sexta-feira, setembro 30, 2016

Mulher-Maravilha agora é bissexual

Nem ela escapou do revisionismo gay
O roteirista dos quadrinhos da nova Mulher-Maravilha revelou que a personagem é gay. Em entrevista ao site especializado Comicosity, Greg Rucka disse que, como a Mulher-Maravilha vem de uma nação fictícia só de mulheres, a ilha de Themyscira, ela “já se apaixonou e teve relacionamentos com outras mulheres”. Rucka não descarta a possibilidade de um relacionamento romântico com Steve Trevor, interesse amoroso da personagem em encarnações passadas [aqui ele se refere à tradicional Mulher-Maravilha dos quadrinhos, que teve um romance com o militar norte-americano que descobriu a ilha das amazonas]. Mulher-Maravilha retornou aos cinemas neste ano com “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça”. Um filme estrelado pela atriz israelense Gal Gadot está previsto para chegar aos cinemas em junho do próximo ano. (Folha de S. Paulo)

Nota: E continua a campanha pela popularização do estilo de vida homossexual. Os leitores mais antigos de personagens como a Mulher-Maravilha sabem que questões de gênero e homossexualismo nunca foram abordadas nos quadrinhos da personagem. Ela simplesmente vivia em uma ilha habitada por amazonas – como irmãs –, até descobrir o “mundo dos homens” e se apaixonar por um militar, além de ter tido alguns affairs com o Superman. Mas eis que a Wonder Woman entrou na mira dos revisionistas e pode não mais ser tão woman assim. Um dos arquétipos de feminilidade das HQs poderá ser transformada em uma personagem homossexual. Outras figuras conhecidas dos quadrinhos já foram tiradas do armário que inventaram recentemente para elas. Alguns exemplos: Lanterna Verde, Estrela Polar, Batman e até o Wolverine. Nada contra os homossexuais, mas essa forçação de barra chega a ser irritante. Estamos assistindo a uma verdadeira campanha massiva anticriacionista. O evolucionismo é promovido como fato, verdade científica a respeito das origens; o casamento heteromonogâmico instituído na criação é tratado como coisa do passado; e os dois gêneros criados por Deus não são mais únicos. Com uma campanha massiva dessas e garotos e garotas-propaganda tão eficazes, fica cada vez mais difícil defender as puras verdade da Bíblia. O mundo está uma confusão só - exatamente como nos dias de Noé... [MB]

Humanos evoluíram para ser maus?

Então, pecado não existe
Os humanos modernos (Homo sapiens) evoluíram com uma propensão para matar uns aos outros seis vezes maior do que a média dos mamíferos, herança de nossos [supostos] antepassados primatas que eram tão violentos quanto nós. A conclusão é de um estudo de biologia evolucionária que procurou desvendar as raízes da violência interpessoal na nossa espécie, numa tentativa de responder à antiga questão se ela é fruto de nossa natureza, conforme proposto pelo filósofo britânico Thomas Hobbes em meados do século XVII, ou do ambiente em que fomos criados, como sugeriu o também filósofo franco-genovês Jean-Jacques Rousseau aproximadamente cem anos depois. No estudo liderado por José María Gómez, da Estação Experimental de Zonas Áridas em Almería, Espanha, e publicado na edição desta quarta-feira da prestigiada revista científica Nature, os pesquisadores coletaram dados de mais de quatro milhões de mortes entre 1.024 espécies de mamíferos atuais, representando cerca de 80% das famílias dentro dessa classe de animais, assim como em mais de 600 populações humanas espalhadas pela Terra entre 50 mil anos atrás até hoje. Eles então analisaram essas informações em busca da proporção das mortes provocadas por integrantes da mesma espécie – o que entre os humanos incluiu episódios de guerra, homicídios, infanticídios, execuções e outros tipos de violência intencional.

Além disso, os cientistas também procuraram por similaridades no comportamento agressivo entre espécies com ancestrais comuns, tirando daí estimativas do quão violentos eram esses animais predecessores delas. Com isso, eles puderam então montar o que é conhecido como uma árvore filogenética da violência intraespécie entre os mamíferos, isto é, como esse comportamento evoluiu à medida que foram surgindo os vários ramos de nossa classe de animais.

Segundo os pesquisadores, enquanto de modo geral a violência contra membros da mesma espécie responde por cerca de 0,3% das mortes de mamíferos, no último [fictício] ancestral comum de todos primatas, roedores e lebres ela já era responsável por matar 1,1% de seus “irmãos”. E daí para frente a situação praticamente só fez piorar. Ainda de acordo com as análises, quando se chega ao último ancestral comum de primatas e escadentes, ordem de animais carnívoros parecidos com esquilos, essa taxa já era de 2,3%.

Já quando da divisão [arbitrária] da ordem dos primatas entre inferiores (macacos, micos e saguis) e superiores (gorilas, chimpanzés e humanos), a taxa de mortes provocadas por integrantes da mesma espécie caiu para 1,8%, de forma que quando o último [suposto] ancestral comum dos humanos modernos com os demais hominídeos apareceu, entre 200 mil e 160 mil anos atrás, ela estava em aproximadamente 2%, em linha com a que vemos nos outros primatas atuais. Isso não quer dizer, no entanto, que a esperança e a fé no lado bom da natureza humana estão perdidas, garante Gómez.

“A violência é parte de nossa história evolutiva, mas não está escrita em pedra nos nossos genes”, comentou. “Pelo menos em algum nível, a forma como os humanos se organizam em sociedades influencia nossos níveis de violência.

De fato, as análises populacionais do histórico de violência de nossa espécie mostram uma grande variação na taxa de mortes provocadas por outras pessoas. Dos 2% que partiram nossos ancestrais caçadores-coletores da Idade da Pedra, ela chegou a 10% e a 20% entre o início da revolução agrícola do mesolítico, há 10 mil anos, até a Idade Média no chamado “Velho Mundo” (Europa, Ásia e África). Já nas Américas, a taxa de mortes violentas variou de pouco mais de 15% no chamado período formativo, de 4 mil a 1,8 mil anos atrás, até assustadores 30% a mais de 60% após a descoberta do “Novo Mundo” pelos europeus.

