segunda-feira, novembro 30, 2015

Evidências de que a macroevolução é falsa

Equívocos do evolucionismo
Os colaboradores Wallace Barbosa, colunista da página Teoria do Design Inteligente, no Facebook, e Everton Alves aceitaram meu desafio de refutar o artigo publicado no site Hypescience, com o título “Descobertas científicas que provam que a evolução é real”. Aqui está o resultado da ótima pesquisa deles. Antes, porém, é importante esclarecer alguns pontos a fim de que não sejam generalizadas as afirmações feitas no texto, e que sejam entendidas dentro do contexto adequado. Nós, criacionistas, entendemos e aceitamos que a teoria da evolução trouxe grandes contribuições à história da ciência. Já está bem estabelecido o papel da seleção natural, das variações de baixo nível (conhecidas como o processo de microevolução observado nos experimentos de Lenski), especiação e ancestralidade comum com limitações. Porém, nos posicionamos contra a ideia de macroevolução (grandes mudanças ao longo de milhões de anos), que não pode ser testada, e a ancestralidade comum no contexto neodarwinista, questões ainda em debate. [MB]

Ácido Desoxirribonucleico (DNA)

Analisemos a primeira afirmação: “Uma das coisas mais notáveis sobre A Origem das Espécies de Charles Darwin é que ele articulou sua teoria sem saber o mecanismo exato pelo qual a variação genética ocorria.”

Sim, Darwin nada sabia sobre DNA ou leis de hereditariedade, por isso a “redescoberta” das leis de Mendel, por Hugo de Vries e colaboradores, no início do século 20,[1] levou a três décadas de intensas disputas sobre a veracidade da teoria de Darwin,[2] visto que o que Darwin postulou foi contrariado pelos fatos. Com muito esforço, os evolucionistas deram origem à síntese moderna da evolução, que tentou unir o evolucionismo com as leis de Mendel.

Apesar de mais de meio século de especulação, o DNA sempre se demonstrou incompatível com teorias naturalistas – que defendem que tudo é fruto de causas naturais, incluindo a vida -, ao ponto de levar um de seus descobridores, Francis Crick, a publicar um estudo[3] apoiando a hipótese da panspermia dirigida, que defende que a vida foi implantada na Terra por seres inteligentes extraterrestres, embora essa mesma hipótese já tivesse sido apresentada em 1966 por Shklovskii e Carl Sagan.[4]

A impossibilidade de negar que o DNA seja fruto de criação inteligente se encontra no fato de que sua estrutura é complexa, elegante e delicada demais para ter surgido por acaso no meio de qualquer “sopa primordial”, onde seria degradada por inúmeras reações químicas diferentes, o que ocorre mesmo dentro de uma célula.[5, 6] Além disso, o DNA é um verdadeiro disco rígido: um grama de DNA pode armazenar até 455 exabytes de informação, humilhando qualquer tecnologia humana atual.[7]

Analisemos a segunda afirmação: “Como o DNA é universal a toda vida, sua presença sugere fortemente que todas as criaturas da Terra evoluíram de um ancestral comum.”

Dizer que a presença de DNA em todos os organismos prova uma ancestralidade comum é o mesmo que dizer que todos os livros evoluíram de um “livro primordial”, só porque todos usam as mesmas letras do alfabeto. Assim como as linguagens humanas possuem palavras, regras e estruturas distintas, o DNA também possui muitas diferenças entre espécies. Cada táxon (grupo de animais ou plantas que possuam semelhanças entre si) possui suas peculiaridades, incluindo a ordem das bases nitrogenadas (as “letras” do DNA) dos genes, as diferenças na maneira como eles são expressos, suas funções, etc.

Podemos exemplificar da seguinte maneira: embora os olhos de cefalópodes (certos moluscos, tais como polvos e lulas) e vertebrados (seres com coluna vertebral, incluindo humanos) possuam um formato similar (tipo câmera), somente poucos genes são compartilhados por ambos os grupos. Dos 5.707 genes específicos do olho de moluscos, apenas 1.571 são encontrados em vertebrados (menos de um terço do total).[8]

Analisemos a terceira afirmação: “Ele também explica como a proliferação de mutações genéticas (essencialmente erros de cópia), combinada com os processos de seleção natural, permitem a evolução.”

A autora parece desconhecer os efeitos devastadores das mutações em quase sua totalidade. O acervo médico contabiliza a existência de quase sete mil doenças genéticas causadas por mutações em humanos,[9] embora outro estudo indique um número próximo a dez mil.[10] A estimativa é que até um milhão de bases sejam danificadas em humanos diariamente.[11]

Ademais, em humanos, as estimativas atuais são de que ocorram entre 100-200 novas mutações por indivíduo a cada geração.[12-14] Destas, os dados variam entre 1-15% de mutações deletérias que causariam a perda direta de informação genética em humanos a cada geração.[12, 14-17] Em relação ao fitness, em 1997, um estudo estimou entre 1-2% a taxa de perda da aptidão humana, ou seja, a frequência com que a humanidade está se degenerando a cada geração.[18] Em 2010, por sua vez, outro estudo estimou que a aptidão humana está em declínio em 3-5% por geração.[14]

Se mutações fossem benéficas, não haveria inúmeros mecanismos moleculares que sondam constantemente e procuram reparar todas as mutações que afetam o DNA.[19] Portanto, o organismo inteligentemente procura reparar esses erros, e quando não consegue, apela para a morte programada da célula mutante, a fim de evitar que ela se multiplique, dando então origem a um câncer (de fato, mutações no gene p53 [um dos componentes fundamentais no combate aos tumores malignos] são responsáveis por cerca de metade dos casos de certas variedades de câncer).[20]

É válido esclarecer que o DNA não age sozinho. Para ser replicado e funcionar, ele precisa, durante a sua síntese, de centenas de proteínas, que por sua vez precisam do próprio DNA e, especificamente, dos RNAs (mRNA, rRNA e tRNA) que, nessa cadeia de produção interdependente, também precisam de DNA e proteínas, levando a um verdadeiro dilema (ao estilo de “quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?”), tanto para teorias sobre a origem da vida quanto para a evolução,[21] cuja única solução para essa interdependência funcional é conceber que foram formados ao mesmo tempo.

