atuam nos movimentos sociais ligados à Igreja Católica. Espécie de caixa de ressonância do petismo nas camadas mais pobres da sociedade, boa parte das chamadas pastorais sociais resolveram sair da clausura e proclamar o rompimento com o governo Lula. Com ataques duros direcionados ao Palácio do Planalto, muitas dessas organizações agora apostam suas fichas em outras legendas. Considerada nos bastidores da Igreja como o maior racha político depois da redemocratização do País, a divisão dos católicos ganhará visibilidade a partir do dia 4 de maio, em Brasília, quando mais de 300 prelados brasileiros estarão reunidos na 48ª Assembleia-Geral dos Bispos do Brasil, evento anual tido como o mais importante encontro da cúpula católica do País. [...] ‘A Igreja nunca esteve tão dividida’, admite dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás, um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

“A portas fechadas, a reunião dos bispos debaterá durante nove dias a conjuntura política nacional e, prioritariamente, o novo papel das comunidades eclesiais de base (CEBs) – grupo interno da Igreja que surgiu na década de 60 incentivado pelo Concílio Vaticano II para ampliar a leitura dos textos litúrgicos. No Brasil, alinhadas à teologia da libertação, as CEBs ganharam musculatura lutando contra a ditadura militar. Assim como o sindicalismo, do qual veio o presidente Lula, as comunidades eclesiais de base tiveram um papel fundamental na construção e fundação do PT. Como braço dos petistas dentro da Igreja, elas assumiram funções importantes em todas as eleições de Lula e, claro, na sua chegada ao poder.

“No novo cenário político católico, os dirigentes dessas comunidades – elas são quase 50 mil espalhadas pelo Brasil – estão migrando em massa para o PV, o PSOL e até para o PSTU. ‘Perdemos a capacidade de nos indignar’, escreveram na última semana as lideranças das Cebs em uma carta entregue aos bispos que participarão da reunião da CNBB. ‘Está tudo muito confuso, existe muito ressentimento com Lula por causa da defesa do neoliberalismo e do lançamento do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH)’, avalia dom Tomás. A defesa da legalização do aborto e da união civil entre pessoas do mesmo sexo, proposta pelo PNDH, indignou todas as correntes da Igreja Católica e as unificou na crítica ao governo petista. ‘O PT não soube tratar a Igreja como parceira histórica’, avalia o vereador petista Toningo Kalunga, da cidade de Cotia (SP), dirigente das comunidades de base. [...]

“Assessor da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), [Sérgio] Coutinho alerta que, hoje, as lideranças da Igreja estão divididas basicamente em três setores: os ambientalistas, os desenvolvimentistas e os espiritualistas, esses últimos, defensores da ‘volta para a sacristia’ dos religiosos militantes. ‘De certa forma, a Igreja se despolitizou’, diz.

“O PT e o governo [...] não querem comentar a crise entre os dirigentes religiosos, mas estão à procura de um novo Frei Betto, ex-assessor de Lula e uma das vozes mais respeitadas entre os católicos de esquerda, para acenar a bandeira branca para os católicos.”

Nota: Dos 15 aos 18 anos, fui militante ativo da Pastoral da Juventude católica (leia mais aqui). O grupo de jovens que eu dirigi era alinhado à Teologia da Libertação, de Leonardo Boff. Éramos sonhadores cheios de utopias. Queríamos “implantar o reino de Deus na Terra” (e nem sabíamos bem o que isso significava). Anos depois, olhando para trás, vejo que muitos dos meus amigos acabaram descambando para um de dois extremos: ou perderam completamente a fé, tornando-se agnósticos e até ateus, ou abraçaram uma religiosidade alienada, neopentecostal (ou carismática, como queira) – o próprio Boff se tornou místico e o Frei Betto saiu de fininho do governo. Por que isso aconteceu? Porque as utopias humanas faliram. Nossos sonhos de uma sociedade mais justa pela via política foram para o brejo. Os ideais da esquerda se mostraram frágeis. Desiludido, percebi que o problema humano é mais profundo e mais grave – se chama pecado. Se não houver conversão e perdão, nenhum sistema político conseguirá transformar a sociedade. Seres humanos não convertidos e egoístas não vão amar ao próximo como a si mesmos e vão menear a cabeça para a ideia de “opção preferencial pelos pobres”. Hoje entendo que a igreja tem, sim, função e missão social, mas não pode esquecer seu papel principal: ir e pregar o evangelho da salvação em Jesus, preparando um povo para encontrá-Lo quando Ele vier segunda vez. Igreja e Estado devem se manter separados. A missão da igreja é superior. A volta de Jesus não é utopia; na verdade, é a solução definitiva para todos os problemas humanos, foi prometida pelo próprio Mestre e está prevista em centenas de textos bíblicos.[MB]

Terremoto em Papua-Nova Guiné e no Amazonas

O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que vigia a atividade sísmica mundial informou que o epicentro do terremoto que atingiu Papua-Nova Guiné foi detectado a 66 quilômetros de profundidade, a 28 quilômetros ao leste da localidade de Lae e a 303 ao norte de Port Moresby, capital do país. Papua-Nova Guiné ocupa a parte oriental da ilha de Papua, cuja metade ocidental pertence à Indonésia, e se assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma região de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida por cerca de sete mil tremores ao ano, a maioria moderados. Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto superior a nove graus de magnitude sacudiu a costa ocidental da ilha indonésia de Sumatra e gerou um tsunami. Do outro lado do mundo, um terremoto de 4,9 graus de magnitude atingiu também o extremo oeste do Amazonas, na noite de domingo. O tremor ocorreu na divisa com o Acre, a uma profundidade de 17 km. O epicentro foi a 100 km a noroeste de Cruzeiro do Sul, no Acre. Não há relatos de vítimas ou danos materiais.

(Último Segundo e EBand)

terça-feira, abril 27, 2010

Sob o império da bobagem

No conto “A muralha e os livros”, do escritor argentino Jorge Luis Borges, ele nos fala de um imperador chinês chamado Che Huang-ti, que mandou queimar todos os livros antes dele e que ordenou também a construção da Muralha da China. Queria dar inicio à história a partir dele e, consequentemente, apagar o passado. Nenhum registro do passado, como se nada houvesse ocorrido. Tudo começa a partir dele e a muralha é uma espécie de extensão do próprio ego. A partir desse breve apanhado do texto de Borges, ocorreu-me falar de um império imposto hoje à sociedade: o império da bobagem. Se o imperador chinês achou por bem dar fim aos livros para aniquilar a história, o distanciamento dos livros, a não leitura e a não recorrência provoca, a meu ver, determinado aniquilamento dos livros, consequentemente, da nossa história.

Uma mídia que massifica cada vez mais a sociedade, eliminando o senso crítico, a depuração cognitiva e o senso estético nos faz caminhar para o império de Che Huang-ti. Sem passado e com uma muralha à nossa frente.

No livro Quem Somos Nós, que originou o filme homônimo, à página 126, os autores William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente escreveram: “Que tipo de conhecimento a mídia de hoje apresenta às pessoas? Só o necessário para que saiam e comprem um hambúrguer. Nunca o suficiente, de fato. Nunca o bastante para inspirar e mostrar o que é possível na vida.”

Vivemos sob o império da bobagem e da coisificação. Recentemente, a Rede Globo, pela décima vez, colocou no ar o programa BBB que atingiu os maiores índices da história de reality shows do planeta. A última votação para dar o prêmio ao finalista bateu a faixa dos 135 milhões de acessos. O que leva tanta gente a desejar dar um prêmio a um ilustre desconhecido que nada fez pela sociedade, nenhum livro escrito que merecesse um Nobel, nem uma descoberta cientifica que viesse tirar milhões de pessoas da doença e do sofrimento? Ouviu-se aqui e acolá que tal personagem tem caráter. Caráter? Um milhão e meio de reais anda remunerando caráter? Quanto vale o seu e o meu caráter?