Entrando na era moderna, porém, essa taxa recuou para menos de 5%, mesmo com as duas grandes guerras mundiais e as bombas atômicas. Já hoje, nas sociedades contemporâneas mais desenvolvidas, com seus sistemas policiais e judiciais, prisões e rejeição cultural da violência, a taxa de homicídios não passa de 1 a cada 10 mil mortes, ou 0,01%, 200 vezes menos o que seria de nossa “natureza”. Com isso, “Hobbes deu uma pancada forte em Rousseau, mas não bem o nocauteou”, avalia Mark Pagel, pesquisador da Universidade de Reading, no Reino Unido, em comentário que acompanha o estudo na Nature.

Nota do pastor Ericson Danese: “A que ponto chega a mentira! Até onde vamos chamar isso de ciência e manchar a verdadeira ciência? Nature divulga um estudo que reconstrói a ‘arvore evolutiva humana’. O estudo traça números de violência entre espécies extintas nunca observadas, como se os cientistas tivessem acesso a fichas policiais e documentários científicos da ‘pré-história’. Dados totalmente ‘estimados’, com base em animais de hoje. Ancestrais totalmente ‘estimados’. Por que tudo isso? Bem, não existe mais pecado. A evolução explica. A psicologia explica. A história e a luta das classes explicam. De gota em gota, o humanismo deixa o ser humano menos temeroso (no sentido de temor e não de ter medo) de Deus. Aliás, Deus agora tem que ser um Deus como amante distante. Ele só ama, à distância, não julga, não pune, não traz juízos. Castigar? Deus agora é light! Quando o pecado é explicado, deixa de ser pecado. Sem conceito de pecado, ninguém quer se arrepender de nada.”

Nota final: A pergunta é: Evoluímos para ser maus ou fomos criados para ser bons e o pecado nos fez maus? [MB]

quinta-feira, setembro 29, 2016

O outro tipo de “abuso”

Há esperança no naturalismo?
Quem nunca ficou incomodado com as muitas histórias de abuso infantil? O que torna essas tristes sagas ainda piores é que aqueles a quem as crianças são confiadas -professores, padres, pastores - violam essa confiança ao abusarem, muitas vezes sexualmente, dos que lhes foram confiados. Só Deus e os anjos sabem o quão sórdidos são os livros de registro do Céu com a listagem desses pecados ultrajantes. Infelizmente, nos últimos anos novas alegações de “abuso infantil” surgiram. Que abuso? Bom, trata-se do ensino de religião às crianças. O biólogo evolucionista Richard Dawkins, entre outros, já disse que os ensinos de doutrina religiosa, em particular sobre o julgamento e o inferno de fogo são, de fato, formas de “abuso infantil”. Veja, não estou defendendo tudo o que é ensinado às crianças sobre religião, e certamente também não o entendimento comum do inferno como tormento eterno. Claro que não. Como Ellen White disse: “Está além do poder do espírito humano avaliar o mal que tem sido feito pela heresia do tormento eterno. [...] As opiniões aterrorizadoras acerca de Deus, que pelos ensinos do púlpito são espalhadas pelo mundo têm feito milhares, e mesmo milhões de céticos e incrédulos” (O Grande Conflito, p. 536).

No entanto, se alguém quiser expandir o uso comum da frase “abuso infantil” para incluir doutrinação, especialmente doutrinação negativa (ou seja, ensinamentos que poderão ter efeitos negativos persistentes sobre as crianças), então os ensinamentos comuns sobre a origem e evolução ateísta, propostos em quase todas as escolas públicas, certamente devem ser incluídos. Afinal, o que está implicado no modelo secularista darwinista das origens, o modelo que é regra comum na educação pública hoje? Na essência, é algo como isto:

Cerca de 13,7 bilhões de anos atrás, um ponto de densidade infinita, chamado de singularidade, existiu. Essa singularidade explodiu, no que hoje é chamado de Big Bang, e dessa explosão foram instantaneamente criados espaço, tempo e matéria. (Ninguém ainda foi capaz de explicar as origens da singularidade, embora alguns argumentem que surgiu a partir do “nada”.) Após a explosão, o próprio espaço começou uma expansão super-rápida que acabou sendo o nosso universo. Enquanto isso, dentro do espaço em expansão, nuvens gigantes de gás se formaram e, finalmente, delas, surgiram galáxias. Alguma parte dessa matéria arrefeceu e, devido à força da gravidade, fundiu-se como planetas. No nosso planeta, há bilhões de anos, surgiram químicos leves e, em seguida, de alguma forma (e ninguém sabe como, apesar de anos de pesquisa) se formaram moléculas autorreplicantes que, por meio do processo de seleção natural e mutação aleatória, evoluíram para todas as formas de vida aqui, incluindo os seres humanos.

Somos, para citar Richard Dawkins, nada mais que “macacos africanos.” Ponto final.

O ponto crucial nesse modelo das origens é que nada nos planejou, e nada previu o nosso aparecimento. Nossa vida, nossa existência - tudo sobre nós - foi o resultado do acaso. Assim, quando esse modelo é ensinado às crianças, elas aprendem que só existem por causa das forças frias e cegas que não se importam nada com elas, sua família, seu futuro, seus animais de estimação ou sua felicidade em geral.

Se essas origens não são suficientemente sombrias, pense no que elas significam para o nosso fim. Nesse tipo de cosmos, as crianças também são ensinadas que quando um amigo, ou irmão, ou avô, ou pai, ou um animal de estimação morre - é só isso! Essas crianças não têm hipótese, nem esperança, nem possibilidade de voltar a vê-los novamente, nunca mais! Seus entes queridos falecidos se foram, estão em decomposição no solo, e esse é o último destino que lhes dizem que eles irão enfrentar também.

Às crianças também se ensina que elas vão não apenas morrer, mas que vão se tornar em pó insignificante em um planeta que ele mesmo vai ser destruído, quer quando o Sol explodir ou quando o Universo se esgotar. Assim, tudo o que essas crianças podem ter a esperança de realizar, tudo o que sua própria inocência aspirar, termina na desolação sem sentido de um cosmos frio, escuro e vazio.

Essa visão certamente deveria animar as mentes infantis, não deveria? Que imagem positiva, inspiradora e encorajadora o modelo secular das origens oferece aos nossos filhos!

A visão secular das origens, da evolução e da desesperança em última análise cria uma versão intelectual de abuso, levando à perda de identidade, à perda de autoestima e à perda de qualquer propósito na vida.