Referências:
[1] Moore R. “The ‘Rediscovery’ of Mendel’s Work.” Bioscene 2004; 27(2):13-24. Disponível em: http://papa.indstate.edu/amcbt/volume_27/v27-2p13-24.pdf
[2] Dickins D. “Mendelian Genetics Rediscovered.” Wiley StatsRef: Statistics Reference Online, 2014. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9781118445112.stat06663/abstract
[3] Crick FHC, Orgel LE. “Directed panspermia.” Icarus 1973; 19(3):341-346.
[4] Shklovskii IS, Sagan C. Intelligent life in the universe. San Francisco, CA: Holden-Day, 1966.
[5] Andrew SE, Peters AC. “DNA Instability and Human Disease.” Am J Pharmacogenomics. 2001; 1(1):21-8.
[6] Mills KD, Ferguson DO, Alt FW. “The role of DNA breaks in genomic instability and tumorigenesis.” Immunol Rev. 2003; 194:77-95.
[7] Church GM, Gao Y, Kosuri S. “Next-Generation Digital Information Storage in DNA.” Science. 2012; 337(6102):1628.
[8] Yoshida MA, Ogura A. “Genetic mechanisms involved in the evolution of the cephalopod camera eye revealed by transcriptomic and developmental studies.” BMC Evol Biol. 2011; 11:180.
[9] Pinnapureddy AR, Stayner C, McEwan J, Baddeley O, Forman J, Eccles MR. “Large animal models of rare genetic disorders: sheep as phenotypically relevant models of human genetic disease.” Orphanet J Rare Dis. 2015; 10:107.
[10] MacDonald IM, Haney PM, Musarella MA. “Summary of ocular genetic disorders and inherited systemic conditions with eye findings.” Ophthalmic Genet. 1998; 19(1):1-17.
[11] Lodish HF, Berk A, Matsudaira PT, Kaiser C, Krieger M, Scott M, Zipursky S, Darnell J. Molecular Cell Biology. 5th ed. New York, NY: W.H. Freeman and Company, 2004.
[12] Nachman MW, Crowell SL. “Estimate of the Mutation Rate per Nucleotide in Humans.” Genetics. 2000; 156(1):297-304.
[13] Dolgin E. “Human mutation rate revealed.” Nature News (27 ago. 2009). Disponível em: http://www.nature.com/news/2009/090827/full/news.2009.864.html
[14] Lynch M. “Rate, molecular spectrum, and consequences of human mutation.” Proc Natl Acad Sci USA. 2010; 107(3):961-8.
[15] Eyre-Walker AKeightley PD. “High genomic deleterious mutation rates in hominids.” Nature. 1999; 397(6717):344-7.
[16] Shabalina SA, Ogurtsov AY, Kondrashov VA, Kondrashov AS. “Selective constraint in intergenic regions of human and mouse genomes.” Trends Genet. 2001; 17(7):373-6.
[17] Keightley PD. “Rates and Fitness Consequences of New Mutations in Humans.” Genetics. 2012; 190(2):295-304.
[18] Crow JF. “The high spontaneous mutation rate: is it a health risk?” Proc Natl Acad Sci USA. 1997; 94(16):8380-6.
[19] Mathews LA, Cabarcas SM, Hurt EM. DNA Repair of Cancer Stem Cells. [ebook] Springer, 2013.
[20] Olivier M, Hollstein M, Hainaut P. “TP53 Mutations in Human Cancers: Origins, Consequences, and Clinical Use.” Cold Spring Harb Perspect Biol. 2010; 2(1):a001008.
[21] Wolf YI, Koonin EV. “On the origin of the translation system and the genetic code in the RNA world by means of natural selection, exaptation, and subfunctionalization.” Biol Direct. 2007; 2:14.

Fósseis de transição

Analisemos a primeira afirmação: “Um dos mais famosos fósseis de todos os tempos é o Archaeopteryx.”

O Archaeopteryx não é a forma intermediária de nada, é somente uma ave extinta, fato defendido até por evolucionistas como Alan Feduccia, autoridade mundial em aves, que afirmou: “Paleontólogos têm tentado tornar o Archaeopteryx em um dinossauro emplumado, que caminha no chão. Mas ele não é. É uma ave, do tipo passeriforme (tipo de ave que vive em árvores). E nem um monte de ‘paleobaboseiras’ irá mudar isso.”[1]

É possível encontrar mais evidências sobre isso neste artigo

Analisemos a segunda afirmação: “Há também fósseis que medem a evolução dos cavalos modernos a partir do minúsculo Eohippus.”

Não, não há um fóssil sequer. De fato, essa história puramente especulativa e sua persistente divulgação em livros e museus foi algo criticado até por Niles Eldredge, outro evolucionista renomado.[2]

Analisemos a terceira afirmação: “Baleias tinham ancestrais quadrúpedes que andavam sobre a terra, e criaturas conhecidas como Ambulocetus e Rodhocetus ajudaram a fazer essa transição.”

Nenhuma dessas formas intermediárias é considerada como fato conclusivo, pelo contrário, o fóssil do Ambulocetus não possui o orifício nasal no topo da cabeça, como é comum em cetáceos, algo confessado pelo Dr. Hans Thewissen,[3] assim como ocorre com o Rodhocetus, cujos fósseis verdadeiros não possuem a cauda e as barbatanas encontradas em baleias, como admitido pelo Dr. Philip Gingerich.[4]

A verdade é que o registro fóssil falhou completamente em apoiar a evolução, como relata Robert Carroll: “O que estão faltando são as inúmeras formas intermediárias hipotetizadas por Darwin, assim como a contínua divergência das maiores linhagens, gerando a morfologia distinta entre (diferentes) classes adaptativas.”[5]

Analisemos a quarta afirmação: “Outros ramos se mostraram mais resistentes, permitindo que as espécies continuassem em novas direções (aves, como um ramo dos dinossauros, são um excelente exemplo).”

As aves não evoluíram dos dinossauros. Em 2011, um estudo desafiou a centralidade do Archaeopteryx na transição para as aves; dessa vez a descoberta de um novo fóssil e uma análise filogenética mais abrangente sugeriu que o Archaeopteryx (o suposto elo de transição entre dinossauros e aves), antes considerado da família aviária, seja agora incluído numa família relacionada a dinossauros não aviários (Deinonychosauria).[6] Dito de outra forma, antes foi considerado ave extinta e hoje dinossauro não aviário; essas divergências entre as “evidências evolutivas” apenas mostram a ausência de fósseis de transição e a inconsistência do argumento cladístico que insiste em apoiar a hipótese falha dos fósseis transicionais. 

