domingo, fevereiro 28, 2010

Por que a burca incomoda?

A democracia francesa está sob severa ameaça. A França que espalhou pelo mundo as noções de cidadania e direitos humanos; a França de Victor Hugo; a França da Paris que recebeu intelectuais perseguidos do mundo todo (inclusive dos Estados Unidos); a França que presenteou os Estados Unidos com a Estátua da Liberdade; a França de sábios com tremendas sensibilidades sociais, como Morin e Levi-Strauss, para citar dois. Essa França está sendo ameaçada. Por quem?

O relatório de uma comissão parlamentar diz: “O uso do véu islâmico integral é um desafio à nossa república. É inaceitável. Devemos condenar esse excesso.”[1] Sobre isso, Sandeep Gopaplan comenta: “Se menos de duas mil mulheres muçulmanas podem representar um desafio à república, então a França foi fundada sobre bases muito frágeis.”

O Presidente Sarkosi disse em 2007 que a “a França não abandonará as mulheres condenadas à burca”.

Considerando que a França ainda garante a liberdade religiosa, fica mais difícil entender como duas mil mulheres que vivem num país livre são forçadas a se libertarem de sua fé. Como essas mulheres podem considerar libertador um governo que as ofende na liberdade mais sagrada: a liberdade de consciência e crença? Até quando convém bloquear minorias e suas tradições? Será que o governo é capaz de definir o que é melhor para as mulheres? E, seguindo o relatório de especialistas, ao governo cumpre tirar a burca das duas mil mulheres, porque ele, governo, sabe o que é melhor para elas?

Sendo assim, na França é proibido ter e expressar as opiniões pessoais, pois o pessoalismo nos afasta da liberdade de ser igual a todos ao nosso redor. Ser francês é ser igual.

E as rebeldes? Bom, elas pagarão caro, pois rejeitaram lutar por uma democracia. Pagarão caro, pois a França não aceita quem lute pela liberdade. Só quem luta pela democracia francesa, a democracia em que todos são exatamente iguais, em que todos são livres para ser integralmente iguais. E se alguém usar burca, está sendo integralmente diferente, logo esse – ainda que sejam apenas duas mil muçumanas – que faz assim está ameaçando a república; pode destroçar a torre Eiffel e destruir o Arco do Triunfo – daí será o triunfo da tirania islâmica em solo francês. Logo, é melhor que tenhamos a republica viva, ainda que para isso tenhamos que escarnecer e ridicularizar os muçulmanos em solo francês. França unida na fé cristã, na democracia dos iguais, na alienação das minorias, na rejeição dos direitos humanos básicos pelos pretextos mais indecentes, perseguindo mulheres que querem seguir fielmente suas crenças sem agredir de forma alguma aos demais.

Sobre o valor da liberdade religiosa, o nosso grande jurista Rui Barbosa escreveu, quando traduziu O Papa e o Concílio, de Janus (autor francês, diga-se de passagem): “O regime liberal, o nivelamento das confissões religiosas perante a lei, esse, sim, que é o sistema racionável e eficaz, legítimo e estável, o que, como definitiva linha divisória e mútua garantia entre as duas sociedades, preenche cabalmente as condições de oportunidade, juridicidade, congruência e solidez. Numa dessas necessidades eternas da nossa organização moral, que representam o cunho sensível do direito, assenta ele primordialmente; e dentre todas as vantagens, dentre todos os títulos que podem autorizar uma novidade, aconselhar uma reforma, sagrar uma instituição, nenhum é mais alto, mais respeitável, mais imperioso. De todas as liberdades sociais nenhuma é tão congenial ao homem, e tão nobre, e tão frutificativa, e tão civilizadora, e tão pacífica, e tão filha do evangelho, como a liberdade religiosa.”[2]

Gopalan diz: “Uma sociedade civilizada é exatamente aquela em que temos a liberdade de fazer alguma coisa que pode ser impopular ou desagradável, mas é inofensiva e legal. Não podemos descartar esse fato levianamente.”

Infelizmente, os políticos franceses consideram levianamente os direitos religiosos e os direitos das minorias; consideram levianamente o valor de uma sociedade pluralista e multirreligiosa, onde todas as pessoas de bem, de todas as crenças, carregam em si uma ética republicana de tolerância, liberdade e zelo pelo patrimônio público.

É só por isso que a burca incomoda.

(Silvio Motta Costa, professor da rede pública em Campinas, SP)

1. Gopalan, Sandeep, “A burca não é só a burca”, tradução de Terezinha Martino, Caderno Aliás J15, O Estado de São Paulo, domingo 31 de janeiro de 2010.

2. Barbosa, Rui, introdução do tradutor para o livro O Papa e o Concílio, de Janus, Editora Elos, Rio de Janeiro, 3ª Edição.

Duloren usa nome de Jesus em campanha polêmica

Seguindo com o conceito “Você não imagina do que uma Duloren é capaz”, a Agnelo Pacheco Rio coloca em veiculação mais uma campanha polêmica da marca de lingeries. Com o título “Só Jesus é fiel”, a companhia pretende “defender a postura da mulher de pensar em trocar de marido ou namorado quando ela se sentir abandonada ou rejeitada por ele”. Para Marcos Silveira, diretor de criação da campanha, “a mulher Amélia não existe mais. Hoje, quem não dá atenção à mulher que tem, corre o risco de perdê-la. A fila anda!”. Segundo pesquisa realizada no fim do ano pela agência, 420 mulheres das classes A e B, entre 20 e 35 anos, foram entrevistadas e 74% delas afirmaram já ter trocado de parceiro por falta de carinho, companheirismo e atenção. A campanha estará em mídia impressa e em cerca de 30 mil pontos-de-venda de todo o País.

(Gospel Mais)

Nota: Além de promoverem a infidelidade e a banalização do casamento, usam o nome de Jesus de maneira profana. A irreverência parece não ter limites nestes últimos dias.[MB]

Sexo na mídia estimula violência contra mulher

Um estudo divulgado nesta sexta-feira afirma que a exposição de crianças e adolescentes a conteúdo sexual na mídia vem reforçando a ideia da mulher como objeto de desejo e alvo de violência doméstica. O relatório Sexualização dos Jovens, da psicóloga Linda Papadopoulos, encomendado pelo Ministério do Interior britânico, diz que os jovens estão cada vez mais expostos a conteúdo relacionado à sexualidade por meio de revistas, televisão, internet e aparelhos de celular, sem que os pais consigam controlar isso. Segundo ela, esse conteúdo está "legitimando a ideia de que as mulheres existem para serem usadas e de que os homens existem para usá-las". Nesse contexto, a pesquisadora entende que a posição da mulher como alvo de violência doméstica acaba virando comum e até aceitável.

O estudo diz que as crianças estão sendo cada vez mais retratadas como adultos, enquanto adultos são infantilizados, o que confunde as noções de maturidade e imaturidade sexual. Além disso, tanto mulheres quanto homens são levados pela mídia a buscar um ideal de aparência física "fora da realidade", o que resulta em "insatisfação com o próprio corpo, um reconhecido fator de risco para a autoestima, para depressão e distúrbios alimentares".

"Um tema dominante em revistas parece ser a necessidade das garotas de se apresentarem como sexualmente desejáveis para atrair a atenção masculina", diz o estudo.

Seguindo esse mesmo raciocínio de subserviência feminina, a violência contra as mulheres acaba sendo banalizada.

O relatório aponta que, desde 2004, a exibição na TV de cenas de violência contra a mulher cresceu 120%, enquanto as de agressão contra adolescentes aumentou 400% no período. Além disso, no cinema, 75% dos personagens e 83% dos narradores são homens.

Papadopoulos entende que essa lógica explica os resultados de uma pesquisa do Ministério do Interior britânico divulgada neste mês.

A análise revelou que 36% dos britânicos acreditam que, em caso de estupro, a mulher deve ser parcialmente responsabilizada se estiver bêbada, e 26% pensam assim no caso de a vítima estar usando roupas sensuais.

A psicóloga cita ainda o dado de que uma em cada três garotas britânicas entre 13 e 17 anos já teve de fazer sexo contra a sua vontade, enquanto 25% delas já sofreram algum tipo de violência física.

Para reverter esse quadro, o relatório defende que os pais acompanhem mais de perto como seus filhos usam a internet e seus celulares e que o Estado tome medidas para coibir a banalização da sexualidade. [Mas o Estado apoia o Carnaval, concede e mantém concessões de TV a emissoras que despejam violência e pornografia nos lares e depois gasta milhões com campanhas pelo uso de preservativos e contra a violência. Quanta hipocrisia!]

A pesquisadora também recomenda que as escolas tragam essa discussão sobre a igualdade de gênero para as salas de aula.

(Estadão)

Igreja Adventista ajuda vítimas do terremoto no Chile

sábado, fevereiro 27, 2010

Maior tremor no Chile em 25 anos mata pelo menos 150

Segundo o United States Geological Service (USGS), um terremoto de magnitude 8,8 atingiu o centro-sul do Chile, na madrugada deste sábado, 27. Após o primeiro tremor, na região de Bio Bio – a cerca de 320 quilômetros ao sul da capital chilena, Santiago, e 91 quilômetros ao norte de Concepción -, a região foi atingida por um segundo, por magnitude 6,2. “Quero pedir calma”, disse a presidente chilena, Michelle Bachelet, ao convocar uma reunião de emergência para discutir as medidas após o tremor às 5h, horário local. Um alerta de maremoto foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica e Antártida e para outras regiões do Pacífico.

Moradores da capital relatam que sentiram tremores entre dez e 30 segundos. Graciela Martín, de Mendoza, no lado argentino da fronteira andina, afirmou que “deste lado da fronteira, sentimos um tremor de cerca de um minuto”. Há inclusive depoimentos de pessoas que dizem ter sentido os efeitos no Brasil. A Defesa Civil de São Paulo confirmou os relatos, mas disse que não há danos ou vítimas.

O maior terremoto a atingir o Chile no século 20 foi um tremor de magnitude 9,5, que atingiu a cidade de Valdívia em 1960, deixando 1.655 mortos.

19h: hora de Brasília. As primeiras ondas do que pode se tornar um grande maremoto começam a atingir o Havaí e outras ilhas do Pacífico.