Nós recuamos diante da ideia de abuso infantil, como deveríamos. E, sim, algumas coisas que certas religiões ensinam, especialmente sobre o inferno, dificilmente são positivas e inspiradoras. Mas substituindo a cosmovisão bíblica pela visão secular das origens criam-se apenas mais problemas – e mais abuso.

Pelo contrário, Sr. Dawkins: o abuso infantil pode vir de várias formas.

(Adventist Review; tradução de Filipe Reis)

Em que candidato Jesus votaria?

Qualidades e defeitos
A publicidade é intensa. Todos os veículos de comunicação divulgam nomes de pessoas que pleiteiam uma cadeira no legislativo ou um gabinete no executivo. Algumas delas contam com os amigos para se eleger, outras erguem bandeiras e buscam, entre os simpatizantes da causa que defendem, um voto de confiança e o voto nas urnas, prometendo representá-los, caso sejam eleitos. Num ambiente democrático, o cristão também precisa manifestar sua posição, e deve deixar que seus princípios o conduzam, a fim de honrar a Deus com sua decisão. A Bíblia é o guia do cristão para as decisões de sua vida. Jesus Cristo é apresentado nela como um exemplo a ser imitado (Ef 5:1; Fp 2:5-9; Hb 12:2, 3). Quem busca cumprir a vontade de Deus consulta as santas Escrituras a fim de encontrar nelas orientação adequada e exemplos para imitação. Para muitas decisões, a Bíblia dá o esclarecimento necessário. Mas, para outras questões, ela aparentemente não tem nada a declarar. Mesmo com respeito àquilo que a Palavra de Deus silencia, o cristão pode dela extrair, com a ajuda do Espírito Santo, princípios e sabedoria para todas as escolhas da vida.

Convite: 23º Seminário “A Filosofia das Origens”

quarta-feira, setembro 28, 2016

A ideologia da destruição dos gêneros

Em Gênesis 1:27, está escrito: “Criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Em Mateus 19:4, Jesus reafirma essa verdade: “Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher.” Biblicamente falando, existem apenas dois gêneros: feminino e masculino; mulher e homem. Foi assim no princípio e era para ter sido sempre assim. Aliás, muitas outras coisas eram para sempre ter sido do jeito que foram criadas, mas o inimigo de Deus, com inveja satânica, viu a pintura fresca da criação divina e passou a mão sobre a tela, borrando as cores antes tão belas e harmoniosas. E tudo virou uma confusão só! Meninos e meninas estão sendo transformados em meninix. Homens estão se afeminando cada vez mais e mulheres se masculinizando. Os papeis estão sendo trocados e poucos admitem que está havendo confusão nesse processo. O casamento, antes a união entre um homem e uma mulher sob as bênçãos de Deus, está sendo transformado na união entre duas ou mais pessoas à revelia da vontade de Deus. E a aceitação desse estado de coisas é crescente porque a propaganda é intensa, atingindo especialmente os mais vulneráveis a ela: as crianças.

Está em cartaz uma nova animação da Warner intitulada “Cegonhas: a história que não te contaram”; uma releitura da lenda das aves que trazem os filhos embrulhados para seus pais. Na história, há uma menininha de cabelos rosa, “fabricada” por engano e que precisa sem entregue aos pais. No fim do filme, aparecem “casais” homossexuais e mães e pais solteiros esperando sua “encomenda”. Uma amostra de que veio para ficar o conceito de casamento não limitado ao modelo bíblico heterossexual.

Meio que seguindo os passos do colégio D. Pedro II, do Rio de Janeiro, que liberou o uso de saias para meninos, uma escola municipal de São Paulo também está dando sua contribuição para destruir as diferenças entre os gêneros. Para a professora que está encabeçando a iniciativa, a escola costuma reforçar práticas desiguais que acontecem na sociedade. Ela, que é feminista, afirma que “os meninos são muito mais incentivados a desenvolver atividades físicas e muito mais elogiados pelo seu desenvolvimento em matérias como matemática, enquanto as meninas brincam de como ‘ser mamãe’ e são mais incentivadas a se desenvolver em matérias linguísticas”.

Existe algum problema em as meninas serem treinadas para ser mães ou a desenvolver suas já inerentes habilidades linguísticas? Afinal, algumas delas não serão mesmo mães? Ou queremos extinguir a humanidade de vez? Querem desprezar as óbvias diferenças biológicas, fisiológicas e psicológicas entre homens e mulheres e forçar a natureza a ser o que não é, como se gênero fosse apenas uma construção social.

A professora da escola paulista diz que “há a necessidade urgente de se pensar em práticas inclusivas, que considerem as diferenças e a diversidade de opiniões sem demonizá-las”. Mas fica aqui a dúvida: Será respeitada a opinião de crianças e pais que discordam dessa dissolução dos gêneros e que defendem os valores judaico-cristãos? Ou essa opinião está proibida?

Ethan e seu maquiador
No começo deste ano, outra notícia chamou atenção para os novos tempos em que estamos vivendo: o garoto americano de oito anos Ethan, fã da drag queen Jefree Star, ganhou de sua mãe uma aula de maquiagem. E o que ela disse? “Devemos acabar com os padrões de gênero e permitir que as crianças se expressem.”

O maquiador disse: “Fiquei muito comovido que sua mãe o estava apoiando no que ele quer fazer. Há muitas crianças que têm pais que ignoram ou proíbem esse tipo de coisa.” Mas não cabe aos pais tutoriar os filhos, ajudando-os em suas escolhas? É uma criança de oito anos quem deve dizer à mãe o que quer fazer da vida?

Angelina e Shiloh
Para encerrar, mais um caso: o do mais novo ex-casal famoso, Brad Pitt e Angelina Jolie. Na verdade, da filha deles, chamada Shiloh, hoje com dez anos. A menina gosta de vestir roupas masculinas e o casal nunca quis interferir nesse comportamento dela, mantendo um ambiente em que, segundo eles, ela poderá ser quem é. Bem, agora ela poderá ser quem é em um lar em que lhe é permitido ser o que quiser, em que não há mais uma figura paterna e em que a mãe se assume como bissexual. Shiloh será realmente livre ou será moldada por essas circunstâncias, como tantos outros têm sido moldados por uma sociedade que vem impondo estilos de vida antibíblicos como se isso fosse a suprema expressão da liberdade?