Ainda fazendo menção ao livro Quem Somos Nós, os autores dizem o seguinte a respeito da fama e do dinheiro: “O bombardeio diário da publicidade procura dar ênfase à ideia de que a realização é alcançada quando obtemos alguma coisa no mundo exterior. Mas o fato é que depois de conseguir mais automóveis, casas, dinheiro e fama, o que resta é você mesmo” (p. 129).

O império da bobagem nos faz acreditar na religião da coisificação. O “caráter” vai sempre ter um processo associativo ao aquisitivo. Mensura-se a pessoa pela propriedade. Se não estou lá para ganhar o prêmio, vou premiá-lo como se fosse a mim mesmo. No fundo, todos os votantes do escrutínio do BBB são os ganhadores do um milhão e meio.

E assim vamos sucumbindo sob império da bobagem, auxiliando nosso grande Che Huang-ti a queimar livros e a nossa própria história. E similarmente aos fatos históricos, contribuímos para a grande construção da nossa muralha que, ao fim, servirá a uns poucos que se locupletarão desse vazio impositivo, desse desmemoriar de um povo.

(Livingston Santos Streck, bacharel em Direito)

Pesquisadores creem ter encontrado a arca de Noé

Um grupo de pesquisadores formado por especialistas turcos e chineses assegura ter localizado a bíblica arca de Noé no Monte Ararate [foto], segundo informou nesta quarta-feira a imprensa turca. Um dos membros do grupo, o documentarista chinês Yang Ving Cing, assegurou que foi localizada uma estrutura de madeira antiga a uma altitude de 4 mil metros, no Ararate, situado a leste da Turquia, perto da fronteira com o Irã. O explorador, membro de uma organização internacional dedicada à busca da mítica [sic] embarcação na qual Noé e sua família escaparam do dilúvio universal, garantiu que os restos encontrados têm 4.800 anos de idade.

“Não é cem por cento seguro que seja a arca, mas pensamos que haja 99,9 por cento de chances”, indicou Ving em declarações à agência turca Anadolu. “A estrutura do barco tem muitos compartimentos e isso indica que podem ser os espaços nos quais ficaram localizados os animais.”

Ele também explicou que o governo turco foi contatado com o pedido de proteção da região a fim de que possam ser iniciadas as escavações e acrescentou que será solicitado à Unesco que inclua essa região em sua lista de patrimônios da humanidade.

Não é a primeira vez que grupos de pesquisadores da arca asseguram haver localizado a embarcação no Ararate, a montanha mais alta da Turquia, onde a Bíblia narra que Noé desceu quando as águas do dilúvio universal baixaram.

(Agência EFE)

Nota: Está aí a notícia divulgada pela agência de notícias EFE. Não é a primeira vez que algo assim é noticiado, por isso é preciso cautela e paciência para aguardar novas pesquisas e descobertas. Creio ser possível que a arca esteja preservada, mas se realmente será encontrada, só o tempo dirá. Agora note a observação sem sentido feita no site Ciência Hoje, que também divulgou o achado: “Há ainda outros especialistas que apontam ser mesmo impossível um barco naufragar a uma altitude superior a três mil metros, o que impossibilita a veracidade dessa lenda [sic] comum ao cristianismo, judaísmo e islamismo, segundo a qual Deus decidiu criar um dilúvio, tendo, antes disso, dito a Noé, um dos seus seguidores, para construir uma arca e salvar um par de cada espécie animal.” Quem disse que o Ararate tinha mais de três mil metros de altura quando o dilúvio teve fim? Esquecem-se de que as grandes cordilheiras e muitas formações montanhosas têm sido soerguidas ainda hoje pela ação da tectonia de placas? Imagino que tipo de “explicações” esses “especialistas” darão caso a arca seja mesmo localizada algum dia...[MB]

Leia também: "Dilúvio: Lenda ou Fato?"

Como salvar seu casamento

A revista Época da semana passada trouxe como matéria de capa uma reportagem intitulada “Como salvar seu casamento”. Achei especialmente interessantes as dicas “6 conselhos que podem ajudar”, elaboradas por psicólogos e estudiosos do casamento:

1. Modelo de casamento. Fomos educados a acreditar que o casamento é romântico. Pois ele não é. Talvez, se tivéssemos mais informação sobre como o casamento se dá, teríamos menos decepções com ele. O casamento é uma relação de conexão com o parceiro, é educar filhos juntos, é cuidar um do outro, é ser fiel ao outro [mas também é alimentar o romantismo, sim].

2. Passar tempo juntos. Uma das principais causas das separações é o casal não passar muito tempo junto. Priorize seu casamento. Tire férias ao menos uma vez por ano sem as crianças [hmm, difícil...] e desligue-se do trabalho. [Leia mais]

Agora dinossauros morreram por causa de frio

Cientistas afirmam que os dinossauros podem ter sido extintos não pela ação de um cometa, mas por uma queda brusca de temperatura. Segundo pesquisadores da universidade de Plymouth, nos Estados Unidos, fósseis encontrados na Noruega indicam que a temperatura dos mares caiu de uma variação entre 9ºC e 13ºC para entre 4°C e 8°C há cerca de 137 milhões de anos [sic]. As informações são do Daily Mail. Os pesquisadores acreditam o frio foi causado por uma mudança repentina na corrente do Golfo, no Oceano Atlântico, um fenômeno que poderia voltar a acontecer. De acordo com os cientistas, a extinção dos dinossauros foi resultado de uma série de eventos ambientais que começaram com a mudança na temperatura, ao contrário do que diz a teoria mais aceita, que a extinção foi resultado de um evento cataclísmico - como a queda de um meteoro - há 65 milhões de anos.

O estudo, coordenado pelo cientista Gregory Price, utilizou fósseis e minerais encontrados em Svalbard, na Noruega, que indicam a queda na temperatura. Os pesquisadores afirmam que o frio foi muito severo para as espécies que viviam em locais mais quentes, como áreas mais rasas de oceanos, além da terra e pântanos. Esses animais teriam morrido por não aguentar a mudança.

Os cientistas dizem ainda que o momento em que essa queda ocorreu foi em um momento de efeito estufa, similar ao que ocorre hoje com o planeta. "A queda nas temperaturas talvez tenha sido causada por uma mudança na circulação do oceano, muito parecido com o que está sendo previsto para a Corrente do Golfo", diz Price à reportagem.

"Nós acreditamos que os dinossauros eram provavelmente criaturas de sangue frio e teriam que se esquentar para viver. Se eles não foram capazes de migrar para o sul, eles podem ter acabado extintos. (...) Acreditamos agora que eles morreram gradualmente e é muito possível que isso tenha sido causado por uma série de mudanças climáticas", diz o pesquisador.

Ainda de acordo com a reportagem, a queda na temperatura pode ter ocorrido por causa dos altos níveis de CO2 na atmosfera, o que teria aumentado o calor no planeta e feito derreter o gelo polar - um fenômeno atualmente previsto para acontecer novamente na nossa era.