Em 2000, um estudo encontrou um fóssil, mal preservado e incompleto, que foi classificado como um pequeno réptil planador de supostos 220 milhões de anos atrás (Triássico superior).[7] O curioso é que esse réptil, chamado de Longisquama insignis, apresentou estruturas semelhantes a penas de aves modernas e teria vivido 75 milhões de anos antes do suposto elo transicional (Archaeopterix) entre dinossauros e aves. Entretanto, outros pesquisadores acreditam que se trate apenas de uma ave extinta. Portanto, parece que terão que reescrever novamente a teoria da evolução em relação à forma teria se dado o surgimento das penas.

Em 2012, um segundo estudo descreveu a descoberta de dois fósseis de dinossauros (Sinocalliopteryx gigas) que viveram há cerca de 120 milhões de anos (período Cretáceo) e que se alimentaram de uma ave - com voo motorizado e com bico em vez de dentes – conhecida como Confuciusornis sanctus.[8] Portanto, o esqueleto dessa ave encontrado no estômago dos dinossauros evidencia que os dinossauros não poderiam ter evoluído para pássaros porque, entre outras razões, eles se alimentavam de pássaros durante a vida. O mais intrigante é que essa não é a única evidencia de aves em estômago de dinossauros.[9]

É possível encontrar mais evidências sobre isso neste artigo

Referências:
[1] Morell V. “Archaeopteryx: Early Bird Catches a Can of Worms.” Science. 1993; 259(5096):764-5.
[2] Dr. Niles Eldredge em entrevista feita por Luther Sunderland, publicada no livro Darwin’s Enigma: Fossils and Other Problems. 4th ed. (El Cajon, CA: Master Books, 1988).
[3] Entrevista com o Dr. Hans Thewissen. Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=uccden3r98A
[4] Entrevista com o Dr. Philip Gingerich. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=N--Xtcr8h7k
[5] Carroll RL. “Towards a new evolutionary synthesis.” Trends Ecol Evol. 2000; 15(1):27-32.
[6] Xu XYou HDu KHan F. “An Archaeopteryx-like theropod from China and the origin of Avialae.” Nature. 2011; 475(7357):465-70.
[7] Jones TD, Ruben JA, Martin LD, Kurochkin EN, Feduccia A, Maderson PF, Hillenius WJ, Geist NR, Alifanov V. “Nonavian Feathers in a Late Triassic Archosaur.” Science. 2000; 288(5474):2202-5.
[8] Xing L, Bell PR, Persons IV WS, Ji S, Miyashita S, Burns ME, Ji Q, Currie PJ. “Abdominal Contents from Two Large Cretaceous Compsognathids (Dinosauria: Theropoda) Demonstrate Feeding on Confuciusornithids and Dromaeosaurids.” PLoS One. 2012; 7(8):e44012.
[9] O’Connor J, Zhou Z, Xu X. “Additional specimen of Microraptor provides unique evidence of dinosaurs preying on birds.” Proc Natl Acad Sci USA. 2011; 108(49):19662-5.

Traços iguais a antepassados comuns

Não exatamente. Embora Darwin tenha observado a existência de traços comuns em vários organismos, principalmente em animais criados e selecionados por humanos (aliás, foi da criação seletiva por parte dos agricultores que Darwin tirou inspiração para criar a ideia de seleção natural), ele se equivocou ao extrapolar e sugerir que todas as espécies (vivas e extintas) seriam descendentes de um mesmo ancestral primordial, como visto a seguir: “Portanto, eu deveria inferir por analogia que todos os seres orgânicos que já existiram na Terra provavelmente descendem de uma forma primordial, na qual a vida foi primeiramente soprada.”[1]

Darwin concluiu isso com base no conhecimento rudimentar da época. Uma observação superficial e grosseira iria mesmo mostrar muitas aparentes semelhanças entre diferentes organismos. No entanto, os detalhes genéticos, bioquímicos e fisiológicos descobertos nas últimas décadas demonstram diferenças enormes.

Analisemos a seguinte afirmação: “Por exemplo, a forma e a estrutura (morfologia) de cervos, alces, cavalos e zebras são muito semelhantes. Não surpreendentemente, eles compartilham um ancestral comum.”

É verdade que esses animais apresentam semelhanças, no entanto, esse fato não é suficiente para sustentar a hipótese de ancestralidade universal. Ao corroborar o conceito criacionista de baramins (espécies, tipo; termo extraído da palavra hebraica barah), as evidências indicam que espécies de uma mesma família descendem de ancestrais comuns, mas que não há ligações ancestrais entre organismos de táxons/famílias diferentes.

Tomemos como exemplo os felinos. Comparações genéticas realizadas entre tigres e gatos domésticos revelaram uma semelhança genômica total de 95,6%,[2] além de uma similaridade de 98,8% entre os genes codificantes de proteínas de ambos.[2] É notável a semelhança entre esses animais sob todos os ângulos (incluindo anatomia, comportamento, instintos, etc.), bem como o fato de vários deles poderem cruzar uns com os outros (a saber, todas as combinações entre tigres vs leões vs jaguares vs leopardos, pertencentes ao gênero Panthera, além de várias combinações possíveis entre espécies da subfamília Felinae, incluindo o gato doméstico e variedades selvagens, linces, etc.).

Essas evidências indicam que são mesmo espécies e raças descendentes de precursores igualmente felinos. Já quando comparamos com outras famílias, mesmo que sejam de outros mamíferos, um “abismo” se forma, onde o número de diferenças é enorme, e as semelhanças, cada vez mais escassas, de maneira a tornar impossível qualquer sugestão de ligação evolutiva; por isso, o fato de haver semelhanças entre diferentes táxons em nada fere o modelo criacionista.

Finalmente, é importante frisar que esses eventos de especiação (considerados parte da “microevolução”, ou seja, mudanças dentro do nível de espécies), de maneira alguma podem levar à chamada macroevolução (isto é, evolução acima do nível de espécies), em que ocorre surgimento de novos táxons (exemplo, aves surgirem a partir de répteis após milhões de anos). Mas por que exatamente a microevolução (adaptação) não poderia dar sequência à macroevolução? Porque o processo de microevolução não possibilita o surgimento de nova informação genética (novos genes, proteínas, mecanismos regulatórios, epigenéticos, metabólicos, etc.). Devem ocorrer aumento de informação genética e surgimento de novos elementos complexos e funcionais para que novos órgãos, funções e classes taxonômicas surjam, e isso é o que não ocorre em casos de adaptação.