Em artigo publicado no Portal Adventista, o psiquiatra Cesar Vasconcellos de Souza diz ver com temor esse conceito da ideologia de gênero neutro, na medida em que passa a funcionar como um fator que pode incentivar crianças e adolescentes a pensar que realmente não possuem um gênero definido. Ou seja, funcionaria muito mais um fator ambiental que tem influência sobre mentes muitas vezes fragilizadas justamente por transtornos passageiros típicos de sua idade.

Experimente pensar diferente do atual zeitgeist, expressar sua opinião e dizer de forma “politicamente incorreta” que Deus criou homem e mulher, e aí você verá para onde vai sua liberdade...

Michelson Borges

Clique aqui e leia mais sobre a ideologia sem de gênero.

terça-feira, setembro 27, 2016

Adventista ex-cineasta critica indústria hollywoodiana

Deus o chamou de volta
No início de setembro, o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, recebeu a visita do ex-cineasta e ator norte-americano Scott Mayer. Na ocasião, ele falou sobre os perigos de filmes, seriados e jogos para a vida cristã. Em Hollywood, Mayer atuou como ator por seis anos e cinegrafista por quatro, trabalhando em cerca de 20 produções, entre elas o reality show inglês “The Biggest Loser” e o filme “A Bela e a Fera”. Hoje ele coordena o ministério Little Lights, que produz vídeos cristãos. Em entrevista à Agência Sul-americana de Notícias (ASN), ele respondeu algumas perguntas sobre sua vida, mídia e a religião. Confira:

Como você conseguiu entrar no mercado cinematográfico de Hollywood?

Cresci sendo adventista, frequentei escolas e faculdades adventistas. Quando cheguei na universidade, havia um programa de estudos de cinema, em que o irmão do ator Harrison Ford era um dos professores. Participei de algumas dessas aulas e tive instruções sobre filmes e mídia digital. Aos 19 anos, eu me mudei para Hollywood e não terminei a faculdade, mas, mesmo assim, queria ser um ator e passei cerca de seis anos tentando fazer isso. Meu irmão estava fazendo as mesmas matérias de filmes que eu fazia e ele também se mudou para Hollywood, mais ou menos na mesma época que eu, e começou a trabalhar na televisão como operador de câmera. Eu não tinha conseguido um contrato de ator, então, na época, liguei para o meu irmão e perguntei se ele conseguiria me ajudar com um emprego, e rapidamente consegui um como cinegrafista. Os anos passaram e eu cheguei a ser diretor técnico. Meu serviço era montar as salas de controle para os diretores, e a maioria dos programas que eu fazia eram reality shows. Eu vivi quase dez anos em Hollywood.

[Continue lendo a entrevista e veja como Mayer, com toda a experiência que adquiriu, vê, hoje, a indústria do cinema.]

Testosterona favorece também a generosidade

Hormônio da masculinidade
A testosterona promove comportamentos orientados a conseguir um status social mais elevado, o que significa que está relacionada com atitudes agressivas, mas também com outras generosas, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Proceedings of The National Academy of Sciences (PNAS). Tradicionalmente, os altos níveis desse hormônio crucial para o desenvolvimento sexual masculino eram associados com a agressividade e a falta de generosidade nos humanos, mas, até agora, os estudos que tinham tentado confirmar essa hipótese eram considerados pouco críveis por supostos problemas metodológicos. O novo estudo, liderado pelo Instituto de Neurociência do Instituto Trinity College em Dublin, na Irlanda, conclui que a testosterona “pode causar nos homens um comportamento pró-social”, ou seja, que beneficie outros indivíduos, por isso tem um “papel mais complexo” na conduta humana do que se acreditava.

Os participantes do estudo, um grupo de 47 homens jovens sadios, tiveram injetados em seu organismo enantato de testosterona ou um placebo, e foram submetidos a uma variação de um teste econômico experimental conhecido como “o jogo do ultimato”. Nesse teste, um jogador propõe a outro uma forma de dividirem uma grande soma de dinheiro e, se o segundo aceitar a oferta, ambos recebem a mesma quantidade de dinheiro, mas se ele a rejeita, nenhum dos dois obtém nada.

Para o estudo, o jogo foi modificado de tal forma que, uma vez que os participantes tivessem aceitado ou rejeitado uma oferta, tinham a possibilidade de recompensar ou “castigar” quem tivesse feito a mesma ao ficar com mais ou menos dinheiro do que o oferecido originalmente.

“Concluímos que os participantes que foram injetados com testosterona estavam mais predispostos a castigar aqueles que lhes propuseram (o trato), e que os níveis altos de testosterona estavam especificamente associados com uma punição maior para os que faziam ofertas injustas”, diz o estudo. No entanto, “quando os participantes que foram injetados com testosterona recebiam ofertas de valores altos, estavam mais predispostos a recompensar quem propusesse essa oferta e também escolhiam recompensas maiores”, acrescentam os pesquisadores. “Esse aumento de generosidade em um entorno onde não há provocação indica que a testosterona também pode causar comportamentos pró-sociais apropriados para melhorar o status.

“Este descobrimento não encaixa com (a ideia tradicional de) uma simples relação entre a testosterona e a agressividade, e proporciona uma prova causal de que a testosterona tem um papel mais complexo na hora de motivar comportamentos de melhora do status nos homens”, conclui a pesquisa.

Também participaram do estudo pesquisadores do Instituto de Ciências Cognitivas Marc Jeannerod em Bron (França), do Departamento de Biologia Humana da Universidade de Lyon (França), da Universidade de Magdeburgo (Alemanha) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena (EUA), entre outros.