(Terra)

Nota: Se a morte dos dinos foi "gradual", como explicar o processo de fossilização em larga escala e as evidências de morte por afogamento? Bem, pelo menos já estão admitindo que a extinção dos dinossauros (e de muitos outros animais, na verdade) foi devida a mudanças ambientais globais. Possivelmente, esses animais já mortos tenham sido congelados na glaciação posterior ao dilúvio. Resta apenas aos pesquisadores juntar todas as peças do quebra-cabeça (intensa chuva meteorítica, vastos derrames de lava, transgressão marinha e deposição de sedimentos nos continentes, formação plano-paralela rápida da coluna geológica, soterramento instantâneo e fossilização em massa de muitos animais, queda de temperatura, etc.) num único evento cataclísmico.[MB]

segunda-feira, abril 26, 2010

O que importa é a beleza interior. Sei...

Diversas mídias deram destaque à novela "Bela, a Feia", exibida pela rede Record. O folhetim, inspirado na colombiana "Yo Soy Betty la Fea", provou de um boom na audiência. A razão? A aguardada transformação que a personagem principal Bela sofreu. Dada como morta, ela retorna como Valentina, executiva belíssima. Aliás, uma rápida pesquisa de imagens no Google confirma: nem na série original ou mesmo no remake norte-americano "Ugly Betty" a transformação foi tão radical. O segredo do sucesso repentino sequer chega a surpreender. Basta tomar uma belíssima atriz e usar todos os recursos de maquilagem para enfeiá-la (diversas reportagens contaram o que fizeram a Gisele Itié, protagonista da trama da Record, para que a atriz parecesse gorda e com rosto desproporcional). Daí, cria-se a expectativa de sua transformação e voilá.

O fundo moral de "Bela, a Feia" bate na velha tecla: não importam as aparências, mas o interior e blá, blá. Ironicamente, a novela se desmente: se o interior é o mais importante, por que a menina feia tem que se submeter a uma superprodução e aparecer fashion? Isso sem se levar em conta o público, que reagiu positivamente à Bela repaginada, mostrando que beleza interior é mesmo assunto que interessa apenas a decoradores. De reles cinco pontos, pior momento da novela, com a nova versão, foram atingidos 18 pontos de audiência. Alguns chegam a especular que no Rio de Janeiro a Record passou a Globo em audiência com a novela, atingindo o primeiro lugar.

Isso porque as aparências não importam...

(Questão de Confiança)

O Globo deixa claro preconceito contra IURD

A Rede Record exibiu neste domingo (25/04) uma reportagem em que critica o tratamento dado pelo O Globo a um evento religioso da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O Dia D, como é chamada a festa, reuniu mais de oito milhões de pessoas em todo o Brasil. O evento foi retratado pelo jornal carioca como um "caos" para o Rio de Janeiro. A reportagem da Record questionou o destaque negativo dado ao encontro religioso na manchete “Caos no Rio de novo surpreende autoridades”. “A foto ocupava meia página e não mostrava o evento, só ônibus estacionados. E comparava uma festa religiosa com a tragédia que provocou a morte de mais de 250 pessoas no começo desse mês”, critica a emissora. Na página interna, o jornal fez um trocadilho com o nome da igreja: ”Caos universal e autorizado”. De acordo com um cientista político entrevistado pela Record, a crítica do jornal à Iurd foi clara.

No dia seguinte, O Globo publicou outra matéria sobre o evento. “Inquérito apura responsável por caos durante megaculto”, com algumas fotos de montanhas de lixo deixadas pelos fiéis. “O jornal não mostra que voluntários do evento recolheram o lixo”, rebateu a Record, que ainda acusa o veículo de ter “manipulado a imagem”.

A emissora ainda acusa O Globo de ter ridicularizado a festa. Uma frase em destaque zombava: "O evento era da igreja, mas a visão era do inferno". Algumas frases como essas partiram dos leitores e entrevistados pelo veículo.

Para finalizar a reportagem, a Record disse que o jornal não deu espaço para os fiéis ou organizadores do evento. “Outro detalhe revela o preconceito: os fiéis e os organizadores do evento não aparecem nas páginas do O Globo, o jornal não quis ouvi-los”, afirmou.

A emissora questionou e comparou o tratamento dado, por um jornal do grupo Infoglobo, a um evento católico [do Padre Marcelo Rossi] ocorrido em São Paulo há dois anos. “Mas por que o tratamento não foi igual na cerimônia da enseada de Botafogo? Qual a explicação para tanto preconceito religioso?”, questiona a emissora.

Na última semana, o bispo da Universal, Clodomir Santos, já havia respondido ao jornal, afirmando que o tratamento dado ao evento era "uma maldade" e "falta de respeito", ao comparar a festa ao caos das chuvas no Rio.

(Comunique-se)

Nota: Para a Globo, Parada Gay, Carnaval, Círio de Nazaré e outros eventos (religiosos ou não) igualmente "caóticos" são tema de reportagens positivas. Para a Globo, fazer apologia do homossexualismo, do adultério e do espiritismo em novelas, tudo bem. Mas, quando se trata da Igreja Universal, mesmo quando não há acusações ou suspeitas que rendam pautas genuinamente investigativas, a empresa dos Marinho não perde a chance de "alfinetar" e deixar claro seu preconceito contra a igreja e sua preocupação com a concorrência da Record. Essa série de matérias de O Globo é prova disso. Os telespectadores e leitores merecem bom jornalismo. A concessão de uma emissora é pública. Até quando a população ficará assistindo a essa briga feia? Não tenho nada com isso e, como cidadão, exijo mais respeito.[MB]

Sam Harris: o fim da razão

O filósofo americano Sam Harris, autor de O Fim da Fé (Companhia das Letras, 2009), que segundo alguns é bem parecido com o comediante Ben Stiler, foi questionado numa entrevista com Bethany Saltman se suas conclusões sobre a religião não tinham ido longe demais. Harris respondeu: “Se tivesse uma varinha mágica com a qual eu pudesse escolher erradicar todas as crenças religiosas ou o estupro, eu escolheria erradicar a religião” (Ravi Zacharias, The End of the Reason, p. 16, 17). Espero que ele nunca tenha que passar por uma situação em que alguém de sua família seja vítima desse tipo de atrocidade. Esta é a verdadeira face do ateísmo: não há nada de errado com atitudes como estupro.

Por que Harris não conversa com os amigos dele, Dawkins e Hitchens, para pegarem leve com o Catolicismo? Para o ateísmo, o que sacerdotes católicos fizeram não tem nada de errado! Conversei demoradamente com um ateu muito esclarecido na semana passada. Ele estava todo orgulhoso com a atitude dos seus escritores favoritos (Dawkins e cia) em relação ao Papa. Palavras dele: “Eu não acredito no bem e mal, mas pedofilia é algo mal!”

Tão confusa quanto o neoateísmo de Sam Harris acredito ser a música dos Titãs “O que”: “Que não é o que não pode ser; que não é o que não pode ser; que não é, não é... não não não é!”

Alguém conseguiu entender?


(Luiz Gustavo Assis é pastor em Caxias do Sul, RS, e escreve para o site Outra Leitura)

Chile: cidade pode se mover 12 m até fim do ano

Os 650 km do território chileno sacudidos por um terremoto de 8,8 graus na escala Richter no dia 27 de fevereiro seguem se movimentando e em alguns pontos, como a cidade de Concepción, o deslocamento pode chegar a 12 m até o fim do ano. Os dados são de um estudo realizado pelo Instituto Geográfico Militar e especialistas chilenos e estrangeiros, que indicaram anteriormente que a cidade de Concepción, 515 km ao sul de Santiago, já se deslocou 3 m para o sudoeste durante o terremoto. Um mês depois, segundo os especialistas, a placa sul-americana, cujos atritos com a placa de Nascar causam a maioria dos tremores no Chile, se deslocou outro metro na zona, na mesma direção.

Tudo isso, segundo o estudo, que é citado na edição dominical do jornal La Tercera, faz parte do chamado "movimento post-sísmico", que até o fim de 2010 pode deslocar Concepción 12 metros para o sudoeste.

