quinta-feira, março 31, 2011

Terremoto pode ter modificado forma dos oceanos

O terremoto de 9 graus na escala Richter que atingiu o Japão em 11 de março pode ter modificado a forma dos oceanos devido a sua forte intensidade. A informação é dos especialistas em observação da Terra reunidos na Universidade Politécnica de Munique (sul da Alemanha) para apresentar os primeiros resultados do satélite europeu Gozo (acrônimo em inglês de Explorador da Circulação Oceânica e da Gravidade). Roland Pail, especialista da Universidade Politécnica de Munique, deu por certo que o terremoto do Japão influiu na forma do geoide, já que foi “um movimento em massa”. Pail explicou que por sorte o satélite passou pela zona do terremoto um dia depois da catástrofe e por isso os dados e as imagens registrados mostrarão com segurança uma modificação a respeito da informação anterior. O geoide, que é a forma como teria um oceano imaginário que cobrisse todo o planeta sem levar em conta correntes ou marés, é uma superfície de referência fundamental para medir com precisão a circulação oceânica, as mudanças do nível do mar e a dinâmica do gelo. [...]

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertos.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 11,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

(Terra)

Nota: Se apenas um terremoto foi capaz de alterar a forma dos oceanos e mesmo deslocar o eixo de rotação da Terra, do seria capaz um evento cataclísmico global, com intensa atividade vulcânica e megatsunamis varrendo a superfície da Terra? Basta estudar nosso planeta para constatar que o dilúvio foi realmente terrível e capaz de promover em questão de horas alterações que supostamente teriam levado bilhões de anos para se processar.[MB]

Lua de Saturno sugere que sistema solar seja “jovem”

Enceladus, uma pequena lua que orbita no anel E do planeta Saturno, ofereceu um número surpreendente de descobertas astronômicas em anos recentes. Uma nova reportagem mostra-a mais uma vez a desafiar as expectativas de quem acredita que o Universo tem “bilhões de anos”. Pesquisadores do Jet Propulsion Laboratory da NASA descobriram que essa lua produz muito mais calor do que seria esperado se o Universo tivesse “bilhões de anos”. A nave especial Cassini recolheu dados térmicos da lua. Esta mesma nave tinha já executado estudos semelhantes em Saturno e descoberto que o planeta é demasiado quente para estar de acordo com o modelo dos “bilhões de anos”.

Segundo esse modelo, Enceladus, tal como todas as luas e plantas do sistema solar, nasceu como resultado de uma bola de gás quente há bilhões anos. Segundo a lenda, passados alguns milhões de anos, os planetas e as luas deveriam ter perdido seu calor original para o universo circundante. Por essa razão, os astrônomos evolucionistas têm apontado para o ainda recorrente processo da fricção periódica como forma de gerar o calor que ainda é observado.

A lua se movimenta devido à atração gravitacional à medida que se aproxima e depois recua das proximidades de um corpo próximo, gerando desde logo fricção na sua crosta rochosa. De acordo com o JPL, um estudo de 2007 estimou a emissão de calor da lua Enceladus, tendo como base a fricção periódica dos “bilhões de anos”.

A estimativa previa que Enceladus não deveria ter mais que 1.1 gigawatts de emissão de calor como resultado das forças periódicas, mais uma pequena quantidade adicional resultante da radioatividade natural no interior da lua. Mas, e como é normal nas “previsões” baseadas no modelo dos “bilhões de anos”, a estimativa peca por escassa.

O título de um anúncio do JPL declara que “o terreno polar do sul da lua de Saturno Enceladus emite muito mais energia do que aquela que os cientistas haviam previsto”.

A reportagem, publicada no Journal of Geophysical Research, observou que “a energia do terreno da zona polar do sul de Enceladus é 15.8 ± 3.1 gigawatts” – ou seja, dez vezes mais do que esperado pelos astrônomos evolucionistas!

Em 2009, a ICR News reportou a gigantesca pena de partículas de gelo que está sendo ativamente expelida a partir de uma fissura da lua. Se Enceladus tem “bilhões de anos” de existência, por que a energia que sustenta essa emissão não acabou milhões de anos atrás? De acordo com a perspectiva dos mitológicos “bilhões de anos”, não há uma resposta cientificamente satisfatória.

No entanto, se Enceladus tem apenas alguns milhares de anos de existência, tal como nos diz o Testemunho Escrito Daquele que fez Saturno, suas luas e tudo o que há no Universo, então a presença dessa quantidade de calor e energia não é mistério.

Enceladus continua a emitir um brilho juvenil.