Os canídeos são o melhor exemplo dos custos causados pela especiação e seleção. Cerca de 300 raças conhecidas surgiram nos últimos 200 anos [3], tendo sofrido grande cruzamento seletivo e isolamento de outras raças, a fim de manter sua “pureza”, o que, obviamente, inclui inúmeros casos de incesto. Para Darwin, isso certamente seria algo benéfico, que levaria ao aprimoramento ilimitado dessas raças, mas a verdade é que a ciência demonstra exatamente o contrário: a seleção intensa desses animais causou prejuízos enormes à saúde e ao fitness deles (aptidão).

Os cães representam a segunda posição em número de doenças hereditárias catalogadas, atrás apenas do ser humano;[4] segundo um estudo recente, no Reino Unido, 27% dos cães morreram por conta de câncer;[3] esse mesmo estudo relatou que uma pesquisa anterior na Dinamarca constatou que 14,5% das mortes caninas foram causadas por cânceres, além de um levantamento sobre a causa da morte de dois mil cães, que demonstrou que 23% deles foram vitimados por tumores. Outro estudo[5] demonstrou que casos de doenças no disco intervertebral, hipotireoidismo, estenose aórtica, síndrome da dilatação vólvulo gástrica, catarata, displasia nos cotovelos, epilepsia, cardiomiopatia dilatada, derivação hepática portossistêmica e dermatites alérgicas ocorrem mais em raças puras do que em “vira-latas”. Outras doenças pesquisadas não demonstraram maior prevalência em raças puras do que em cães mistos, mas vale lembrar que cães são descendentes de lobos cinzentos;[6] então, é óbvio que todos sejam sujeitos a várias doenças por conta do decaimento decorrente dos processos de especiação.

Em gatos domésticos a tendência é a mesma, segundo Leslie A. Lyons (7): “a maioria das doenças [genéticas] são identificadas em gatos de raça, que representam um pequeno percentual da população mundial de gatos, talvez de 10% a 15% [da população] nos EUA”.

O declínio na qualidade e variação genética por conta de seleção também tem sido amplamente observado na agricultura. Picone e Van Tassel[8] relataram como o cultivo de inúmeras variedades de plantas cultiváveis foi substituído por poucas variedades selecionadas por serem amplamente produtivas. De acordo com relatório das Nações Unidas, 75% das variedades cultiváveis foram perdidas ao longo do século 20, causando o processo chamado de “erosão genética”.

Segundo Bijlsma e Loeschcke,[9] descobriu-se que perda de variação genética leva ao declínio nas respostas ao estresse ambiental entre populações geneticamente erodidas, em que a ação combinada da redução na tolerância por conta da endogamia/consanguinidade (cruzamento entre indivíduos aparentados) com a perda de potencial genético impedem respostas adaptativas e aumentam grandemente o risco de extinção sob condições de estresse ambiental.

Para Cooper,[10] está claro o quanto os eventos de especiação tornam os organismos frágeis e menos aptos: “A maravilha da diversidade biológica esconde um contexto enigmático. As espécies são definidas tanto por suas limitações quanto por suas capacidades. Muito poucas espécies conhecidas toleram viver em uma ampla variedade de ambientes” (ênfase nossa).

Cooper também descreve que uma das explicações para essa diminuição no fitness das espécies é que uma “sombra seletiva” recai sobre traços não utilizados, tornando-os suscetíveis à erosão mutacional, induzida pela deriva genética aleatória.

Essas evidências nos levam à seguinte pergunta: Se a seleção permite a perda de traços e genes não utilizados em um dado ambiente, então, como os darwinistas poderiam explicar o aumento e a fixação da variação e do potencial genético ao longo de milhões de anos?

Referências:
[1] Darwin CR. On the origin of species by means of natural selection, or the preservation of favoured races in the struggle for life. 1st ed. London: John Murray, 1859.
[2] Cho YS, et al. “The tiger genome and comparative analysis with lion and snow leopard genomes.” Nat Commun. 2013;4:2433.
[3] Dobson JM. “Breed-Predispositions to Cancer in Pedigree Dogs.” ISRN Vet Sci. 2013; 2013:941275.
[4] Bellumori TP, Famula TR, Bannasch DL, Belanger JM, Oberbauer AM. “Prevalence of inherited disorders among mixed-breed and purebred dogs: 27,254 cases (1995-2010).” J Am Vet Med Assoc. 2013 Jun 1;242(11):1549-55.
[5] Oberbauer AM, Belanger JM, Bellumori T, Bannasch DL, Famula TR. “Ten inherited disorders in purebred dogs by functional breed groupings.” Canine Genet Epidemiol. 2015 Jul 11;2:9.
[6] Boyko AR. “The domestic dog: man’s best friend in the genomic era.” Genome Biol. 2011;12(2):216.
[7] Lyons LA. “Feline Genetics: Clinical Applications and Genetic Testing.” Top Companion Anim Med. 2010 Nov. 25(4):203-12.
[8] Picone C, Van Tassel DL. “Agriculture and biodiversity loss: industrial agriculture.” In: Eldredge N (Ed). Life on Earth: An Encyclopedia of Biodiversity, Ecology and EvolutionSanta Barbara, CA: ABC-CLIO publishers, 2002. Disponível em: https://landinstitute.org/wp-content/uploads/2014/04/Picone-and-Van-Tassel-2002.pdf
[9] Bijlsma R, Loeschcke V. “Genetic erosion impedes adaptive responses to stressful environments.” Evol Appl. 2012 Feb; 5(2):117–129.
[10] Cooper VS. “The Origins of Specialization: Insights from Bacteria Held 25 Years in Captivity.” PLoS Biol. 2014 Feb; 12(2): e1001790.

Traços vestigiais

Analisemos a seguinte afirmação: “Nos seres humanos, exemplos clássicos incluem o apêndice, os dentes do siso e as amígdalas. Não por acaso, a maioria das pessoas acaba tendo que retirá-los artificialmente.”