A direção do deslocamento também mudou com relação ao movimento normal do continente, que é de entre três e quatro centímetros anuais para o nordeste, ou seja, em direção a África, segundo explicou o coronel Juan Vidal, diretor do Instituto Geográfico Militar.

Por outro lado, o terremoto gerou um movimento oposto, para o sudoeste. "Houve cidades como Concepción que se movimentaram 3 m e até Buenos Aires se movimentou alguns centímetros", disse Vidal.

Ele acrescentou que os deslocamentos "post-sísmicos" são de entre 3 e 4 cm diários na zona de Concepción e Cobquecura, o que significa cerca de 1 m por mês.

Santiago, a capital do Chile, foi deslocada 27 cm rumo ao Pacífico pelo terremoto e espera-se que se mova mais 1 m até o fim do ano.

Para Vidal, isso significa que nas regiões afetadas será preciso modificar os planos reguladores das cidades, as concessões mineiras, a localização geodésica e os mapas mais especializados.

(Terra)

Nota: Se em menos de um ano os efeitos pós-sísmicos de um único terremoto podem fazer com que uma região se desloque 12 metros, do que seria capaz um evento cataclísmico de dimensões globais, como o dilúvio de Gênesis, com toda a atividade geológica resultante dele? Teriam sido necessários tantos milhões de anos para que os continentes Americano e Africano se afastassem tanto? Elevações montanhosas precisariam necessariamente de muito tempo para se formar? Catástrofes geológicas recentes têm nos ensinado que o uniformismo é um modelo "furado" e que para se chegar à configuração topográfica atual do planeta Terra não seriam necessários os alegados milhões ou bilhões de anos.[MB]

Abusos causam abandono maciço da Igreja Católica

O escândalo de abusos de crianças está levando centenas de fiéis católicos alemães a dar baixa da tributação voluntária do imposto destinado ao financiamento das comunidades religiosas. Números que foram divulgados neste fim de semana pelo jornal Frankfurter Rundschau mostram que a situação é muito dramática no Sul da Alemanha, sobretudo no estado da Baviera. Na diocese de Bamberg, onde havia duas a três centenas de desistências por mês, foram registadas 1.400 no mês passado. Na de Würzburg o aumento foi de 400 para um total de 1200. Em Ratisbona, onde houve casos de maus tratos num coro dirigido pelo irmão do Papa Bento XVI, Georg Ratzinger, o número de baixas multiplicou-se por cinco. Em Augsburgo, onde pediu a demissão o bispo Walter Mixa, o número de fiéis que desistiram desde o início do ano é de 4.300.

A Alemanha é um dos países que têm o chamado imposto da Igreja, ou seja, um empregado pode pedir ao patrão para destinar uma certa percentagem do seu rendimento à comunidade religiosa a que pertence. 8% a 9% são as taxas mais praticadas.

Trata-se de um mecanismo já previsto na Constituição da República de Weimar em 1919, que foi adotado três décadas depois pela atual lei fundamental alemã.

No caso português o que existe é a possibilidade contemplada na Lei da Liberdade Religiosa de destinar uma quota de até 0,5% do imposto sobre o rendimento a uma igreja ou comunidade religiosa radicada em território nacional.

Essa tendência na Alemanha vem juntar-se a uma iniciativa que está sendo promovida através da Internet na Irlanda, um dos países com mais casos de abusos físicos e sexuais contra menores de idade por parte de religiosos católicos.

www.countmeout.ie recebeu até o fim do mês de janeiro mais de seis mil formulários preenchidos por pessoas que pretendem abandonar a igreja, com todas as consequências que isso implica. Exclusão de cerimónias religiosas, como casamentos ou funerais, são apenas alguns exemplos.

Mediante o escândalo, o Papa Bento XVI tudo tem feito para limpar a imagem da sua igreja, desde aconselhar os padres a quebrar o silêncio e a denunciar os abusos às autoridades judiciais civis a aceitar a demissão de bispos que admitiram ter estado eles próprios na origem desses abusos.

No discurso que ontem fez na Praça de São Pedro, em Roma, Joseph Ratzinger elogiou uma associação de luta contra a pedofilia que foi criada por um padre siciliano há 14 anos. "Envio os meus votos à Associação Meter, que se dedica à luta contra a violência, a exploração e a indiferença", disse, citado pela AFP.

No mesmo dia, o polémico cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, afirmou, em entrevista ao La Vanguardia, que "não há relação direta entre o celibato e a conduta desviante apresentada por alguns padres. É precisamente a violação do celibato que gera a degradação progressiva da vida de padre".

(DN Globo)

Nota: Uma coisa é certa: o Vaticano terá que empreender grande esforço e tomar sérias medidas para recuperar a imagem arranhada da Igreja Católica. Não sabemos como, mas isso vai acontecer, uma vez que as profecias apocalípticas garantem o poderio católico até bem perto do fim da história deste mundo. Talvez um novo papa carismático e respeitado consiga isso, à semelhança do que Obama pode fazer nos Estados Unidos. Quem viver verá...[MB]

domingo, abril 25, 2010

Hawking diz que devemos evitar contato com ETs

O renomado físico britânico Stephen Hawking sugeriu que os seres humanos devem evitar fazer contato com seres extraterrestres. Em uma série de documentários a ser exibida em maio no Discovery Channel, Hawking diz que é "perfeitamente racional" acreditar que pode existir vida fora da Terra, mas adverte que os alienígenas podem simplesmente roubar os recursos do planeta e ir embora. "Se os alienígenas nos visitassem, as consequências seriam semelhantes às (que aconteceram) quando (Cristóvão) Colombo desembarcou na América, algo que não acabou bem para os nativos", afirma. "Nós só temos que olhar para nós mesmos para ver como vida inteligente pode evoluir para alguma coisa que não gostaríamos de encontrar."

No passado, foram enviadas sondas para o espaço levando artefatos com diagramas e desenhos mostrando a localização da Terra.

Hawking diz que a probabilidade matemática é de que existam seres vivos em outros lugares do universo mas "o verdadeiro desafio é imaginar como poderia ser a aparência dos alienígenas".

O programa especula sobre várias espécies de extraterrestres, inclusive herbívoros de duas patas e predadores semelhantes a lagartos. Hawking admite, contudo, que a maior parte dos seres em outras partes do universo provavelmente não passará de micróbios.

Em uma série exibida recentemente na TV da BBC - Wonders of the Solar System (Maravilhas do Sistema Solar) - o físico britânico da Universidade de Manchester, Brian Cox, também sugeriu que pode haver vida em outra parte do nosso sistema solar. Segundo Cox, pode haver organismos sob a camada de gelo que envolve Europa, uma das luas de Júpiter.

Ele afirmou que aumentam os indícios de que pode haver vida em Marte. "Nós só saberemos com certeza quando a próxima geração de naves espaciais, adaptadas para procurar vida, for lançada para as luas de Júpiter e as planícies áridas de Marte nas próximas décadas."

(BBC Brasil)

Nota: Contrariando os temores de Hawking, quando fizermos contato com os bons extraterrestres (Jesus e Seus anjos), esse será um encontro fantástico e memorável! Na verdade, é um encontro esperado e anunciado nas Escrituras há muito tempo - a segunda vinda de Cristo (Mt 24:30, 31). Infelizmente, uma multidão de outros extraterrestres já vive entre nós há milênios. São os anjos caídos sobre os quais falam o Apocalipse e outros livros bíblicos. Esses é que "pintam e bordam" fingindo ser espíritos de mortos e até mesmo falsos extraterrestres. E fazem tudo isso para desviar o foco das pessoas do que realmente importa: a vida eterna.[MB]

Leia também: "Extraterrestres existem?"