(Darwinismo)

Nota: Discordo apenas de um detalhe no artigo acima. Diferentemente do autor, acredito que nosso sistema solar seja “jovem” e tenha os alegados milhares de anos a ele atribuídos por alguns criacionistas. Quanto ao Universo, penso que ele possa ter os bilhões de anos calculados para sua existência.[MB]

E-mails que nos alegram (28)

“Boa noite, Michelson! Escrevo para te dizer muito obrigada! Deus tem usado muito a sua vida para ajudar muitas pessoas, pelo seu site, pelos seus comentários acerca de algum assunto, pelos seus livros... e foi justamente A História da Vida que me motivou a escrever este e-mail. Em dezembro, estava de férias e passei uma semana relendo seu livro, apreciando cada capítulo. E, de maneira especial, Deus falou comigo. Sabe quando estamos vivendo ora crendo ora deixando de confiar... um pouco frios? Foi como um ‘balde de água quente’ reler cada parte do livro! Vi que o Senhor capacita o Seu povo de modo especial a fim de estudar sobre temas tão importantes para a vida cristã, como, por exemplo, o criacionismo. Cada detalhe mostra que existe um Criador maravilhoso, e os Seus queridos que se empenham em buscar compreender o milagre da criação são agraciados por Ele com tamanha sabedoria. Percebi que, embora no nosso meio cristão existam muitas pessoas inteligentes e estudiosas, poucos dedicam pelo menos uma parte da vida enveredando por esse campo missionário tão amplo e capaz de conquistar muitos para Jesus. E foi justamente nesse ponto que o Espírito de Deus me ‘incomodou’. Sabe o que eu percebi? Que para Deus eu estava sendo um potencial desperdiçado, pelo menos enquanto vivesse da maneira como estava vivendo até ali. Sempre fui uma excelente aluna e me formei em fisioterapia há três anos. Há seis anos sou batizada na Igreja Adventista. Porém, percebi que deixei de dedicar o meu melhor para Deus, estando tão absorta em ‘programações’ ou ‘eventos’ que pouco acrescentam, tanto à minha vida cristã como à de outros na igreja. Mas, desde que eu assisti ao DVD “Criacionismo”, da Novo Tempo, algo mudou! Depois li seu livro pela primeira vez e fez diferença. Mas somente após esta segunda leitura é que o meu comportamento realmente mudou. Fiz um pacto com Deus, e pela graça dEle, estou conseguindo cumprir. Estou dedicando tempo para estudar mais algumas áreas que apontam para o Criador, para que eu também possa auxiliar aqueles que têm dificuldades em compreender ou aceitar esses assuntos. E também estou empenhada na leitura dos livros da CPB que contribuem muito para o enriquecimento intelectual e espiritual. Em breve, iniciarei uma especialização em fisiologia humana, e espero poder contribuir um pouquinho mais para alcançar aqueles que esperam as pedras clamarem! Como dia 30 é o meu aniversário, dei-me de presente a nova edição do seu livro A História da Vida. Vou ler e agora passar adiante para que outros possam aprender mais e, quem sabe, outros também se sintam motivados, assim como eu me senti! Abraços.”

(Julia Machado, Salvador, BA)

quarta-feira, março 30, 2011

Descoberta pode ajudar a reescrever história cristã

Uma antiga coleção de 70 livros pequenos, cada um com 5 a 15 páginas de chumbo, pode desvendar alguns segredos dos primórdios do cristianismo. Para os estudiosos de religião e de história, trata-se de um tesouro sem preço. Ziad Al-Saad, diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia chegou a dizer que pode ser a “descoberta mais importante da história da arqueologia”. Embora ainda estejam divididos quanto à sua autenticidade, especialistas acreditam que se trata da maior descoberta da arqueologia bíblica desde que foram encontrados os Rolos do Mar Morto, em 1947. Os livros foram descobertos há cinco anos em uma caverna (foto) em uma região remota da atual Jordânia. Acredita-se que pertenciam a cristãos que fugiram após a queda de Jerusalém no ano 70 d.C. Documentos importantes do mesmo período já foram encontrados no mesmo local. [Leia mais]

Pedra maia fala da chegada do “senhor dos céus”

A pedra do calendário maia que foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para dezembro de 2012 foi apresentada na terça-feira em Tabasco, sudeste do México. A peça é formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel, e está incompleta. “No pouco que podemos apreciá-la, em nenhum de seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar”, enfatizou José Luis Romero, subdiretor do Instituto Nacional de Antropologia e História. Na pedra está escrita a data de 23 de dezembro de 2012, o que provocou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para esse dia. Até uma produção hollywoodiana, “2012”, foi lançada apresentando esse cenário de Apocalipse. “No pouco que se pode ler, os maias se referem à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico”, afirmou Romero. A data gravada em pedra se refere ao Bactum XIII, que significa o início de uma nova era, insistiu Romero.