(Opinião e Notícia)

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Adventistas e muçulmanos: cinco convicções

Há três anos, o pastor Jan Paulsen, presidente [mundial dos adventistas do sétimo dia], pediu que eu trabalhasse no desenvolvimento das relações inter-religiosas com líderes das grandes religiões do mundo. Uma vez que os adventistas são 17 milhões em mais de 200 países, isso faz sentido – e, realmente, é isso que nossa missão requer − que nos esforcemos para compreender a fé de outros povos, para que possamos compartilhar com eles os nossos valores e a esperança no retorno de Jesus. Durante esses três anos, tenho me concentrado em fazer contatos com líderes muçulmanos. Lenta, mas regularmente, várias convicções criaram raízes profundas em minha mente.

Primeiro, o Senhor está preparando o mundo muçulmano para Sua segunda vinda. Há alguns meses, recebi uma mensagem totalmente fora do meu quadro de referência: um xeique, líder espiritual de muitos milhares de muçulmanos em vários países, afirmou que Deus havia lhe dado uma visão sobre os adventistas. Ele fez contatos com alguns adventistas leigos e agora estava pedindo para se encontrar com líderes da Associação Geral. O que o levou a fazer tal pedido?

Após me consultar com o pastor Paulsen e outras pessoas, foi decidido que alguns de nós, da sede mundial, deveríamos atendê-lo, esperando entrar em sérias discussões, se eles permitissem. Para me preparar para tal encontro, fiz uma viagem para conhecer o xeique. As nove horas gastas com ele, ao longo de dois dias, foram, para dizer o mínimo, memoráveis.

Logo no início do período que passamos juntos, o xeique me convidou para ir à sua casa. Desde o primeiro momento, estabelecemos um relacionamento bom e amigável. Estando nós dois, apenas, sentados em sua sala, quase que imediatamente ele fez uma pergunta a queima-roupa:

− Você acredita na segunda vinda de Jesus?

− Sim − respondi.

– Quando Ele virá?

– Em breve.

– Mas quão breve?

– Em breve. Nós, adventistas, não marcamos data para a Segunda Vinda, mas cremos que será em breve.

− Você acha que Jesus voltará neste século?

− Eu não sei. Pode ser que Jesus volte muito antes do que muita gente (inclusive os adventistas) espera.

− Eu creio que Jesus voltará neste século − disse ele. − Nos escritos sagrados, encontro uma série de sinais que indicam quando Ele voltará, e quase todos os sinais já se cumpriram.

Conversamos, por duas horas, sobre o retorno de Jesus. Ali estava alguém que, não apenas cria na Segunda Vinda, mas cria apaixonadamente. Na visão do xeique, o mundo de hoje é uma terrível confusão que se agrava a cada dia; somente o retorno de Jesus pode consertar as coisas.

No dia seguinte, o xeique e eu nos encontramos para considerar que assuntos deveriam ser a base da discussão com o grupo maior. Quase imediatamente concordamos na Segunda Vinda. Decidimos solicitar aos dois lados que preparassem pequenas dissertações sobre o tema geral da volta de Jesus, sobre os sinais da Segunda Vinda e sobre o anticristo. Então, chegou o momento pelo qual eu estava esperando.

− Senhor − perguntei −, é verdade que o senhor recebeu uma visão sobre os adventistas do sétimo dia?

− Não apenas uma, mas três – foi sua resposta. – As três continham a mesma mensagem: os adventistas do sétimo dia são o verdadeiro Povo do Livro [um termo do Corão, designando os seguidores de Alá, que não são muçulmanos]. Os adventistas já são o povo de Deus, por isso, não tente convertê-los. Ao contrário, trabalhe com eles.

Algumas semanas mais tarde, foi convocada a reunião com o grupo maior. Mais uma vez o xeique abriu as portas de sua casa para o início do período em que estaríamos juntos. A hospitalidade e a simpatia foram insuperáveis enquanto participávamos de um generoso banquete. Quando começamos a apresentação dos trabalhos que havíamos preparado, o nível de interesse foi intenso; os muçulmanos absorviam cada palavra de seus convidados adventistas. A avidez e a expectativa foram palpáveis naquela noite e no dia seguinte.

Vários meses se passaram desde que nos reunimos com os muçulmanos. Ainda estou processando aquele evento, tentando descobrir o seu significado e o que o Senhor tem em mente para a Sua igreja. Foi um acontecimento extraordinário. A avidez para aprender mais e a fervorosa crença de que Jesus voltará em breve despertaram em mim o desejo de encontrar tal espírito entre meus irmãos e irmãs adventistas.

Sim, há importantes diferenças de compreensão a respeito do retorno de Jesus. O básico, porém, o fato essencial, permanece: um grande número de muçulmanos aguarda a volta de Jesus, e para breve.

Passo agora para uma segunda convicção: os adventistas do sétimo dia estão excepcionalmente bem posicionados para levar o evangelho aos muçulmanos.

Os adventistas têm as seguintes vantagens sobre outros cristãos para levar as boas novas aos muçulmanos:

O lugar das Escrituras. Baseamos nossas práticas e crenças na Bíblia e na Bíblia somente. Essa devoção e lealdade à Palavra revelada impressionam os muçulmanos, que creem que o Corão é a revelação de Deus.

Estilo de Vida. Nossa abstinência de carne de porco e álcool é uma boa surpresa para os muçulmanos que não estão acostumados a associar os cristãos a essas práticas. Isso significa que cristãos e muçulmanos podem participar de uma refeição juntos, sem apreensões – fator importante para se estabelecer as bases de um relacionamento. Além dessas práticas, a ênfase adventista na simplicidade e modéstia soa sincera aos muçulmanos, cuja religião é praticada nas 24 horas dos sete dias da semana.

Preocupação com os últimos dias. O assunto do juízo final, a segunda vinda de Jesus e a ressurreição desempenham um papel importante no pensamento islâmico. Para muçulmanos sérios, toda 
a vida é vivida em função do julgamento final. Seus ensinos diferem dos nossos em importantes aspectos, mas o pensamento central é comum e apresenta-se como oportunidade para que os adventistas ofereçam uma instrução esclarecedora de sua compreensão.

O sábado. O Corão menciona o sábado e sob um aspecto positivo; ele não menciona o primeiro dia da semana como o dia de culto. Nossa observância do sábado, estampada em nosso próprio nome, nos distingue como obedientes à revelação divina.

Conflito cósmico. Os muçulmanos compreendem que os acontecimentos na Terra têm como pano de fundo uma luta cósmica entre o bem e o mal, em que Lúcifer, Satanás e os seres caídos desempenham papel importante. Esse quadro geral tem paralelos óbvios, associado a diferenças importantes, como a compreensão adventista do grande conflito entre Cristo e Satanás.

A Criação. Tanto muçulmanos como adventistas creem na doutrina da criação e rejeitam a teoria da evolução.

Saúde. Os muçulmanos têm muito interesse na saúde e no estilo de vida saudável. Os adventistas e muçulmanos facilmente fazem parceria para melhorar a qualidade de vida. No Oriente Médio, os adventistas administram uma série de hospitais e clínicas em países muçulmanos, e o Centro Médico da Universidade de Loma Linda tem parceria contínua com o Reino da Arábia Saudita e com o Afeganistão.

Relação com Israel. O fato de que, como igreja, os adventistas se recusam a se identificar com qualquer lobby geopolítico é uma enorme vantagem para o mundo muçulmano. Não fazemos parte do lobby pró-Israel: cremos na justiça para todos os povos, inclusive para israelitas e palestinos.

Um movimento de reforma. Compreendemos que nossa mensagem não é nova, mas um retorno aos ensinos da Bíblia. Estamos completando a reforma parcial iniciada por Lutero, Calvino e muitos fiéis do passado. Os muçulmanos também se consideram parte de uma obra de reforma.

Essas características adventistas nos colocam em uma posição única para estabelecer contato com os muçulmanos em todos os níveis e para avançar a divina missão a nós confiada. Não somos, porém, muito conhecidos no mundo muçulmano; na verdade, não somos nada conhecidos. Quando muçulmanos ouvem sobre os cristãos, pensam imediatamente em homens e mulheres consumidores de carne de porco, de álcool, de vida sem princípios e que são a favor de Israel.

Talvez nosso maior desafio em relação aos muçulmanos seja ensiná-los sobre quem somos e o que defendemos. Quando isso for feito, a atitude mudará de descrença para admiração, apreciação e aceitação calorosa.

Quando me encontro com líderes muçulmanos, enfatizo o fato de que prefiro ser identificado como adventista em vez de cristão. Para os muçulmanos, o nome “cristão” leva em si associações negativas, associações que não caracterizam um adventista do sétimo dia. Por isso, prefiro evitá-las. E “adventista” sintetiza bem a identidade de quem somos, de nossa esperança no retorno de Jesus e a consciência do divino chamado para levar essa mensagem ao mundo.

A terceira convicção resulta diretamente da segunda convicção: a profecia pode ser uma abordagem útil para despertar o interesse dos muçulmanos.

Esse tem sido o caso com o xeique e seus colegas. Embora o primeiro contato com os muçulmanos tenha vindo por intermédio de um ato espontâneo de bondade de um membro leigo adventista, o interesse subsequente veio por um indivíduo com o qual foram compartilhadas as profecias bíblicas, primeiro no lar de um muçulmano ajudado por ele e, posteriormente, a convite do xeique, na mesquita.

Na primeira noite na mesquita, um adventista abordou uma importante profecia para o mundo todo, incluindo o islâmico. Ele explicou por que nós, adventistas do sétimo dia, temos uma compreensão que o resto do mundo não tem. Enquanto falava das profecias da Bíblia, naquela primeira noite, os muçulmanos responderam sem reservas. Nas apresentações seguintes, ele seguiu o caminho convencional, começando com Daniel 2, e mais tarde, abordando o livro do Apocalipse.

As profecias são importantes na conversa com os muçulmanos, pois dão credibilidade à Bíblia. Embora o Corão aponte para a Bíblia, o muçulmano tradicional defende que ele está corrompido e grande parte o ignora.

Uma quarta convicção diz respeito a mudanças que precisam ocorrer entre os adventistas: embora o Senhor tenha confiado a nós uma mensagem e um estilo de vida que é bem atrativo aos muçulmanos, devemos nos submeter a uma renovação significativa em nossas atitudes e em nossa vida espiritual, se quisermos que o Senhor nos use como é Seu propósito.