Casais que lavam louças juntos são mais felizes

Um novo estudo publicado pela Universidade de Ontário, no Canadá, revela que casais que dividem as responsabilidades domésticas são mais felizes e satisfeitas que famílias com outros modelos de divisão de trabalho. A categoria considerada de “papéis divididos” – em que cada parceiro realiza de 40 a 60% do trabalho doméstico sem remuneração – já correspondem a 25% das famílias daquele país. Segundo o estudo, grande parte dessas famílias têm mulheres que trabalham fora, ganham bem e são menos religiosas. Já o modelo de família tradicional, em que os homens realizam o trabalho remunerado e as mulheres realizam o trabalho doméstico não-remunerado, está diminuindo, mas ainda constitui grande parte das famílias. Os pesquisadores sugerem que a divisão de trabalhos domésticos é mais vantajosa para a sociedade, em termos de igualdade de gêneros e a capacidade de participação por adultos no campo de trabalho. O estudo também afirma que o modelo é mais vantajoso pois não deixa a mulher desamparada em caso de separação, divórcio ou morte do parceiro. [Leia mais]

sexta-feira, abril 23, 2010

Por que a mãe não rejeita o feto

A matéria de capa da revista Ciência Hoje deste mês é simplesmente impressionante! Assinado por Priscila Vianna e José Artur Bogo Chies, do Laboratório de Imunogenética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o artigo explica os mecanismos biológicos que impedem que o feto seja identificado pelo organismo da mãe como um corpo estranho e acabe sendo rejeitado. O texto começa com inegável linguagem de design inteligente: “A evolução da gestação, o nascimento do bebê e a produção de leite para alimentá-lo compõem uma sequência natural e bem planejada, com vistas a acolher um novo ser. A interação imunológica entre mãe e filho que acontece ao longo da gestação é mantida até o período de amamentação. O aleitamento transfere anticorpos da mãe para o filho e esses anticorpos permitirão à criança reconhecer agentes causadores de doenças, protegendo-a durante seu desenvolvimento.”

O texto prossegue com explicações técnicas minuciosas e a pergunta que fica no ar e que nem de longe é tratada pela matéria é: Até que esses processos e mecanismos bioquímicos evoluíssem, como os seres humanos (ou quaisquer outros seres que se reproduzem sexualmente) sobreviveram? A complexidade irredutível envolvida em cada descrição no texto é tão grande, que em momento algum a palavra “evolução”, no contexto darwinista, é evocada – o que é curiosamente típico em pesquisas científicas que tratam de complexidade nesse nível.

Segundo os autores do artigo, “na gestação, o corpo feminino sofre diversas alterações hormonais e físicas, além de mudanças no perfil imunológico. O sistema imune materno precisa aprender a conviver com o feto, que pode ser comparado a um transplante, pois a presença de 50% de material genético paterno o torna, para o organismo da mãe, um ‘estranho’”.

Detalhe: o sistema imune materno “precisa aprender”, mas sabe exatamente o que fazer quando a mulher engravida – e precisa saber. A fim de que o feto não seja rejeitado, a placenta o isola parcialmente, para protegê-lo, atuando como um filtro semipermeável que permite a troca de oxigênio e nutrientes, assim como a comunicação imunológica ao longo da gestação. Bem, se os seres sexuados tivessem evoluído a partir de assexuados, é de se supor que a placenta não estivesse presente logo de início. O que serviria, então, de “filtro” para o feto? Como ele teria sobrevivido sem o devido aporte de oxigênio e nutrientes e sob o ataque do organismo materno?

O texto prossegue: “Para que uma gestação se desenvolva com sucesso, é importante que o sistema imune materno reconheça o feto, sem rejeitá-lo, e induza uma resposta de aceitação, gerando um ambiente adequado para a boa evolução do futuro bebê. A relação harmoniosa entre mãe e filho envolve a interação de aspectos da imunologia celular e humoral (por meio de citocinas [células que auxiliam na comunicação entre as células em um organismo] e anticorpos) e de outros componentes. Vários mecanismos protetores regulam a resposta imune materna ao feto e garantem sua aceitação, entre eles (1) a presença da placenta (tecido de origem embrionária), que isola física e imunologicamente o feto da mãe, e (2) a presença de uma resposta do tipo TH2 [célula auxiliar] na mãe, que evita um ataque do sistema de defesa ao feto.”

O interessante é que não há ligação direta entre vasos sanguíneos maternos e fetais, o que isola o feto, protegendo-o de um possível “ataque” do sistema imunológico materno. Para que a aceitação do feto ocorra, o corpo da mulher apresenta alterações imunológicas ao longo da gestação: mudanças no padrão de produção e liberação de citocinas, inibição localizada da proliferação de certas células do sistema imune (as que atacam corpos estranhos) ou indução da expressão de certas moléculas protetoras na superfície das células. Tudo de forma organizada e no tempo certo. Conforme o artigo, “é necessária uma delicada regulação de todo esse equilíbrio na produção de citocinas e na inibição de respostas celulares ao longo da gestação. Momentos distintos do tempo gestacional exigem perfis diferentes de equilíbrio entre esses vários fatores. O atraso na ativação ou inibição de qualquer uma dessas vias pode resultar em complicações da gestação, ou mesmo em aborto.”

Resumindo: além dos mecanismos certos, especificamente desenhados para funcionar corretamente desde a primeira vez, há também o fator tempo, ou seja, esses mecanismos tinham e têm que funcionar no momento exato em que eram/são necessários.

O feto também participa nesse processo todo, sendo estabelecida uma verdadeira “conversa” química entre ele e a mãe. Se eventualmente alguma célula de defesa da mulher ultrapassar a barreira placentária, o sistema imune do feto será capaz de evitar o “ataque”. “Isso é feito por meio de células T reguladoras fetais, que reagem à presença das células da mãe, liberando citocinas, que podem controlar ou inativar respostas danosas contra as células maternas, induzindo o estado de tolerância”, explicam os autores.

Mais interessante ainda: essas células do feto podem permanecer em circulação por até 17 anos após o nascimento, como memória imunológica, sendo capazes de reconhecer as células maternas. “O estudo inovador mostrou como mãe e feto mantêm um contato muito mais íntimo do que se imaginava anteriormente”, e mostrou também que o sistema imunológico do feto já é bastante ativo antes do nascimento. Eu já sabia que nunca conseguiria ser tão íntimo de minhas filhas quanto minha esposa. Agora estou ainda mais conformado...

O artigo conclui falando do perigo da pré-eclâmpsia, aumento da pressão sanguínea que coloca em risco tanto o feto quanto a mãe (na primeira gestação). É a segunda causa de morte materna no mundo e a primeira no Brasil, sendo responsável por até 10% das mortes de fetos ou mães durante a gravidez. Essa doença surge quando o organismo da mãe não consegue se modificar para “aceitar” o feto e aumenta a pressão sanguínea para “eliminar” o “corpo estranho”.

Voltamos à pergunta que não quer calar: E antes que esse complexo mecanismo “evoluísse”, como se dava essa modificação dirigida e interrelacionada dos sistemas imunes da mãe e do feto, capaz de evitar a pré-eclâmpsia e outros problemas fatais?

Davi não entendia de embriologia e imunologia, mas conseguiu expressar bem o assombro que nos envolve quando pensamos no maravilhoso processo de concepção e gestação de uma nova vida: "Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis" (Salmo 139:14).

E Jó, há mais de 3.500 anos, também se maravilhou: "Não me derramaste como leite e não me coalhaste como queijo? [concepção?] De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste [desenvolvimento embrionário?]. Vida me concedeste na Tua benevolência, e o Teu cuidado a mim me guardou" (Jó 10:8-12).

