Este artigo demonstra como James Hutton, o geólogo considerado pai do uniformitarianismo e “avô” do evolucionismo, ou o “João Batista” de Darwin, baseou-se em mera presunção para criar seu modelo de gênese das estruturas geológicas. Mesmo assim, ele está para a Geologia moderna como Newton está para a Física (nota do tradutor).
Foi James Hutton, o médico escocês que virou geólogo, que em 1785 sugeriu ser a Terra extremamente velha. Sua famosa afirmação de que não havia “nenhum vestígio de um começo, nenhuma perspectiva de um fim” preparou o caminho para a teoria da evolução de Darwin.[1] A maioria dos geólogos modernos considera sensata a perspectiva de Hutton. Os cientistas evolucionistas geralmente concordam que os continentes se formaram há pelo menos 2,5 bilhões de anos.[2] A idade divulgada para algumas partes da Austrália é de mais de 3 bilhões de anos. Grande parte do resto do continente é datada como tendo entre 0,6 e 3 bilhões de anos de idade.[3] História semelhante é contada para outros continentes: a idade de seus embasamentos cristalinos (rochas metamórficas e ígneas) está na escala de bilhões de anos.
Essas ideias se revelam totalmente inconvincentes se submetidas a uma análise mais atenta. É patente que há muitos processos geológicos que indicam que os continentes não são tão velhos quanto dizem os evolucionistas.[4] Um dos problemas para essa idade tão grande é a erosão. Os continentes não podem ter bilhões de anos, pois eles já deviam ter sido erodido há muito tempo. Não sobraria nada.
Mensurando erosões
A água é a principal culpada pela dissolução dos sais minerais, do solos friáveis e das rochas do terreno, e os transporta para o oceano. Dia após dia, ano após ano, como uma procissão interminável de trens de cargas, os rios de todo o mundo carreiam toneladas de rocha decomposta em todos os continentes e os despejam no oceano. Se compararmos, o material retirado pelos ventos, pelas geleiras e pelas ondas litorâneas é mínimo.
Sempre que chove, a água pode começar a erodir. Ela coleta esse material em regiões chamadas bacias de drenagem, áreas facilmente identificadas em um mapa topográfico. Por amostragem, na foz do rio, podemos medir o volume de água proveniente da bacia e a quantidade de sedimentos que ela carrega. É difícil ser exato, porque alguns sedimentos são arrastados ou empurrados ao longo do fundo do rio. O “material de leito”, como é chamado, não é facilmente observável. Às vezes, variáveis arbitrárias são incluídas nos cálculos por causa disso.
Outro problema é como lidar com eventos catastróficos raros. Embora possam ser responsáveis pelo transporte de grandes quantidades de sedimentos em um tempo muito curto, eles são quase impossíveis de se medir. Tanto o material de leito quanto as catástrofes transportam mais sedimentos do que pode ser mensurado diretamente.
No entanto, sedimentologistas têm pesquisado muitos rios de todo o mundo e calcularam o quão rápido a terra está desaparecendo. As medições mostram que alguns rios estão escavando suas bacias de drenagem numa taxa de um metro de altitude a cada mil anos, enquanto outros escavam apenas um milímetro a cada mil anos. A redução da altitude média para todos os continentes do mundo é de cerca de 60 mm a cada mil anos, o que equivale a cerca de 24 bilhões de toneladas de sedimento por ano.[5] É muita adubação de cobertura!
Continentes que desaparecem
Na escala de um período de vida humana, essas taxas de erosão são baixas. Mas para aqueles que dizem que os continentes têm bilhões de anos de idade, as taxas são excessivas. Um total de 150 quilômetros teria sido corroído dos continentes em 2,5 bilhões de anos. Isso desafia o senso comum. Se a erosão vinha acontecendo há bilhões de anos, os continentes sequer permaneceriam na Terra.
Esse problema tem sido destacado por vários geólogos que calcularam que a América do Norte deveria ter sido nivelada em 10 milhões de anos se a média de erosão fosse a mesma.[6] Esse é um tempo extremamente curto em comparação com os supostos 2,5 bilhões de anos dos continentes. Para piorar a situação, muitos rios corroem o cume das suas bacias hidrográficas muito mais rápido do que a média. Mesmo com menor taxa de 1 mm de redução de altitude a cada mil anos, os continentes com uma altitude média de 623 metros (2 mil pés) deveriam ter desaparecido há muito tempo.