Os muçulmanos sofrem preconceito generalizado no Ocidente. Inevitavelmente, os adventistas também são afetados pelos sentimentos expressos pela mídia de massa. Como resultado, pastores e membros, principalmente, não se preocupam em trabalhar com muçulmanos; além disso, as congregações adventistas não estão prontas para recebê-los em seu meio. De fato, alguns adventistas têm preparado livros e DVDs que pintam o Islã com traços fortemente negativos.

Entre os estereótipos negativos e mitos sobre os muçulmanos a que nosso povo está sujeito, estão os seguintes:

O islamismo é uma religião violenta e a maioria dos muçulmanos é, portanto, propensa à violência. O islamismo tem um componente de violência que também pode ser encontrado em outras religiões. Esse componente, entretanto, representa apenas uma pequena percentagem dos muçulmanos. O Instituto Gallup realizou uma pesquisa maciça entre os muçulmanos de todo o mundo e entrevistou cerca de 30 mil pessoas. Os resultados mostraram que 93 por cento dos muçulmanos rejeitam a violência.

“Alá” é o nome de uma divindade pagã. Esse mito é rapidamente desmentido pelo simples estudo da etimologia. “Alá” é simplesmente o termo árabe para Deus, e era tanto usado 
por cristãos árabes, antes de Maomé, como o é hoje. Porque o Islamismo nasceu entre os árabes e o Corão foi escrito 
em árabe, inevitavelmente o nome “Alá” foi adotado para designar Deus.

Por causa de suas altas taxas de natalidade, os muçulmanos, em breve, superarão os cristãos em número, se tornarão a religião majoritária em vários países da Europa. Um DVD, que tem circulado amplamente, assustou alguns adventistas que aceitaram suas ideias sem subsídio. De fato, o DVD mostra a invasão sem violência do Ocidente pelos muçulmanos, por meio de grandes famílias, dominando a cultura, em pouco tempo. Apesar da apresentação gráfica, o argumento é falho. São dados coletados ao acaso, com suposições não comprovadas e que ignoram as evidências contrárias à sua tese.

A convicção final é, talvez, a mais surpreendente de todas: o fato de levarmos a sério nossa missão entre os muçulmanos tem o potencial de renovar e reformar a Igreja Adventista.

Ainda estou impressionado com a paixão do xeique pela Segunda Vinda e pelo seu senso de iminência. Eu me pergunto: Será que Deus está enviando um chamado ao despertamento do Seu povo adventista?

O evangelismo adventista entre os muçulmanos só acontecerá quando nos humilharmos, permitindo que o Senhor amoleça nosso coração e derrube nosso preconceito. O Senhor precisa colocar dentro de nós um profundo amor pelos muçulmanos e um desejo ardente de vê-los conosco na caminhada para o Céu. Ele precisa fazer com que nossas igrejas os aceitem calorosamente e de braços abertos. Só Ele pode fazer isso. Tais mudanças significam uma Igreja Adventista renovada e reformada.

Minha experiência com os muçulmanos é pequena, mas já testemunhei o poder do amor. O encontro com o xeique, que progrediu num ritmo tão surpreendente, estava enraizado num gesto generoso de um adventista que refletia abertamente o amor e a boa vontade. Tenho observado que os muçulmanos analisam rapidamente uma pessoa, e se julgam que ele ou ela é genuinamente honesto, respondem com bondade.

Recentemente conheci uma empresária adventista que sente a responsabilidade de trabalhar com muçulmanos. Isso nem sempre foi assim; de fato, ela cresceu não gostando desse povo, mas o Senhor mudou seu coração. Ela confidenciou que antes usava muitas joias, mas quando começou a se relacionar com os muçulmanos, por causa da ênfase que dão à modéstia, sentiu que deveria tirar suas joias e, mais tarde, abrir mão delas.

Essa, talvez, seja uma parábola do que pode acontecer em grande escala com os adventistas, ao se relacionar com os muçulmanos.

(William G. Johnsson é assistente do 
presidente da Associação Geral para as relações interdenominacioais)

(Adventist World)

A sopa com data de validade vencida

É bem conhecido que Darwin especulou sobre o que poderia acontecer em “algum pequeno lago quente”. Mas foi só em 1929 que J. B. S. Haldane desenvolveu uma hipótese testável envolvendo um "ensopado prebiótico", ou a "sopa primordial". Ele propôs que compostos orgânicos eram produzidos quando metano, amônia e água reagiam como resultado da energia fornecida pela radiação ultravioleta. Os produtos da reação foram sugeridos como tendo se acumulado em uma “sopa quente diluída” na Terra primeva. Nesse cenário, reações posteriores resultaram em macromoléculas, protocélulas e depois a vida. "Apoiada pela síntese inorgânica de moléculas orgânicas de Stanley Miller's (1953) no laboratório, pareceu a gerações de cientistas que a narrativa de Haldane estava basicamente correta, e tudo o que foi deixado foi ordenar os detalhes."

As experiências de Miller se tornaram um ícone da evolução naturalista, e entrou nos livros-textos com muito pouca análise crítica das descobertas. Até recentemente, o trabalho de Miller foi aclamado na revista científica Science.

Felizmente, existem oportunidades de se ir além da "onda", mas, como Jonathan Wells demonstrou no seu livro Icons of Evolution, essas contribuições raramente passam além da literatura técnica. William Martin e colegas apresentaram um caso forte para se aposentar o conceito de sopa primordial. Ele já chegou à idade avançada de 81 anos e, como uma hipótese, ela não foi confirmada. Normalmente, quando as hipóteses são testadas e não são confirmadas, elas são descartadas — mas nós estamos agora com uma hipótese há muito vencida para isso acontecer com a sopa primordial. Ela já está “vencida bem além do seu prazo de validade”.

Duas razões foram fornecidas no artigo. A primeira é que a sopa de elementos químicos orgânicos estaria em equilíbrio termodinâmico. Os produtos da reação já estão presentes, e não há uma fonte de energia óbvia para conduzir a polimerização ou qualquer outra mudança significativa. “A radiação ultra-violeta ionizante destroi inerentemente tanto quanto cria.”

“[A] sopa homogênea não tem energia interna livre que lhe permitisse reagir mais. A vida não é somente sobre replicação; também é da união de reações químicas — reações exergônicas que liberam energia e reações endergônicas que a utilizam, impedindo a dissipação de energia como calor. É banal dizer que a vida requer energia, mas a concepção de uma sopa primordial falha em reconhecer ou incorporar a importância do fluxo de energia. Baseado no princípio da congruência, o que a vida precisava não foi alguma fonte de energia severa e problemática como a radiação UV (ou raios), mas uma fonte de energia química contínua e reabastecedora.”

A segunda razão diz respeito à fermentação como o mecanismo primordial de geração de energia em um mundo sem oxigênio. Haldane promoveu essa ideia, e De Duve a apoiou como sendo o mecanismo para sustentar a vida anaeróbica. “Se isso pode ser dito como sendo a opinião de um livro-texto, é isso mesmo.”

“Mas há dificuldades profundas — tanto químicas como biológicas — em considerar a fermentação como sendo primitiva em vez de derivada. A fermentação é quimicamente uma desproporciação — não é uma reação redox, na qual os elétrons são tirados de um doador e passada adiante a um receptor, dirigida por forte termodinâmica. Em contraste com a respiração, a quantidade de energia liberada pela fermentação é pequeníssima, refletindo sua falta de força termodinâmica motriz. Para derivar tal fonte insignificante de energia exige mais do que menos sofisticação, e, na verdade, cerca de 12 enzimas são necessárias para catalizar uma sucessão complexa de etapas em fermentações do tipo glicolítica baseadas em torno da via glicolítica ou via Embden-Meyerhoff. Essas enzimas são proteínas codificadas por genes, que teriam de ter evoluído como uma unidade funcional sem qualquer outra fonte de energia nos oceanos primordiais — próximo de uma impossibilidade em um mundo RNA, muito menos a única maneira de evoluir um.”

Os autores prosseguem defendendo o ponto de vista deles de que a fermentação é uma derivação sofisticada, em vez de uma derivação primordial. Isso os leva à questão decisiva:

“Mas, se não houve nenhuma sopa, e nenhuma energia da radiação UV ou de fermentação, então onde estava a energia que energizou a emergência da vida?”

Eles continuam o artigo propondo as fontes alcalinas hidrotermais como a fonte primordial de energia para a vida. Eles desenvolvem a ideia deles de que a origem da vida pode ser considerada distintamente da origem da replicação. Eles apoiam a proposta de Russell et al (1993) de que a quimiosmose é “uma propriedade inerente da vida, uma propriedade herdada do local e espaço onde ela surgiu”. O artigo deles é exploratório, não traçando quaisquer detalhes do que LUCA — Last Universal Common Ancestor (Último Ancestral Comum Universal) teria parecido, mas considerando como a quimiosmose poderia ter funcionado no ambiente das fontes alcalinas hidrotermais. Mais discussão disso se faz necessária, é claro, mas esta postagem é para chamar a atenção do desafio que esses autores apresentam aos pesquisadores da origem da vida e aos autores/educadores de livros-texto.

“Chegou a hora de se lançar fora os grilhões da fermentação em alguma sopa primordial como a ‘vida sem oxigênio’ — uma ideia que remonta a um tempo antes que alguém tivesse qualquer entendimento de como que o ATP é feito — e seguir a ideia mais revolucionária em biologia desde Darwin como a chave, não somente para a bioenergética de toda a vida na Terra, mas à sua própria origem. Assim, parece, para nós, provavelmente, que o LUCA cresceu devido ao casal H2/CO2, e que ela era naturalmente quimiosmótica.”

(Desafiando a Nomenklatura Científica)

Esse tipo de aula de Biologia ainda acontece no Brasil?

Será que uma aula de Biologia do 3º ano do ensino médio ainda é assim no Brasil?

1) A evolução (seja lá o que isso signifique) é um fato, fato, FATO científico tão corroborado como a lei da gravidade.

2) O debate sobre a evolução acabou e a ciência já decidiu: Darwin foi o homem que colocou o ser humano no seu devido lugar - não somos diferentes das outras espécies.

3) “Nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução.”

4) Todos os verdadeiros cientistas concordam que Darwin resolveu os mistérios da vida e que a variação randômica/mutação mais a seleção natural é a maior ideia que toda a humanidade já teve.

5) O registro fóssil simplesmente está transbordando de evidências do gradualismo darwiniano.