Nota: Existem muitas pesquisas “tradicionais” por aí, mas que carecem de evidências científicas. No ótimo livro Nossa Cultura ou o Que Restou Dela, o autor Theodore Dalrymple menciona, no capítulo sobre sexualidade, pesquisas como o famoso Relatório Kinsey, totalmente enviesadas e carentes de evidências reais, mas que, no entanto, vêm influenciando gerações (quem sabe eu poste eu sobre isso aqui, no futuro). No caso da pesquisa acima, parece ficar claro que a testosterona, além de promover a agressividade, estimula também o altruísmo e a generosidade, curiosamente (mas não supreendentemente) as qualidades com as quais Deus dotou o homem: força e instinto de proteção, entre outras. Portanto, negar ou abafar essas características é ir contra a natureza humana. [MB] 

Luiz Felipe Pondé e a ideologia sem gênero

O que Darwin não viu em Galápagos

Conhecimento científico limitado
No mês de julho deste ano, cerca de cem pesquisadores criacionistas sul-americanos estiveram reunidos nas ilhas Galápagos para participar de pesquisas de campo e apresentar trabalhos (leia mais sobre essa viagem no site da Revista Adventista; clique aqui). Entre eles, estavam quatro funcionários da Casa Publicadora Brasileira (CPB), que apresentaram o tema “O que Darwin não viu em Galápagos”. Ao todo, foram produzidos 11 artigos que serão publicados oportunamente. O resumo do resumo da pesquisa da equipe da CPB é este:

Evidências de macroevolução – Darwin não as viu porque elas não existem. O que se pode ver nas Ilhas Galápagos – e em quase qualquer lugar do mundo – são evidências de adaptação, diversificação e, como alguns costumam dizer, “microevolução”. Só isso. As variações são limitadas e jamais poderiam ser utilizadas como argumento para justificar a ideia da macroevolução, segundo a qual todos os seres visos – de árvores a baleias – teriam se originado de um ancestral comum.

Evidências de design inteligente – Darwin não as viu porque, devido às influências naturalistas a que ele esteve submetido na juventude, acabou se recusando a ver a interferência de qualquer poder sobrenatural na natureza. Para os naturalistas, a vida simplesmente surge e vai se tornando mais complexa com o tempo. Nem precisa dizer que essa ideia é filosófica e contraria a ciência.  

Evidências de complexidade irredutível – Darwin também não viu isso porque ele simplesmente não poderia ter visto, já que não possuía os meios para tanto. Nem microscópio adequado havia no tempo dele. E a biologia molecular e a bioquímica levariam um bom tempo para ser desenvolvidas. 


Pesquisadores da CPB: Doris Lima, Rérison Vasques, David Bernardes e Michelson Borges


segunda-feira, setembro 26, 2016

A Biologia e a Física não explicam a origem da vida

“Apesar da opinião generalizada de que a evolução darwinista tem sido capaz de explicar o surgimento da complexidade biológica, isso não é o caso... A teoria darwinista não lida com a questão de como [a vida] foi capaz de passar a existir. A questão problemática ainda em busca de uma resposta é: Como que um sistema capaz de evoluir surgiu originalmente? [...] A natureza simplesmente não funciona assim! A natureza não faz espontaneamente entidades altamente organizadas... intencionais... E aqui reside exatamente o problema [da origem] da vida... não é apenas o senso comum que nos diz que entidades altamente organizadas simplesmente não surgem espontaneamente. Certas leis básicas de Física acompanhadas de probabilidade matemática pregam o mesmo sermão – os sistemas tendem para o caos e desordem, não para a ordem e função... A Biologia e a Física parecem contraditórias, bem incompatíveis.”

(What is Life: How Chemistry Becomes Biology, Oxford University Press, 2012. Dr. Addy Pross, professor de química, Universidade Ben-Gurion, Israel. Via Desafiando a Nomenklatura Científica)

Nem todos os dinossauros eram tão ameaçadores

Modelo 3D de um psitacossauro
Quando você pensa em um dinossauro, qual dessas imagens surge na sua mente: um ser incrível e ameaçador ou um personagem da Pixar que poderia enfeitar o quarto do seu filho pequeno? Pois é, depois de anos vendo representações de dinossauros como os reis da Terra – pelo menos naquela época –, essa nova reconstituição veio para quebrar um pouco dessa imagem de “malvadões” que criamos em anos de cinema. Cientistas usaram um fóssil encontrado na China para montar um modelo 3D em tamanho real que foi considerado o mais natural e realista de todos os tempos. O fóssil de um psitacossauro, do período cretáceo e que viveu há [supostos] 120 milhões de anos, foi estudado por Jakob Vinther, professor na Universidade de Bristol, no Reino Unido. Junto com seus colegas, ele trabalhou com um esqueleto completo que manteve tecidos moles fossilizados, um achado muito raro [na verdade, já não é mais algo tão raro e tem sido uma pedra no sapato dos evolucionistas; confira]. Até mesmo alguns pigmentos da pele e a cloaca permaneciam intactos [resumindo: preservação quase perfeita de tecidos que degeneram em poucos milênios].

Como nem tudo é fácil, o fóssil estava bem esmagado [porque a fossilização se dá sob muita lama e água] e, assim, os pesquisadores tiveram que medir cuidadosamente os ossos e estudar escalas para preservar a estrutura muscular. Só depois o modelo foi criado.



Dica de leitura: Terra de Gigantes

Muita coisa se tem falado e escrito sobre os dinossauros, mas permanece sempre uma aura de mistério sobre seus nomes complicados e sua diversidade – animais do tamanho de galinhas até gigantes de 70 toneladas. Esse interesse é alimentado pelas constantes descobertas de fósseis, pelos livros e filmes que tratam do assunto. Mesmo assim, há perguntas que continuam sendo feitas: Os dinossauros existiram realmente? Quem os criou? Como viviam? O que os teria levado à extinção? Este livro apresenta uma resposta alternativa para essas questões, mostrando evidências de que uma catástrofe hídrica ocorrida há alguns milênios pode ser o elemento que faltava para resolver o mistério.

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domingo, setembro 25, 2016

A triste geração que tudo idealiza e nada realiza

Futuro comprometido?
Demorei sete anos (desde que saí da casa dos meus pais) para ler o saquinho do arroz que diz quanto tempo ele deve ficar na panela. Comi muito arroz duro fingindo estar “al dente”, muito arroz empapado dizendo que “foi de propósito”. Na minha panela esteve por todos esses anos a prova de que somos uma geração que compartilha sem ler, defende sem conhecer, idolatra sem porquê. Sou da geração que sabe o que fazer, mas erra por preguiça de ler o manual de instruções ou simplesmente não faz. Sabemos como tornar o mundo mais justo, o planeta mais sustentável, as mulheres mais representativas, o corpo mais saudável. Fazemos cada vez menos política na vida (e mais no Facebook), lotamos a internet de selfies em academias e esquecemos de comentar que na última festa todos os nossos amigos tomaram bala para curtir mais a noite. Ao contrário do que defendemos compartilhando o post da cerveja artesanal do momento, bebemos mais e bebemos pior.