Há muito tempo o apêndice tem sido considerado pelos naturalistas darwinianos como um “órgão vestigial”. No entanto, estudos têm mostrado que ele possui múltiplas funções e é de extrema importância para a manutenção da saúde humana. O apêndice em lactantes e crianças tem a aparência de um órgão linfoide bem desenvolvido e possui importantes funções imunológicas.[1] 

Pesquisa recente revelou que o apêndice humano pode proteger contra a infecção recorrente por Clostridium difficile.[2] Os resultados indicaram que indivíduos sem apêndice foram quatro vezes mais propensos a ter uma infecção recorrente por Clostridium difficile (um patógeno comum em hospitais). Enquanto a infecção recorrente nos indivíduos com o apêndice intacto foi de apenas 11%, em indivíduos sem o apêndice a recorrência atingiu 48% dos casos. Outro estudo sugere que o apêndice vermiforme funciona como uma casa segura para a sobrevivência de bactérias intestinais comensais (bactérias boas), facilita o crescimento da flora bacteriana normal (cultiva as bactérias boas), e permite a recolonização do cólon após diarreias ou uso de antibióticos que matam as bactérias benéficas.[3]

É possível encontrar mais evidências sobre isso neste artigo.

Outro exemplo usado por evolucionistas para fundamentar suas alegações é o fato de que temos problemas com os dentes do siso. No entanto, a extração do terceiro molar com a finalidade de prevenir doença não é mais lógica do que a extração dos primeiros ou segundos molares para os mesmos fins.[4] Pesquisas têm observado que há outras maneiras de resolver os problemas com os dentes do siso, em vez de apenas extraí-los. As evidências sugerem que os problemas verificados com os dentes do siso na sociedade moderna são devidos, em grande parte, à adaptação a um novo padrão alimentar que não dá aos dentes o treino que eles exigem para assegurar a relação adequada com a boca.

É possível encontrar mais evidências sobre isso neste artigo

Referências:
[1] Moore KL. Clinically Oriented Anatomy. Baltimore: Williams & Wilkins, 1992.
[2] Im GYModayil RJLin CTGeier SJKatz DSFeuerman MGrendell JH. “The Appendix May Protect Against Clostridium difficile Recurrence.” Clin Gastroenterol Hepatol. 2011; 9(12):1072-7.
[3] Bollinger RR, Barbas AS, Bush EL, Lin SS, Parker W. “Biofilms in the large bowel suggest an apparent function of the human vermiform appendix.” J Theor Biol. 2007; 249(4):826-31.
[4] Daily T. “Third molar prophylactic extraction: a review and analysis of the literature.” General Dentistry 1996; 44(4):310-320.

Traços imperfeitos

Analisemos a primeira afirmação: “Há muitas falhas no corpo humano. A garganta (faringe), por exemplo, serve como um canal tanto para alimentos quanto para a passagem de ar.”

São inúmeras as tentativas argumentativas dos neodarwinistas em afirmar que nossas supostas deficiências físicas existem porque a seleção natural nos faz sobreviver “apenas o tempo suficiente para nos reproduzir”. Eles também chamam esses supostos defeitos de “bad design”. Mas será mesmo que a faringe humana é um projeto ruim? Para compreendermos melhor a fisiologia e a função do projeto atual da faringe e suas implicações para a sobrevivência humana, reportemo-nos às diversas evidências científicas a favor do projeto presentes neste artigo.

Analisemos a segunda afirmação: “Depois, há a nossa incapacidade de sintetizar naturalmente vitamina C.”

Para os evolucionistas, um dos exemplos de descendência comum é a evolução do gene responsável pela etapa final na produção de vitamina C. O ser humano tem esse gene, chamado GULO (L-gulonolactone oxidase), mas ele não funciona devido à presença de uma mutação que resulta na incapacidade para sintetizar a proteína. Sem a enzima GULO, o ser humano não produz a vitamina C. É por isso que humanos têm que beber suco de laranja ou encontrar alguma outra fonte externa de vitamina C. No entanto, o fato de o ser humano não ser capaz de produzir sua própria vitamina C não é um problema, visto que ele é capaz de consumir mais do que o suficiente de vitamina C em sua dieta. Pesquisas sugerem que os organismos sem um gene GULO funcional (como o do ser humano) têm um método de “reciclagem” da vitamina C que obtêm de suas dietas, utilizando células vermelhas do sangue.[1]

Ademais, os evolucionistas afirmam que, por meio do sequenciamento do gene GULO e do rastreamento de mutações, é possível rastrear exatamente quando a capacidade de sintetizar a vitamina C foi perdida.[4] Para eles, a perda ocorreu em um suposto ancestral que teria dado origem a toda a linhagem de primatas antropoides. No entanto, um artigo publicado recentemente sugere que a ancestralidade comum devido à perda de autoprodução de vitamina C é falsa.[2]

É possível encontrar mais evidências sobre isso neste artigo

Referências:
[1] Montel-Hagen A, Kinet S, Manel N, Mongellaz C, Prohaska R, Battini JL, Delaunay J, Sitbon M, Taylor N. “Erythrocyte Glut1 Triggers Dehydroascorbic Acid Uptake in Mammals Unable to Synthesize Vitamin C.” Cell. 2008; 132(6):1039-1048. 
[2] Tomkins J. “The Human GULO Pseudogene—Evidence for Evolutionary Discontinuity and Genetic Entropy.” Answers Research Journal 2014; 7:91-101.

Desenvolvimento embrionário inicial

Analisemos a primeira afirmação: “Os embriões de humanos e outros animais muitas vezes apresentam características físicas semelhantes em determinadas fases.”

Não, eles não apresentam características semelhantes. Em 1868, Haeckel usou uma série de desenhos falsificada para dar sustentação à sua teoria.[1] Entre esses desenhos estava um do 25º dia de um embrião de cachorro que tinha sido anteriormente publicado por T. L. W. Bischoff, em 1845, e um desenho da 4ª semana de um embrião humano, publicado em 1851-59 por A. Ecker.[2] Se não bastasse, Haeckel havia somado 3,5 milímetros ao desenho da cabeça do embrião de cachorro, desenhado por Bishoff, e subtraído 2 milímetros do desenho da cabeça do embrião humano desenhado por Ecker, dobrou a duração do posterior humano e alterou substancialmente os detalhes do olho humano.