6) Não existe nenhuma crise epistêmica fundamental com a teoria da evolução através da seleção natural.

7) Se você questionar quaisquer uma dessas afirmações científicas acima, você só pode ser um fanático religioso fundamentalista estúpido que deseja somente destruir a ciência.

Se ainda ocorre, é lamentável, pois quando uma teoria científica não consegue explicar o que se propôs (no caso de Darwin, a origem e a evolução das espécies através da seleção natural), o que deveria ser ensinado em salas de aulas de ciência é que Darwin não fecha as contas epistêmicas desde 1859, e que os cientistas em vez de ficarem criando teorias ad hoc para livrar a cara de Darwin do fiasco em um contexto de justificação teórica, deveriam sim perguntar se a teoria dele está errada ou não.

Em outras palavras, em vez de ficar engambelando os estudantes do ensino médio, e os leitores não especializados, eles deveriam abandonar a prática de tentar "encaixar" as evidências inesperadas para corroborar a teoria original, quando essas evidências já podem ter solapado a suposta robustez epistêmica.

Fui, pensando, não sei por que, que a ciência não pode andar de mãos dadas com a mentira, mas anda. Darwin que não me deixa mentir. Razão? Quando a questão é Darwin, a Nomenklatura científica é tutti cosa nostra, capice?

(Desafiando a Nomeklatura Científica)

Curvas femininas agem como droga no cérebro masculino

Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira sugere que os efeitos causados pelas curvas das mulheres no cérebro dos homens é similar ao causado pelo consumo de álcool ou drogas. De acordo com o estudo, olhar uma mulher de formas exuberantes ativa uma área associada ao sentimento de recompensa, mesmo local atingido quando submetido a ação de substâncias químicas. As conclusões dos cientistas explicam o motivo pelo qual mulheres como Jennifer Lopez e Beyoncé são consideradas sexy. Os especialistas também acreditam que essa pode ser a razão da preocupação dos homens com a pornografia.

Os pesquisadores utilizaram 14 homens de, aproximadamente, 25 anos no experimento. O teste envolveu a exibição de fotos de sete mulheres nuas, cuja gordura foi distribuída digitalmente em lugares estratégicos, como na região do quadril. Durante a análise foram realizadas tomografias dos cérebros. Esses exames mostraram que as alterações propositais ativaram uma área ligada ao sentimento de recompensa, incluindo regiões também afetadas pela drogas e pelo álcool.

Segundo os cientistas, as curvas das mulheres estão diretamente associadas a fertilidade, a geração de filhos saudáveis e a menor incidência de doenças. “Os resultados indicam que a figura da mulher com o ‘corpo de violão’ ativa áreas cerebrais que dirigem a atenção do homem a garotas com potencial de serem boas parceiras de reprodução”, publicaram os pesquisadores na revista especializada PLoS.

Isso explica por que as características são populares em todas as culturas do mundo. Steven Platek, neurocientista e especialista em evolução cognitiva da Universidade Georgia Gwinnett, na Georgia, Estados Unidos, afirmou que esses descobrimentos podem explicar o vício em pornografia e outras desordens similares, como disfunção erétil ou ausência de libido. “Os resultados também podem ajudar a ciência a entender a infidelidade sexual”, completou o médico.

Os cientistas também disseram que as mudanças no índice de massa corpórea somente ativam áreas associadas a apreciação visual. Isso significa que para o cérebro masculino as gordurinhas extras, eterna preocupação das mulheres, nada tâm a ver com a sensualidade.

(Veja)

Nota: Se partirmos da cosmovisão criacionista, podemos interpretar esses dados como indicativos de uma criação planejada. Deus criou homem e mulher com atração um pelo outro, e isso é perfeitamente normal e esperado (o que foge disso é que é “estranho”). Só que para tudo o que Deus cria, o inimigo dEle desenvolve uma contrafação. Deus criou o sexo como culminação de um relacionamento de amor e compromisso, no contexto do matrimônio; o diabo criou o sexo livre/casual. Deus criou a mulher bela e sensual para seu marido; o diabo criou a pornografia e transformou a mulher em objeto. Deus criou os instintos para serem regidos pela razão; Satanás inverteu essa ordem (C. S. Lewis compara os instintos ao piano: "Ele não tem dois tipos de teclas: as 'certas' e as 'erradas'. Cada nota será certa ou errada dependendo do momento" [Um Ano com C. S. Lewis, p. 70]). Com base nessa pesquisa sobre o efeito das curvas femininas no cérebro masculino, podemos concluir que, se o homem contemplar apenas as curvas da sua mulher, ficará “viciado” apenas nela. E essa informação serve de alerta também às mulheres que se preocupam com sua dignidade: o vestuário delas não deve supervalorizar suas formas. Se cuidarem desse aspecto, elas estarão ajudando os homens com os quais entrarão em contato e estarão se preservando para o marido.[MB]

Leia também: "Sensualidade pura" e "Homens veem mulheres sensualizadas como objeto"

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Descoberta indica que a Bíblia tinha razão (de novo)

Apesar de não ser gaúcho, fico impressionado com o orgulho que esse povo tem do seu Estado. Encontrei diversos “guris” e “gurias” em várias viagens fora do Rio Grande do Sul e o sentimento deles é sempre o mesmo: saudades do Estado amado! Mas nem todo mundo é assim...

Israel Finkelstein, o co-autor da obra E a Bíblia Não Tinha Razão (Girafa, 2003) e arqueólogo judeu, vem tentando destruir, por meio de suas pesquisas e publicações, o passado glorioso do seu próprio povo, os hebreus. Na realidade, Finkelstein é um dos arqueólogos atuais que têm se esforçado para demonstrar que a antiga amizade entre as Escrituras Sagradas e a arqueologia Bíblia, não combina mais![1]

Tive a oportunidade de ouvir o Dr. Finkelstein, no ano passado, em Porto Alegre, RS. Um dos professores de história da UFRGS, Josué Berlessi, foi um dos organizadores do evento “Religião e Racionalidade: A história bíblica e a investigação arqueológica”, que além da presença do arqueólogo judeu da Universidade de Tel Aviv, contou com a participação do Dr. Nelson Kilpp, da Escola Superior de Teologia (EST) de São Leopoldo, RS. Além de muito simpático, Finkelstein demonstra dominar bem sua disciplina, já que ele a desenvolve há mais de 30 anos.

Sua abordagem na palestra girou em torno de uma metodologia de pesquisa desenvolvida em cinco tópicos:

1. Não havia atividade escribal em Canaã antes do 8º século a.C., ou seja, nenhum livro bíblico foi produzido antes dessa data.

2. Não havia o ofício de inventor de histórias; o que temos nas Escrituras hebraicas são apenas tradições orais muito provavelmente deturpadas ao longo dos séculos.

3. Todo texto deve ser comparado com fontes arqueológicas e do Antigo Oriente Médio. Se a informação bíblia não for amparada por documentação arqueológica, ela é falsa.

4. A história não pode ser transmitida com alterações, mas pode receber elementos da época em que a tradição oral estava sendo contada.

5. Boa parte dos escritos bíblicos está repleta da perspectiva teológica do autor.

Nas linhas abaixo, nosso foco estará entre os tópicos 1 e 3.

Atividade escribal antes do 8º século a.C. O argumento do Dr. Finkelstein sobre esse assunto pode ser sumarizado assim: não há qualquer registro arqueológico que demonstre atividade escribal em Canaã, que seja anterior ao 8º século a.C. Sendo assim, torna-se difícil imaginar a autoria de documentos numa data anterior a essa.

As implicações dessa ideia são profundas: o Pentateuco de Moisés, o livro de Josué, os Salmos dravídicos, os Provérbios de Salomão não teriam sido escritos por esses famosos personagens bíblicos.

No entanto, excelentes estudos literários foram produzidos por eruditos de renome que oferecem uma visão mais ampla sobre esse assunto. Duas das maiores autoridades em texto bíblico do século passado, Frank Moore Cross Jr. (Harvard) e David Noel Freedman (UCLA, em San Diego, Califórnia), publicaram interessante estudo sobre algumas porções do texto bíblico que remontam, sem sombra de dúvida, a uma data anterior ao ano 1000 a.C. É o caso de Juízes 5, o cântico de Débora, Êxodo 15, o cântico de Mirian, Salmo 18, entre outros.[2]

O mesmo pode ser dito dos trabalhos de Kenneth Kitchen, respeitado egiptólogo e professor emérito na Universidade de Liverpool, na Inglaterra. Em 1995, o Dr. Kitchen publicou um excelente artigo na Biblical Archaeology Review sobre o período patriarcal, oferecendo diversas evidências (linguísticas, literárias, históricas, etc.) para monstrar quão sólida é a narrativa patriarcal, demonstrando assim que seu autor era alguém familiarizado com aquela cultura e com aquela época. O artigo pode ser lido aqui.

No momento de perguntas e respostas, no evento com o Dr. Finkelstein, perguntei-lhe a respeito das pesquisas e conclusões do Dr. Kitchen. Ao invés de responder os argumentos levantados pelo egiptólogo britânico, ele simplesmente disse: “Eu não posso concordar com um erudito que afirma que toda a Bíblia é a Palavra de Deus.” E passou para próxima pergunta!

Acredito que esses nomes mencionados acima oferecem excelentes argumentos para a refutação dessa premissa do Dr. Finkelstein.

A informação bíblica e a arqueologia. Diversas narrativas bíblicas são consideradas mitológicas ou não históricas pelos críticos simplesmente por não dispormos de nenhuma documentação extra-bíblica ou arqueológica – o famoso argumento do silêncio. Mas como bem disse Carl Sagan, “ausência de evidência não é evidência de ausência”. Um ótimo exemplo disso é a estela de Tel Dan, contendo o nome de Davi, encontrada em 1993. (Confira aqui.)

Uma categoria de arqueólogos chamada de minimalistas (aqueles que reduzem a narrativa bíblica a um simples conto não histórico) considera como improvável a descrição bíblica de Jerusalém ser a capital de um reino, por volta do ano 1000 a.C., na época de Davi e Salomão. Para eles, Jerusalém nem sequer era uma cidade significativa nesse período.