Essas taxas não só minam a ideia de continentes com milhares de anos de idade, mas também dão cabo ao conceito de montanhas muito antigas. Em geral, as regiões montanhosas com as suas encostas íngremes e vales profundos têm erosão mais rápida. Taxas de erosão de 1.000 mm por mil anos são comuns nas regiões alpinas da Papua-Nova Guiné, México e Himalaia.[7] Uma das mais rápidas reduções regionais de altitude registradas é de 19 metros a cada mil anos em um vulcão em Papua-Nova Guiné.[8] O rio Amarelo, na China, pode achatar uma montanha tão elevada como o Everest em 10 milhões anos.[9] As cadeias de montanhas, como a Caledônias, na Europa ocidental, e os Apalaches, no leste da América do Norte, não são facilmente explicadas porque não são tão elevadas como o Everest, mas se supõe que tenham várias centenas de milhões de anos. Se a erosão tem ocorrido há tanto tempo, essas montanhas não deveriam mais existir.[10]
A erosão é também um problema para os terrenos planos que são classificados como muito antigos. Essas superfícies se estendem por grandes áreas e ainda assim mostram pequeno ou nenhum sinal de erosão. Além disso, as superfícies não têm evidência alguma de terem sido cobertas por outras camadas sobre elas. Um exemplo é a Ilha Kangaroo (Austrália meridional), que tem cerca de 140 km de comprimento e 60 km de largura. É afirmado que sua superfície tem pelo menos 160 milhões de anos, com base nos fósseis e na datação radioativa. No entanto, a maior parte de sua área é extremamente plana.[11] O terreno é praticamente o mesmo de quando ela foi soerguida – a erosão quase não tocou na superfície exposta. Como ele pôde ficar tão plano sem ser corroído por 160 milhões de anos de chuva?
Procurando uma saída
Por que, então, os continentes e montanhas ainda subsistem se estão sendo erodidos tão rapidamente? Por que tantos acidentes geográficos considerados velhos não mostram sinais de erosão? A resposta é simples: eles não são tão antigos quanto se alega, mas são “jovens”, como está na Bíblia. Porém, isso não é filosoficamente aceitável para os geólogos evolucionistas, logo, outras explicações são feitas inutilmente.
Por exemplo, sugere-se que as montanhas continuem a existir porque abaixo delas há um constante soerguimento tomando seu lugar.[12] Consequentemente, as montanhas deveriam ter sido totalmente erodidas e soerguidas muitas vezes em 2,5 bilhões de anos. No entanto, apesar de o soerguimento estar ocorrendo em áreas montanhosas, tais processos de soerguimento e erosão não poderiam continuar por muito tempo sem que todas as camadas de sedimentos fossem removidas. Logo, não poderíamos ter a esperança de encontrar qualquer sedimento antigo em áreas montanhosas se por diversas vezes tivessem sido erodidas e soerguidas. Entretanto, admiravelmente, há sedimentos de todas as idades nas regiões montanhosas, desde os mais jovens aos mais velhos (por métodos de “datação evolutiva”) são preservados. A ideia de renovação contínua por soerguimento não resolve o problema.
Outra ideia sugerida para se resolver o problema é que as atuais taxas de erosão que estão sendo medidas são deveras altas.[13] Segundo este argumento, a erosão era muito menor no passado, antes que seres humanos pudessem interferir. Presume-se que as atividades humanas, tais como o desmatamento e a agricultura, são as razões pelas quais estamos medindo as modernas taxas de erosão tão altas. No entanto, as mensurações quantitativas sobre os efeitos da atividade humana descobriram que as taxas de erosão foram aumentadas em apenas 2 a 2,5 vezes.[14] Para que a explicação resolvesse o problema, o acréscimo teria que ser várias centenas de vezes maior. Mais uma vez, a explicação não funciona.
Também foi proposto que o clima no passado teria sido bem mais seco (porque menos água significa menor erosão).[15] Porém, essa ideia vai contra as provas. Na verdade, o clima era mais úmido, como pode se deduzir pela abundância de vegetação nos registros fósseis.
Os continentes são jovens
A história “lenta e gradual”, proposta pelo médico escocês há duzentos anos, não faz sentido. A alegação dos defensores da Terra velha é a de que os continentes têm mais de 2,5 bilhões de anos de idade, mas, usando seus próprios pressupostos, os continentes deveriam ter sido erodidos em apenas 10 milhões de anos. Observe que os 10 milhões de anos não são a idade estimada dos continentes.[16] Pelo contrário, ela destaca a falência das ideias uniformitarianistas. Os geólogos que creem na Bíblia consideram que as montanhas e os continentes que temos hoje foram formados como consequência da inundação dos dias de Noé. Quando os continentes foram elevados no fim do dilúvio, a incrível energia das enchentes recuando esculpiu na paisagem. Não aconteceu muita coisa, geologicamente falando, nos 4.500 anos seguintes.
