domingo, julho 31, 2011

Conheça a cosmovisão teísta/criacionista (parte 4)

Michael Behe, A Caixa Preta de Darwin – O desafio da bioquímica à teoria da evolução (Jorge Zahar) – Nesta obra, o bioquímico Michael Behe apresenta exemplos incontestáveis de design inteligente na natureza e desenvolve o argumento da complexidade irredutível. Usando como exemplo desses sistemas a visão, a coagulação do sangue, o transporte celular e a célula, Behe demonstra convincentemente que o mundo bioquímico forma um arsenal de máquinas químicas, constituídas de peças finamente calibradas e interdependentes. Para que a teoria da evolução fosse verdade, deveria ter havido uma série de mutações, todas e cada uma delas produzindo sua própria maquinaria, o que resultaria na complexidade atual. Mesmo não sendo um criacionista, o Dr. Behe argumenta que as máquinas biológicas têm que ter sido planejadas – seja por Deus ou por alguma outra inteligência superior. Segundo o autor, “a compreensão resultante de que a vida foi planejada por uma inteligência é um choque para nós no século [21], que nos acostumamos a pensar nela como resultado de leis naturais simples”. Porém, ele lembra que outros séculos “também tiveram seus choques, e não há razão para pensar que deveríamos escapar deles”.

Alexander vom Stein, Criação – Criacionismo bíblico (SCB) – Criação é o primeiro livro texto em língua alemã a apresentar detalhadamente o modelo criacionista. É apropriado para jovens a partir de 14 anos. Partindo do estado atual da ciência, explica até mesmo fatos complicados de modo que possam ser facilmente compreendidos. O livro deixa claro que as perguntas sobre “de onde” e “para onde” não devem ser respondidas somente pela observação e dedução, mas em última análise pela fé. O autor deixa claro que muitos fatos hoje descobertos podem ser mais bem explicados por meio do modelo criacionista. Os capítulos referentes às ciências naturais proporcionam acesso fácil aos temas complexos e são bastante atuais.

Reinhard Junker e Siegfried Scherer, Evolução – Um livro-texto crítico (SCB) – Neste livro, Junker e Scherer contam com a colaboração de mais nove especialistas, dos quais oito doutores reconhecidos em suas respectivas áreas: Biologia, Botânica, Microbiologia, Embriologia, Química, Paleontologia e Antropologia. A obra aborda fundamentos da ciência e da epistemologia, história do pensamento evolucionista, conceitos fundamentais de taxonomia e da sistemática, estudo das causas da evolução e abrangência dos fatores evolutivos, com análise da macroevolução; evolução molecular, com os mecanismos da microevolução; e evolução química. Aborda também a analogia e a homologia, a embriologia, a ontogênese e a biogeografia, o significado do registro fóssil, fundamentos da paleontologia, espécies fósseis, sua extinção, elos perdidos, e o surgimento do ser humano.

Jean Flori e Henri Rasolofomasoandro, Em Busca das Origens – Evolução ou Criação? (SCB) – Flori e Rasolofomasoandro são pesquisadores doutores radicados na França. A obra contem ricas notas explicativas, comentários, farta ilustração e referências bibliográficas bastante modernas. Os temas são tratados com profundidade e equilíbrio, apresentando-se sempre as visões evolucionista e criacionista dos assuntos abordados. Os autores analisam tópicos de geologia (atualismo, natureza e estrutura da Terra, rochas, carvão e petróleo, continentes à deriva, montanhas e erosão, estratigrafia e seus problemas), paleontologia (fósseis, séries evolutivas e elos intermediários, e enigmas da paleontologia), biologia (lamarquismo, darwinismo, mutacionismo, origem da vida, entre outros muitos assuntos).

Nahor Neves de Souza Júnior, Uma Breve História da Terra (SCB) – O Dr. Nahor é geólogo com doutorado em Geotecnia pela USP e professor de Ciência e Religião no Unasp, Campus Engenheiro Coelho, SP. Em seu livro, ele mostra que a geologia histórica parece se identificar muito melhor com os grandes desastres naturais que se desenvolvem muito rapidamente do que com os processos geológicos ordinários (não catastróficos). Por outro lado, os desastres naturais atuais são pontuais no tempo e no espaço; já aqueles desastres “naturais” pretéritos se manifestaram globalmente e de maneira ininterrupta, durante um curto intervalo de tempo. O autor teve a oportunidade de estudar minuciosamente amplas exposições dos derrames basálticos da Formação Serra Geral (Bacia Sedimentar do Paraná). Pesquisas científicas envolvendo as rochas basálticas, desenvolvidas por ele na USP, durante 12 anos, possibilitaram a acumulação de significativo acervo de dados que levam o leitor a tirar conclusões surpreendentes.

Erwin Lutzer, 7 Razões Para Confiar na Bíblia (Vida) – O mundo moderno tem rejeitado cada vez mais os valores cristãos. Para muitos, a Bíblia é apenas um livro de valor histórico. Críticos mais agressivos procuram remover a presença de Deus de suas páginas, como se isso fosse possível. Em meio a tanto materialismo, o pastor Erwin Lutzer apresenta neste livro algumas razões incontestáveis para provar a veracidade e a fidedignidade das Escrituras Sagradas. A Bíblia é a Palavra de Deus. Sua mensagem inconfundível tem abençoado e transformado bilhões de seres humanos ao longo dos anos. Suas profecias têm se cumprido fielmente. Suas verdades mudaram nações e sua influência é crescente em vários setores da sociedade. Lutzer é mestre em teologia pelo Seminário Teológico de Dallas.

Rodrigo Silva, Escavando a Verdade (CPB) – Conforme escreveu Wayne Jackson, “a ciência da arqueologia tem sido uma grande benfeitora para os estudantes da Bíblia. Ela tem: (1) ajudado na identificação dos lugares e no estabelecimento de datas, (2) contribuído para o melhor conhecimento de antigos costumes e obscuros idiomas, (3) trazido luz sobre o significado de inúmeras palavras bíblicas, (4) aumentado nosso entendimento sobre certos pontos doutrinários do Novo Testamento, (5) silenciado progressivamente certos críticos que não aceitam a inspiração da Palavra de Deus”. O professor de teologia e especialista em arqueologia Dr. Rodrigo Silva chama atenção para tudo isso em seu livro Escavando a Verdade – A arqueologia e as incríveis histórias da Bíblia. Mas não espere um tratado científico com linguagem empolada. O livro de Rodrigo é tudo, menos isso. Conforme ele mesmo escreveu na Introdução, “não se trata de um livro técnico, muito menos exaustivo. Aqui vamos tratar das evidências do Antigo Testamento e da vida de Jesus no Novo Testamento”. Rodrigo, que fez estudos de pós-doutoramento em arqueologia bíblica pela Andrews University e cursa o doutorado em arqueologia na USP, participou de escavações em Israel, Espanha, Sudão e Jordânia. Portanto, nas 176 páginas de seu livro ele fala do que viu e tocou e não apenas do que pesquisou ou leu.

Peter Kreeft, Sócrates e Jesus (Vida) – Imagine que um antigo filósofo grego surgisse em pleno século 20 e se matriculasse numa faculdade de teologia liberal, dessas que relativizam a autoridade bíblica. Mais: imagine que esse filósofo fosse o inquiridor Sócrates, considerado um dos fundadores da filosofia ocidental. Qual seria o teor das discussões do ateniense com os alunos e professores? Como o filósofo que se opunha ao politeísmo grego reagiria à leitura do Antigo e do Novo Testamentos? Como encararia Jesus Cristo e as alegações quanto à divindade e a ressurreição dEle? É disso – e muito mais – que tratam as duzentas páginas do livro de Kreeft. “Jesus e Sócrates são certamente os dois homens mais influentes que já existiram, pois dão origem aos dois segmentos da civilização ocidental: a cultura bíblica (judaico-cristã) e a clássica (greco-romana)”, escreve Kreeft logo na Introdução. Portanto, é o tipo de leitura que ajuda até mesmo a entender as bases sobre as quais nossa própria cultura está edificada. Peter Kreeft é Ph.D e professor de filosofia do Boston College.