Mas na última segunda feira (22/2), uma descoberta arqueológica está fazendo com que os minimalistas refaçam suas anotações sobre o reinado de Salomão. A arqueóloga Eilat Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém, anunciou que sua equipe encontrou uma muralha de aproximadamente 70 metros e um portal bem decorado, que datam de aproximadamente 1000 a.C. A datação está baseada em fragmentos de cerâmicas encontrados junto ao muro, uma técnica largamente utilizada por arqueólogos. Sua conclusão até o momento é que esse prédio pode estar relacionado ao governo de Salomão, no 10º século a.C, como mencionado em 1 Reis.

Se a conclusão de Mazar estiver correta, Jerusalém pode ter sido um grande centro político por volta do ano 1000 a.C., ao contrário do que afirmam os minimalistas. Mas ainda é cedo para ser dogmáticos com qualquer conclusão que vá além dessa. Devemos esperar por publicações em periódicos especializados, como a já mencionada Biblical Archaeology Review e outras revistas indexadas.

O debate em torno da Bíblia e de fontes antigas está longe de ter fim. Pelo contrário, o que se vê é aumento do interesse do público sobre esse tipo de assunto. Como cristãos, devemos aproveitar o momento e “estarmos sempre preparados para dar a razão da esperança que há no nosso coração” (1Pd 3:15).

(Luiz Gustavo Assis, pastor adventista em Caxias do Sul, RS)

Transcendendo as limitações do conhecimento humano

Quando se pretende adquirir uma câmera fotográfica (ou mesmo um celular), uma das perguntas mais comuns é: Esta câmera é de quantos megapixels? Em outras palavras: Qual o poder de resolução desta máquina? Essa preocupação está relacionada com a qualidade da imagem que se pretende capturar com o equipamento. Uma câmera com 12 megapixels é considerada por muitos como uma boa máquina.

Quando se compara o poder de resolução de uma dessas incríveis tecnologias com o poder de resolução de nossos olhos, pode-se contemplar neles mais uma maravilha de projeto. O olho humano tem um poder de resolução que é equivalente ao de uma câmera de 576 megapixels![1]

Ainda assim a visão é limitada. Frequentemente fazemos uso de telescópios, microscópios e outros instrumentos que possibilitam ampliar nosso campo de observação. Mesmo assim, estruturas muito pequenas, como átomos individuais e seus constituintes, não puderam ainda ser vistos, mesmo com as mais modernas instrumentações. Limitações semelhantes podem ser facilmente racionalizadas para os demais órgãos dos sentidos.

Tendo-se em mente que a aquisição de conhecimento está intimamente relacionada com os órgãos sensoriais que compõem o ser humano, e lembrando-se de que existem limitações quanto à abrangência deles, fica evidente que a capacidade de se aprender sobre a natureza e o Universo está, por consequência, analogamente limitada.

Admitindo-se que câmeras fotográficas necessitam ser projetas e construídas por mentes inteligentes para que possam atender aos consumidores exigentes, deveria parecer óbvio que algo muito superior em tecnologia, como os nossos olhos, também fosse projetado e construído (criado) por uma mente inteligente. Porém, infelizmente, não é assim.

O evolucionismo apresenta a ideia de que a vida seja simplesmente resultado da associação entre as leis físicas e o acaso, negando a existência do Criador. Essa ideia é frequentemente apresentada objetivando se isentar a qualquer espécie de crítica, com o status de uma teoria científica inquestionável, chegando-se ao ponto de afirmar que “nada em biologia faz sentido a não ser à luz da teoria da evolução”.[2]

Contudo, em função do fato de que a teoria da evolução pretende abranger um grande número de acontecimentos, os quais tomaram lugar em diferentes períodos, ela apresenta sérias desvantagens e limitações, as quais geralmente são ignoradas por muitos cientistas, professores e estudantes.

Acontecimentos que se desenvolvam em intervalos de tempo adequado (não sendo muito rápidos e nem muito lentos) podem ser descritos com relativo grau de exatidão. Porém, quando se pretende descrever acontecimentos de longa duração, os quais estejam além dos limites da observação humana (como aqueles que se estendem para além do período de vida do observador), deve-se fazer uso daquilo que se conhece como testemunho histórico, o qual se estende ao passado em no máximo quatro mil anos antes de Cristo, período de que datam os mais antigos documentos escritos da humanidade. Acontece que o testemunho histórico também apresenta suas limitações, uma vez que é comum se deparar com problemas relativos à veracidade desses documentos. Para acontecimentos que tenham se desenvolvido em períodos anteriores a quatro mil anos antes de Cristo, somente podem ser formuladas conjecturas,[3] as quais fornecem ainda maiores incertezas, em função de sua natureza.

Uma vez que é evidente a limitação existente quanto à aquisição de conhecimento, seja em função do período em que determinado evento tenha ocorrido, seja em relação ao seu intervalo de duração, percebe-se que quanto mais abrangente for determinada teoria, maior o cuidado com que ela deve ser utilizada, e maior a necessidade de que ela seja constantemente revista e aprimorada. Infelizmente, esses cuidados não têm sido observados por muitos simpatizantes do evolucionismo.

Eventos como a imaginada origem da vida a partir de reações químicas casuais, a suposta transformação dos répteis em aves, a pretendida modificação de símios para darem origem aos seres humanos e aos atuais macacos, e outros eventos, os quais compõem a teoria da evolução e se propõem a explicar a diversidade das formas de vida, requerendo milhões ou mesmo bilhões de anos para que aconteçam, transcendem tanto o tempo de vida dos observadores quanto os testemunhos históricos, fazendo, assim, parte do campo das conjecturas!

O criacionismo bíblico, por outro lado, apresenta a ideia de que a vida seja o resultado das ações intencionais do Criador, O qual criou a natureza e o Universo com propósitos estabelecidos, conforme relatado nas Sagradas Escrituras. Contudo, para a composição de uma argumentação lógica, frequentemente faz-se referência a eventos e a fenômenos que também transcendem tanto o tempo de vida dos possíveis expectadores quanto o testemunho histórico (embora documentos dessa natureza têm-se feito cada vez mais presentes nas pesquisas advindas da arqueologia bíblica). Eventos como a Semana da Criação ou o episódio catastrófico do Dilúvio estão além de nossos limites de observação. Dessa forma, muitos aspectos que são defendidos pelos simpatizantes do criacionismo bíblico estão aparentemente no campo das conjecturas.

Acontece que o criacionismo bíblico, além de fazer uso das informações advindas da experimentação científica, está fundamentado na Palavra de Deus. A Revelação apresentada nos textos bíblicos é uma forma confiável de se transcender as limitações do conhecimento humano impostas pelas limitações dos órgãos sensoriais e pelo tempo. O cumprimento das profecias bíblicas constitui uma das melhores maneiras de se verificar, ao longo da história, a precisão e a exatidão dos textos que integram as Sagradas Escrituras.

Como será mostrado em ocasião oportuna, a teoria da evolução tem fornecido excelentes resultados e tem feito interessantes previsões dentro do limite em que os fenômenos ali envolvidos podem ser observados, manifestando, contudo, as limitações intrínsecas à aquisição de conhecimento quando se depara com eventos que estariam além da capacidade de observação do ser humano. A Revelação apresentada nas Sagradas Escrituras, a qual constitui a base do criacionismo bíblico, mostra-se como o modo mais inteligente de transcender as limitações do conhecimento humano, possibilitando obter informações que seriam inacessíveis utilizando apenas as ferramentas da investigação científica.

A Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) tem publicado, ao longo de seus 38 anos e existência, em seus periódicos, temas relacionados com a controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo. Na Folha Criacionista nº 2, pode-se encontrar um artigo muito bem fundamentado e com maiores detalhes sobre “A teoria da evolução e as limitações do conhecimento humano”, de autoria do doutor em Ciências Júlio Garrido. Nesse artigo é apresentado um gráfico que relaciona as fontes de nosso conhecimento e compreensão com os fenômenos e estruturas e a sua relação com o tempo e as dimensões.

Complementando e expandindo as ideias do doutor Júlio Garrido, a Folha Criacionista n° 58 traz um artigo muito interessante de autoria do presidente da SCB, o doutor Ruy Carlos de Camargo Vieira: “As limitações do conhecimento humano”. Nesse artigo é proposto um modelo material para a representação de tais limitações. Por fim, o livro Criação – Criacionismo Bíblico, recentemente traduzido e disponibilizado no Brasil pela SCB, nos capítulos três e quatro, apresenta amplas discussões sobre as limitações de nossos sentidos e da importância da Revelação bíblica como forma de transcender tais limitações.

Os interessados em se aprofundar nessas e em outras questões relacionadas com a controvérsia em questão podem acessar o site da SCB (www.scb.org.br) e adquirir o material de interesse, ou, ainda, solicitar por meio do e-mail institucional (scb@scb.org.br).

(Tarcísio Vieira, biólogo e mestre em Química pela UNB)

[1] http://www.clarkvision.com/imagedetail/eye-resolution.html Acessado em 21/02/2010
[2] Teodosius Dobzhansky, “Nothing in biology makes sense except in the light of evolution”. American Biology Theacher, 35, p. 125-129, 1973.
[3] sf (lat conjectura) 1 Juízo ou opinião com fundamento incerto ou com base sobre aparências, indícios ou probabilidades. 2 Suposição, hipótese. Var: conjectura. Fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=conjetura (acesso em 22/02/2010).

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Muro do tempo de Salomão é encontrado em Jerusalém


A arqueóloga israelense Eilat Mazar afirmou ontem que algumas estruturas encontradas por ela e pela sua equipe, em Jerusalém, datam da época do rei Salomão (1000 a.C.) O achado é significativo, já que há uma nova geração de arqueólogos (entre eles o ateu Israel Finkelstein) que considera os relatos dos reinos de Davi e Salomão, puramente mitológicos. Para eles, Jerusalém nem sequer era uma cidade significativa naquela época. Os estudos posteriores poderão reverter radicalmente essa visão. O pastor Luiz Gustavo Assis, responsável pela seção "Escavando a Verdade", do site Outra Leitura, está preparando um artigo a respeito dessa descoberta.

Saiba mais aqui e aqui.

Sequestrando o cérebro – como a pornografia funciona

Estamos rapidamente nos tornando a sociedade pornográfica. Durante o curso da última década, imagens explicitamente sexuais se infiltraram lentamente nos anúncios comerciais, no marketing e praticamente em todo vão da vida americana. Essa pornografia de ambiente está agora em quase todos os lugares, desde o shopping mall local ao horário nobre da televisão. Pelos cálculos de alguns, a produção e venda de pornografia explícita agora representam a sétima maior indústria dos Estados Unidos. Novos vídeos e páginas de internet são produzidos a cada semana, com a revolução digital trazendo um grande número de novos sistemas de distribuição. Toda nova plataforma digital se torna uma oportunidade de marketing para a indústria pornográfica.