(Tas Walker; tradução de Rafael Resende Stival)
1. Hutton, J., “Theory of the Earth with Proof and Illustrations, discussed by Press, F. and Siever, R.”, In: Earth 4th ed., W.H. Freeman and Company, NY, USA, p. 33, 37, 40, 1986.
2. Roth, Ariel, Origins: Linking Science and Scripture, Review and Herald Publishing, Hagerstown, 1998. É citada uma série de referências sobre o crescimento e preservação da crosta continental. (Adquira este livro em português aqui.)
3. Parkinson, G., (ed.), Atlas of Australian Resources: Geology and Minerals. Auslig, Canberra, Australia, 1988.
4. Morris, J., The Young Earth, Creation-Life Publishers, Colorado Springs, USA, 1994. Explica uma série de processos geológicos que evidenciam a visão de que a Terra é jovem.
5. Ref. 2, p. 264, agrupa várias taxas de erosão a partir de certo número de fontes.
6. For example, Ref. 2, p. 271, quotes Dott & Batten, Evolution of the Earth, McGraw-Hill, NY, USA, p. 155, 1988, e vários outros.
7. Ref. 2, p. 266.
8. Ollier, C.D. and Brown, M.J.F., “Erosion of a young volcano in New Guinea”, Zeitschrift für Geomorphologie 15:12–28, 1971, cited by Roth, Ref. 2, p. 272.
9. Sparks, B.W., “Geographies for advanced study”, In: Geomorphology 3rd ed., Beaver, S.H. (ed.), Longman Group, London and New York, p. 510, 1986, cited by Roth, Ref. 2, p. 272.
10. Ref. 2, p. 264.
11. Ref. 2, p. 266.
12. For example, Blatt, H., Middleton G. and Murray, R., Origin of Sedimentary Rocks, 2nd ed., Englewood Cliffs, Prentice Hall, p. 18, 1980, cited by Roth, Ref. 2, p. 266.
13. Ref. 2, p. 266.
14. Judson, S., “Erosion of the land – or what’s happening to our continents?” American Scientist 56:356–374, 1968.
15. Ref. 2, p. 266.
16. É o limite máximo de idade; a idade real não poderia ser menor, por exemplo, que a idade bíblica de cerca de 6.000 anos.
17. Adaptado de Roth, ref. 2, p. 264.
Foi James Hutton, o médico escocês que virou geólogo, que em 1785 sugeriu ser a Terra extremamente velha. Sua famosa afirmação de que não havia “nenhum vestígio de um começo, nenhuma perspectiva de um fim” preparou o caminho para a teoria da evolução de Darwin.[1] A maioria dos geólogos modernos considera sensata a perspectiva de Hutton. Os cientistas evolucionistas geralmente concordam que os continentes se formaram há pelo menos 2,5 bilhões de anos.[2] A idade divulgada para algumas partes da Austrália é de mais de 3 bilhões de anos. Grande parte do resto do continente é datada como tendo entre 0,6 e 3 bilhões de anos de idade.[3] História semelhante é contada para outros continentes: a idade de seus embasamentos cristalinos (rochas metamórficas e ígneas) está na escala de bilhões de anos.
Essas ideias se revelam totalmente inconvincentes se submetidas a uma análise mais atenta. É patente que há muitos processos geológicos que indicam que os continentes não são tão velhos quanto dizem os evolucionistas.[4] Um dos problemas para essa idade tão grande é a erosão. Os continentes não podem ter bilhões de anos, pois eles já deviam ter sido erodido há muito tempo. Não sobraria nada.
Mensurando erosões
A água é a principal culpada pela dissolução dos sais minerais, do solos friáveis e das rochas do terreno, e os transporta para o oceano. Dia após dia, ano após ano, como uma procissão interminável de trens de cargas, os rios de todo o mundo carreiam toneladas de rocha decomposta em todos os continentes e os despejam no oceano. Se compararmos, o material retirado pelos ventos, pelas geleiras e pelas ondas litorâneas é mínimo.
Sempre que chove, a água pode começar a erodir. Ela coleta esse material em regiões chamadas bacias de drenagem, áreas facilmente identificadas em um mapa topográfico. Por amostragem, na foz do rio, podemos medir o volume de água proveniente da bacia e a quantidade de sedimentos que ela carrega. É difícil ser exato, porque alguns sedimentos são arrastados ou empurrados ao longo do fundo do rio. O “material de leito”, como é chamado, não é facilmente observável. Às vezes, variáveis arbitrárias são incluídas nos cálculos por causa disso.