Leia também: "Conheça a cosmovisão teísta/criacionista (parte 3)"

Descoberto túmulo de Filipe, apóstolo de Jesus

Um túmulo, que se crê ser de São Filipe, um dos 12 apóstolos, foi descoberto na cidade de Hierapolis, na Turquia. Segundo a agência turca Anadolu, o professor italiano Francesco D’Andria, em comando da exploração, disse que arqueólogos encontraram o túmulo da figura bíblica, um dos 12 discípulos de Jesus, enquanto trabalhavam nas ruínas de uma Igreja recém-descoberta. “Há anos que procuramos o túmulo do apóstolo Filipe”, disse o professor à agência. “Finalmente encontramo-lo nas ruínas de uma igreja, que começamos a explorar há um mês.” A estrutura do túmulo e os dizeres escritos nas paredes provam que ele pertence a São Filipe. O professor disse ainda que os arqueólogos trabalhavam havia anos com a esperança de encontrar o túmulo, e que esperam que este tenha um destino privilegiado para exposição. [Leia mais]

Band e Record disputam Datena


Nota: Já que o "bispo" Macedo quer que seus membros façam um jejum midiático, que tal poupá-los do "mundo cão" estressante que é a matéria-prima dos programas do Datena. Deixe-o com a Band.[MB]

Projeto proíbe ensino que afronte valores familiares

A Câmara analisa o Projeto de Lei 733/11, dos deputados Marcelo Aguiar (PSC-SP), Lauriete (PSC-ES) e Acelino Popó (PRB-BA), que proíbe o poder público de apoiar segmentos sociais específicos por meio de conteúdo de ensino que afronte valores familiares. O projeto também proíbe o governo de veicular publicidade oficial e promover ações culturais com conteúdo discriminatório (que resulte em distinção entre brasileiros ou preferências entre si), assim como a concessão de auxílio a entidade que queira promover ações discriminatórias. O deputado Marcelo Aguiar afirma que o projeto busca evitar que o Estado brasileiro “seja controlado por grupos minoritários que queiram impor a sua visão de mundo que não se coaduna com a preservação da família e com a tolerância para quem quer exercer a sua integral individualidade nos limites traçados pela Constituição”. Ele critica, por exemplo, a “exaltação de comportamento sexual contrário aos bons costumes” em escolas frequentadas por crianças.

Pela proposta, o descumprimento da lei enquadrará o agente público em ato de improbidade administrativa (Lei 8.429/92), com penas que vão de multa a perda da função pública.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

(Câmara do Deputados)

Entre a batina e a aliança

O celibato como regra obrigatória para os padres não nasceu com o cristianismo. Foi uma prática cultural construída gradualmente e só se tornou compulsória para o clero latino, no século XII, entre conflitos e discursos contraditórios. A aceitação de uma norma social ocorre em um processo lento, marcado por resistências, para finalmente se tornar um hábito ou habitus, como uma regra introjetada pelos indivíduos que formam a sociedade. [...]

Os homens e as mulheres que se abstinham de práticas sexuais concebiam a castidade como símbolo do apogeu da natureza humana, liberta da "animalidade e da imundície" que impossibilitavam o contato do homem com a divindade e o restabelecimento da perfeição perdida: “Eunucos voluntários pelo Reino dos Céus” (Mateus, 19:12). O ato sexual seria uma fraqueza da carne, inerente à humanidade, que devia ser controlada pelo matrimônio. [...]

Um dos critérios para punir os comportamentos desviantes dos sacerdotes residentes no Brasil colonial era o grau de publicidade do crime e dependia das denúncias efetuadas para que o clérigo fosse julgado e talvez condenado, ou seja, a tolerância ou a intolerância com os relacionamentos clericais variava de acordo com a situação. Por vezes a sociedade "aceitava" os concubinatos de clérigos, mas também os delatava na presença intimidadora da Igreja.

(Trechos do livro Entre a Batina e a Aliança, de Edlene Silva)

sexta-feira, julho 29, 2011

Existir ou viver?

Conta-se que o médico estava temeroso. Alexandre, o Grande, havia deixado seu cavalo doente para tratamento e havia dito que, se recebesse o aviso de sua morte, o portador da notícia seria, também, morto. Agora, o cavalo jazia morto. O que fazer? Quem ousaria contar o triste fato ao imperador? O médico não tinha coragem. Soldados recusavam-se a fazê-lo. Um filósofo, embora alertado sobre as consequências, decidiu voluntariamente que ele contaria ao rei a trágica notícia. "Vim trazer notícias de seu cavalo", anunciou, ao ser introduzido diante do rei.

- Como está meu cavalo? – perguntou Alexandre.

- Não tão bem quanto o senhor desejava – continuou o filósofo.

- O que, exatamente, isso quer dizer?

- Digo que, desde ontem, seu cavalo não come.

- O que mais?

- Também desde ontem, seu cavalo não se move.

Cada vez mais preocupado, Alexandre perguntou:

- O que mais?

- Desde ontem, também não respira.

- Então ele está morto! – esbravejou o jovem imperador.

- O senhor é quem está dizendo! – astutamente replicou o filósofo.

A veracidade da história pode ser questionada, visto que já a ouvi diversas vezes, porém nunca encontrei uma fonte escrita que a confirmasse. Talvez até tenha acontecido com outro rei. O fato é que a narrativa, embora se refira a um cavalo, faz uma descrição simplista do que é viver: comer, mover-se e respirar. Seria isso o que Deus planejou quando fez de Adão uma ‘alma vivente’?

Acredito que não. Acredito que viver é muito mais que comer, mover-se ou respirar. Não é possível imaginar como seria nosso período de vida neste mundo sem as emoções que sentimos, sem os relacionamentos gratificantes que marcam nossa história, sem a consciência da realidade que nos cerca e da capacidade de agir para modificá-la, sem as atividades que provocam alegria, sem os desafios que enfrentamos, sem as aprendizagens de cada dia. Há ainda o aspecto principal – a ligação com Deus, que nos dá o pleno sentido para a existência. Existir para comer, mover-se ou respirar pode ser vegetar, mas jamais viver em plenitude.

A morte recente da cantora Amy Winehouse, bem como o lamento de seus fãs, fazem-nos pensar no assunto de uma forma um pouco mais profunda. Afinal, o que pode ser mais lamentável: sua morte ou sua vida? Não quero dizer que se deve lamentar que uma pessoa viva ou desejar que morra, mas apenas refletir: podemos considerar vida, no sentido pleno, uma existência que se tornava suportável apenas através da fuga constante da realidade com o uso de drogas, legais ou ilegais? Podemos considerar vida a incapacidade de sentir prazer até mesmo nos momentos que supostamente deveriam ser agradáveis, nas viagens a lugares inebriantes, estadias em hotéis luxuosos, reconhecimento e aclamação pelo trabalho? Podemos considerar vida uma existência tão marcada pela necessidade de anestesiar-se que impede a pessoa de realizar o que mais ama e demonstrar o talento inquestionável?

Se, com empatia, formos capazes de olhar além de toda a polêmica causada, dos flashes que satisfaziam os paparazzi, de todo o alarde que causava na mídia, podemos ver um ser humano em dor emocional lacerante e constante, que necessitava de drogas psicotrópicas para anestesiar sua sensação de vazio e sofrimento. Amy comia (talvez não muito), movia-se (cada vez com menor coordenação) e respirava. Existia, porém não vivia.

E então, lamentamos por sua morte? Sem dúvida. Ela não estava nos planos do Criador para o ser humano, e se ela é contrária à Sua natureza, é contrária também à nossa. Esse é um sentimento plantado em nosso coração pelo próprio Deus. Entretanto, acredito que mais digna de lamentação é a constatação de uma existência que já não sabia o que era viver.

“Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância” (Jo 10:10). Esse é o plano dAquele que nos doou a vida. E diante de nossa incapacidade, como espécie decaída, de manter esse dom, Ele ainda “amou o mundo de tal maneira, que deu Seu filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha vida eterna” (Jo 3:16). Que diferença! Ao invés da existência, vida plena e eterna! Existir ou viver? Escolher Jesus é escolher a vida.

(Lilian Martins Larroca, professora e psicopedagoga)

quinta-feira, julho 28, 2011

Primeira ave é apenas dino com penas

Querem derrubar o célebre fóssil Archaeopteryx do poleiro que ele ocupa lá se vão 150 anos. Pesquisadores chineses defendem que o bicho não é o “pai” das aves, como se acredita, mas apenas uma espécie de dinossauro penoso. O líder do grupo que defende a ideia na edição desta quinta-feira da revista científica Nature é Xing Xu, provavelmente o maior especialista em dinos emplumados do planeta. Paleontólogo da Academia Chinesa de Ciências, Xu já descreveu dezenas de fósseis espetaculares, cujas penas estão preservadas graças a condições geológicas muito especiais. Na Nature, ele e seus colegas apresentam mais um desses bichos, o pequeno Xiaotingia zhengi, de 155 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] e peso estimado de apenas 800 g. A questão é que a criatura possui um conjunto de características morfológicas (como as patas da frente, ou “asas”, longas e robustas) muito parecidas com as do suposto pai das aves. Tem também a mesma idade do Archaeopteryx - ambos são bichos do fim do período Jurássico.

Quando Xu e seus colegas usaram um programa de computador para saber onde o novo animal se posiciona na árvore genealógica de dinossauros e aves - método comum nessa área de pesquisa -, eles viram que não só o bicho foi considerado dinossauro como também sua presença “puxou” o Archaeopteryx para o lado dos dinos.

Isso significa que o Archaeopteryx pertenceria ao grupo mais geral de dinossauros emplumados, que inclui o famoso o Velociraptor, e não ao conjunto em que estão as aves “verdadeiras”.

