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Quanto mais as
pesquisas avançam, mais se percebe que não apenas a intrincada “teia hormonal”,
mas toda a vida se trata de uma orquestra bem afinada
Em
duas reportagens (“Hormônios – Eles comandam tudo, do humor ao emagrecimento” e
“O segredo da paz e do amor”), a revista Veja (dos dias 22 de agosto de 2012 e 16 de novembro de 2011)
tratou da tremenda complexidade do sistema hormonal sem o qual a vida seria
impossível. Diz a matéria da edição de 22 de agosto: “Imagine o sistema
hormonal como uma orquestra. O hipotálamo, no miolo do cérebro, é o diretor
artístico, e a hipófise, na base do crânio, o maestro. Nesse conjunto, os
hormônios sintetizados por outros órgãos e glândulas equivalem às orquestras de
câmara. Como em um concerto, em que todos os músicos tocam juntos, os hormônios
interagem entre si – e o bom funcionamento de um depende da ação precisa de
outro.”
Mais
adiante, o texto retoma a ilustração: “Imagine os 200 hormônios organizados
como uma orquestra. Os sistemas paralelos equivaleriam às orquestras de câmara,
que, apesar de parecer funcionar de forma independente, têm de seguir o ritmo
do conjunto. Nessa composição, o cargo de diretor artístico caberia ao
hipotálamo, uma glândula minúscula localizada no miolo do cérebro. A regência
dessa orquestra bioquímica, no entanto, seria da hipófise, glândula do tamanho
de um grão de feijão encontrada na base do crânio.”
As
duas matérias descrevem as funções vitais de alguns dos 200 tipos de hormônios,
os quais, juntos, não passam de dez gotas circulando na corrente sanguínea de um
adulto, mas que, mesmo em quantidades tão pequenas, desempenham papéis
extremamente importantes no corpo. Exemplo: o ACTH. Diz o texto: “[Esse]
composto é o precursor do cortisol, o hormônio do stress. Entre as suas
funções, uma das mais importantes é manter a pressão arterial. Sem ele, o
sangue deixa de circular adequadamente e, em consequência, os órgãos entram em
falência. Não há vida sem cortisol.”