(Jornal do Brasil)

Nota: A Bíblia garante que ninguém sabe o dia nem a hora da volta de Jesus, mas é curioso notar como a pedra maia se refere à chegada do “senhor dos céus”. Centenas de culturas antigas também se referem ao dilúvio universal; outras tantas culturas trazem resquícios do relato da criação semelhante ao que encontramos na Bíblia. Seria essa referência à vinda do “senhor dos céus” outra “semente da verdade” que ficou na memória do povo maia? É bom lembrar que muito tempo antes da encarnação de Jesus, Enoque, o sétimo depois de Adão, já proclamava a segunda vinda de Cristo (cf. Judas 14). Portanto, esse evento futuro pode muito bem ter sido preservado entre as tradições orais e escritas de alguns povos antigos.[MB]

Leia também: "O mundo vai acabar em 2012?", "2012: a ilusão da solução sem Deus" e "Mundo não acaba em 2012"

O futuro promete

A história muda quando ninguém repara. Poderia ser um aforismo. Ou a lei científica que Marx (1818-1883) não profetizou. Quem diria que uma mera questão fiscal levaria as colônias americanas a lutarem pela independência contra a Inglaterra do século 18? E quem diria que um gesto de autoimolação na Tunísia daria início às “revoltas árabes” do século 21? Repito: a história muda quando ninguém repara. Domingo passado, a Europa teve duas eleições “menores”: na Alemanha, eleições regionais; na França, eleições locais. E os resultados das duas são um bom presságio sobre o futuro da Europa. Futuro próximo, não distante.

Na Alemanha, os democratas-cristãos de Angela Merkel perderam a riquíssima região de Baden-Württemberg para os verdes e sociais-democratas. Isso não é uma derrota. É uma hecatombe: os democratas-cristãos governavam o reduto há seis décadas. Causa principal do “débâcle”? Sim, os alemães não ficaram convencidos com a inusitada postura antienergia nuclear de Merkel, um oportunismo eleitoralista depois da tragédia japonesa. Mas o problema é mais fundo e lida com a forma como a Sra. Merkel tem socorrido, timidamente que seja, os países endividados da periferia da Europa. Os eleitores alemães não querem pagar as contas de estranhos. Esperam-se mudanças drásticas da chanceler alemã.

Na França, nas eleições locais, a Frente Nacional consegue um terceiro lugar honroso. E as pesquisas avisam que Marine Le Pen, líder do partido e filha de Jean-Marie Le Pen, poderia ter mais votos do que Nicolas Sarkozy na eleição presidencial. Espanto? Nenhum. Lembro que, nas presidenciais de 2002, Le Pen já disputara um segundo turno com Jacques Chirac. Foi um aviso. Agora, chegou a confirmação: a extrema-direita francesa cavalga a onda xenófoba (leia-se: anti-islâmica) e os franceses gostam disso.

Duas eleições, dois sinais: a Europa de hoje tem problemas sérios. O primeiro é a crise dos países endividados que pode destroçar o euro e a própria União Europeia. O segundo é o crescimento da xenofobia anti-islâmica. Poderá o fascismo regressar à Europa? Ian Kershaw diz que não. Kershaw, historiador incontornável do nazismo, escreveu recentemente na revista The National Interest que a Europa de 2011 não tem os problemas da Europa da década de 1930.

Nesses tempos sombrios, os europeus viviam com a herança da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), um conflito que dizimara 10 milhões de vidas e, com elas, a própria confiança no ideal democrático. Se juntarmos a isso a revolução bolchevique de 1917, que aterrorizou os Estados com a “ameaça vermelha”, e a grande depressão iniciada em 1929, vemos um mundo pronto para o massacre. Em 2011, o cenário é mais bondoso. Exceto, avisa Kershaw, se duas hipóteses se confirmarem no horizonte.

Para começar, uma nova crise financeira que poderia arrasar de vez com as frágeis economias do continente. A agonia do capitalismo seria também um réquiem pela democracia liberal que lhe é indissociável. E, para acabar, um atentado terrorista com armas de destruição maciça numa qualquer capital europeia, com assinatura de fundamentalistas islâmicos, que faria transbordar a tolerância multiculturalista dos europeus.

Deixemos de lado essa última hipótese. Mais por razões caridosas que realistas: se o Irã atingir capacidade bélica nuclear e se as “revoltas árabes” determinarem o triunfo dos movimentos islamitas radicais, não ponho as mãos no fogo pela segurança da Europa. Mais tangível, porém, é a desagregação do euro e, quem sabe, da União Europeia.

O filme é conhecido: com a crise financeira de 2008, os Estados europeus endividaram-se brutalmente para socorrer suas economias. Alguns voltaram à tona. Outros ficaram no fundo e os pacotes de resgate impostos por Bruxelas e pelo FMI à Grécia e à Irlanda, com Portugal aguardando na fila, prometem mantê-los por lá num ciclo infinito de austeridade econômica e mais endividamento. Haveria forma de sair desse processo? Talvez: se a União Europeia desse um passo em frente e se assumisse como uma real união política e federal, dispondo de mecanismos de transferência financeira entre Estados e emitindo dívida conjunta para os membros do euro.

Mas o eleitorado dos países excedentários do norte, como o da Alemanha, não está disponível para bancar a preguiça e a irresponsabilidade orçamental dos vizinhos do sul. E quem os pode censurar? Eu, não. E desconfio que a Sra. Merkel, daqui para a frente, será da mesma opinião. O futuro promete.