Entendemos que as BICICLETAS podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse. Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim. Vimos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que tem minhoca na receita de uns. E mesmo assim lotamos as filas do drive-thru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.

Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar. Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir. Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade.

Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer. Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor. Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.

Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing. Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.

Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social. Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais. Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar.

Somos a geração que se mostra feliz no Instagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada. Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade.

Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar. Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.

(Marina Melz, revista Pazes)

Mokele-mbembe: o dinossauro do Congo

O criacionismo invade a Europa

A Lucy da ficção artística
[O site da revista Scientific American Brasil publicou uma matéria preconceituosa, belicosa e reveladora das preocupações dos evolucionistas militantes. O texto vem a seguir, com meus comentários entre colchetes. – MB.] “Isso é ultrajante!” Com o rosto vermelho e visivelmente agitado, o homem de 60 e poucos anos estava correndo em direção a uma reconstrução hiper-realista de silicone de Lucy, a mundialmente famosa Australopithecus afarensis de [supostos] 3,2 milhões de anos de idade [leia sobre ela aqui]. Depois de alguns minutos confusos, verificou-se que o homem seguia uma crença, baseada na Bíblia, de que o mundo possuiria cerca de 6 mil anos de idade. Mas ele não se opunha à idade evolutiva de Lucy, e sim à sua nudez. “Você precisa cobri-la! É quase tão ruim quanto ir à praia!” [Capricharam no personagem para abrir a matéria: um criacionista caricato. Objetivo óbvio: ridicularizar.]

Lucy é uma das principais atrações das “Escadas da Evolução”, no hall central do Museu Moesgaard, Dinamarca. A nova atração tinha acabado de abrir, aumentando o número anual de visitas do museu de dezenas de milhares para gritantes 500.000 no primeiro ano. Houve grande cuidado para que fossem dadas expressões individuais às reconstruções científicas, fazendo com que se destacassem como pessoas, e não apenas parentes evolucionários distantes. [Como podem chamar de “reconstruções científicas” o que são meramente obras de arte? No caso específico de Lucy, trata-se apenas de 40% de um esqueleto fossilizado. Do crânio restam fragmentos. Portanto, a “foto” de Lucy, na abertura deste post, é mera ficção científica, exercício de imaginação.]

E lá estava ela – escura e peluda, com um metro de altura e ar confiante. O visitante criacionista, no entanto, nunca viu o macaco nela. Ele viu apenas o seu corpo nu. A antiguidade importava menos do que a moral. A exibição funcionou. [Melhor seria dizer: a doutrinação funcionou.]

Nós dois já tivemos encontros com criacionistas. Eles veem em todas as formas [?] e representam todas as grandes denominações [na verdade, criacionistas bíblicos têm se tornado cada vez mais raros neste mundo relativista e de teologia liberal]. Vivem em cidades e na zona rural. Alguns são bem instruídos, alguns pertencem ao establishment e outros não [quase como os evolucionistas]. Alguns são bem organizados e financiados, outros não. Vários são dedicados à uma causa, muitos como missionários com o papel de espalhar a palavra da criação divina em oposição à evolução [mais ou menos como muitos evolucionistas]; outros guardam a ideia para si mesmos. Mas, apesar das diferenças, possuem algo em comum: são todos europeus [?]. 

Estamos acostumados a pensar no criacionismo como um fenômeno exclusivamente norte-americano. Não é. Apesar de ter surgido nos EUA, o criacionismo organizado se espalhou pelo mundo. Mas, na Europa, o criacionismo não representa uma comunidade unida; varia muito de um país para o outro. Em alguns países, o criacionismo fornece identidade para comunidades religiosas menores, e tem pouco impacto. É o caso da Escandinávia. Em outros lugares, o criacionismo está ligado a subculturas bem organizadas e substanciais. Podemos observar isso na Holanda. E, em alguns outros locais, o criacionismo existe entre elites religiosas que possuem um poder político considerável. Um exemplo notável é a Rússia. [Levando em conta o que já lemos aí acima, tenho minhas dúvidas sobre se essa análise das nuances criacionistas está correta. Mas prossigamos...]

Por anos, ainda que criacionistas estivessem crescendo em número nos países europeus e desenvolvendo, gradualmente, influência em escolas e comunidades locais, eles se mantinham fora do radar e não eram uma grande preocupação. Não até, pelo menos, uma década atrás, quando o Conselho da Europa emitiu um alerta contra o crescimento do criacionismo e sobre a possível ameaça que ele representava para o sistema educacional [o doutrinamento evolucionista é uma ameaça, quando apresenta um modelo filosófico, uma estrutura conceitual como se fosse ciência]. Nesse momento, o criacionismo virou tema de debate público e político. Pesquisas foram feitas por toda a Europa para determinar a opinião pública. Algumas pesquisas online foram hackeadas por criacionistas turcos que buscavam alterar o resultado. Livros, panfletos e sites foram lançados e começaram a circular. E a mídia adorou.

Alguns jornalistas investigativos tentaram entender o que estava realmente acontecendo e quem eram esses criacionistas. A maioria, eles descobriram, estava apenas repetindo a velha temática ciência versus religião – evolução contra criação, com Darwin de um lado e Deus no outro, esperando o sino para começarem o próximo round [engraçado... historicamente, sempre foram os evolucionistas que usaram a estratégia ciência x religião, na intenção de evitar o debate, enquanto criacionistas bem informados destacam o fato de que tanto o criacionismo quanto o evolucionismo se tratam de modelos que integram método científico e filosofia. No caso do criacionismo bíblico, a teologia bíblica. No caso do evolucionismo, o naturalismo filosófico.] Desavisados sobre todos os truques desenvolvidos pelos criacionistas americanos, no entanto, os jornalistas europeus frequentemente pulavam para a “perspectiva balanceada” padrão, olhando o caso dos dois pontos de vista. A cobertura noticiosa e as histórias para contextualização tratavam das diferenças entre ciência e religião como uma questão de gosto pessoal. Onde ainda não havia debate, a mídia ajudava os criacionistas a criar um na esfera pública.