(Folha.com)

Nota: Criacionistas já diziam isso há anos, mas os ultradarwinistas e as publicações científicas regidas pela filosofia naturalista dão ouvidos aos criacionistas?[MB]

Leia também: Digite a palavra "archaeopteryx" no buscador ali em cima para encontrar mais postagens relacionadas ao assunto.

ADRA lança campanha de combate à miséria na África

A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) lançou no dia 27, em seu site oficial, uma campanha de combate à grave crise alimentar que atinge o leste africano, conhecido como o “Chifre da África”. Na última segunda-feira, 25 de julho, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo à comunidade internacional com o intuito de combater a miséria extrema naquela região do continente africano. Segundo dados da ONU, é necessária uma intervenção “urgente” para acabar com o problema, que já atinge mais de 12 milhões de africanos no Quênia, Etiópia, Djibuti, Somália e Eritreia.

Para mais informações sobre a crise na África, visite o site da ADRA Brasil. E para fazer sua doação, acesse www.adra.org.

(Leonardo Siqueira, ASN)

Julião ouviu a voz de Deus

Estou dirigindo uma semana criacionista na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Cerquilho, cidade que fica há pouco mais de 20 km de onde moro. As palestras são baseadas em meu livro A História da Vida e os membros da igreja fizeram um bom trabalho de divulgação. No sábado anterior ao início da série, o líder de jovens local, o designer Alexandre Rocha (da CPB), fez um apelo para que os membros convidassem amigos para assistir à série. Num tom de brincadeira, disse: “Convidem quem vocês encontrarem: pessoas interessadas no assunto, estudantes, colegas de trabalho; convidem até o prefeito.” Isso ficou na mente do diretor de fidelidade da igreja, o pernambucano Julião Bernardino Vasconcelos, ex-funcionário da Petrobrás que reside há quatro anos em Cerquilho. Convidar o prefeito... E os dias foram passando.

Na última terça-feira, um dia antes da palestra que eu apresentaria sobre dinossauros e o dilúvio, Julião ouviu claramente uma voz ecoando em seus pensamentos: “Convide o prefeito.” Ele achou aquilo estranho e pensou: “Eu nem sou desta cidade. Há outras pessoas que podem contatar o prefeito.” Mas a voz insistiu: “Convide o prefeito.” Ainda considerando a situação bastante estranha, Julião resolveu obedecer a essa convicção que se tornou bastante forte. Tomou um convite, colocou-o em um envelope e se dirigiu à prefeitura. “E se eu não for recebido? O que devo dizer para conseguir entrar no gabinete do prefeito?” Enquanto pensava nisso, de dentro do carro, Julião avistou o prefeito Paulo Roberto Pilon (foto acima) estacionando sua caminhonete no pátio da prefeitura. Pilon desceu do automóvel e começou a conversar com alguns homens, ainda no estacionamento. Era a chance de Julião.

“Com licença, senhor prefeito, o senhor me concede um minutinho?”, perguntou o adventista. Sorrindo, o administrador lhe estendeu a mão e teve início uma conversa animada entre os dois. Quando recebeu o convite, Pilon disse que não tinha compromisso para a noite seguinte e que iria à igreja. Julião se despediu, mas me confessou que naquele momento ainda não tinha certeza de que o prefeito iria. “Pensei que ele tivesse dito aquilo apenas por educação.”

No dia seguinte, Julião teve que viajar para São Paulo e teve um dia muito intenso e desgastante lá. Quando chegou em casa, estava tão cansado que pensou em não ir à igreja naquela noite. Mas novamente ouviu a voz em sua mente: “Nada de descanso, agora. Levante-se e vá à igreja. O prefeito estará lá.” Julião tomou um banho, se aprontou e foi. E, de fato, o prefeito já estava lá quando ele chegou!

Julião se sentou ao lado de Pilon que apreciou a programação e recebeu de presente um exemplar do meu livro.

Julião ouviu a voz de Deus e obedeceu. E você, tem dado ouvidos à voz do seu Criador?

Michelson Borges

Líderes religiosos debatem preservação do ambiente

Representantes das comunidades cristã, judia e muçulmana se reuniram nesta semana em Jerusalém para debater uma forma de conscientizar seus fiéis sobre a importância de se preservar o ambiente. “O respeito a Deus exige também o respeito a sua criação e a natureza”, manifestou ao jornal israelense Jerusalem Post o bispo auxiliar do patriarcado de Jerusalém, William Shomali. Ele participou na segunda-feira (25) da apresentação do Centro InterConfessional de Desenvolvimento Sustentável. “Somos visitantes nesta Terra e a abandonaremos algum dia, mas precisamos deixá-la limpa para as próximas gerações”, disse o clérigo. “Se a Terra está poluída, se o Mediterrâneo está poluído, está poluído para todos, cristãos, muçulmanos e judeus”, destacou Shomali, que considerou necessário “estudar a crise ambiental, que é parte da crise ética, moral e espiritual”.

O novo grupo religioso-ecologista, liderado pelo rabino Yonatan Neril, conseguiu neste mês que o Conselho de Instituições Religiosas da Terra Santa assinasse a “Declaração da Terra Santa sobre Mudança Climática”, que pede para o mundo reduzir o consumo e enfrentar os problemas ambientais. [Uma das propostas para essa redução é o Movimento 10:10.]

O texto pede “a toda pessoa de fé” para que reduza suas emissões do efeito estufa e peça a seus líderes políticos que adotem “objetivos fortes, obrigatórios e com base científica para diminuir os gases do efeito estufa a fim de evitar os piores perigos da crise do clima”.

O ministro de Assuntos Religiosos palestino, Salah Zuheika, assinalou sobre o Corão: “Alá fala de tudo, sobre a natureza, o ar, os animais, e pede aos seres humanos não só que usem a natureza, mas que a protejam.”

O rabino David Rosen ressaltou também o caráter temporário da estada dos homens na Terra e sugeriu aos líderes religiosos que incentivem seus fiéis a consumir menos carne. A produção do alimento representa “uma das maiores causas de contaminação e de consumo de água”.

(Folha.com)

Nota: Alguém ainda duvida do potencial ecumênico da bandeira ecológica (= ECOmenismo)?[MB]

quarta-feira, julho 27, 2011

Jejum do bispo e alimento estragado para os outros

Você aguentaria ficar 21 dias sem ver TV, ler jornais, revistas ou acessar a internet? Se você não é um fiel seguidor do bispo Edir Macedo, não se preocupe. Se é, é bom ir se preparando. Macedo está convocando os fiéis da Igreja Universal para um jejum peculiar entre os dias 1º e 21 de agosto: nesse período, os crentes em Macedo não poderão ter acesso a nenhum tipo de informação secular. Analisado sob o ângulo dos seus negócios, a conta pode fechar: se, por um lado, a Record perderá audiência, por outro há a oportunidade de faturar mais algum com os dízimos nos cultos. A iniciativa é rara, mas não inédita. Em 1995, logo depois que o bispo Von Helde chutou uma imagem de Nossa Senhora em pleno culto, o chefe da Universal orquestrou um desses jejuns.

(Veja)

Nota: Segundo a Igreja Universal, o intitulado “Jejum de Daniel” tem como objetivo “a limpeza da mente de todo tipo de informação que, de certa forma, interfere na vida espiritual da pessoa”. Para a igreja, “será uma abstinência audiovisual de todo o lixo deste mundo”, com “uma renovação na mente e na maneira de pensar”. De fato, é importante despoluir a mente e pensar mais nas “coisas do alto”, como diz o apóstolo Paulo. Mas o problema não está na informação e nos meios de comunicação, necessariamente. O problema reside, sim, no tempo e na seleção – quanto tempo é gasto com a mídia em contraposição à Bíblia e que critérios de seleção adotamos para escolher o que vamos consumir. Neste quesito, Macedo não dá bom exemplo, haja vista o fato de sua emissora, a Record, exibir os piores filmes de violência e espiritualismo e veicular programas de auditório bem rasteiros. Jejum para si e os seus e alimento estragado para os outros? Veja se esqueceu de mencionar outro “jejum” promovido pela IURD, quando o suposto esquema de lavagem de dinheiro de dízimos envolvendo Edir Macedo e outros dez integrantes da cúpula da igreja foi revelado pelo Ministério Público. Pra mim, esse “jejum” parece mais uma maneira de manter uma massa desinformada e manipulada.[MB]

Leia também: "Só assim eles chegam perto do céu"

Crocodilo de 5,5 m salta ao lado de barco na Austrália

Um grupo de turistas que passeava [dias atrás] pelo rio Adelaide, pouco mais de 100 quilômetros ao sul de Darwin, na Austrália, ficou espantado quando um crocodilo de 5,5 metros de altura saltou para fora d’água e ficou ao lado do barco, segundo o jornal Northern Territory News.