(João Pereira Coutinho, Folha de S. Paulo, 29 de março de 2011)

Nota: Impressionante é notar como “analistas seculares” estão percebendo coisas que muitos cristãos ignoram. Se isso não são as pedras clamando, o que é, então? Gostei desta frase: “A história muda quando ninguém repara.” Graças a Deus, as profecias nos ajudam não a reparar, mas a antecipar esses fatos. Como escreveu meu amigo Marco Dourado, “parece que o barro dos pés [da estátua de Daniel 2] não vai conseguir sustentar por muito tempo o peso da estátua.” Se o futuro promete? Ô, se promete![MB]

Erro de sinaleira de York

“Muitos cristãos caem no que J. I. Packer chama de ‘Erro de sinaleira de York’. No pátio de manobras de trem na cidade de Nova York, há um centro de controle contendo um painel eletrônico que mostra, por meio de luzes, a posição de cada trem no pátio de manobras. Na torre de controle, alguém que vê o painel todo pode entender exatamente por que um trem específico foi colocado num determinado lugar ou por que outro trem ficou num desvio em outro lugar, ainda que, para alguém que fica no mesmo patamar dos trilhos, os movimentos dos trens podem parecer inexplicáveis. O cristão que quer saber por que Deus permite cada fracasso em sua vida tem pedido, diz Packer, para estar na ‘caixa de sinal’ de Deus. Todavia, tanto em tempos bons como maus, não temos acesso a ela. Portanto, é inútil nos torturarmos tentando descobrir a razão pela qual Deus permitiu que este ou aquele desastre abatesse nossas vidas.”

(J. I. Packer, Knowing God, p. 110, 111, citado por William Lane Craig, Apologética Para Questões Difíceis da Vida, p. 75)

Nota: Quando li o texto acima, lembrei-me do querido amigo Pr. Moisés Biondo, que na manhã desta terça-feira perdeu a filhinha de um ano e meio. Não que ele seja desse tipo de cristão vacilante, descrito por Packer. Longe disso. Admiro a fé e a dedicação do casal Biondo à causa de Deus. Lembrei-me deles porque cada vez que situações tristes e trágicas sobrevêm aos filhos de Deus, devemos nos lembrar de que o Pai tem tudo sob controle. Temos apenas que confiar mais do que nunca nAquele que convida: “Lançai sobre Deus toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1Pe 5:7). Aos amigos Moisés e Fernanda quero dizer que logo, muito em breve estaremos brincando com a pequena Isabelle nas ruas de ouro. Mais cedo do que imaginamos, terá fim nossa peregrinação neste vale de lágrimas. Então receberemos o abraço do Salvador e veremos cumprida a promessa feita por meio de Ellen White: "Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem" (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 260).[MB]

Igreja Adventista é a que cresce mais rápido nos EUA

Descansar no sábado. Prestar atenção nos códigos alimentares do Antigo Testamento. E estar pronto para Jesus voltar a qualquer momento. Se essas práticas pitorescas soam um tanto quanto antiquadas, pense novamente. Elas são marcas registradas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a denominação cristã que mais cresce nos EUA. Dados divulgados recentemente mostram o crescimento de 2,5% do adventismo do sétimo dia na América do Norte, onde os batistas do sul e as principais denominações, bem como outros grupos da igreja, estão em declínio. Os adventistas estão realmente crescendo 75% mais rápido do que os mórmons (1,4%), que priorizam o crescimento numérico. Para observadores externos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a taxa de crescimento na América do Norte é desconcertante.

"Você tem uma denominação que é basicamente uma volta ao básico... dizendo: 'O que Deus quis dizer com todas essas regras e regulamentos e como podemos nos moldar para ser o que Deus espera que sejamos'", disse Daniel Shaw, um especialista em expansão missionária cristã no Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, Califórnia. "Isso é apenas totalmente contrário a tudo o que está acontecendo na cultura americana. Então, eu estou dizendo: 'Uau! Isso é muito interessante.' E eu não posso responder."

Os adventistas do sétimo dia estão fazendo outra pergunta: Por que a Igreja não está crescendo mais rápido nessas praias, onde abriga apenas 1,1 milhão dos 16 milhões de adventistas ao redor do mundo? Apesar de suas raízes norte-americanas, a Igreja está crescendo duas vezes mais rápido no exterior.

"Nós não sentimos que estamos crescendo muito, e isso é uma fonte de preocupação, especialmente para a América do Norte", disse Ron Clouzet, diretor do Instituto de Evangelismo da Divisão Norte-Americana, situado na Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan. Os adventistas hispânicos são "o grupo que está crescendo muito bem", ele acrescentou. "Se não tivéssemos esse grupo, ficaríamos ainda mais tristes."

Com o culto de sábado e um estilo de vida vegetariano, o adventismo do sétimo dia possui um nicho particular fora do objetivo predominantemente cristão. Mas ser diferente é tornar-se mais em ativo do que passivo.