Outro problema é como lidar com eventos catastróficos raros. Embora possam ser responsáveis pelo transporte de grandes quantidades de sedimentos em um tempo muito curto, eles são quase impossíveis de se medir. Tanto o material de leito quanto as catástrofes transportam mais sedimentos do que pode ser mensurado diretamente.
No entanto, sedimentologistas têm pesquisado muitos rios de todo o mundo e calcularam o quão rápido a terra está desaparecendo. As medições mostram que alguns rios estão escavando suas bacias de drenagem numa taxa de um metro de altitude a cada mil anos, enquanto outros escavam apenas um milímetro a cada mil anos. A redução da altitude média para todos os continentes do mundo é de cerca de 60 mm a cada mil anos, o que equivale a cerca de 24 bilhões de toneladas de sedimento por ano.[5] É muita adubação de cobertura!
Continentes que desaparecem
Na escala de um período de vida humana, essas taxas de erosão são baixas. Mas para aqueles que dizem que os continentes têm bilhões de anos de idade, as taxas são excessivas. Um total de 150 quilômetros teria sido corroído dos continentes em 2,5 bilhões de anos. Isso desafia o senso comum. Se a erosão vinha acontecendo há bilhões de anos, os continentes sequer permaneceriam na Terra.
Esse problema tem sido destacado por vários geólogos que calcularam que a América do Norte deveria ter sido nivelada em 10 milhões de anos se a média de erosão fosse a mesma.[6] Esse é um tempo extremamente curto em comparação com os supostos 2,5 bilhões de anos dos continentes. Para piorar a situação, muitos rios corroem o cume das suas bacias hidrográficas muito mais rápido do que a média. Mesmo com menor taxa de 1 mm de redução de altitude a cada mil anos, os continentes com uma altitude média de 623 metros (2 mil pés) deveriam ter desaparecido há muito tempo.
Essas taxas não só minam a ideia de continentes com milhares de anos de idade, mas também dão cabo ao conceito de montanhas muito antigas. Em geral, as regiões montanhosas com as suas encostas íngremes e vales profundos têm erosão mais rápida. Taxas de erosão de 1.000 mm por mil anos são comuns nas regiões alpinas da Papua-Nova Guiné, México e Himalaia.[7] Uma das mais rápidas reduções regionais de altitude registradas é de 19 metros a cada mil anos em um vulcão em Papua-Nova Guiné.[8] O rio Amarelo, na China, pode achatar uma montanha tão elevada como o Everest em 10 milhões anos.[9] As cadeias de montanhas, como a Caledônias, na Europa ocidental, e os Apalaches, no leste da América do Norte, não são facilmente explicadas porque não são tão elevadas como o Everest, mas se supõe que tenham várias centenas de milhões de anos. Se a erosão tem ocorrido há tanto tempo, essas montanhas não deveriam mais existir.[10]
A erosão é também um problema para os terrenos planos que são classificados como muito antigos. Essas superfícies se estendem por grandes áreas e ainda assim mostram pequeno ou nenhum sinal de erosão. Além disso, as superfícies não têm evidência alguma de terem sido cobertas por outras camadas sobre elas. Um exemplo é a Ilha Kangaroo (Austrália meridional), que tem cerca de 140 km de comprimento e 60 km de largura. É afirmado que sua superfície tem pelo menos 160 milhões de anos, com base nos fósseis e na datação radioativa. No entanto, a maior parte de sua área é extremamente plana.[11] O terreno é praticamente o mesmo de quando ela foi soerguida – a erosão quase não tocou na superfície exposta. Como ele pôde ficar tão plano sem ser corroído por 160 milhões de anos de chuva?
Procurando uma saída
Por que, então, os continentes e montanhas ainda subsistem se estão sendo erodidos tão rapidamente? Por que tantos acidentes geográficos considerados velhos não mostram sinais de erosão? A resposta é simples: eles não são tão antigos quanto se alega, mas são “jovens”, como está na Bíblia. Porém, isso não é filosoficamente aceitável para os geólogos evolucionistas, logo, outras explicações são feitas inutilmente.