Michelson Borges

Leia também: "Uma só carne"

O Cético: história mal contada


Clique na imagem para ampliá-la. Leia mais tirinhas do Cético aqui.

quinta-feira, abril 22, 2010

Documentário: Os Adventistas

Um documentário sobre a mensagem e ministério de saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia está programado para ser levado ao ar por estações de difusão pública por todos os Estados Unidos, começando em 3 de abril. "Os Adventistas" explora o que o cineasta independente Martin Doblmeier considera um paradoxo: uma comunidade de fé conservadora na linha de frente da tecnologia médica. Saber por que os adventistas, que creem na breve vinda de Jesus, têm um compromisso com a longevidade e bem viver motivou o documentário, explicou Doblmeier. O filme começa com a cronologia da Igreja Adventista, dando enfoque sobre a pioneira Ellen G. White e outros membros originais após o desapontamento da falha do retorno de Jesus à Terra em 1844. Os adventistas hoje, Doblmeier parece dizer segundo o filme avança, têm tanta fé quanto os membros originais, mas são comprometidos em viver responsável e positivamente, causando impacto naqueles ao seu redor enquanto esperam pela segunda vinda de Cristo. Esse impacto é em grande medida enraizado na ênfase da igreja no viver saudável, conclui o filme de Doblmeir.

Ao filmar "Os Adventistas", Doblmeier disse que o que o impressionou mais foi "quão central é a teologia de atenção à saúde" para o adventismo. O filme apresenta histórias de muitos dos principais hospitais e centros médicos da Igreja Adventista, inclusive o Centro Médico da Universidade Loma Linda, na Califórnia, o Centro Médico Kettering, em Kettering, Ohio, o Hospital Santa Helena, em Santa Helena, California, e o Centro de Saúde Celebration, em Celebration, Flórida, onde a mãe de Doblmeier certa vez recebeu tratamento.

"Os Adventistas" remonta a herança de viver saudável da Igreja ao fim dos anos 1800. Mesmo então os centros médicos dirigidos pelos adventistas eram mecas de saúde conhecidos por oferecer as mais avançadas técnicas médicas - o Sanatório de Battle Creek, em Battle Creek, Michigan, atraía pacientes tais como Amelia Earhart e Henry Ford, historia o filme.

Doblmeier dedica considerável tempo do filme a avanços mais recentes na área médica, como o transplante bem-sucedido do coração de um babuíno numa criança no Centro Médico da Universidade Loma Linda, bem como avanços na área de cirurgia robótica e mesmo à distância.

Ele também destaca o compromisso dos adventistas com a guarda do sábado. "Eu realmente me senti tocado pela cultura do sábado na Igreja Adventista. Os adventistas não ficam simplesmente à toa no sábado - estão ajudando as pessoas e impactando suas comunidades", comenta Doblmeier.

A reação ao filme de parte da comunidade adventista tem sido "gratificante", disse Doblmeier, acrescentando que espera que aqueles que não tenham formação adventista achem o filme "uma avaliação equilibrada e positiva" do impacto da igreja nos Estados Unidos.

De uma perspectiva adventista, o filme pode parecer por demais positivo, mas Doblmeier declarou que acredita que os não adventistas que o virem poderão considerar alguns aspectos do filme de forma diferente. "Eles verão Ellen White e suas visões retratadas honestamente em seu papel central na fundação da igreja, e creio que isso irá levantar algumas sobrancelhas", ele comentou.

"Os Adventistas" é o último dos 25 filmes de Doblmeier que obteve prêmios cinematográficos ao retratar religião, fé e espiritualidade, o que inclui "Bonhoeffer", um documentário sobre o teólogo Dietrich Bonhoeffer, que resistiu ao nazismo, e "Albert Schweitzer: Chamado à África", um filme recordando a vida daquele humanitário ganhador do prêmio Nobel.

Doblmeier é presidente e fundador de Journey Films, sediado em Alexandria, Virginia, EUA. Descobrir "o que está acontecendo na cultura contemporânea e ver como a religião está interagindo nisso" motiva esses filmes, explica Doblmeier.

Uma discussão da visão holística adventista sobre ministério de saúde é "oportuna", mas o lançamento do filme quando a reforma de assistência de saúde está nas manchetes dos jornais nos Estados Unidos é particularmente "um tempo providencial", ele disse.

Doblmeier admitiu que seu enfoque limitado ao ministério de saúde nos Estados Unidos não cobre muitos aspectos da denominação global. Outro filme explorando o aspecto internacional da igreja e sua êfanse em educação poderá fazer parte de planos futuros, ele indicou. [...]

Para encomendar uma cópia em DVD de "Os Adventistas" ou saber mais a respeito dos filmes de Doblmeier, visite www.journeyfilms.com

(Adventist News Network)

Clérigo no Irã diz que mulheres causam terremotos

Segundo a crença iraniana, a mulher que se veste sem modéstia transforma o comportamento do homem, corrompendo sua castidade e espalhando o adultério na sociedade — o que causaria terremotos no planeta. De acordo com uma previsão do presidente Mahmoud Ahmadinejad, um terremoto irá atingir Teerã e boa parte dos mais de 12 milhões de habitantes da cidade deveriam relocar em algum outro lugar. No entanto, ele ainda não tem uma data certa para o acontecimento. O líder espiritual Hojatoleslam Kazem Sedighi afirma que as calamidades ameaçam severamente o seu povo e foi aconselhado por uma Autoridade Divina a convocar a todos para um arrependimento geral, como forma de mostrar a Deus sua devoção, e tentar livrar Teerã do terrível terremoto que só Deus poderia evitar. Ele se refere também ao terremoto político ocorrido na última disputa à presidência, em que o governo iraniano trava forte batalha contra o movimento da oposição que acusa Ahmadinejad de vencer as eleições de forma fraudulenta. O ministro Sadeq Mahsooli disse que orações e pedidos de perdão são as melhores formas de repelir os terremotos.

(Opinião e Notícia)

Nota: Antes de o clérigo colocar a culpa dos males do mundo unicamente sobre as mulheres, seria bom admitir que todos - não importa o gênero ou a cor - são culpados, uma vez que não há um ser humano sequer que não seja pecador. A intensificação dos terremotos foi prevista por Jesus como um dos sinais de Sua vinda. Portanto, mesmo que todos os clérigos e muçulmanos do mundo se unam para orar, essas tragédias não cessarão. Nossa súplica deve ser a mesma de João: "Vem, Senhor Jesus" (Ap 22:20). Essa será a solução definitiva para os problemas do mundo.[MB]

quarta-feira, abril 21, 2010

Debate sobre a ressurreição de Jesus (1 de 14)

Vulcão maior ameaça entrar em atividade na Islândia

Cientistas preveem que tremores do Eyjafjallajökull podem desencadear a erupção do Katla, vulcão maior e sem atividade desde 1918. De acordo com estudos, a erupção do Katla seria dez vezes mais forte e lançaria muito mais poeira no ar que o seu vizinho menor. Os dois vulcões estão lado a lado no sul da Islândia, a cerca de 19 quilômetros de distância um do outro, e ligados por uma rede de canais de magma. O vulcão Katla, no entanto, está enterrado sob o gelo com 500 metros de espessura — a geleira de Mýrdalsjökull, uma das maiores da Islândia. Isso significa que ele tem duas vezes mais a quantidade de gelo que a atual erupção queimou, o que ameaça uma nova paralisação da aviação que, eventualmente, atingiria toda a Europa. De acordo com Pall Einarsson, professor de Geofísica no Instituto de Ciências da Terra da Universidade da Islândia, uma erupção vulcânica pode provocar outra, e nas três últimas vezes em que o Eyjafjallajökull entrou em erupção, o Katla também entrou. E ele em média costuma entrar em atividade a cada 80 anos, de modo que já está um pouco atrasado. Os cientistas que o monitoram com sensores sísmicos estão de sobreaviso.