A dupla celebração de Darwin em 2009 – comemorando o aniversário de 150 anos da publicação de A Origem das Espécies e o 200º aniversário do pai da teoria da evolução moderna [estranhamente, não tivemos um “dia de Newton” nem um “dia de Einstein”, mesmo sendo conhecidas as contribuições científicas de pessoas como eles] – ajudou os criacionistas europeus de maneiras inesperadas. Eles conseguiram mais exposição midiática do que nunca. Em toda parte, jornalistas abordaram o aniversário da perspectiva do conflito entre ciência e religião. Isso deu aos criacionistas acesso fácil à grande mídia. Mas mais importante foi o advento das mídias sociais e a facilidade com que sites podiam ser criados: criacionistas podiam produzir muito mais material acessível para um número muito maior de pessoas [Por que temer isso, se o modelo evolutivo fosse mesmo tão forte e incontestável? Aliás, os criacionistas acabam tendo que se valer da “imprensa alternativa” justamente porque as publicações científicas e a mídia de modo geral lhes fecham as portas]. Isso também forneceu novas plataformas para a comunicação entre comunidades criacionistas. Algumas até clamaram por uma união de forças entre as religiões, no que foi concebido como uma causa comum contra o ateísmo [Qual o problema em se buscar organização e união de esforços?].

Poucos na comunidade científica esperavam por isso. Em alguns países, os criacionistas possuíam um orçamento maior para atividades antievolução no ano de Darwin do que organizações científicas tinham para promover ciência e evolução [alegação absurda! Criacionistas não têm verbas públicas para realizar pesquisas, a imprensa e os meios acadêmicos seculares lhes são proibidos. Geralmente, centros de pesquisa criacionista, como o Geoscience Research Institute, dependem de verbas limitadas oriundas das instituições particulares que os mantêm]. Muitas das campanhas foram bem produzidas, eram espertas e causaram impacto [E não é bom que o grande público possa ter contato com ideias alternativas e possa comparar informações? Que cada lado possa apresentar seus argumentos, e que vença o melhor, o mais convincente e detentor de melhores dados.]. Apesar do fato de nações europeias estarem, de maneira geral, entre aquelas com as maiores taxas de aceitação pública da teoria da evolução – com notável exceção da Turquia –, notícias e pesquisas demais estavam mostrando uma mudança na opinião pública.

Aprendemos que confrontar o criacionismo não é uma questão científica, mas, sim, política [argumento conveniente que visa a deixar se lado a discussão científica]. Quando se trata de criacionismo, não basta coletar e alinhar todas as evidências e argumentos nos quais a teoria da evolução se apoia. Ao invés disso, cientistas precisam sair e operar em todas as plataformas onde os criacionistas estão ativos. O que inclui dar palestras públicas, escrever artigos em revistas e jornais populares, bem como discutir a questão na televisão e no rádio, desenvolver e manter sites sobre a evolução, e via exibições [como se já não bastasse o doutrinamento que já vem sendo feito há muitos anos na mídia popular e nos bancos escolares].

Quando o criacionismo encontra um caminho para dentro do sistema educacional, cientistas europeus não apenas comentam em jornais. Eles organizam e buscam apoio para ações de oposição. Quando um ministro da educação sérvio ordenou que escolas parassem de ensinar evolução, a Academia Sérvia de Ciência incitou uma campanha anticriacionista, apoiada por 40 organizações diferentes, que eventualmente pressionaram o ministro, fazendo com que ele se demitisse. [E essa ação promovida por evolucionistas não é política? O ministro proíbe o ensino da evolução e os evolucionistas atacam os criacionistas? Como assim?]

Apesar de parecer que os criacionistas estão aqui para ficar – inclusive na Europa – eles não constituem a maior ameaça para o entendimento da evolução. Ao lidar com o aumento do criacionismo na Europa, nós aprendemos uma lição surpreendente sobre como as pessoas pensam. Mesmo que elas afirmem aceitar a evolução, tendem a interpretar os processos evolutivos de maneira intuitiva, mas cientificamente incorreta. A evolução, como assunto, é frequentemente tratada de modo marginalizado nas escolas europeias e, às vezes, é até mesmo negligenciada. Ironicamente, tendo sido forçados a considerar os antievolucionistas operando na Europa, nós agora sabemos que precisamos fazer mais para conseguir que as pessoas entendam o que sabemos sobre os processos fundamentais da vida na Terra. Nós precisamos trabalhar em múltiplas plataformas para ser bem-sucedidos e precisamos de bons exemplos. Com o número de visitantes nos museus de história natural aumentando em toda a Europa, nós temos os locais e o interesse público necessários. Agora só precisamos tirar o maior proveito possível disso. [E, com isso, os evolucionistas militantes querem acirrar uma guerra que eles mesmo já vinham promovendo, no desejo de enviar os criacionistas para um gueto, blindando Darwin com a promoção da ideia de que evolução é sinônimo de ciência e criacionismo, de religião. De qualquer forma, não deixa de ser interessante notar a persistência do pensamento criacionista segundo o qual fomos criados por Deus, mesmo com tanta doutrinação evolucionista ao longo dos anos. Creio que o criacionismo ganhará cada vez mais terreno em todo o mundo, pois a mensagem de Apocalipse 14:6 e 7 será dada com cada vez mais poder. O criacionismo “invadirá” o mundo, não apenas a Europa. E todos saberão que este Universo tem um Criador, e que Jesus voltará para, depois, recriar a Terra. – MB]

(Stefaan Blancke e Peter C. Kjaergaard, Scientific American Brasil)

sábado, setembro 24, 2016

Uma edição emblemática (e não é por causa do Lula)

Que a Veja odeia o Lula e o PT, isso não é novidade e também não se pode condená-la por isso. Mas ela também parece “odiar” outras ideologias, além da petista. E a edição desta semana deixou isso bem claro, mais uma vez. Há algumas semanas, a revista publicou um artigo pró-ateísmo e ignorou as manifestações contrárias (como esta). Sempre que pode, cutuca os criacionistas e não lhes concede direito de resposta, como se eles fossem réus do Mensalão ou do Lava Jato. Nunca (pelos menos nas duas décadas em que acompanho a revista) foi dado espaço ou feita uma entrevista com algum defensor do criacionismo, a fim de que se pudesse explicar do que, afinal, se trata esse modelo conceitual.