Desde meados do século 19, quando o movimento surgiu em New Hampshire, o adventismo do sétimo dia teve uma missão urgente de levar o evangelho – com uma ênfase especial na iminente volta de Cristo – até aos confins da Terra. Os adventistas encontraram a essência da sua missão em Apocalipse 14:12, onde o fim dos tempos exige "a perseverança da parte do povo de Deus que guarda os Seus mandamentos e permanecem fiéis a Jesus".

O foco tradicional da Igreja está agora em dar frutos em novas formas. Imigrantes recém-chegados aos EUA muitas vezes vêm de lugares da América [do Sul] ou África, onde o adventismo do sétimo dia tem igrejas antigas, escolas e hospitais.

Aqueles que migram do Brasil para Massachusetts, ou do México para o Texas, são capazes de encontrar a familiaridade de uma Igreja Adventista local liderada por um pastor que conhece a sua cultura e fala sua língua nativa, disse Edwin Hernandez, pesquisador do Centro de Estudos da Religião Latina na Universidade de Notre Dame. Os imigrantes não são os únicos a abraçar o adventismo do sétimo dia. Muitos do público em geral têm notado que os adventistas tendem a ser grandes estrelas da boa saúde e da longevidade; pesquisas mostram que eles tendem a viver 10 anos a mais do que o americano médio.

Com forte inclinação para o sucesso na saúde e na educação, os adventistas acham que conseguem uma audiência entre os céticos que compartilham essas prioridades.

Pesquisa publicada sobre a saúde dos adventistas "ajudou a trazer algum tipo de avaliação objetiva do adventismo... sobretudo acima e abaixo da costa oeste", disse Bryant G. Alexander, secretário-executivo da Divisão Norte-Americana da denominação. "Então, falamos com as pessoas sobre o nosso estilo de vida."

Alguns recém-chegados ao adventismo também apreciam a clareza da igreja sobre o que é esperado dos seguidores de Cristo. Diana Syth, de Kent, Washington, participou de várias igrejas protestantes durante anos. Mas ela disse que "nunca chegou a obter a informação que necessitava saber sobre o que significava ser cristão", até que ela e o marido aprenderam do adventismo com um fiel, seis anos atrás. "Meu filho (adulto) tem visto uma mudança em nós", disse Syth. "Ele vê uma nova calma em nós. Há esperança onde não havia antes."

Os adventistas também estão colhendo no evangelismo os frutos de seus esforços extras. Respondendo a uma iniciativa nacional, mais de 80% das 6.000 igrejas adventistas na América do Norte realizaram eventos de treinamento ao longo da semana em hotéis, em 2009.

Bryant disse que em um ano normal, em que um terço até metade das congregações adventistas participam de tais eventos, a taxa de crescimento da igreja norte-americana fica ao redor de 1,7% - ainda assim mais alta do que outras denominações na América do Norte.

Criatividade parece render o pagamento de dividendos também. A Igreja tem visto alguns dos seus mais fortes ganhos vir de regiões não religiosas, como o noroeste do Pacífico. Em Washington, por exemplo, a denominação tem estabelecido os "cafés cristãos", onde as pessoas podem relaxar e fazer perguntas sem sentir as pressões da igreja.

"Você não está, necessariamente, convidando-os para a igreja", disse Bryant. "Você está sentado, conversando com as pessoas, construindo relacionamentos – e lentamente conversando com elas sobre Cristo."

(USA Today, via blog Minuto Profético)

terça-feira, março 29, 2011

Meu texto no OI: Quando os seres humanos tremem

A revista Veja da semana passada (que destacou o maior terremoto ocorrido na história do Japão) traz um artigo de Mario Sabino intitulado “Quando Deus tremeu”. Logo abaixo do título, há o seguinte olho: “Em 1755, o terremoto de Lisboa propiciou aos iluministas a oportunidade de demonstrar a irracionalidade religiosa. Passados dois séculos e meio, já não se acredita tanto que vivemos no melhor dos mundos. Mas é grande a crença de que um dia sobrepujaremos a natureza por meio da ciência e da tecnologia. Trocamos apenas de religião.” No fundo, é um texto depressivo que procura mostrar a “inutilidade” da religião e a pretensão inalcançável da ciência de salvar a espécie humana dos caprichos da natureza – aliás, como sustenta reportagem publicada na Veja da semana anterior, nosso Sol vai torrar a Terra daqui a cinco bilhões de anos. O que nos resta, então? [Leia mais e deixe seu comentário lá.]

Custo das catástrofes triplicou em 2010

Os desastres naturais de 2010 causaram a morte de 304 mil pessoas, tornando o ano passado o mais violento em termos de catástrofes da natureza desde 1976, anunciou a resseguradora Swiss Re, em seu estudo anual Sigma. O terremoto que devastou o Haiti em janeiro de 2010 foi o de maior letalidade, com 222 mil mortos; a onda de calor que afetou a Rússia em junho, por sua vez, foi responsável por mais de 55 mil mortes. O levantamento da Swiss Re, a segunda maior resseguradora mundial, também aponta que o custo das catástrofes humanas ou naturais triplicou em 2010 em consequência de terremotos como o do Chile. O total de danos alcançou os US$ 218 bilhões, contra US$ 68 bilhões em 2009. Do total dos custos de 2010, as seguradoras pagaram US$ 43 bilhões, uma alta superior a 60%. Ainda em relação aos custos, o terremoto do Chile, de fevereiro de 2010, foi o mais caro, batendo nos US$ 8 bilhões, seguido pelo tremor de setembro na Nova Zelândia (US$ 4,5 bilhões). Já para 2011, terremotos como o do Japão e o da Nova Zelândia podem elevar ainda mais os custos. A catástrofe japonesa de 11 de março deste ano, que causou a morte de mais de 10 mil pessoas, já está entre as mais caras da história.