O réptil conhecido como “Brutus” é atraído por um pedaço de carne de búfalo que o guia oferece ao animal. O flagra foi feito pela fotógrafa Katrina Bridgeford, do NT News. É possível observar na imagem que “Brutus” não tem uma pata. Segundo o jornal, o réptil perdeu o membro em um ataque de tubarão. Saltos de crocodilos são a principal atração turística dos cruzeiros pelo rio Adelaide. Vários operadores prestam serviços ao longo do rio que é infestado de crocodilos.

Quando as fotos de Brutus apareceram nos jornais australianos recentemente, porém, elas imediatamente lançaram dúvida sobre a existência do crocodilo. “Esse crocodilo é 100% real. Fizemos a polícia forense analisar a imagem”, disse Maxine Bowman, membro da equipe do Adelaide River Cruises, que diariamente leva turistas para alimentar Brutus e outros crocodilos da região.

(G1 Notícias)

terça-feira, julho 26, 2011

Laboratórios hibridizam secretamente humanos e animais

Cientistas criaram mais de 150 embriões híbridos de humanos e animais em laboratórios britânicos. Os híbridos foram produzidos secretamente nos últimos três anos por pesquisadores investigando possíveis curas para uma série de doenças. A revelação vem apenas um dia depois de um comitê de cientistas alertar sobre um pesadelo como o roteiro [do filme] “Planeta dos Macacos”, em que o trabalho com criações de humanos-animais vai longe demais. Na noite passada, um militante contra os excessos da pesquisa médica disse que estava enojado com o fato de que os cientistas estavam “se interessando pelo grotesco”.

Formas vistas pelo Daily Mail mostram que 155 embriões “misturados”, contendo tanto material genético humano quanto animal, foram criados desde a introdução da Lei de Embriologia e Fertilização Humana, em 2008, a qual legalizou a criação de uma variedade de híbridos, incluindo um óvulo animal fertilizado por um espermatozoide humano; “citoplasma híbrido”, em que um núcleo humano é implantado em uma célula animal; e “quimeras”, em que as células humanas são misturadas com embriões de animais.

(Daily Mail, via Minuto Profético)

Nota: O amigo e jornalista Ruben Dargã Holdorf partilhou esta história comigo: "Frequentava nossa igreja em Curitiba um estudante de Medicina argentino. Ele já estava beirando os 40 anos de idade, apesar de aparentar bem menos. Tenente do exército argentino, ex-combatente nas Malvinas, certa vez ele nos detalhou sua trajetória, desde as aventuras 'arqueológicas' no sopé da Cordilheira dos Andes, em La Rioja, até sua vida como membro das tropas especiais, os temidos 'leopardos', ou 'caras-pintadas', cujo currículo incluía ações em Angola e Congo. A.H.F. me confidenciou certa vez: as forças armadas argentinas, em parceria com setores militares dos Estados Unidos, naquela época, há cerca de 25 anos, já faziam tentativas de amalgamar gametas humanos e de gorilas (daí um dos motivos da aventura 'militar' dele no Congo), a fim de 'criarem' o soldado perfeito para as guerras. Foi a primeira vez, também, que ouvi falar em clonagem, antes mesmo do filme baseado no romance Jurassic Park, de Michael Crichton. Aliás, a primeira denúncia na mídia. Infelizmente mal-explorada por Spielberg, que distorceu o enunciado original do romance."

Há um século, Ellen White escreveu: "Mas se havia um pecado acima de qualquer outro o qual clamava pela destruição da raça pelo dilúvio, estava baseado no crime de amalgamação do homem e de animais, o qual desfigurava a imagem de Deus, e causava confusão em todo lugar" (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy, v. 1, p. 69). "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem" (Mt 24:37).

Fiéis oram por um acordo nos EUA sem cortes sociais

Debaixo de chuva e sob sensação térmica de 40 graus Celsius, um grupo de cerca de 30 pessoas leu ontem os versículos 1 a 12 do capítulo 58 do Livro de Isaías no pequeno jardim em frente da sede de cinco igrejas protestantes em Washington. Entre as orações, os fiéis pediram aos Céus que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os líderes do Congresso ouçam a palavra de Deus. Desde 11 de julho, todos os dias às 12h30, o grupo reza por um acordo fiscal até 2 de agosto. Porém, sem sacrifícios para os americanos mais pobres e vulneráveis. “Acreditamos que o orçamento federal é um documento moral. Enfatizamos o papel dos governos de servir ao bem comum, e rezamos para que a economia mundial e o orçamento nacional acabem com o jugo da injustiça, da pobreza, da fome e do desemprego em todo mundo”, leu um dos oradores, antes do hino de louvor, acompanhado por uma violonista.

O ponto de encontro está justamente nos fundos do Capitólio, a sede do Legislativo americano e ao lado da Suprema Corte, em frente à chamada “caixa de Deus”, o prédio de quatro andares compartilhado pelos Metodistas Unidos. Mas o pequeno rito é ecumênico. Duas freiras católicas estavam presentes, assim como funcionários públicos de diferentes credos, com o lanche e o celular nas mãos.

A preocupação primária do grupo está no prazo de 2 de agosto, quando um acordo para elevar o teto da dívida pública americana deve ser aprovado, sob risco de provocar a suspensão de pagamentos pelo Tesouro. Mas, em essência, as pessoas temem o “desequilíbrio” do pacote de ajuste das contas dos EUA nos próximos dez anos. Ou seja, que preserve as reduções de impostos dos mais ricos e das grandes empresas e corte despesas com programas de assistência social.

“As isenções para os mais ricos devem acabar. Isso foi criado na época de superávit fiscal, no governo de George W. Bush. Agora, estamos em tempos de déficit profundo”, afirmou Margareth Killmer, mulher de um funcionário publico em serviço em Washington.

Douglas Grace, coordenador da Ecumenical Advocacy Days, disse que a iniciativa é desconectada das propostas partidárias. Porém, as preces sintonizam o grupo de fiéis com as mesmas exigências de Obama e dos democratas. “Vínhamos de um período de abundância. Agora, temos de compartilhar os sacrifícios, e os mais abastados têm obrigação de dar mais, conforme receberam e desfrutaram.”

(Estadão)

Nota: Em tempos de crise, quando as limitações humanas se tornam mais explícitas, as pessoas apelam para a religião. Isso pode ser tornar uma tendência à medida que as nuvens pesadas da crise ameaçam despejar a tempestade sobre nós. O inimigo comum, no caso a crise financeira (ou mesmo as catástrofes “naturais”), tem poder de agregar diferentes e reforçar o espírito ecumênico descrito nas profecias apocalípticas. O que virá a seguir? Esses religiosos estariam oferecendo apoio ao governo em troca de quê? O próximo passo será pedir uma reforma religiosa nacional? A busca de justiça social passaria, também, pelo resgate dos direitos trabalhistas, os valores da família e a preservação do meio ambiente? Uma proposta para isso já está em gestação há muito tempo e se chama “domingo”. Ensaios já estão sendo feitos na Europa. Espere (não de braços cruzados) para ver o que virá.[MB]

Viagem no tempo: fóton não ultrapassa velocidade da luz

Uma equipe de físicos da Universidade de Hong Kong afirma ter conseguido uma medição direta do precursor óptico de um único fóton, demonstrando que fótons individuais não podem viajar mais rápido do que a luz no vácuo. O estudo reafirma a teoria de Einstein de que nada viaja mais rápido do que a velocidade máxima da luz e fecha um debate de uma década sobre a velocidade de um fóton individual. Para Einstein, nada pode viajar mais rápido do que a velocidade máxima da luz. Mas esta é a primeira demonstração experimental de que os chamados precursores ópticos - uma espécie de parte frontal da onda de luz, sua porção que viaja mais rapidamente - existem ao nível dos fótons individuais e que eles são, como se previa, a parte mais rápida do pacote de onda, mesmo em um meio superluminal. Ou seja, se há alguém que realmente atinge a famosa velocidade máxima c - de 299.792.458 m/s - esse alguém é o precursor óptico.

“Os resultados ampliam nosso entendimento de como um fóton individual se move. Eles também confirmam o limite máximo de velocidade que uma informação pode ser transportada com luz”, afirmou Shengwang Du [foto acima], coordenador do estudo. “Ao mostrar que os fótons individuais não podem viajar mais rápido do que a velocidade da luz, nossos resultados encerram o debate sobre a verdadeira velocidade da informação transportada por um único fóton. Nossas conclusões também poderão dar aos cientistas um quadro melhor sobre a transmissão da informação quântica”, completou.

Quanto a “encerrar o debate”, talvez seja melhor um pouco de prudência, uma vez que o experimento contém muitos pressupostos que podem ser discutidos. Para se ter uma ideia, em 2010, um grupo de pesquisadores alemães fez um experimento diferente e chegou à conclusão oposta.

Há cerca de 10 anos, a descoberta de uma propagação superluminal - acima da velocidade da luz - causou sensação ao levantar a possibilidade da viagem no tempo. Mas só até que a diferença entre a velocidade de fase e a velocidade de grupo fosse devidamente explicada.