Por exemplo, sugere-se que as montanhas continuem a existir porque abaixo delas há um constante soerguimento tomando seu lugar.[12] Consequentemente, as montanhas deveriam ter sido totalmente erodidas e soerguidas muitas vezes em 2,5 bilhões de anos. No entanto, apesar de o soerguimento estar ocorrendo em áreas montanhosas, tais processos de soerguimento e erosão não poderiam continuar por muito tempo sem que todas as camadas de sedimentos fossem removidas. Logo, não poderíamos ter a esperança de encontrar qualquer sedimento antigo em áreas montanhosas se por diversas vezes tivessem sido erodidas e soerguidas. Entretanto, admiravelmente, há sedimentos de todas as idades nas regiões montanhosas, desde os mais jovens aos mais velhos (por métodos de “datação evolutiva”) são preservados. A ideia de renovação contínua por soerguimento não resolve o problema.
Outra ideia sugerida para se resolver o problema é que as atuais taxas de erosão que estão sendo medidas são deveras altas.[13] Segundo este argumento, a erosão era muito menor no passado, antes que seres humanos pudessem interferir. Presume-se que as atividades humanas, tais como o desmatamento e a agricultura, são as razões pelas quais estamos medindo as modernas taxas de erosão tão altas. No entanto, as mensurações quantitativas sobre os efeitos da atividade humana descobriram que as taxas de erosão foram aumentadas em apenas 2 a 2,5 vezes.[14] Para que a explicação resolvesse o problema, o acréscimo teria que ser várias centenas de vezes maior. Mais uma vez, a explicação não funciona.
Também foi proposto que o clima no passado teria sido bem mais seco (porque menos água significa menor erosão).[15] Porém, essa ideia vai contra as provas. Na verdade, o clima era mais úmido, como pode se deduzir pela abundância de vegetação nos registros fósseis.
Os continentes são jovens
A história “lenta e gradual”, proposta pelo médico escocês há duzentos anos, não faz sentido. A alegação dos defensores da Terra velha é a de que os continentes têm mais de 2,5 bilhões de anos de idade, mas, usando seus próprios pressupostos, os continentes deveriam ter sido erodidos em apenas 10 milhões de anos. Observe que os 10 milhões de anos não são a idade estimada dos continentes.[16] Pelo contrário, ela destaca a falência das ideias uniformitarianistas. Os geólogos que creem na Bíblia consideram que as montanhas e os continentes que temos hoje foram formados como consequência da inundação dos dias de Noé. Quando os continentes foram elevados no fim do dilúvio, a incrível energia das enchentes recuando esculpiu na paisagem. Não aconteceu muita coisa, geologicamente falando, nos 4.500 anos seguintes.
(Tas Walker; tradução de Rafael Resende Stival)
1. Hutton, J., “Theory of the Earth with Proof and Illustrations, discussed by Press, F. and Siever, R.”, In: Earth 4th ed., W.H. Freeman and Company, NY, USA, p. 33, 37, 40, 1986.
2. Roth, Ariel, Origins: Linking Science and Scripture, Review and Herald Publishing, Hagerstown, 1998. É citada uma série de referências sobre o crescimento e preservação da crosta continental. (Adquira este livro em português aqui.)
3. Parkinson, G., (ed.), Atlas of Australian Resources: Geology and Minerals. Auslig, Canberra, Australia, 1988.
4. Morris, J., The Young Earth, Creation-Life Publishers, Colorado Springs, USA, 1994. Explica uma série de processos geológicos que evidenciam a visão de que a Terra é jovem.
5. Ref. 2, p. 264, agrupa várias taxas de erosão a partir de certo número de fontes.
6. For example, Ref. 2, p. 271, quotes Dott & Batten, Evolution of the Earth, McGraw-Hill, NY, USA, p. 155, 1988, e vários outros.
7. Ref. 2, p. 266.
8. Ollier, C.D. and Brown, M.J.F., “Erosion of a young volcano in New Guinea”, Zeitschrift für Geomorphologie 15:12–28, 1971, cited by Roth, Ref. 2, p. 272.
9. Sparks, B.W., “Geographies for advanced study”, In: Geomorphology 3rd ed., Beaver, S.H. (ed.), Longman Group, London and New York, p. 510, 1986, cited by Roth, Ref. 2, p. 272.
10. Ref. 2, p. 264.
11. Ref. 2, p. 266.
12. For example, Blatt, H., Middleton G. and Murray, R., Origin of Sedimentary Rocks, 2nd ed., Englewood Cliffs, Prentice Hall, p. 18, 1980, cited by Roth, Ref. 2, p. 266.
13. Ref. 2, p. 266.
14. Judson, S., “Erosion of the land – or what’s happening to our continents?” American Scientist 56:356–374, 1968.
15. Ref. 2, p. 266.
16. É o limite máximo de idade; a idade real não poderia ser menor, por exemplo, que a idade bíblica de cerca de 6.000 anos.
17. Adaptado de Roth, ref. 2, p. 264.