(Opinião e Notícia)

terça-feira, abril 20, 2010

Astrologia pode, criacionismo não

A julgar pela capa da Veja desta semana, a revista já escolheu seu candidato... Mas, como ainda não escolhi o meu (e está difícil), não vou falar disso. Quero destacar, porém, um detalhe que, creio, passará praticamente despercebido da imprensa em geral: José Serra costuma ler horóscopo e considera a astrologia “uma espécie de ciência”. Conforme demonstrei em outro artigo (confira aqui), a astrologia não é científica e é infinitamente menos racional do que um modelo teológico-científico que acusam de ser irracional: o criacionismo. E aí é que está a incoerência e imparcialidade de certos setores da mídia. Garanto que nenhum repórter colocará as credenciais do presidenciável em cheque pelo fato de ele gostar de consultar os astros, no entanto, quando a candidata Marina Silva (ministra, na época) se disse criacionista, isso bastou para ser duramente criticada na imprensa, tanto que ela vem tentando se justificar e descolar seu nome dos “infames” criacionistas. Portanto, neopaganismo e pseudociência não têm problema. Criacionismo tem. Vai entender...[MB]

Curiosidade: “Globo retira campanha do ar”

André Trigueiro e o fim dos tempos

Ontem à noite (19/4), no finalzinho do Jornal das 10 da Globonews, chamou-me a atenção uma nota apresentada pelo jornalista André Trigueiro. Ele leu com todo gosto a tal nota exibida em seu teleprompter, escrita por sabe-se lá quais especialistas (seriam os mesmos da teologia do aquecimento global antropogênico?), advertindo contra a opinião de alguns que apontam os atuais terremotos, vulcões e outros desastres naturais como sinais do fim do mundo. A nota “esclarece” que o aumento na quantidade de terremotos é aparente, pois diz respeito apenas à percepção dos eventos por acontecerem em áreas atualmente mais povoadas que no passado. Trigueiro finaliza a leitura afirmando que, em seus 4,5 bilhões de anos [sic], a Terra tem sido o que sempre foi, e continuará assim por muuuuuito mais tempo. E que devemos voltar nossas atenções e esforços para a preservação dos recursos do planeta.

Não sei se o jornalista endossa essa opinião travestida em verdade científica; parece que sim. Tudo bem, há maneiras e maneiras de ele ganhar o pão de cada dia. Mesmo através da cumplicidade para com os dogmas bancados por sua emissora.

Trigueiro é espírita desde 1987 (confira aqui). Talvez ele releve ou desconheça que sua crença é o sincretismo entre uma forma particular de paganismo com pretensões filosóficas, ditas espiritualistas, com uma interpretação exoticíssima das Escrituras Sagradas (no caso, o Novo Testamento; o Antigo é explicitamente descartado pelos colegas de fé de Trigueiro como não possuindo inspiração divina ou serventia teológica – vide Revista Espírita, setembro de 1989). Quando friso o particularismo dessa interpretação, refiro-me à relativização, descaracterização ou mesmo ao absoluto descarte de inúmeras passagens neotestamentárias, como esta, escrita por Kefas, também conhecido como São Pedro (2Pe 3:1-10):

“Amados, já é esta a segunda carta que vos escrevo; em ambas as quais desperto com admoestações o vosso ânimo sincero; para que vos lembreis das palavras que dantes foram ditas pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, dado mediante os vossos apóstolos; sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: ‘Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação’. Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água; mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios. Mas vós, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se. Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas.”

Há outras passagens de semelhante teor no Texto Sagrado. Cito apenas essa. Observe-se que, a exemplo de André Trigueiro, todos temos liberdade para exercer escolhas. Contudo, essa liberdade não nos permite determinar o resultado dessas mesmas escolhas. Podemos, é óbvio, ignorar as claras e insofismáveis mensagens de advertência da Palavra de Deus acerca destes últimos dias. Mas não poderemos fugir das consequências dessa atitude. O Complexo de Avestruz não blinda ninguém.

No mais, a ladainha naturalista de sempre: 4 bilhões e meio de anos para a idade da Terra. Como é que é? Quais os geocronômetros que endossam tal assertiva? Qual o seu grau de fidedignidade? Existem outros geocronômetros oferecendo uma datação de milhares de anos? Quantos? Quais? Qual o grau de precisão e confiabilidade de cada um dos geocronômetros conhecidos? Comparando-se as duas categorias contraditórias é prudente escolher uma delas ignorando totalmente a outra (e, pior, ridicularizando-se a preterida)? Essa atitude seria científica ou ideológica, motivada pela averiguação impessoal e criteriosa dos dados disponíveis ou apenas um lastimável sintoma de dissonância cognitiva?

Finalmente o non-sequitur do tatibitate de Trigueiro: a prudência de se dar importância à escatologia bíblica implica necessariamente em se descuidar do meio-ambiente? São termos mutuamente excludentes conforme aventado no texto naturalista lido pelo repórter? Ou seriam complementares?

Desonestidade intelectual é pior que desonestidade moral, pois quase sempre a precede e muitas vezes a justifica. Tristes tempos os que vivemos, em que o jornalismo dito de alto nível apenas serve de capitão-do-mato para o coronelismo cientificista.

(Marco Dourado, analista de sistemas formado pela UnB, com especialização em Administração em Banco de Dados)

Meu texto no OI: Revista deveria perguntar mais

Quando Chico Xavier morreu, há oito anos, a revista Superinteressante lhe dedicou a reportagem de capa – na verdade, quase um panfleto pró-kardecismo. No dia 2 de abril deste ano, o mais famoso médium brasileiro completaria 100 anos. Não deu outra: voltou a estampar a capa da maior (em tiragem) revista de divulgação científica nacional. No editorial, lemos as justificativas para a pauta: "Sua [de Chico] liderança foi, acima de tudo, espiritual. Por isso, merece ser respeitado." Ok. Vou me lembrar disso em dezembro, quando Jesus ou a Bíblia forem novamente tema de reportagens críticas e vendedoras. [Leia mais e deixe seu comentário lá.]

A ciência deveria ser avessa a quaisquer dogmas

Na revista Veja do dia 7 de abril, foi publicada uma resenha do novo livro do físico Marcelo Gleiser. Trata-se do livro Criação Imperfeita, que dias após seu lançamento já ocupava o sexto lugar na lista de livros mais vendidos de Veja. Segundo a revista, Gleiser “decifra o significado de algumas das mais importantes conquistas da ciência e conduz o não iniciado pelos acertos e desacertos de dois milênios de tentativas de ‘desvendar a mente de Deus’. Desacertos, sim: para Gleiser, aquilo que conhecemos por meio da ciência pode parecer sólido e definitivo – mas está sempre prestes a se desmanchar no ar. [...] Para ele, tudo o que conhecemos se restringe a uma minúscula fração do que de fato existe. Ainda que disponha de instrumentos poderosos de investigação e medição, a física contemporânea é fruto da mente humana e, portanto, limitada à nossa capacidade de ver e interpretar a realidade. Pode-se afirmar que, se a beleza está nos olhos de quem a vê, a ciência está na mente de quem a faz.”