O que ocorre é que a propagação daqueles pulsos ópticos em alguns meios específicos era apenas um efeito visual - a velocidade superluminal de um grupo de fótons não poderia ser usada para transmitir qualquer informação real.

As esperanças foram então para os fótons individuais, porque a partícula quântica fóton parece poder viajar mais rápido do que o limite da velocidade da luz no mundo clássico. Foi isso o que o Dr. Shengwang Du quis checar, medindo a velocidade máxima de um fóton individual. Sua conclusão é que os fótons individuais obedecem às regras de trânsito da relatividade, confirmando a causalidade de Einstein, ou seja, que um efeito não pode ocorrer antes de sua causa - e isto joga por terra a possibilidade teórica da viagem no tempo que havia sido levantada com base na velocidade superluminal.

Isto não significa, porém, que o experimento “provou que a viagem no tempo é impossível” - ele demonstra que não é possível viajar no tempo superando o limite de velocidade do universo com uma nave para fazer o tempo encolher.

É verdade que essa seria a forma “mais fácil” de viajar no tempo - ao menos para fótons. Mas ainda restam esperanças para os visionários e curiosos sobre o passado e o futuro. A teoria da relatividade continua aceitando a possibilidade de uma dobradura no contínuo do espaço-tempo para chegar aonde você já esteve antes - bastará ter uma massa suficiente, e controlável, para fazer isso. Algo bastante difícil, mas tampouco seria fácil entrar em uma nave do tamanho de um fóton.

Há também sugestões menos ortodoxas, baseadas na Teoria M, mas testáveis experimentalmente. Mas toda essa discussão pode produzir pouca luz se, antes, não se resolver uma questão mais fundamental, praticamente filosófica: o tempo é uma entidade real ou é apenas um construto humano? Se for este o caso, faria sentido falar em viajar através de algo que não seja uma entidade física?

A pesquisa abre outra possibilidade interessante: como o fóton individual é considerado como uma entidade que tem uma porção frontal - o precursor óptico - que viaja mais rápido, isso significa que ele possui uma dimensão não-zero. Assim, embora você não possa voltar no tempo, pode ser possível criar um hiato entre a causa e o efeito, modulando o comprimento do fóton como um todo. Se você abstrair das incrivelmente pequenas frações de tempo envolvidas, será possível ver “causas” que parecem não gerar efeitos, e “efeitos” que aparentemente saem do nada, quando todos já se esqueceram da sua “causa”.

(Inovação Tecnológica)

A mentira do JN: Breivik é darwinista fundamentalista

Acabei de assistir ao Jornal Nacional da TV Globo. A notícia sobre o massacre de mais de 90 pessoas na Noruega pelo assassino Anders Breivik está em flagrante descompasso com a verdade do seu Manifesto. O Jornal Nacional disse que Breivik é um cristão fundamentalista. Nada mais falso. Breivik pode até ser um “cristão cultural” (seja lá o que isso signifique), mas ele não é um cristão verdadeiro. Uma leitura detalhada do seu Manifesto revela que Breivik era sim um terrorista darwinista fundamentalista. Destaco o apoio que ele deu a ideias darwinistas em diversos parágrafos em seu Manifesto:

Embora argumentando contra a destruição feminista do casamento, ele afirmou: “Marriage is not a ‘conspiracy to oppress women’, it’s the reason why we’re here. And it’s not a religious thing, either. According to strict, atheist Darwinism, the purpose of life is to reproduce.”

Mesmo criticando o politicamente correto, ele afirmou aprovando o Darwinismo Social: “Social-darwinism was the norm before the [sic] 1950. Back then, it was allowed to say what we feel. Now, however, we have to disguise our preferences to avoid the horrible consequences of being labeled as a genetical preferentialist.”

Deu apoio à segregação que houve na África: “Nevertheless, people who are very short sighted will consider these policies quite cynical or darwinistic. However, long term, it is the most humanistic and responsible approach.”

E quando descreveu sua visão de uma Europa perfeita, ele afirmou: “‘Logic’ and rationalist thought (a certain degree of national Darwinism) should be the fundament [sic] of our societies.”

E então, Jornal Nacional, onde é que vocês viram em Breivik um “cristão fundamentalista”? O que seu Manifesto revela é um terrorista darwinista fundamentalista, mas quando a questão é Darwin, a Grande Mídia está de rabo preso com a Nomenklatura científica e sofre da síndrome ricuperiana: o que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde!

Ideias têm consequências, e Darwin preconizou a destruição de “raças humanas inferiores” pelas raças humanas superiores (leia-se os europeus) em um futuro não muito distante. Isso Darwin afirmou no seu livro menos lido e menos pesquisado: The Descent of Man!

Então, Jornal Nacional, como que Breivik era cristão? A manchete correta do jornal da TV Globo deveria ser: TERRORISTA DARWINISTA FUNDAMENTALISTA MATOU MAIS DE 90 PESSOAS NA NORUEGA!

(Desafiando a Nomenklatura Científica)

segunda-feira, julho 25, 2011

Jornal “científico” censura artigo antinaturalista

Para que a vida tivesse evoluído a partir de matéria inorgânica, os átomos e as moléculas teriam que se mover de um estado de organização inferior para um estado de organização superior e mais complexa, para além de se auto-organizarem de forma a gerar estruturas precisas e complexas. Mas a Segunda Lei da Termodinâmica (SLT), generalizada para a informação, demonstra que, sem um agente inteligente a controlar e a influenciar o processo, as moléculas caminham sempre para um estado de menor organização informacional. Um artigo técnico recente demonstra de forma clara que a perspectiva naturalista para a origem da vida está em oposição à SLT. Isso talvez explique o porquê de, apesar de o artigo ter sido inicialmente publicado, mais tarde ter sido removido. Aparentemente, a “ciência” avança mais depressa quando se censuram evidências que contradizem o naturalismo.

A SLT é uma descrição da tendência (universal) dos sistemas naturais de perderem sua organização e ordem ao longo do tempo. A lei descreve como o calor se movimenta em direção a zonas mais frias de forma a que a temperatura se equilibre. Descreve também como as partículas naturalmente se afastam umas das outras – decrescendo sempre a organização estrutural quando largadas sem supervisão inteligente.

Há pessoas que só têm emprego porque a SLT é um fato. Profissionais como restauradores de imóveis, mecânicos, médicos, e mesmo empresas que reparam computadores, só fazem sentido num mundo em que os sistemas naturalmente progridem para a degeneração informacional. E reparemos que, mesmo quando há supervisão inteligente, os sistemas físicos inexoravelmente perderão sua funcionalidade original. Um exemplo de um desses sistemas informáticos que, apesar de todo o cuidado e atividades de restauro, caminha para a deterioração, é você.

Num artigo intitulado “Um segundo olhar à Segunda Lei”, o professor Granville Sewell (Universidade de Texas) mostrou que a noção que defende a capacidade da natureza de gerar as complexas estruturas do DNA é tão improvável como a natureza construir um computador. Qualquer um dos eventos violaria a SLT.

Depois de o artigo ter sido aceito para publicação no jornal Applied Mathematics Letters, um militante evolucionista escreveu uma carta aos editores, avisando-os de que a “reputação” do jornal seria “manchada” se eles publicassem o artigo. Devido a isso, os editores o retiraram.

Sewell, que já publicou 39 artigos científicos e outros documentos técnicos, iniciou um processo legal visto que a política do jornal em questão é só remover artigos revistos e aprovados em “condições excepcionais”, tais como plágio ou dados fraudulentos. Como o artigo de Sewell não contém erros ou problemas técnicos, os editores do jornal endereçaram-lhe um pedido de desculpas e concederam-lhe permissão para colocar versão pré-publicada do seu artigo na página web da universidade – embora o jornal Applied Mathematics Letters não tenha intenções de publicar o artigo.

O medo do editor em publicar o artigo não é surpreendente, considerando a oposição virulenta (e quase sempre e ignorante e desonesta) dos ativistas darwinistas às teorias científicas que fragilizam sua fé em Darwin.

Como o artigo em si mostra que, uma vez que a SLT declara que a ordem presente na matéria e na energia tende sempre a decrescer, a teoria da evolução tal como é ensinada nas escolas e nas universidades é cientificamente impossível. Daí se infere que a vida não tem causas naturais.

Alguns darwinistas tentam “resolver” o problema científico levantado pela SLT afirmando que a ordem pode aumentar num lugar (por exemplo, na Terra), desde que haja uma compensação noutro lugar qualquer do Universo. No entanto, a maioria dos militantes darwinistas se apercebe de que a melhor forma de “resolver” a questão é impedir que o público se aperceba dele – isto é, censurando a informação contrária.

Sewell mostra no artigo dele – através de fórmulas matemáticas sucintas – que esse tipo de alegação (isto é, que a ordem pode aumentar aqui na Terra desde que haja compensação em outras zonas) não tem mérito científico. O aumento de ordem num lugar teria que estar diretamente conectado com o decréscimo da mesma ordem em outro lugar, e os darwinistas não ofereceram qualquer tipo de evidência em favor de tal conexão. Ele escreve:

“O fato de a ordem estar desaparecendo no quarto ao lado não facilita o aparecimento de computadores no nosso quarto – a não ser que a ordem esteja desaparecendo no nosso quarto, e mesmo assim só se for o tipo de ordem que não torna o aparecimento de computadores extremamente improvável.”