O que não é surpresa para ninguém é que a vasta maioria daqueles consumidores de pornografia são homens. Não é nenhum segredo de comércio que as imagens visuais, quer fotos ou vídeos, estimulam muito os homens. Isso não é nenhum avanço novo, conforme atestam antigas formas de pornografia. O que é novo é o acesso em toda parte. Os homens e meninos de hoje não estão olhando para quadros desenhados em paredes de cavernas. Eles têm acesso quase que instantâneo a inumeráveis formas de pornografia numa grande quantidade de formas.

Mas, enquanto a tecnologia tem trazido novos meios para a transmissão da pornografia, o conhecimento moderno também traz uma nova compreensão de como funciona a pornografia no cérebro masculino. Embora essa pesquisa não faça nada para reduzir a culpabilidade moral dos homens que são consumidores de pornografia, ajuda a explicar como o hábito acaba viciando tanto.

Como explica William M. Struthers da Faculdade Wheaton, “os homens parecem ter sido feitos de tal maneira que a pornografia sequestra o funcionamento adequado de seus cérebros e tem efeito de longo prazo em seus pensamentos e vidas”.

Struthers é psicólogo com formação em neurociência e especialidade de ensino nas bases biológicas da conduta humana. No livro Wired for Intimacy: How Pornography Hijacks the Male Brain (Programado Para a Intimidade: Como a Pornografia Sequestra o Cérebro Masculino), Struthers apresenta percepções fundamentais da neurociência que fazem uma longa explicação do motivo por que a pornografia é uma tentação grande para a mente masculina.

“A explicação mais simples da razão por que os homens veem pornografia (ou procuram prostitutas) é que eles são levados a procurar intimidade”, explica ele. O impulso para obter intimidade sexual foi dado por Deus e é essencial para os homens, reconhece ele, mas é facilmente mal direcionado. Os homens são tentados a buscar “um atalho para o prazer sexual por meio da pornografia” e agora acham que dá para se acessar esse atalho com facilidade.

Num mundo caído, a pornografia se torna mais do que uma distração e uma distorção da intenção de Deus para a sexualidade humana. Torna-se um veneno viciador.
Struthers explica:

“Ver pornografia não é uma experiência emocional ou fisiologicamente neutra. É fundamentalmente diferente de olhar para fotos em preto e branco do Memorial Lincoln ou olhar um mapa colorido das províncias do Canadá. Os homens são reflexivamente atraídos para o conteúdo de material pornográfico. Como tal, a pornografia tem efeitos de grande repercussão para estimular um homem à intimidade. Não é um estímulo natural. Atrai-nos para dentro. A pornografia é indireta e voyeurística em sua essência, mas é também algo mais. A pornografia é uma promessa sussurrada. Promete mais sexo, melhor sexo, infinito sexo, sexo conforme os desejos, orgasmos mais intensos, experiências de transcendência.”

A pornografia “atua como uma combinação de múltiplas drogas”, explica Struthers. Conforme afirma o Dr. Patrick Carnes, a pornografia é “um relacionamento patológico com experiência de alteração do humor”. O tédio e a curiosidade levam muitos meninos e homens a experiências que se tornam mais como vício de drogas do que muitas vezes se admite.

Por que os homens em vez das mulheres? Como explica Struthers, o cérebro da mulher e do homem são feitos de forma diferente. “O cérebro de um homem é um mosaico sexual influenciado por níveis de hormônio no útero e na puberdade e moldado por sua experiência psicológica.” Com o tempo, a exposição à pornografia leva um homem ou menino mais profundamente “numa superestrada neurológica de mão única em que a vida mental de um homem fica restrita a uma sexualização excessiva. Essa superestrada tem inúmeros acessos de entrada, mas muito poucas saídas”.

A pornografia é “visualmente magnética” para o cérebro masculino. Struthers apresenta um exame fascinante da neurologia envolvida, com hormônios de prazer sendo conectados e liberados pela experiência de um homem vendo imagens pornográficas. Essas experiências com pornografia e hormônios de prazer criam novos padrões na programação do cérebro, e experiências repetidas formalizam a programação.

E, então, nunca acaba. “Se eu tomo a mesma dose de uma droga repetidas vezes e meu corpo começa a tolerá-la, precisarei tomar uma dose mais elevada da droga a fim de que tenha o mesmo efeito que tinha com uma dose mais baixa na primeira vez”, recorda-nos Struthers. Por isso, a experiência de ver pornografia e praticá-la cria uma necessidade no cérebro de mais e mais, só para alcançar o mesmo nível de prazer no cérebro.

Enquanto os homens são estimulados pelas imagens sexuais do ambiente ao redor deles, a pornografia explícita aumenta o efeito. Struthers compara isso à diferença entre a televisão tradicional e as novas tecnologias de alta definição. Tudo é mais claro, mais explícito e mais estimulante.

Struthers explica isso com força e persuasão: “Algo sobre a pornografia influencia e arrasta a alma masculina. A influência é fácil de identificar. A forma da mulher nua pode ser hipnotizante. A disposição de uma mulher de participar de um ato sexual e expor sua nudez é sedutora para os homens. A consciência da própria sexualidade, o desejo de saber, experimentar algo como bom brota do profundo lá de dentro. Uma imagem começa a ficar maior em importância quanto mais a olhamos, ganhando força máxima e podendo chegar a um ponto em que nos sentimos como se estivéssemos num caminhão sem freios descendo uma montanha.”

Wired for Intimacy é um livro oportuno e importante. Struthers oferece perspectivas profundas e estratégicas da neurobiologia e psicologia. Mas o que torna esse livro realmente útil é o fato de que Struthers não deixa seu argumento para a neurociência, nem usa a categoria de vício para suavizar a pecaminosidade de ver pornografia.

Os pecadores naturalmente procuram um jeito de esconder seu pecado, e a causa biológica é muitas vezes citada como meio de evitar responsabilidade moral. Struthers não permite isso, e sua perspectiva da pornografia tem base bíblica e teológica. Ele responsabiliza o pecado de ver pornografia naqueles que voluntariamente se tornam consumidores de imagens explícitas. Ele conhece sua audiência – afinal, suas aulas são cheias de estudantes universitários do sexo masculino. O viciado é responsável por seu vício.

Ao mesmo tempo, qualquer compreensão de como o pecado opera seu mal enganador é uma ajuda para nós, e entender como a pornografia atua na mente masculina é um conhecimento poderoso. A pornografia é um pecado que rouba Deus de Sua glória no presente do sexo e sexualidade. Há muito sabemos que o pecado faz reféns. Conhecemos agora outra dimensão de como esse pecado sequestra o cérebro masculino. Conhecimento, como dizem, é poder.

(LifeSiteNews)

Descobertas põem em dúvida início das navegações

Parece que os primeiros seres humanos, possivelmente até mesmo seus ancestrais, já iam para o mar há muito mais tempo do que se supunha. Essa é a impressionante implicação de descobertas realizadas nos dois últimos verões na ilha de Creta, na Grécia. Ferramentas de pedra ali encontradas, segundo arqueólogos, datam de pelo menos 130 mil anos atrás [sic], e são consideradas fortes evidências das mais antigas atividades de navegação no Mediterrâneo, e fazem com que sejam repensadas as capacidades marítimas das culturas pré-humanas. Creta já é uma ilha há mais de cinco milhões de anos [sic]; isso significa que os fabricantes das ferramentas precisariam ter chegado em barcos. Tal fato parece levar a história das viagens pelo Mediterrâneo mais de 100 mil anos para trás [sic], dizem arqueólogos especializados na Idade da Pedra. Descobertas anteriores de artefatos tinham mostrado povos chegando ao Chipre, a algumas outras ilhas gregas e possivelmente a Sardenha, não antes de 10 ou 12 mil anos atrás.

A mais antiga viagem marítima estabelecida foi a migração além-mar do Homo sapiens anatomicamente moderno à Austrália, que começou há cerca de 60 mil anos [sic]. Existe também uma sugestiva corrente de evidências, especialmente os esqueletos e artefatos na ilha indonésia de Flores, de mais hominídeos antigos chegando a novos habitats por via marítima.

E ainda mais intrigante, os arqueólogos que encontraram as ferramentas em Creta apontaram que o estilo dos machados de mão sugeria uma idade de até 700 mil anos [sic]. Isso pode ser exagero, eles reconhecem, mas as ferramentas são semelhantes a artefatos da tecnologia de pedra conhecida como Acheulense, que teve início com populações pré-humanas na África.

Mais de dois mil artefatos de pedra, incluindo os machados, foram coletados na costa sul de Creta, perto da cidade de Plakias, por uma equipe comandada por Thomas F. Strasser e Eleni Panagopoulou. Ela trabalha junto ao Ministério da Cultura da Grécia e ele é professor-associado de história da arte do Providence College, em Rhode Island. Eles foram auxiliados por geólogos e arqueólogos gregos e norte-americanos, incluindo Curtis Runnels, da Universidade de Boston.

Strasser descreveu a descoberta no mês passado, num encontro do Instituto Arqueológico da América. Um relatório formal foi aceito para publicação no Hesparia, o jornal da Escola Americana de Estudos Clássicos, em Atenas, um dos financiadores do trabalho de campo.

A equipe de pesquisa de Plakias começou buscando restos de materiais de artesãos mais recentes. Tais artefatos seriam lâminas, pontas de lanças e cabeças de flecha típicas dos períodos Mesolítico e Neolítico.

"Nós encontramos essas ferramentas e, em seguida, encontramos as machadinhas", afirmou Strasser em entrevista na semana passada. "Ficamos aturdidos", disse Runnels em entrevista. "Aquilo simplesmente não deveria estar lá".

A notícia da descoberta está circulando entre os acadêmicos que estudam a Idade da Pedra. Os poucos que viram os dados e algumas fotos - a maioria das ferramentas está em Atenas - disseram estar empolgados e cautelosamente impressionados. A pesquisa, se confirmada por estudos adicionais, embaralha as linhas do tempo do desenvolvimento tecnológico e as informações de livros didáticos sobre a mobilidade de humanos e pré-humanos.