(Terra)

Apagão de uma hora alerta sobre aquecimento global

Sete pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro foram apagados às 20h30 do sábado (26) durante a Hora do Planeta 2011. O “apagão do bem”, uma campanha mundial da ONG WWF, de proteção à natureza, durou uma hora e serviu para alertar os cariocas e os povos do mundo inteiro sobre o aquecimento global e a necessidade de conservar o meio ambiente. Monumentos como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, os Arcos da Lapa, o Monumento aos Pracinhas, a orla das praias de Copacabana e do Arpoador, a Igreja da Penha e a Catedral Metropolitana ficaram às escuras por uma hora. Em 2011, o primeiro minuto da Hora do Planeta foi dedicado às vítimas de tragédias causadas por fenômenos naturais, como o terremoto e a tsunami no Japão, que vitimaram mais de 10 mil pessoas, e as enchentes no Brasil e na Austrália. Pela primeira vez, um evento aberto ao público para celebrar a Hora do Planeta foi realizado no Rio, e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório. Eles desligaram simbolicamente as luzes da cidade.

Um palco foi montado em frente aos Arcos da Lapa e reuniu artistas como o cantor Toni Garrido. As baterias das escolas de samba Mangueira, Portela, Grande Rio e União da Ilha também se apresentam no evento, que é gratuito.

De acordo com a WWF, vários municípios brasileiros, incluindo 17 capitais, participaram do projeto. Segundo a ONG, 3,8 mil cidades de 130 países em todo o mundo confirmaram a participação na Hora do Planeta. “A meta de 25 megacidades foi alcançada, com Tóquio, São Paulo, Toronto, Nova York, entre outras”, disse Regina Cavini, superintendente do WWF-Brasil.

(G1 Notícias)

Nota: Conforme destacou o leitor Valter Baiecijo, “começa assim: primeiro uma hora para salvar o planeta, depois duas, três, e quando menos se espera, será um dia inteiro. Que dia será o escolhido? Já sei a resposta. Os sinais estão aí, proclamando em alto e bom som.” Note que tanto o governo (Estado) quando a Igreja Católica deram total e irrestrito apoio ao evento. E é lógico que seja assim, pois a causa é nobre e válida. Quem não concorda que se deva preservar o meio ambiente e “salvar a Terra”? O problema são as ações que vêm a reboque com uma iniciativa que conquista cada vez mais adeptos em todo o mundo, já que, com os recentes e terríveis desastres naturais, as pessoas estão mais e mais temerosas quanto ao futuro. Já existe uma campanha defendida pelo famoso jornal The Guardian e que envolve o descanso dominical. Trata-se do Movimento 10:10, já comentado aqui. Dentro de algum tempo, cristãos que sempre foram defensores da preservação da criação de Deus (os criacionistas guardadores do sábado) serão mal interpretados pelo fato de não aceitarem a imposição do domingo como “solução para salvar a Terra”. O ECOmenismo poderá ser o movimento aglutinador que fará com que cristãos, budistas, muçulmanos, ateus e outros se unam na defesa do domingo como “dia de guarda”.[MB]

Mãe missionária torce para Maria ganhar

Coração de mãe não se engana. E ai de quem evocar o Youtube ou as páginas da internet para macular a imagem de Maria. Médica cardiologista e missionária da Igreja do Evangelho Quadrangular, Alicia Inês Jurado não dá bola para o que dizem e o que mostram da filha. “Ela vai à praia da mesma maneira que saiu na revista, não tem nada demais naquelas fotos dela. Eu é que não posso tirar a roupa por aí porque sou religiosa. Sou missionária evangélica, mas ela não”, explica. Alicia não sabe, não quer saber e (quase) tem raiva de quem sabe sobre acusações de que Maria foi garota de programa ou fazia strip-tease em sites pagos de pornografia. O que a argentina naturalizada brasileira sabe, e tem convicção, é da vitória da filha. “Está escrito. Um ‘vaso de Deus’, que é como é chamada uma pessoa abençoada com o dom de receber mensagens do Senhor, me revelou que ela receberia o prêmio”, afirma.

Alicia diz que, por enquanto, não pode contar detalhes da revelação divina, mas promete: “Quando acabar o programa eu vou divulgar exatamente como foi. O Senhor revela aos profetas as coisas antes de acontecerem. Em 13 de janeiro de 2010, um paciente me disse o que ia acontecer. Não posso falar mais. Isso me foi revelado pela minha fé”, explica a mãe de Maria.