Dito de outra forma, são esmagadoras as probabilidades de os átomos que compõem os computadores (e, segundo a mesma lógica, o DNA) se dispersarem naturalmente. Mais improvável ainda é eles se organizarem de forma a gerar sistemas funcionais ricos em informação codificada.

A fórmula-chave, que é a expressão da taxa de alteração entrópica, está nos livros-padrão que se dedicam à SLT, mas as implicações são raramente discutidas.

Conclusão: a forma de ter um computador numa sala não é através da transferência de matéria ou energia, mas sim alguém construir um computador e colocá-lo na dita sala. Semelhantemente, a única forma de se construir um sistema com informação em código como o DNA não é através do acréscimo de energia solar nos químicos terrestres, mas sim que Alguém construa o DNA e o coloque dentro das formas de vida do planeta.

Essa última proposição está de acordo com o que Deus declara na Sua Palavra, quando diz, em Êxodo 20:11: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.”

Que a Criação foi instantânea também pode ser visto em Salmos 33:9: “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.”

Imediatamente e instantaneamente, sem esperar “milhões de anos” de morte e sofrimento na Sua Criação.

(Darwinismo)

Leia também: "A entropia tem implicações filosóficas"

Mãe passa estresse para bebê no útero

O estresse da mãe pode ser passado para o bebê no útero e pode causar um efeito duradouro na criança, como sugere uma pesquisa realizada recentemente na Alemanha. Eles observaram que um receptor para hormônios do estresse parece sofrer uma mudança no feto se a mãe é muito estressada. E essa mudança pode deixar as crianças menos capazes de lidar com o estresse durante a infância. A pesquisa foi publicada na revista Biological Psychiatry e é baseada em um estudo com 25 mulheres e seus filhos, que hoje têm idades entre 10 e 19 anos. Os pesquisadores encontraram altos níveis de cortisol nas crianças cujas mães tiveram muita ansiedade nos meses finais da gravidez. A descoberta está de acordo com estudos feitos anteriormente em animais. Todas elas viviam sob circunstâncias excepcionais de altos níveis de estresse, aos quais a maioria das mulheres grávidas não está exposta. Mesmo assim, os pesquisadores apontam que pesquisar o primeiro ambiente a que a criança é submetida, o útero, é fundamental. [Leia mais]

Açúcar causa dependência como álcool e cigarro

Açúcar é veneno. Do mais natureba, o mascavo, até o suco de fruta ou o famigerado xarope de milho, o açúcar está por trás de doenças cardíacas, diabetes e câncer. E deveria ser proibido para menores de 21 anos, como o álcool e o cigarro. É com essas declarações polêmicas que o americano Robert Lustig, endocrinologista pediátrico da Universidade da Califórnia em San Francisco, ganhou fama internacional nos últimos anos. Sua palestra “Açúcar: a verdade amarga” teve mais de 900 mil acessos no YouTube. Há duas semanas, suas teses foram tema da reportagem de capa da revista do New York Times. Abaixo, os principais trechos da entrevista que ele concedeu à Folha, por telefone. [Leia mais]

domingo, julho 24, 2011

Crises dos EUA e Europa podem provocar desastre global

Estamos vivendo uma época interessante – e digo interessante no pior sentido da palavra. Neste momento nós não nos deparamos com apenas uma, mas sim com duas crises que se aproximam, e qualquer uma das duas é capaz de provocar um desastre global. Nos Estados Unidos, fanáticos de direita no congresso poderão bloquear uma necessária elevação do teto da dívida, algo que teria o potencial para provocar o caos nos mercados financeiros mundiais. Ao mesmo tempo, se o plano que acaba de ser aprovado pelos chefes de Estado europeus não for capaz de acalmar os mercados, nós poderemos presenciar um verdadeiro efeito dominó em todo o sul da Europa – um fato que também semearia o caos nos mercados financeiros mundiais. Só podemos torcer para que os políticos em Washington e em Bruxelas consigam repelir esses perigos. Mas o problema é que, mesmo se conseguirmos evitar uma catástrofe imediata, é quase certo que os acordos que estão sendo negociados em ambos os lados do Oceano Atlântico venham a agravar a crise financeira global.

Na verdade, os legisladores parecem estar determinados a perpetuar este fenômeno ao qual eu costumo me referir como a Depressão Menor, a era prolongada de alto desemprego que teve início com a Grande Recessão de 2007 a 2009 e que continua até hoje, mais de dois anos após a suposta data do fim da recessão.

Falemos por um momento a respeito do motivo pelo qual as nossas economias ainda se encontram deprimidas.

A grande bolha imobiliária da última década, que foi um fenômeno tanto norte-americano quanto europeu, foi acompanhada de um aumento enorme da dívida relativa a hipotecas. Quando a bolha estourou, a construção de imóveis despencou, e os gastos dos consumidores também caíram, já que as famílias, sobrecarregadas por dívidas, reduziram o seu consumo.

Mesmo assim, tudo poderia ter corrido bem se outros atores econômicos importantes tivessem aumentado os seus gastos, preenchendo a lacuna provocada pela queda no setor de construção e pela redução dos gastos do consumidor. Mas ninguém fez tal coisa. É especialmente importante observar que as corporações repletas de dinheiro não veem motivos para investir esse capital devido à fraca demanda dos consumidores.

E os governos também não fizeram muita coisa para ajudar. Alguns governos – aqueles dos países mais fracos da Europa, bem como governos estaduais e municipais nos Estados Unidos – foram na verdade obrigados a cortar os gastos devido à queda das arrecadações. E as medidas modestas tomadas por governos mais fortes – incluindo, sim, o plano de estímulo econômico de Obama – foram, na melhor das hipóteses, suficientes apenas para compensar essa austeridade forçada.

Portanto, o que temos agora são economias deprimidas. E o que os legisladores estão propondo fazer quanto a isso? Simplesmente nada.

O desaparecimento da questão do desemprego do discurso político da elite e a sua substituição pelo pânico do déficit foi algo verdadeiramente notável. Isso não foi uma resposta à opinião pública. Em uma recente pesquisa de opinião CBS News/New York Times, 53% dos entrevistados afirmaram que a economia e o desemprego são os problemas mais importantes enfrentados por nós, enquanto que apenas 7% mencionaram o déficit. E não se trata também de uma resposta à pressão do mercado. As taxas de juros sobre a dívida dos Estados Unidos continuam próximas a recordes historicamente baixos.

Mas as conversações em Washington e em Bruxelas dizem respeito apenas a cortes de gastos (e talvez a aumentos de impostos, ou seja, revisões). Isso é sem dúvida verdade no que se refere a várias propostas que estão sendo apresentadas para resolver a crise do teto da dívida aqui nos Estados Unidos. Mas isso também está ocorrendo na Europa.

Na última quinta-feira (21/07), os “chefes de Estado ou governo da área do euro e as instituições da União Europeia” - esse palavreado extenso demonstra por si próprio como se tornou bagunçada a governança europeia – fez a sua grande declaração. Uma declaração que não foi nada tranquilizadora.

Até mesmo porque é difícil acreditar que essa engenharia financeira complicada proposta na declaração possa de fato resolver a crise grega, e muito menos a crise europeia mais ampla.

Mas, mesmo se puder, o que ocorreria depois? A declaração pede que reduções drásticas de déficits “em todos os países, com a exceção daqueles que se encontrem sob um programa”, sejam implementadas “até 2013, ao mais tardar”. Como os países “sob um programa” estão sendo obrigados a promover uma drástica austeridade fiscal, isso equivale a um plano para fazer com que toda a Europa corte os gastos ao mesmo tempo. E não existe nada nos dados europeus que indique que o setor privado está pronto para compensar os resultados de tal medida em menos de dois anos.

Para aqueles que conhecem a história da década de trinta, o que está ocorrendo é bastante familiar. Se as atuais negociações sobre a dívida fracassarem, nós poderemos estar prestes a reviver 1931, o colapso bancário global que fez com que a Grande Depressão fosse de fato grande. Mas, se as negociações tiverem sucesso, nós estaremos prontos para repetir o maior erro de 1937: recorrer prematuramente à contração fiscal que sabotou a recuperação econômica e garantiu que a Depressão continuasse até que a Segunda Guerra Mundial finalmente proporcionasse o impulso do qual a economia necessitava.

E eu mencionei que o Banco Central Europeu – mas não, ainda bem, o Federal Reserve dos Estados Unidos – parece estar determinado a piorar a situação com o aumento das taxas de juros?