Ofer Bar-Yosef, autoridade na área de arqueologia da Idade da Pedra em Harvard, disse que o valor da descoberta dependeria da idade do sítio. "Assim que os pesquisadores obtiverem as datas", disse ele por e-mail, "teremos uma compreensão melhor da importância da descoberta".

Bar-Yosef disse ter visto apenas algumas fotos das ferramentas de Creta. As formas só podem indicar uma idade possível, afirmou ele, mas "o manuseio dos artefatos pode proporcionar uma impressão diferente". E a idade, segundo ele, contaria toda a história.

Runnels, que possui 30 anos de experiência com pesquisas da Idade da Pedra, afirmou que uma análise conduzida por ele e três geólogos "não deixou muita dúvida sobre a idade do sítio, e as ferramentas devem ser ainda mais antigas".

Os penhascos e cavernas acima da costa, segundo os pesquisadores, foram elevados por forças tectônicas onde a placa africana, que fica por baixo, empurrou a placa europeia. As camadas elevadas expostas representam a sequência de períodos geológicos que foram bem estudados e datados, em alguns casos correlacionados a datas estabelecidas de períodos glaciais e interglaciais da era de gelo mais recente. Além disso, a equipe analisou a camada onde estavam as ferramentas, e determinou que o solo dali estava na superfície entre 130 e 190 mil anos atrás [sic].

Runnels disse considerar essa uma idade mínima para as ferramentas em si. Elas incluem não só machadinhas de quartzo, mas também cutelos e pás, todos no estilo Acheulense. As ferramentas podem ter sido feitas milênios antes de chegarem ali e ficar como estavam, congeladas no tempo nos penhascos de Creta, afirmam os arqueólogos.

Runnels sugeriu que as ferramentas poderiam ter pelo menos o dobro da idade das camadas geológicas. Strasser sustenta que elas podem chegar a 700 mil anos [sic]. Mais explorações estão planejadas para o próximo verão.

A data de 130 mil anos colocaria a descoberta numa época em que o Homo sapiens já havia evoluído [sic] na África, em algum momento depois de 200 mil anos atrás [sic]. Sua presença na Europa não se tornou evidente até cerca de 50 mil anos atrás [sic].

Arqueólogos só podem especular sobre quem eram os fabricantes dessas ferramentas. Há 130 mil anos [sic], os humanos modernos dividiam o mundo com outros hominídeos, como o Neanderthal [que também parece bem moderno...] e o Homo heidelbergensis. Acredita-se que a cultura Acheulense tenha começado com o Homo erectus.

A hipótese padrão era que os fabricantes de ferramentas Acheulenses chegaram à Europa e à Ásia através do Oriente Médio, atravessando o que hoje é a Turquia e os Bálcãs. As novas descobertas sugerem que sua dispersão não foi confinada a rotas terrestres. Elas podem dar credibilidade a ideias de migrações da África, pelo Estreito de Gibraltar, para a Espanha. A costa sul de Creta, onde foram encontradas as ferramentas, fica 200 milhas ao norte da África.

"Não podemos afirmar que os fabricantes de ferramentas atravessaram as 200 milhas partindo da Líbia", afirmou Strasser. "Se você está numa jangada, essa é uma longa viagem mas eles podem ter vindo do continente europeu por travessias menores, através das ilhas gregas."

Contudo, arqueólogos e especialistas em história náutica antiga dizem que a descoberta parece mostrar que esses marinheiros surpreendentemente antigos possuíam embarcações mais robustas e confiáveis do que simples jangadas. Eles também deviam ter a habilidade cognitiva para planejar e realizar repetidas travessias marítimas por longas distâncias, buscando estabelecer populações auto-sustentáveis que produziam uma abundância de artefatos de pedra.

(Folha Online)

Nota: Das duas, uma (ou as duas): (1) as datações muito antigas estão furadas, ou (2) será preciso admitir que nossos ancestrais não eram assim tão primitivos como a ciência os têm pintado ao longo dos anos. Vamos ver quando os livros didáticos vão trazer essas novas descobertas e discutir as implicações relacionadas a elas.[MB]

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Veja: "O dogma derrete antes das geleiras"

Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento global e suas consequências se tornou onipresente entre governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos queiram salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo chegou ao patamar da irracionalidade. Entre cientistas e ambientalistas, estabeleceu-se uma espécie de fervor fanático e doutrinário pelas conclusões pessimistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU. Segundo elas, ou se tomam providências radicais para cortar as emissões de gases do efeito estufa decorrentes da atividade humana, ou o mundo chegará ao fim do século XXI à beira de uma catástrofe. Nos últimos três meses, numa reviravolta espetacular, a doutrina do aquecimento global vem se desmanchando na esteira de uma série de escândalos. Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão sustentação aos relatórios emitidos pelo IPCC não passam de especulação sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem esses estudos manipularam dados para amparar suas conclusões.

O primeiro abalo na doutrina do aquecimento global se deu no fim do ano passado, quando um grupo de hackers capturou e divulgou mais de 1.000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia. As mensagens revelam que cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta nunca esteve tão quente nos últimos 1.000 anos. As trocas de e-mails também mostraram que os climatologistas defensores da tese do aquecimento global boicotam os colegas que divergem de suas opiniões, recusando-se a repassar dados das pesquisas que realizam. Os e-mails deixam claro, ainda, que o grupo dos catastrofistas age para tentar impedir que os céticos (como são chamados os cientistas que divergem das teses do IPCC) publiquem seus trabalhos nas revistas científicas mais prestigiadas.

O climatologista inglês Phil Jones, diretor do Centro de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, sumo sacerdote do dogma da mudança climática e responsável pelos e-mails mais comprometedores, protagonizou o episódio mais dramático de reconhecimento de que muito do que divulga o IPCC não passa de má ciência. Em entrevista concedida depois de se tornar público que ele próprio tinha manipulado dados, Jones admitiu que, em dois períodos (1860-1880 e 1910-1940), o mundo viveu um aquecimento global semelhante ao que ocorre agora, sem que se possa culpar a atividade humana por isso. O climatologista reconheceu também que desde 1995 o mundo não experimenta aquecimento algum.

A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início do ano, quando se descobriu um erro grosseiro numa das pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O derretimento teria consequências devastadoras para bilhões de pessoas na Ásia que dependem da água produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento científico e foi elaborada com base em uma especulação. O mais espantoso é que essa bobagem foi tratada como verdade incontestável por três anos, desde a publicação do documento.

Não demorou para que a fraude fosse creditada a interesses pessoais do presidente do IPCC, o climatologista indiano Rajendra Pachauri, cuja renúncia vem sendo pedida com veemência por muitos cientistas. Pachauri é diretor do instituto de pesquisas Teri, de Nova Délhi, agraciado pela Fundação Carnegie, dos Estados Unidos, com um fundo de meio milhão de dólares destinado a realizar pesquisas... nas geleiras do Himalaia. A mentira sobre o Himalaia já havia sido denunciada por um estudo encomendado pelo Ministério do Ambiente da Índia, mas o documento foi desqualificado por Pachauri como sendo “ciência de vodu”. Os relatórios do IPCC são elaborados por 3.000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas.

(Veja)

Nota: Interessante agora a revista Veja chamar a tese do aquecimento global de “doutrina”, justo ela que nos últimos anos publicou capas bastante alarmistas sobre o assunto. Bem, essa reportagem (que, para ser justo, deveria ser capa) só vem corroborar o que este e outros blogs (como o Minuto Profético) vêm denunciando há alguns anos: a bandeira do aquecimento antropogenicamente provocado está nas mãos dos espiritualistas e de políticos e religiosos que estão se aproveitando desse medo artificialmente criado (engenharia social) para promover o ECOmenismo.[MB]

Em tempo: Essa confusão toda também mostra como uma ideia tida como científica e aparentemente embasada em “fatos”, divulgada pela mídia e crida por muitos cientistas pode se transformar também um dogma. O bom entendedor sabe do que estou falando...

domingo, fevereiro 21, 2010

Derretimento de calotas pode não ser pelo aquecimento

A quebra e o derretimento de calotas polares podem não ser consequência do aquecimento global. De acordo com Peter Bromirski, do Scripps Institution of Oceanography, em São Diego, a razão pode ser um fenômeno pouco estudado: as ondas infragravitacionais [ou seja, causa não humana]. Essas ondas são o resultado de ondas gravitacionais, as ondas normais que atingem praias. As ondas gravitacionais geram as infragravitacionais, que são, na verdade, vibrações. As vibrações seriam capazes de causar fissuras nas calotas polares, deixando entrar água e levando ao rompimento em blocos de gelo menores que se desprendem e derretem mais facilmente.

(Opinião e Notícia)

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Temperamentos diferentes

Você já ouviu dizer que a incompatibilidade de gênios poderia ser uma razão lícita para a separação de um casal? Será que um casamento entre pessoas de temperamentos diferentes não poderia ter sido um erro, sendo necessária uma reparação, como a separação, por exemplo?

Claro que não, pelo menos para as pessoas que resolveram aceitar a Bíblia como a autoridade e o critério máximo para a própria conduta. É na Palavra de Deus que encontramos a verdade de que "todas as coisas [inclusive uniões entre pessoas de temperamentos diferentes] contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28). Veja que o texto é totalmente inclusivo: o "todas as coisas" do apóstolo não deixa nada de fora! Isso quer dizer que mesmo o fato de um casal possuir temperamentos diferentes deveria ser encarado pelos cristãos como uma contribuição para o seu bem, para o crescimento, e não como desvantagem. [Leia mais]

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Reflexões sobre Mateus 18:3


“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.”

O que é que as crianças têm de tão especial que os adultos também precisam ter para que também possam entrar no reino celestial? Embora tenha ouvido diversos sermões a esse respeito, essa pergunta sempre permeou minha mente. Em todas as oportunidades que tinha, sempre observava com atenção o comportamento das crianças com as quais tive o privilégio de ter contato, na busca de encontrar algo em sua personalidade além daquilo que é dito tradicionalmente (pureza, inocência, simplicidade, etc.).