Como mãe, Alicia quer o melhor para a filha. E, a exemplo do pai de Wesley, ela também não está lá muito satisfeita com o rumo que o namoro está tomando. Particularmente depois das frases do provável “futuro sogro” de Maria, que, em entrevista ao site de Veja, confessou seu desapontamento com a vida pregressa da “sister”. “A formação dele é diferente da minha, talvez por isso ele não entenda a profissão da Maria. Eu sempre entendi e respeitei, é assim que nossa família procede. A dele não sei”, afirma, pondo uma pedra sobre o assunto.

Alicia só reconhece um trabalho de Maria: o ensaio sensual da filha para a Revista Vip, publicado em 2008. “Foi nu artístico”, esclarece, admitindo que, depois do BBB, Maria deve voltar a posar. “Se a Playboy oferecer um milhão para ela posar e ela quiser aceitar, eu vou apoiar. Quem sou eu para ser contra? É a profissão dela e eu respeito”, avisa.

(Veja)

Nota: Missionários que não conhecem a Bíblia e a religião que dizem defender (no caso, o cristianismo) dão péssimo testemunho da fé e denigrem a mensagem cristã. Com a visão de mundo que essa mãe possui, não admira que a filha tenha enveredado por caminhos tortuosos. Evidentemente que ela tem que aceitar as decisões da filha maior, mas jamais deveria apoiá-la nisso, visto que o caminho da licenciosidade sempre traz tristes consequências para as pessoas. Como missionária cristã, Alicia deveria saber disso. Em lugar dela, eu diria (para Maria) que amo minha filha incondicionalmente, não aprovaria a conduta dela e oraria todos os dias para que ela se arrependesse da vida vazia, materialista e pervertida que escolheu. Uma mãe de verdade (e nem precisa ser missionária) faria isso.[MB]

Leia também: "Tempos de incoerência"

Homofobia, não. Mulher objeto, tudo bem...

Deu no portal Terra: “Um comercial de cachaça desenvolvido por uma agência de publicidade brasileira tem gerado polêmica ao sugerir aos pais o consumo da bebida para aceitar a homossexualidade do filho. A peça foi veiculada no portal Ads Of the World e no site de notícias americano Gawker, onde foi chamada de ‘anúncio mais homofóbico da semana’. Segundo a Agência3, de onde o comercial partiu, ele foi passado aos sites por uma dupla de criadores sem autorização e sem a marca saber. A empresa disse que não veicula nem aprova a campanha. O fabricante da cachaça afirmou desconhecer o anúncio e que nunca o autorizou, além de desaprovar seu conteúdo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Em inglês, a propaganda da cachaça Magnífica, fabricada em Miguel Pereira, região metropolitana do Rio, indica dois jovens identificados como ‘your son’ (seu filho) e ‘your son’s buddy’ (o camarada do seu filho) assistindo ao filme ‘O Segredo de Brokeback Mountain’, de And Lee, sobre o amor entre dois caubóis gays. E encerra com a frase ‘If you gotta be strong, we gotta be strong’ (Se você tem de ser forte, nós temos de ser fortes). Para Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, a propaganda promove o preconceito.”

Nota: A homofobia e quaisquer atitudes discriminatórias devem ser combatidas, não resta dúvida. Mas por que quase ninguém protesta quando certos comerciais (especialmente de cerveja) comparam a mulher a um objeto de consumo? Dois pesos e duas medidas? As imagens abaixo, por exemplo, somente foram criticadas em sites e blogs especializados em crítica de mídia.[MB]

segunda-feira, março 28, 2011

Dinossauro é encontrado em campo petrolífero

Os campos petrolíferos do Canadá forneceram mais do que óleo cru neste mês. O fóssil de um anquilossauro, herbívoro que se distingue pela carapaça nas costas, foi achado em Alberta. Um trabalhador da empresa de exploração Suncor Energy viu o dinossauro na última quarta-feira e avisou os responsáveis. Por uma sorte do acaso, o homem havia visitado a ala sobre os animais pré-históricos do museu Royal Tyrrell algumas semanas antes. A descoberta surpreendeu porque se estima que a região era coberta totalmente pela água milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista]. “Nunca vimos um dinossauro nessa localidade”, conta o curador do Museu Royal Tyrrell, Donald Henderson. “A área era um oceano, e a maior parte dos achados são de invertebrados como moluscos e ammonites.” O anquilossauro deveria ter cerca de cinco metros de comprimento e outros dois de largura. Ao contrário de outros fósseis, não estava incrustado em sedimentos rochosos e apresenta boas condições. O último fóssil de grandes proporções já registrado em Alberta foi de um peixe-réptil gigante, o ichthyossauro, localizado dez anos atrás perto de Fort McMurray.