Em 1874, os desenhos de embriões de Haeckel foram provados falsos pelo famoso embriologista comparativo e professor de anatomia na Universidade de Leipzig Wilhelm His.[2] Em 1997, uma publicação científica de autoria do embriologista Michael Richardson e colaboradores trouxe novamente à tona o trabalho meticuloso e fraudulento de Haeckel ao comprovar cientificamente a falsificação por meio da comparação de fotos reais dos embriões vertebrados com os desenhos de Haeckel.[3]

É possível encontrar mais evidências sobre isso neste artigo 

Referências:
[1] Haeckel E. Natürliche Schöpfungs-geschichte. Berlin: George Reimer, 1868; os desenhos podem ser vistos na página 240. Disponível em:
[2] Grigg R. “Ernst Haeckel: Evangelist for evolution and apostle of deceit.” Journal of Creation 1996; 18(2):33-36.
[3] Richardson MK.  Hanken J, Gooneratne ML, Pieau C, Raynaud A,  Selwood L,  Wright et GM. “There is no highly conserved embryonic stage in the vertebrates: implications for current theories of evolution and development.” Anatomy and Embryology 1997; 196(2):91-106.

Miss termina com jogador por ele ser casto

Pagando o preço da fidelidade
Ex-astro de futebol americano universitário e com passagem breve pela NFL, Tim Tebow é conhecido por ser um cristão devoto. Em suas redes sociais, trechos bíblicos são publicações recorrentes e suas comemorações quando atleta envolviam orações. Apesar de agradar parte do público com a imagem de bom moço, a postura religiosa tem atrapalhado a vida amorosa de Tebow. De acordo com o diário New York Daily News, o ex-atleta estava saindo com Olivia Culpo, Miss EUA e Universo em 2012, mas o relacionamento não foi adiante por causa dos votos de castidade até o casamento de Tebow. Segundo uma fonte do jornal próxima da modelo, ela terminou o relacionamento porque Tebow se negou a ter sexo. “Ele mandava cartas de amor e expressava seu amor para ela. Ela teve que terminar porque não aguentou. Ele ainda entra em contato com ela, mas ela não consegue lidar com a questão do sexo”', declarou. Fora da NFL e agora solteiro, Tebow dará sequência à carreira como comentarista de futebol americano universitário.


A miss hedonista
Nota: É triste ver essa inversão de valores no mundo. É como se Tim tivesse que pedir desculpas por querer seguir seus princípios de castidade e pureza sexual. A postura religiosa dele não tem atrapalhado sua vida amorosa, como diz a nota acima, apenas tem afastado mulheres que não viveriam sob os mesmos valores que os dele; mulheres que não reconhecem a santidade do sexo no contexto matrimonial (no passado, eram mais os homens que se comportavam dessa forma). Tomara que Tim perceba isso e mantenha firme sua decisão e espere pela pessoa certa, a despeito da oposição de um mundo cada vez mais hedonista, libertino e intolerante. [MB]

Coadjuvantes: Rafaela Pinho



A Rafaela é daquelas pessoas que cativam de cara. Alta e com um vozeirão privilegiado, carrega em si mesma a contradição ao se mostrar doce e acessível; mais ainda, ao se mostrar um ser humano sensível, sobretudo com a causa dos animais. Ela prega para pessoas, ministra pra gente, mas gasta parte do seu tempo cuidando da criação de Deus, abandonada nas ruas. Cantora, também aproveita a internet para falar do seu estilo de vida que atrai milhares de pessoas. Faça como a Rafa, use seu talento para ser um coadjuvante!

Testemunho pessoal: Certa vez, alguns anos atrás, deixei minha família numa igreja em São Paulo para assistir a uma apresentação da Rafaela e fui pregar em outra igreja (sem problema, afinal, minha família já havia me visto pregar aquela mensagem dezenas de vezes, rsrs). A Rafaela não conhecia minha esposa e minhas filhas. Em certo momento em que minha esposa estava ocupada por algum motivo, a Rafaela se dispôs a levar minha filha mais nova ao banheiro. Foi uma atitude simples, mas que revelou a simplicidade e a prestatividade dessa coadjuvante. [MB]

sexta-feira, novembro 27, 2015

Por uma vida mais feliz e rica, estudos sugerem: case-se

Descobriram o óbvio...
[É interessante notar como, volta e meia, os pesquisadores chegam a conclusões cujas ideias básicas já estavam muito tempo antes descritas na Bíblia Sagrada. Esta é mais uma delas:] Aí vai um conselho pouco convencional nos dias de hoje, talvez até meio antiquado, para levar uma vida com mais dinheiro, menos estresse e mais felicidade: case-se. A recomendação não é nossa, mas de pesquisadores que analisaram como o casamento afeta o bem-estar do homem. John Helliwell e Shawn Grover, ambos do Canadá, publicaram um estudo no National Bureau of Economic Research sobre o assunto. O diferencial da pesquisa deles é que ela levou em conta também o nível de felicidade antes do casamento, assim foi possível saber em que medida a união com uma mulher de fato mudou a vida do homem. O estudo chegou a quatro conclusões:

1. Aqueles que se casam são mais satisfeitos com a vida do que os que permanecem solteiros, mesmo quando considerado o nível de felicidade pré-matrimônio.

2. Os benefícios do casamento persistem em longo prazo, ainda que as grandes vantagens da união surjam logo após formalizá-la.

3. O casamento se mostra mais importante durante a meia idade, quando crises emocionais costumam ser mais frequentes, porque provê amparo para enfrentá-las.

4. Homens que tornam as esposas suas melhores amigas têm em média o dobro de benefícios do que os demais dos pontos de vista financeiro e de felicidade.

“Os maiores benefícios aparecem em ambientes de alto estresse, e pessoas que são casadas conseguem lidar com o estresse de meia idade melhor porque elas compartilham a carga e compartilham uma amizade”, resumiu Halliwell em entrevista ao The New York Times.

Os resultados coincidem com os que teve Jay Zagorsky, pesquisador da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, em 2013. Ele levantou dados do censo americano que mostravam que em 2010 um casal com idades entre 55 e 64 ganhava US$ 261 mil por ano, ante US$ 71 mil de um homem solteiro e US$ 39 mil de uma mulher solteira. Obviamente, duas remunerações somadas serão maiores que uma só, mas há mais por trás disso.