Em certa ocasião, ao adquirir um exemplar da revista Mente e Cérebro (Edição Especial n° 20) – O Mundo da Infância, minha atenção foi despertada por um artigo do professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Dr. Yves de La Taille, autor do livro vencedor do prêmio Jabuti de 2007, Moral e Ética: Dimensões intelectuais e afetivas (Artmed, 2006). Em seu artigo, com o título “Despertar do senso moral”, o Dr. Taille afirma que:

“A submissão das crianças aos mandamentos de figuras de autoridade não se explica por cálculos de interesse (evitar punições e usufruir recompensas), embora tais cálculos possam influenciar vez ou outra, e sim porque as referidas figuras despertam nelas uma fusão de medo e amor. O medo decorre do fato de os adultos serem vistos como grandes, fortes e poderosos: trata-se de um sentimentos que quase inevitavelmente o menor e mais fraco experimenta diante do maior e mais forte. [...] Segundo Piaget, é a fusão entre esses dois sentimentos que faz com que a criança pequena se submeta aos ditames dos adultos, não por medo do castigo, mas porque quer cumprir as ordens dessas pessoas que ela considera fortes e boas. Logo, submetem-se não por não ter alternativa, e sim por achar bom fazê-lo.”

Infelizmente, é cada vez maior o número de pessoas que se dizem convertidas ao cristianismo buscando algum tipo de prosperidade material (visando à recompensa) ou mesmo com receio de um sofrimento eterno como consequência do estilo de vida que tiveram durante sua existência (visando a evitar uma punição). Contudo, quando se compara esses motivos que levam muitas pessoas a obedecer a Deus (a figura de autoridade) com os motivos que levam as crianças a obedecer às figuras de autoridade, como aqueles citados pelo Dr. Taille, percebe-se que não se está se tornando como as crianças!

O Senhor Deus, Criador de toda a vida, conhece perfeitamente o funcionamento de nosso corpo e de nossos sentidos. Sendo conhecedor de todas as nossas potencialidades e limitações, Ele nos forneceu várias instruções, as quais visam ao nosso bem estar físico, psíquico e espiritual. Dessa forma, devemos obedecer às Suas instruções não por medo de punições ou visando recompensas, mas porque, assim como as crianças vêm nas figuras de autoridade pessoas fortes e boas, devemos ver em Deus um Ser grande, forte e poderoso, o qual deve despertar em nós reverência e amor.

(Tarcísio Vieira, biólogo e mestre em Química pela UNB)

Jornalista destaca caráter espiritualista de Avatar

Deu no site da Uniban: "Cameron filma sua história num mundo alienígena, planeta que tem o sugestivo nome de Pandora. Na mitologia grega Pandora tem muitos mistérios e coisas boas e más a serem reveladas. Ocorre o mesmo com aquele mundo que estamos prestes a conhecer durante a exibição. E nós o conhecemos a partir da narrativa de Jake Sully, um ex-fuzileiro naval confinado numa cadeira de rodas. Jack chega ao planeta junto com um treinado grupo de homens que tem a missão de explorar um minério raro denominado de unobtanium, que pode ser a chave para solucionar a crise energética da Terra. (...)

"Temas ecológicos (nova menina dos olhos da imprensa) estão presentes. Não faltou também a pitada religiosa, com ênfase no espiritismo (comunicação com os mortos) e na tradição religiosa dos indígenas americanos, que creem num rito de passagem com a morte do indivíduo. A justificativa? Na entrevista coletiva, Cameron brincou que quis criar um tipo de aventura com a qual todos estivessem familiarizados, num mundo nada familiar, com a clássica trama do forasteiro que encontra uma cultura e um lugar diferentes num planeta alienígena. (...)"

(Manuel Marques)

Japão registra forte aumento da pornografia infantil

A pornografia infantil registrou uma forte aumento de quase 40% no Japão, onde a posse de vídeos e fotos a título individual não é condenada pela lei. No ano passado, as autoridades identificaram 935 casos, um aumento de 38,3% na comparação com 2008. O número de vítimas também subiu, 21,6%, com 411 menores de 18 anos envolvidos. No total, 650 pessoas foram levadas à justiça, incluindo os parentes de 16 vítimas.

O problema está em expansão graças a internet, que estava envolvida em 507 casos dos 935 casos registrados pela polícia, quase o dobro que em 2008.

A lei atual, que data de 1999, proíbe a produção e a venda de fotos, vídeos e outros materiais pornográficos com menores, assim como a posse uso comercial ou distribuição. No entanto, a posse a título individual desse tipo de produtos é autorizada.

Vários países desenvolvidos acusam o Japão de falta de firmeza diante do problema.

O novo governo japonês centro-esquerda anunciou que pretende apresentar a proposta de novas medidas para combater a pornografia infantil.

(UOL)

Nota: Uma das nações mais ricas e civilizadas do mundo...[MB]

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Tese doutoral menciona inundações catastróficas

Resumo: O carvão no sul do Brasil tem um alto teor de cinzas, podendo ser melhor denominado siltito carbonoso. Surpreendentemente, a estratificação cruzada hummocky (HCS) foi encontrada em diversas camadas de carvão da Formação Rio Bonito. Apesar da ocorrência de HCS em ambientes marinho-rasos indicar uma gênese atribuída à ação de tempestades, outras causas, como inundações catastróficas, têm sido sugeridas recentemente. No caso dos depósitos brasileiros de carvão, a presença de sedimentação deltaica foi reconhecida por diversos autores. A frequência e íntima relação de fácies encontrada nas ocorrências de carvão na Bacia do Paraná, envolvendo rochas geradas por fluxos gravitacionais subaquosos e, por outro lado, o característico carvão encontrado, requerem a proposição de um novo modelo deposicional e um re-arranjo estratigráfico nas unidades atualmente definidas. Mudanças atuais na percepção dos eventos geológicos, a partir de novos conceitos filosóficos, conduzem à interpretação da sedimentação como resultado de eventos rápidos e de grande energia refletindo um pensamento neo-catastrofista que substitui o tradicional gradualismo. Essa visão, aplicada aos depósitos brasileiros de carvão, leva à proposição de um modelo deposicional não uniformitarista, que aceita a teoria da formação de depósitos de carvão a partir de matéria vegetal alóctone, transportada por eventos de alta energia, nesse caso, inundações catastróficas. [Grifos meus, para destacar a mudança de paradigma em Geologia; MB.]

(Romana Begossi, "Inundações Catastróficas e sua Relação com os Depósitos de Carvão da Bacia do Paraná". Tese doutoral, UERJ)

Falhas de medição invalidam tese do aquecimento global

Um cientista entre os chamados "céticos do aquecimento global" defende que boa parte dos dados que apontam o aumento da temperatura do planeta devem ser ignorados porque milhares de estações de medição espalhadas pelo mundo estão sendo afetadas por condições que distorcem seus resultados. Mas outros pesquisadores apoiam a análise de Watts, incluindo o professor de ciências atmosféricas John Christy, da Universidade do Alabama, que já esteve entre os principais autores do IPCC - o painel da ONU sobre mudanças climáticas. O meteorologista Anthony Watts afirma em um novo relatório que "os dados sobre a temperatura global estão seriamente comprometidos porque mais de três quartos das seis mil estações de medição que existiam no passado não estão mais em funcionamento". Watts acrescenta que existe uma "grave propensão a remover estações rurais e de altitudes e latitudes mais altas (que tendem a ser mais frias), levando a um exagero ainda maior e mais sério do aquecimento".

O relatório intitulado Surface Temperature Records: Policy Driven Deception? (algo como "Os Registros das Temperaturas da Superfície: Mentira com Motivação Política?", em tradução livre) foi publicado de forma independente, e não em revistas científicas - nas quais os artigos de um autor passam pelo crivo da análise de colegas.

Entre as evidências citadas por Watts para defender sua tese está uma foto que mostra como a estação de medição no aeroporto de Fiumicino, em Roma, está posicionada atrás da pista de decolagem, recebendo os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves.

Outra estação de medição está instalada dentro de um estacionamento de concreto na cidade de Tucson, no Arizona.

Essas são situações que, segundo o cientista, afetam o uso dos solos e a paisagem urbana ao redor da estação, refletindo muito mais as mudanças nas condições locais do que na tendência global da Terra.

Na América do Sul, o pesquisador afirma que as estações que medem a temperatura nas altas altitudes deixaram de ser consideradas, levando os cientistas a avaliar a mudança climática nos Andes por meio de uma leitura dos dados na costa do Peru e do Chile e da Selva Amazônica.

Para o pesquisador, essas falhas tornam "inútil" a leitura dessas medições colhidas em solo. Watts sustenta que o monitoramento via satélite é mais exato e deveria ser o único adotado.

O debate provocado pelo professor é lenha no fogo da discussão que opõe cientistas para quem o aquecimento global, se existe, é um fenômeno natural - e tem precedentes na história da humanidade - e cientistas para quem o efeito é causado pelo homem e acentuado pelas emissões de gases que causam o efeito estufa.

Nos últimos anos, os cientistas que alertam para as causas humanas por trás do aquecimento conseguiram fazer prevalecer sua visão, sobretudo no Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, que recebeu inclusive um prêmio Nobel da Paz.

O órgão da ONU foi obrigado no início deste ano a admitir que se equivocou em um dado que apontaria para a possibilidade de as geleiras do Himalaia derreterem até 2035.

No fim de semana, o cientista por trás desse equívoco, Phil Jones, disse à BBC que seus dados estavam mal organizados, mas que nunca teve intenção de induzir ninguém ao erro.

Jones, que é diretor da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, disse estar "100% confiante" de que o planeta está se aquecendo e de que esse fenômeno é causado pelo homem. O relatório do IPCC estima essa probabilidade em 90%.

O cientista afirmou ainda que as disputas entre os pesquisadores - a "mentalidade de trincheiras", como ele se referiu - só prejudicam a discussão objetiva da questão.

(Inovação Tecnológica)

Nota: Ninguém (em são juízo e minimamente informado) nega que as tragédias climáticas têm aumentado. Elas são um sinal do fim prenuncioado nas profecias bíblicas (o número crescente de terremotos é ainda mais evidente como sinal, já que esses eventos catastróficos independem da ação humana). O que deveria ficar claro é que há pessoas e grupos se utilizando da bandeira do aquecimento global para levar avante planos políticos e religiosos. Para isso, exageram o papel antropogênico (culpa humana) e se valem da engenharia social para manipular medos e aprovar leis que vão tolhendo as liberdades individuais e a soberania das nações. Para saber mais sobre esse assunto, clique no marcador "ECOmenismo", abaixo.[MB]

Assista: "Aquecimento Global e ECOmenismo"