Existe um velho ditado, atribuído a várias pessoas, que sempre me vem à cabeça quando eu examino a política pública: “Você não sabe, meu filho, como o mundo é governado com tão pouca sabedoria.” Agora esta falta de sabedoria está totalmente exposta, quando as elites políticas dos dois lados do Oceano Atlântico arruínam a resposta ao trauma econômico, ignorando as lições da história. E a Depressão Menor continua.

(Paul Krugman, UOL)

Nota: Crise global (provocada por desastres "naturais" e/ou econômicos) é tudo de que precisamos para ver mudanças rápidas e medidas drásticas sendo tomadas. Não prensemos que vai durar muito tempo a calmaria que precede a tempestade. Temos que fazer a obra de Deus enquanto ainda é "dia". (Clique aqui para ler assustos relacionados.)[MB]

sexta-feira, julho 22, 2011

Histórias de amor: unidos por Deus

Minha esposa está reunindo histórias surpreendentes de amor de casais que foram claramente unidos por Deus (milagre). Se você tem uma história assim para contar (ou conhece quem tem), escreva seu testemunho em no máximo duas páginas e envie para o e-mail blogcriacionismo@gmail.com, com o nome completo do casal, cidade em que moram e telefone para contato. Os autores das cinco melhores histórias receberão de presente um livro e um DVD “Paz Real”. Desde já ela agradece sua participação. (Aproveite e leia nosso e-book Deus Nos Uniu.)

Filósofo Pondé conta por que deixou de ser ateu

revista Veja da semana passada (13/7) publicou entrevista interessante com o filósofo Luiz Felipe Pondé, de 52 anos. Responsável por uma coluna semanal na Folha de S. Paulo e autor de livros, Pondé costuma criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Professor da Faap e da PUC, em São Paulo, o filósofo também é estudioso de teologia e considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Pondé diz que “a esquerda é menos completa como ferramenta cultural para produzir uma visão de si mesma. A espiritualidade de esquerda é rasa. Aloca toda a responsabilidade do mal fora de você: o mal está na classe social, no capital, no estado, na elite. Isso infantiliza o ser humano. Ninguém sai de um jantar inteligente para se olhar no espelho e ver um demônio. Não: todos se veem como heróis que estão salvando o mundo por andar de bicicleta”. Sobre sexo, ele diz: “Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido da quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins, porque as pessoas são complicadas.”

Leia aqui mais alguns trechos da entrevista:

Por que a política não pode ser redentora?

O cristianismo, que é uma religião hegemônica no Ocidente, fala do pecador, de sua busca e de seu conflito interior. É uma espiritualidade riquíssima, pouco conhecida por causa do estrago feito pelo secularismo extremado. Ao lado de sua vocação repressora institucional, o cristianismo reconhece que o homem é fraco, é frágil. As redenções políticas não têm isso. Esse é um aspecto do pensamento de esquerda que eu acho brega.

Essa visão do homem sem responsabilidade moral. O mal está sempre na classe social, na relação econômica, na opressão do poder. Na visão medieval, é a graça de Deus que redime o mundo. É um conceito complexo e fugidio. Não se sabe se alguém é capaz de ganhar a graça por seus próprios méritos, ou se é Deus na sua perfeição que concede a graça. Em qualquer hipótese, a graça não depende de um movimento positivo de um grupo. Na redenção política, é sempre o coletivo, o grupo, que assume o papel de redentor. O grupo, como a história do século 20 nos mostrou, é sempre opressivo.

Em que o cristianismo é superior ao pensamento de esquerda?

Pegue a ideia de santidade. Ninguém, em nenhuma teologia da tradição cristã – nem da judaica ou islâmica –, pode dizer-se santo. Nunca. Isso na verdade vem desde Aristóteles: ninguém pode enunciar a própria virtude. A virtude de um homem é anunciada pelos outros homens. Na tradição católica – o protestantismo não tem santos –, o santo é sempre alguém que, o tempo todo, reconhece o mal em si mesmo. O clero da esquerda, ao contrário, é movido por um sentimento de pureza. Considera sempre o outro como o porco capitalista, o burguês. Ele próprio não. Ele está salvo, porque reclica lixo, porque vota no PT, ou em algum partido que se acha mais puro ainda, como o PSOL, até porque o PT já está meio melado. Não há contradição interior na moral esquerdista. As pessoas se autointitulam santas e ficam indignadas com o mal do outro.

Quando o cristianismo cruza o pensamento de esquerda, como no caso da Teologia da Libertação, a humildade se perde?

Sim. Eu vejo isso empiricamente em colegas da Teologia da Libertação. Eles se acham puros. Tecnicamente, a Teologia da Libertação é, por um lado, uma fiel herdeira da tradição cristã. Ela vem da crítica social que está nos profetas de Israel, no Antigo Testamento. Esses profetas falam mal do rei, mas em idealizar o povo. O cristianismo é descendente principalmente desse viés do judaísmo.

Também o cristianismo nasceu questionando a estrutura social. Até aqui, isso não me parece um erro teológico. Só que a Teologia da Libertação toma como ferramenta o marxismo, e isso sim é um erro. Um cristão que recorre a Marx, ou a Nietzsche – a quem admiro –, é como uma criança que entra na jaula do leão e faz bilu-bilu na cara dele. É natural que a Teologia da Libertação, no Brasil, tenha evoluído para Leonardo Boff, que já não tem nada de cristão. Boff evoluiu para um certo paganismo Nova Era – e já nem é marxista tampouco. A Teologia da Libertação é ruim de marketing. É como já se disse: enquanto a Teologia da Libertação fez a opção pelo pobre, o pobre fez a opção pelo pentecostalismo.

O senhor acredita em Deus?

Sim. Mas já fui ateu por muito tempo. Quando digo que acredito em Deus, é porque acho essa uma das hipóteses mais elegantes em relação, por exemplo, à origem do universo. Não é que eu rejeite o acaso ou a violência implícitos no darwinismo – pelo contrário. Mas considero que o conceito de Deus na tradição ocidental é, em termos filosóficos, muito sofisticado. Lembro-me sempre de algo que o escritor inglês Chesterton dizia: não há problema em não acreditar em Deus; o problema é que quem deixa de acreditar em Deus começa a acreditar em qualquer outra bobagem, seja na história, na ciência ou sem si mesmo, que é a coisa mais brega de todas. Só alguém muito alienado pode acreditar em si mesmo. Minha posição teológica não é óbvia e confunde muito as pessoas. Opero no debate público assumindo os riscos do niilista. Quase nunca lanço a hipótese de Deus no debate moral, filosófico ou político. Do ponto de vista político, a importância que vejo na religião é outra. Para mim, ela é uma fonte de hábitos morais, e historicamente oferece resistência à tendência do Estado moderno de querer fazer a cura das almas, como se dizia na Idade Média – querer se meter na vida moral das pessoas.

Por que o senhor deixou de ser ateu?

Comecei a achar o ateísmo aborrecido, do ponto de vista filosófico. A hipótese de Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu. Sou basicamente pessimista, cético, descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.

[Parabéns à Veja pela publicação desta entrevista. É quase um contraponto às muitas entrevistas com ateus publicadas nas páginas amarelas.]

Leia também: "Varella ou Pondé?", "A vida em suspensão" e "Ateísmo cafona"

Mutação em espermatozoide leva homens à infertilidade

A mutação do gene de uma proteína que recobre o espermatozoide poderia ser a causa de grande parte dos casos de infertilidade masculina, segundo um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. A descoberta da alteração pode ser o primeiro passo para a criação de técnicas mais eficazes de tratamento. Cientistas da Universidade da Califórnia coletaram amostras de DNA de voluntários dos Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão e África. Descobriu-se, então, que um quarto dos homens tem um gene defeituoso que afeta a proteína DEFB126 - encarregada de recobrir a superfície do espermatozoide e o ajudar a penetrar na mucosa do colo do útero da mulher. Os homens que têm essa variante da DEFB126 não apresentam a proteína beta defensina 126 (codificada pela DEFB126). Isso acaba por dificultar o processo pelo qual o esperma nada através da mucosa e eventualmente se une a um óvulo.

Segundo os cientistas, essa variação genética possivelmente é responsável por vários casos de infertilidade sem explicação até o momento. Ao examinar 500 casais chineses recém-casados, os cientistas descobriram que a falta do beta defensina 126 em homens com a mutação DEFB126 diminuiu a fertilidade em 30%. [...]