Um homem casado pode trabalhar 12 horas por dia num certo período para ganhar uma promoção, e a mulher o ajudará a resolver os afazeres domésticos. Depois que o sexo feminino diminuiu a desigualdade perante o masculino na sociedade, esse padrão inverteu em diversos casais, mas os manteve no mesmo sentido: forças somadas e estáveis fazem diferença.

Mas tenha em mente que para um divorciado, em termos de riqueza, seria melhor ter continuado solteiro por mais tempo. Zagorsky concluiu que o patrimônio da pessoa que desiste de um casamento cai em média 77% após assinar os papéis da separação. Embora os dados não digam com certeza por que isso acontece, o pesquisador especulou que os gastos com os procedimentos jurídicos pesam no bolso de quem passa por isso.


Nota:Então o Senhor Deus declarou: ‘Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda’” (Gênesis 2:18). 

Europa tem número recorde de novos casos de HIV

Pagando um preço muito alto
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira ter registrado em 2014 o maior número de novos casos de HIV em sua Região Europeia, que também inclui a Ásia Central, desde que começou a coletar registros nos anos 1980. A OMS e o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) disseram em comunicado que mais de 142.000 pessoas da chamada Região Europeia foram diagnosticadas com HIV no ano passado e que o aumento ocorreu no setor leste, grupo de 15 países que inclui Rússia, Ucrânia e a Ásia Central. O comunicado veio à tona após a publicação, na terça-feira, de descobertas do programa de aids da Organização das Nações Unidas (ONU) que revelaram que as novas infecções de HIV no geral caíram 35 por cento desde o pico da pandemia de trinta anos em 2000.

“A transmissão heterossexual é responsável pelo aumento no leste da Europa, e a transmissão por drogas injetáveis continua sendo substancial”, informou a declaração conjunta da OMS e do ECDC.

A porta-voz do ECDC, Caroline Daamen, afirmou que o “leste da Europa” se refere às partes do leste da Região Europeia, onde as organizações disseram que o número de novos casos de HIV mais que dobrou na última década.


Nota: Casos de infecção pelo HPV e de câncer de garganta (relacionado com sexo oral) também têm aumentado assustadoramente. O ser humano é livre para escolher seu caminho, ainda que seja contrário às orientações de Deus, mas não é livre para escapar das consequências dessa escolha. [MB]

Maringá terá primeiro núcleo de estudos da SCB

Uma iniciativa louvável
No dia 5 de dezembro de 2015, terão início as atividades do Núcleo Maringaense da Sociedade Criacionista Brasileira (Numar/SCB). Trata-se do primeiro núcleo de estudos oficial da Sociedade Criacionista Brasileira. O início de suas atividades se dará no 1º Workshop do Numar/SCB, que será realizado na Câmara municipal de Maringá, localizada na Av. Papa João XXIII, 239 – Zona 2. A inscrição para o evento é gratuita e deve ser realizada no site da SCB. Os participantes receberão certificados de participação. A proposta do evento é divulgar o trabalho da Sociedade Criacionista Brasileira, bem como promover a extensão de suas atividades com a criação do núcleo. O Numar/SCB pretende oferecer ao público atividades semanais no auditório de sua sede a partir do mês de fevereiro de 2016. Para obter mais informações, é só se cadastrar na página do Facebook e aguardar as novidades. O diretor presidente do Numar/SCB é o Dr. Agrinaldo do Nascimento Junior, cuja formação é na área de Química.

“Organizar um projeto dessa natureza é bastante desafiador, pois o tema criacionismo atinge os valores humanos da sociedade, principalmente a fé, que, por sua vez, está relacionada aos princípios e ao modo de vida de cada um. Geralmente, ninguém gosta das pessoas se intrometendo em sua vida, dizendo o que fazer, mesmo que a intervenção resulte em coisas boas. Desse modo, nossa intenção não é a de nos intrometermos na vida de ninguém, mas oferecer um espaço para aqueles que desejam ouvir e refletir sobre as propostas oferecidas pelo criacionismo, inclusive sob o ponto de vista acadêmico”, diz Agrinaldo.

O quadro diretivo ainda não está completo, porém, já conta com seis doutores nas áreas de Química, Biologia, Física e Teologia; dois doutorandos nas áreas de Física e Engenharia Química; quatro mestres nas áreas de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, Administração e Ciências da Saúde; e um mestrando na área de Geologia. Esses profissionais e acadêmicos já estudavam isoladamente o tema, mas agora surgiu a oportunidade de um estudo coletivo e multidisciplinar, que possibilita uma discussão mais técnica e profunda sobre o tema do criacionismo.

Maringá é considerada um polo educacional, com 11 instituições de ensino superior que reúnem aproximadamente 40 mil acadêmicos vindos de todas as regiões do Brasil. Essa característica sugere um ambiente ideal para o estabelecimento do Numar/SCB.

Vale lembrar que, em outubro deste ano, a Universidade Estadual de Maringá realizou o primeiro curso de extensão com o tema “Diferentes Olhares sobre as Origens”. E um dos maiores diferenciais desse evento foi a apresentação do tema criacionismo sob a perspectiva de um professor criacionista da própria instituição, o Dr. Rodrigo Meneghetti Pontes. Esse apanhado de condições e relatos indica que Maringá tende a ser um local estratégico e referencial para o estabelecimento e a formação de um núcleo criacionista de referência.

Para celebrar a fundação do núcleo, estará presente no 1º Workshop do Numar/SCB o atual presidente da SCB – que tem sede em Brasília –, o Dr. Ruy Carlos de Camargo Vieira. Foram convidadas para o evento autoridades governamentais e acadêmicas da região. Na ocasião, será realizada uma entrevista com o Dr. Ruy, a fim de que a comunidade conheça um pouco de sua história, bem como da Sociedade Criacionista Brasileira.

O Dr. Ruy Vieira é engenheiro mecânico-eletricista [saiba mais sobre ele aqui], formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Entre os anos de 1954 a 1956, foi professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Em 1970, assumiu a chefia do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade de São Paulo (USP), Campus de São Carlos, fundando a pós-graduação que é considerada a melhor na área no Brasil. Entre 1979 a 1985, foi diretor-científico da Fapesp e um dos fundadores da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Em 2003, foi representante do MEC no Conselho da Agência Especial Brasileira, participando de suas reuniões periódicas e empreendendo viagens por locais onde se desenvolvem atividades espaciais. Atuou também como consultor do Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento junto à Secretaria de Educação Tecnológica do MEC. Além disso, foi um dos fundadores da Sociedade Criacionista Brasileira em 1972, sendo um pioneiro importante para o criacionismo, em seus 43 anos de atividades.