Como se não bastasse tudo isso, nesta semana, Veja publicou um artigo em que o autor defende com todas as letras o aborto (confira aqui). Mas a semanal não conseguiu evitar que outro entrevistado desse uma lição de vida e promovesse valores típicos do cristianismo. Trata-se Nick Vujicic, o palestrante e escritor que nasceu sem pernas nem braços. “Sou cristão e me casei virgem. Para mim, sexo fora do casamento acontece para que as pessoas preencham um vazio. Esse vazio pode ser preenchido ao se estabelecer uma relação sólida com a religião.”

Vujicic é casado desde 2012 e tem dois filhos. Ao lado da entrevista, uma foto estampa a página inteira e traz o filho de Vujicic lhe dando um abraço. Coisa linda! Valorização da vida, da família, da fé e da pureza sexual. Muito provavelmente esperavam que ele falasse de superação, apenas, mas ele falou também de religião e de crença como elementos capazes de preencher o vazio mesmo de pessoas como ele, com tremendas limitações físicas.

Aí, numa atitude de quase compensação, curiosa e “coincidentemente”, na página seguinte à da foto do pai com o filho, estão as fotos de Charles Darwin e da nadadora norte-americana Katie Ledecky. Ambos também tiveram que superar dificuldades, mas, peraí!, nada que se compare à luta do cristão Vujicic.

Na seção “Página Aberta”, um ser humano “normal” diminui o valor da vida humana; depois, um cristão sem membros revela o segredo para a completude na vida; seguido da foto do naturalismo ídolo inglês cujas anotações foram transformadas em livro e conquistaram o mundo. Três pessoas e duas posturas que sintetizam a opinião de boa parte da humanidade: para alguns, a vida não vale tanto assim, afinal, tudo surgiu casualmente e continua existindo sujeito aos meandros do acaso; para outros, a vida foi planejada, tem propósito e deve ser valorizada.

Realmente, uma edição emblemática. Com ou sem o Lula na capa. [MB]

sexta-feira, setembro 23, 2016

Oito dicas do Fabricante

Por que queimei meus livros de Harry Potter (vídeo)

Carne de tubarão contêm altos níveis de neurotoxinas

A Bíblia já desaconselhava...
Concentrações elevadas de toxinas ligadas a doenças neurodegenerativas foram detectadas nas barbatanas e nos músculos de dez espécies de tubarões comercializados para alimentação humana. Pelas concentrações encontradas, a equipe da Universidade de Miami (EUA) sugere a restrição do consumo da carne de tubarão, com benefícios positivos para a saúde dos consumidores e para a conservação dos animais, uma vez que várias das espécies analisadas no estudo estão ameaçadas de extinção devido à pesca excessiva. As amostras de barbatanas e de tecido muscular, coletados de dez espécies de tubarões encontradas nos oceanos Atlântico e Pacífico, foram analisadas para as concentrações de duas toxinas - mercúrio e BMMA (beta-N-metilamino-L-alanina). “Estudos recentes têm ligado a BMAA a doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e a esclerose lateral amiotrófica (ELA)”, disse a Dra. Deborah Mash, coordenadora do estudo.

Os resultados mostraram concentrações de mercúrio e BMAA nas barbatanas e nos músculos de todas as espécies de tubarão analisadas em níveis que podem constituir uma ameaça para a saúde humana, relatam os pesquisadores. Além disso, ainda que tanto o mercúrio quanto a BMAA isoladamente representem um risco para a saúde, em conjunto eles podem ter impactos tóxicos sinérgicos, aumentando a neurotoxicidade para o ser humano.

Alimentos à base de tubarão - incluindo as barbatanas, cartilagem e carne - são amplamente consumidos na Ásia e globalmente em comunidades asiáticas, como uma iguaria e como um elemento da medicina tradicional chinesa. Entre os ocidentais, é mais comum o consumo de suplementos dietéticos contendo cartilagem de tubarão.

O estudo foi publicado na revista Toxins.


Compromisso com a primavera

“Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se fadiga?” Eclesiastes 3:9

Em uma radiosa manhã primaveril, o filósofo George Santayana interrompeu sua palestra no meio de uma frase. “Acho que essa frase jamais será terminada”, disse ele. “Tenho um compromisso com a Primavera.” Ele juntou seus papéis, saiu do auditório e foi para uma região rural. Santayana era um indivíduo excêntrico em muitos aspectos, e não seria aconselhável seguir seu exemplo em tudo. Mas ele nos deixou uma lição sobre o equilíbrio que deve haver entre trabalho e lazer. Muitos de nós somos escravos do trabalho, e nos afadigamos durante todas as horas úteis do dia. Não temos tempo para relaxar e observar as coisas belas e simples da vida. Deus certamente levou em conta essa tendência humana ao nos criar, e por isso nos deixou um exemplo a ser seguido: “Havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” (Gn 2:2, 3).

Trabalhar arduamente é bom, pois nos dá um senso de realização e utilidade e nos livra do tédio. Mas também pode nos manter ocupados demais para perceber que talvez estejamos correndo atrás do vento. Nosso compromisso com a primavera pode não ser igual ao do filósofo Santayana, entre árvores, grama e flores. Mas, seja onde for, é melhor não adiar esse compromisso até que seja tarde demais.

Guilherme vivia com a esposa Elisa no sopé de uma montanha. De sua casa se descortinava um panorama esplendoroso, com um lago no meio do vale, lá embaixo. Um dia Guilherme morreu em seu escritório, onde estava trabalhando até tarde, como era seu costume. A viúva Elisa se conteve durante o funeral e mesmo durante a venda de suas muitas posses. Mas perdeu totalmente o controle quando o leiloeiro anunciou o leilão de um par de cadeiras de balanço. “Uma delas é novinha em folha”, disse ele com entusiasmo.

Guilherme havia comprado as cadeiras para ele e Elisa, no verão em que havia aumentado o alpendre da casa com sua bela vista para o vale. Mas não tirou tempo para usar a sua. Ele perdeu seu compromisso com a primavera.

P.S.: A primavera começou ontem.

(Rubem Scheffel, Meditações Matinais 2010, Com a Eternidade no Coração, 22 de Setembro)