De acordo com a resenha, uma das bandeiras mais polêmicas de Criação Imperfeita é: Por que buscar uma Teoria de Tudo? Que “tudo” é esse, pergunta o físico, e por que procurar unidade num universo que já se sabe guardar tanta diversidade? “Gleiser se sente à vontade para desafiar todo tipo de dogmatismo – da concepção de um universo elegante defendida por Brian Greene aos ataques intransigentes do biólogo Richard Dawkins à religião. Não se trata, argumenta ele, de descartar a importância dos avanços científicos alcançados por essa ilusão de beleza simétrica na natureza. Trata-se tão somente de admitir que a verdade não necessariamente é bela e simples. E que a boa ciência é avessa ao dogma – a esse ou qualquer outro.”

Nota: Às vezes, Gleiser me parece contraditório (ou camaleônico). Quando li seu primeiro livro A Dança do Universo, considerei-o um autor científico moderado e equilibrado. O livro é interessante (embora outros físicos tenham contestado muitos dos seus dados) e não faz ataques a essa ou aquela crença. Mas, com o tempo (e talvez a fama), Gleiser passou a dar estocadas nos criacionistas, a ponto de considerar “criminoso” quem ensina o modelo. Agora, em seu novo livro, ele abranda novamente o discurso, admitindo que “aquilo que conhecemos por meio da ciência pode parecer sólido e definitivo – mas está sempre prestes a se desmanchar no ar”, e que “a boa ciência é avessa [a qualquer] dogma”. O que dizer, então, do dogma naturalista que impera no meio científico, embora seja puramente filosófico? Se nada em ciência é definitivamente sólido e definitivo, por que não se discutir mais as bases do evolucionismo insistentemente defendido por Gleiser, em lugar de blindar a teoria e evitar as críticas? Vai entender...[MB]

Leia também: “Marcelo Gleiser recebe o livro Por Que Creio”

Pessoas mestiças são mais atraentes


De acordo com um estudo britânico que analisou mais de mil faces, pessoas mestiças são mais atraentes. Cada face recebia uma nota de acordo com a opinião de outros participantes do estudo – normalmente rostos de pessoas mestiças eram reconhecidos como mais atraentes. Segundo o autor do estudo Michael Lewis, da Universidade de Cardiff, estudos anteriores já tinham obtido o mesmo resultado, mas em pequena escala. Essa é a primeira “comprovação da teoria” feita com mais pessoas. Uma coletânea de faces de todas as raças foi mostrada para voluntários, incluindo rostos de mestiços. Na média, os mestiços receberam as notas mais altas. Segundo especialistas, o estudo pode ter implicações maiores do que apenas revelar o que achamos mais atraente.

A heterose foi estabelecida por Darwin em 1876. É um fenômeno biológico que mostra que a cria entre raças diferentes seria mais evoluída por ter a informação genética de cada um dos pais, que seria diferenciada. É um fenômeno considerado universal e é possível que essa seja a razão pela qual os humanos considerem mestiços mais atraentes – a genética deles seria melhor.

(Hypescience)

Nota: Como os criacionistas admitem a diversificação de baixo nível (ou microevolução), é de se supor que todos os grupos humanos (prefiro não chamá-los de “raça”, uma vez que esse conceito está ultrapassado) derivaram do mesmo casal original, Adão e Eva. O DNA desse par humano perfeito continha já a capacidade de variação que permitiu à humanidade adaptar-se e sobreviver nos ambientes diversificados do mundo pós-diluviano. Essa preferência pela beleza mestiça não revelaria a apreciação pela beleza original que conteria traços de todos os grupos humanos?[MB]

segunda-feira, abril 19, 2010

Anjos de baixo

Uma das matérias em destaque na revista IstoÉ desta semana tem como título “Anjos em alta”, e começa assim: “Os anjos já não são tão anjos assim. Deixaram de ser invisíveis, sem sexo e sem costas. Agora eles se mostram mais humanos, mundanos e sedentos de desejo, capazes até de se apaixonar perdidamente por quem deveriam proteger. Não chegam a ser demoníacos, mas revelam-se malvados e carnais.” O texto prossegue:

“É assim que esses seres alados estão sendo retratados numa leva de livros que nos EUA já foi identificada como o mais novo filão editorial. E é devido a esse lado carnal e sedutor que estão fazendo tanto sucesso. Ao todo, são quase uma dezena de títulos inéditos, a maioria planejada como série e tratando do mesmo tema – os anjos caídos. No Brasil, a onda começa a chegar às livrarias no segundo semestre com Hush Hush, de Becca Fitzpatrick. Os direitos foram comprados pela editora Intrínseca, que espera êxito semelhante ao da tetralogia Crepúsculo. ‘O gênero sobrenatural causa muito frisson e essa moda de anjos pode ser vista como consequência disso’, diz Danielle Machado, responsável pelo setor infanto-juvenil da editora. Na sequência, sai em agosto pelo selo Galera, da Record, Fallen, de Lauren Kate. Trata-se do primeiro volume de uma tetralogia que já é cult entre os jovens americanos.

“Recém-lançado nos EUA, Fallen vendeu 200 mil exemplares nas primeiras semanas e ocupa a quarta posição na lista de best-sellers do The New York Times. Tem como protagonistas os arcanjos Daniel e Cam, que brigam pelo amor da humana Luce. E, para isso, não medem consequências. [...] Já a história de Hush Hush, misto de romance, suspense e ação, gira em torno de um ‘bad boy’ alado, chamado Patch. É assim que o protagonista é descrito pela autora Becca, para quem a rebeldia do personagem tem mais a ver com escolhas e redenção – a sua única cobiça é experimentar tudo aquilo que nunca viveu como querubim.

“A batalha do bem contra o mal pode ganhar contornos mais ousados, como prova o romance Angelology, de Danielle Trussoni, que acaba de ser lançado nos EUA. Com enredo comparado ao de O Código Da Vinci, de Dan Brown, centra-se na freira Evangeline, 23 anos, que é procurada por um estudante de arte de nome Verlaine. O jovem está fazendo uma pesquisa para o patrão, que ele não sabe ser um nephilim: ser demoníaco, metade anjo, metade humano, cuja dinastia acumulou uma grande fortuna e busca dominar a Terra através dos séculos. Evangeline, nascida numa família de angelólogos (que fazem parte de uma ordem secreta que se opõe historicamente aos nephilins), possui um documento secreto que pode solucionar esse conflito que vem dos tempos da Bíblia. [...] a Disney já garantiu exclusividade sobre Fallen, comprado um mês após o livro chegar às livrarias. No cinema, o filão tem como pioneiro o filme Legião, que chega ao Brasil em junho. O voo dos anjos está se dando em céu de brigadeiro.”

Nota: O diabo (líder dos verdadeiros anjos caídos) deve mesmo estar desesperado. Começou por introduzir sorrateiramente a feitiçaria e o ocultismo por meio de personagens “inofensivos” como Harry Potter. Depois veio a onda do vampirismo, com Crepúsculo, que aproximou seus leitores de “vampiros simpáticos”. Agora vem a “onda angélica”, com anjos distorcidos, misturando características boas com outras nem tanto (note a estratégia e a intensificação das temáticas que aos poucos se aproximam da Bíblia para distorcê-la). Assim, por tabela, o inimigo espalha a ideia (sempre conveniente para ele) de que os anjos maus não são tão maus. São apenas seres atormentados em busca de paz e amor. Na pior das hipóteses (também vantajosa para Satanás), os anjos – todos eles, bons ou maus – passarão a ser considerados tão mitológicos quanto um bruxinho que voa sentado numa vassoura ou vampiros apaixonados. O sobrenatural vira mero entretenimento e as pessoas são levadas a ver o grande conflito entre o bem e o mal como apenas um bom argumento para livros e superproduções hollywoodianas.[MB]