Durante o evento, o público conhecerá algumas novidades do trabalho da SCB e presenciará o pré-lançamento do livro O Profeta Daniel, o Cientista Isaac Newton e o Advento do Messias, de autoria do Dr. Ruy Vieira – o lançamento oficial será no Unasp. Em seguida, o professor Fabio Porto apresentará a palestra “Teria a ciência o poder de validar os tempos proféticos?” Por fim, será apresentado o projeto Numar/SCB e feita a inauguração oficial das atividades do núcleo, com o recebimento da placa comemorativa de fundação das mãos do presidente da SCB.

Se você é da região, corra e garanta a sua participação! As vagas são limitadas.

Equipe do Núcleo Maringaense da SCB

quinta-feira, novembro 26, 2015

Religião é benéfica para tratamento psiquiátrico

Fator de cura
“É mole? Vou ao médico tratar da depressão e ele me manda rezar!” A recomendação que gerou surpresa na médica e professora universitária Maria Inês Gomes, 67, agora tem aval da Associação Mundial de Psiquiatria. No mês passado, a entidade aprovou documento declarando a importância de se incluir a espiritualidade no ensino, pesquisa e prática clínica da psiquiatria. A Sociedade Brasileira de Psiquiatria (SBP) ainda não se posicionou sobre o assunto. A proposta, obviamente, não é “receitar” uma crença religiosa ao paciente, mas conversar sobre o assunto. O indexador de estudos científicos PubMed, do governo americano, lista mais de mil estudos sobre o tema. Os recursos espirituais avaliados nesses trabalhos variam bastante, desde acreditar em Deus ou um poder superior, frequentar alguma instituição religiosa ou mesmo participar de programas de meditação e de perdão espiritual, mas a grande maioria conclui que há correlação entre espiritualidade e bem-estar.

O maior impacto positivo do envolvimento religioso na saúde mental é entre pessoas sob estresse ou em situações de fragilidade, como idosos, pessoas com deficiências e doenças clínicas. Não se trata, claro, da prova científica da ação de Deus – uma hipótese dos pesquisadores é que a religiosidade sirva, por exemplo, para reforçar laços sociais, reduzindo a incidência de solidão e depressão e amenizando o estresse causado por doenças ou perdas.

Três meta-análises (revisões científicas) já realizadas sobre o tema indicam que, após controle de variáveis como o estado de saúde da pessoa, a frequência a serviços religiosos esteve associada a um aumento médio de 37% na probabilidade de sobrevida em doenças como o câncer. O desafio é entender exatamente como isso acontece.

Uma das explicações propostas é a ativação do chamado eixo “psiconeuroimunoendócrino”, em que uma emoção positiva seria capaz de alterar a produção de hormônios que, por exemplo, reduziriam a pressão arterial. “O impacto da religião e espiritualidade sobre a mortalidade tem se mostrado maior que a maioria das intervenções, como o tratamento medicamentoso da hipertensão arterial ou o uso de estatinas”, afirma Alexander Moreira-Almeida, professor de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Outro estudo recente publicado na revista Cancer, da Sociedade Americana de Câncer, revisou dados obtidos com mais de 44 mil pacientes e concluiu que são os aspectos emotivos da espiritualidade e da religiosidade aqueles que mais trazem benefícios para a saúde física e mental de pacientes com a doença. O mesmo não acontece quando o paciente se dedica a meramente estudar ou pesquisar sobre a religião.

Ao mesmo tempo, segundo Almeida, as crenças religiosas também podem atuar de modo negativo, quando enfatizam a culpa e a aceitação acrítica de ideias ou transferem responsabilidades. “Piores desfechos em saúde são observados quando há uma ênfase na culpa, punição, intolerância, abandono de tratamentos médicos. A existência de conflitos religiosos internos no indivíduo ou em relação à sua comunidade religiosa também está associada a piores indicadores de saúde.”

Por essa razão, é importante que os profissionais tenham em conta a dupla natureza da religião e da espiritualidade, segundo Kenneth Pargament, professor de psicologia clínica na Bowling Green State University (Ohio). “Elas [religião e espiritualidade] podem ser recursos vitais para a saúde e o bem-estar, mas também podem ser fontes de perigo”, diz ele, que esteve no Brasil neste mês falando sobre o assunto no início do mês no Congresso Brasileiro de Psiquiatria.

Ele lembra que, por muitos anos, psicólogos e psiquiatras evitaram a religião e a espiritualidade na prática clínica. Entre as razões, estaria a antipatia pela religião que sempre houve entre os ícones da psicologia, como Sigmund Freud. [Que estrago certos ícones podem fazer, perpetuando suas crenças e descrenças por meio de seus seguidores...]

Para Pargament, é importante a compreensão de que a religião e a espiritualidade são entrelaçadas no comportamento humano e que os profissionais precisam estar preparados para avaliar e abordar questões que surjam no tratamento. “Para muitas pessoas, a religião e a espiritualidade são recursos-chave que podem facilitar seu crescimento. Para outros, são fontes de problemas que precisam ser abordadas durante o tratamento. Isso precisa ser compreendido pelos profissionais de saúde.”

Entre as técnicas que estão sendo estudadas para essa abordagem estão programas, por exemplo, para ajudar pessoas divorciadas a lidar com amargura e raiva, ou vítimas de abuso sexual e mulheres com distúrbios alimentares.


Nota: A verdadeira religião tem que ver com a “religação” com Deus e uma vida harmoniosa em quatro áreas básicas: espiritual, mental, física e social. A base da religião de Cristo é o amor (a Deus e ao próximo), o que resume/sintetiza os Dez Mandamentos. Quando vivemos a verdadeira religião bíblica, com seu foco na graça (perdão) e na obediência nascida do amor, a saúde mental e física é uma consequência natural. Os cientistas ainda não sabem exatamente por que a religião traz saúde. Simples: porque fomos criados para crer. Negar essa dimensão humana é convidar a doença. [MB]