(Veja)

Nota: Se uma mutação em apenas um gene de uma proteína que recobre o espermatozoide já é capaz de comprometer a fertilidade, como é possível conceber a ideia de que sucessivas mutações aleatórias teriam dado origem a todo o complexo sistema reprodutivo, que depende da perfeita interação entre dois órgãos com funções distintas? Mutações sempre levam à perda, não ganho. Informação complexa e específica não surge pura e simplesmente; no máximo, é modificada.[MB]

“A mudança do clima não depende dos humanos”

Václav Klaus é uma das figuras políticas mais controversas da União Europeia. Presidente da República Tcheca, é um ferrenho defensor do liberalismo. Ele atribui a crise europeia ao excesso – e não à escassez – de regulação da economia. Klaus também acredita que o aquecimento global não é causado pelos humanos. E que o fenômeno não deve ser considerado nas políticas de governo. No livro Planeta azul em algemas verdes, lançado no Brasil em 2010, o economista afirma que seria mais conveniente priorizar o enriquecimento dos países antes de destinar fundos à questão climática. Segundo ele, no futuro, possivelmente teremos mais recursos tecnológicos para enfrentar o desafio. Diz também que há um boicote aos pesquisadores céticos [assim como se boicotam pesquisas e artigos criacionistas e dos céticos da macroevolução]. Ele acusa os ambientalistas de colocarem em risco a liberdade, a democracia e a economia dos países. Compara o boicote aos cientistas céticos às práticas do antigo regime comunista. Klaus concedeu a entrevista por e-mail.

Por que o senhor afirma que o debate sobre o aquecimento global dá importância a apenas um dos lados?

Entrei no debate do aquecimento global no meio da década passada, quando percebi que a voz dos economistas era quase nula. Bem antes disso, porém, a ideologia do ambientalismo já era um problema. Um exemplo foram os prognósticos do infame Clube de Roma (grupo de intelectuais que fez projeções sobre desenvolvimento sustentável nos anos 70). Minha primeira discussão na TV com Al Gore (ex-vice-presidente americano) sobre a incoerência do aquecimento global produzido pelo homem ocorreu em Nova York, em fevereiro de 1992, alguns meses antes da Eco 92, no Rio de Janeiro.

As maiores organizações científicas, como a Associação Mundial de Meteorologia, a Sociedade Real Britânica para a Ciência, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e o IPCC, painel da ONU para o clima, afirmam que o aquecimento global é causado pelo homem e coloca a civilização em perigo. Estão todas erradas?

A ciência é feita por cientistas, e não por centros de pesquisas, muitos deles politicamente engajados. O IPCC não é um centro de pesquisas, mas uma organização altamente politizada sob os auspícios da ONU. O Hadley Center (principal instituto de meteorologia e clima britânico) não é uma organização neutra, mas um grupo de ativistas pró-aquecimento global. No MIT há cientistas do lado do alarmismo do aquecimento global. Mas há também os que estão contra. O físico da atmosfera Richard Lindzen, professor de meteorologia no MIT, é um deles. (Lindzen diz que os cientistas fazem declarações ambíguas, a imprensa as tornam alarmistas e os políticos sustentam a mentira.) A Sociedade Real também não é um centro de pesquisas. É um agregador de diversas organizações científicas.

Se os maiores centros de pesquisas do mundo não são confiáveis em relação ao aquecimento global, devemos pressupor que estão errados em outros assuntos?

Não é preciso olhar desse modo. Nenhuma pessoa racional questionaria a ciência em si. Pessoas como eu não têm problemas com a ciência, mas com a ciência politizada. Como ex-cientista, acredito na ciência, mas estou em alerta quanto ao mau uso da ciência na política e pelos políticos.

Os cidadãos de seu país compartilham sua opinião sobre o aquecimento global?

Os tchecos são bem racionais. Nas pesquisas de opinião, a porcentagem dos que acreditam na doutrina do aquecimento global está abaixo dos 50%.

O senhor afirma que a natureza sempre conseguiu se adaptar às mudanças climáticas que ocorreram na história da Terra. Mas, agora, segundo as previsões, as mudanças no clima serão mais rápidas. Segundo alguns estudos, as florestas de 70% das regiões teriam de migrar 1.500 metros por ano para acompanhar as alterações nas zonas climáticas. Como elas conseguiriam isso?

Nunca vi evidência de que há uma aceleração das mudanças no clima. Isso é um argumento apenas dos ideólogos do ambientalismo. Os dados não provam isso. A média global da temperatura na Terra subiu 0,74 grau no último século. É totalmente irresponsável espalhar dados falsos e enganosos (o relatório do IPCC afirma que a temperatura pode subir até 4 graus ao fim deste século).

Nicholas Stern, ex-economista-chefe do Banco Mundial e ex-secretário do Tesouro britânico, fez o mais completo levantamento dos custos das mudanças climáticas. Segundo ele, se não fizermos nada, o impacto do clima nos faria perder, ao menos, 5% do PIB mundial todos os anos. Ele está errado?

O senhor Stern está, para minha tristeza, errado. Seu “relatório” não é um texto científico, mas sim um panfleto tendencioso sobre o aquecimento global. Ele argumenta que, se a humanidade não fizer nada, o PIB mundial em 2100 será 5% mais baixo do que seria sem nenhum aquecimento global. Nicholas Stern assume que o PIB mundial estará oito vezes mais alto que agora em países em desenvolvimento. E que a riqueza em países em desenvolvimento será aproximadamente cinco vezes maior do que a riqueza dos países desenvolvidos hoje.

O senhor diz que há uma campanha para silenciar as vozes que se elevam contra os ambientalistas. O senhor já foi censurado?

Como presidente de um país tenho privilégios a esse respeito. É mais fácil para quem censura complicar a vida de outras pessoas que estão a meu redor. É também uma ironia da história ser mais fácil para os cientistas publicarem críticas à doutrina do aquecimento global quando eles estão aposentados, porque assim eles não correm o risco de ter problemas com seu emprego, promoções, publicações, etc.

Se há cientistas que dão palestras e escrevem livros contra as políticas para combater as mudanças climáticas, como afirmar que há censura?

Não uso o termo “censura”. Estou me referindo à não publicação ou à publicação tardia de artigos sérios, trabalhos de cientistas promissores que são simplesmente dispensados. Isso me lembra os procedimentos usados no regime comunista de meu país.

O senhor não acredita que é necessário limitar as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, como o gás carbônico?

Certamente não. Promover essa ideia é um engano trágico em muitos aspectos. Primeiro, porque o gás carbônico não é um poluente. (O gás está presente naturalmente na atmosfera, mas o excesso, segundo cientistas, está relacionado às mudanças climáticas.) Em segundo lugar, eu não acredito – e não estou sozinho – que as emissões de gás carbônico geradas pelo homem sejam responsáveis pelo aquecimento global. As restrições não vão acabar com as flutuações climáticas.

Como o senhor vê acordos internacionais, como o Protocolo de Kyoto, que limitam a emissão dos países e permitem a troca de créditos entre eles?

A troca de emissões é um mero jogo com o mercado. É o Estado jogando com o mercado. A experiência da República Tcheca com o comunismo mostrou que não se deve brincar com o mercado. [...]

(Época)

Leia também: "ONU considera clima uma ameaça à paz mundial" e "Raios cósmicos influenciam temperatura na Terra"

quinta-feira, julho 21, 2011

Humano andava ereto muito antes do que se imaginava

Os seres humanos andavam de pé muito antes do que se imaginava. Cientistas da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, descobriram pegadas humanas de quase 3,7 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista]. Até então, acreditava-se que a habilidade de andar ereto em duas pernas havia evoluído há 1,9 milhão de anos. As 11 pegadas encontradas em sedimentos rochosos na Tanzânia mostram um passo mais parecido com o dos humanos do que a postura adotada pelos chimpanzés, orangotangos e gorilas. Estudos anteriores haviam encontrado apenas a marca de um dos pés, dificultando a análise do andar dos animais [sic]. Os pesquisadores acreditam que as pegadas foram deixadas por Australopithecus afarensis, um humano primitivo [sic] que pode ter sido o ancestral direto dos que vivem hoje. A análise das marcas foi comparada com dados anteriores sobre humanos modernos e primatas. A habilidade de andar como os seres humanos modernos evoluiu [sic] há quase 4 milhões de anos [idem] em uma espécie que os cientistas acreditavam [crença é crença, cada um tem a sua] passar parte do tempo em árvores.

A descoberta mostrou que o Australopithecus afarensis não andava em uma postura agachada e apoiando-se nas laterais dos pés, como os grandes primatas de hoje o fazem. As pegadas mostraram que o ancestral do homem andava ereto e se apoiava na parte da frente do pé, especialmente no dedão, assim como os humanos de atualmente. Isso quer dizer que o desenvolvimento do andar do Australopithecus afarensis o ajudou a expandir suas fronteiras além da África.

(Veja)

Nota: O fato é que humanos já eram humanos desde que foram criados! Pesquisadores já perceberam que o neandertal era bem “evoluído” para ter vivido há tantos supostos milhares de anos. Agora vem a constatação de que o Australopithecus afarensis também se comportava como humano muito antes dos imaginados 1,9 milhão de anos. Daqui a pouco terão que concluir que os ancestrais do ser humano sempre foram “evoluídos”! A despeito de procurarem nossos supostos “ancestrais” no local errado – nas planícies da África e não no ponto de dispersão da Ásia –, os cientistas têm percebido (ou deveriam) que humanos são humanos e macacos são macacos. Sempre foi assim, embora os evolucionistas tenham empreendido muito esforço para macaquizar os humanos e humanizar os macacos.[MB]