(Folha.com)

Nota: Um anquilossauro herbívoro sepultado em petróleo juntamente com moluscos como amonitas e em boas condições. Vamos esperar para ver qual será a explicação darwinista para esse “fóssil anômalo”.[MB]

Notícias de um pesadelo

A mídia brasileira parece não estar muito preocupada com a gravidade dos vazamentos radioativos da usina de Fukushima. Na capa dos três jornalões de domingo (27/3), não havia uma única menção a uma situação que a cada dia se torna mais preocupante. Como resultado dessa desatenção, nos portais de notícias da internet na noite de domingo não se deu a devida atenção à informação de que a radiação da água em dois reatores do complexo nuclear havia alcançado níveis letais. Tudo indica que os redatores de plantão – geralmente recrutados entre os mais jovens – não conseguem entender a terminologia nem avaliar as informações que manuseiam. Por outro lado, devem ter recebido instruções para valorizar os triunfos militares dos rebeldes líbios. O público gosta mais de guerras do que de catástrofes, avaliam os porteiros das redações. E catástrofes nucleares só acontecem nas superproduções de Hollywood. Infelizmente, as informações que chegam do Japão, mesmo filtradas pelas autoridades locais para evitar o pânico, sugerem um cenário extremamente perigoso. O terremoto de domingo à noite – seis graus na escala Richter –, assim como o mega sismo do dia 11 de março e o catastrófico tsunami que provocou, são circunscritos ao Japão. Ao contrário da contaminação radioativa do mar ou do ar, que pode chegar aos quatro cantos do globo. Leva tempo, mas chega.

Talvez por isso, para não apavorar o mundo inteiro, a mídia internacional – e a brasileira em especial – esteja procurando disfarçar com incompreensíveis explicações técnicas um quadro aterrorizante. Raros são os países do mundo que hoje não dispõem de centrais nucleares. Em outras palavras, o que aconteceu no Japão pode se repetir em qualquer país onde ocorra um “evento máximo” – terremoto, dilúvio ou deslizamento de encostas. Convém ficar de olho no noticiário sobre o pesadelo nuclear japonês. Em algum momento este pesadelo pode nos tirar o sono.

(Alberto Dines, Observatório da Imprensa)

Pode levar anos para Japão controlar reator [Reproduzido do Valor Econômico, 28/3/2011]: “Após relatos controversos sobre o nível de radiação na água do mar em torno da usina de Fukushima, as autoridades japonesas informaram uma elevação de ao menos 100 mil vezes no reator 2 e 1.850 vezes nas águas. A constatação levou o governo a interromper as operações de reparo no local, afetado pelo terremoto seguido de tsunami. A direção da empresa que opera a usina disse que a crise nuclear pode levar ‘anos’. De acordo com especialistas, mesmo antes de a Tokyo Eletric Power Company (Tepco), empresa que opera a usina, averiguar o controverso dado do aumento de 10 milhões de vezes, agora refutado, os números confirmados no fim de semana já são alarmantes. ‘É muito preocupante. Há algo seriamente errado [com o reator 2]’, disse Rianne Teule, uma especialista em energia nuclear do grupo ambientalista Greenpeace. Os dados do fim de semana, que elevaram ainda o número de mortos para ao menos 10.668, assim como a aparição de um resignado e pessimista premiê frente à população, levaram a Tepco a assumir que há incertezas na operação. ‘Infelizmente nós não temos um cronograma concreto no momento que nos permita dizer em quantos meses ou anos [a crise chegará ao fim]’, disse o vice-presidente da empresa, Sakae Muto.”

Leia também: "Sinais do fim – todos de uma vez" e "Quando os seres humanos tremem"

Cérebro de 2,5 mil anos é descoberto intacto

Pesquisadores da Universidade de York fizeram uma descoberta curiosa na Inglaterra. Eles encontraram um crânio humano de 2,5 mil anos [?] e, dentro dele, o cérebro praticamente intacto. Os cientistas ficaram intrigados com o fato de um órgão tão frágil ter se preservado tanto tempo. A descoberta foi publicada na revista Yorkshire Archaeology Today. As informações são do site Live Science. O crânio, datado entre 673 e 482 a.C, foi retirado de um fosso lamacento da Idade do Ferro, no local da planejada expansão do campus leste da universidade. “Foi simplesmente incrível pensar que o cérebro de alguém que morreu há tantos milhares de anos pôde persistir mesmo em terra úmida”, disse Sonia O’Connor, pesquisadora na Universidade de Bradford, ao site Live Science. O’Connor liderou uma equipe de pesquisadores que avaliou o estado do cérebro, depois que foi encontrado, em 2008. “É particularmente surpreendente, porque se você falar com patologistas que lidam com cadáveres eles dirão que o primeiro órgão a se deteriorar é o cérebro, por causa de seu teor de gordura”, explicou O’Connor, segundo o site.

De acordo com os pesquisadores, há evidências de que o crânio pertenceu a um homem entre 26 e 45 anos e de que o mesmo teria sido enforcado. O’Connor diz que o achado pode ter sido enterrado rapidamente após a morte em um ambiente úmido, onde a ausência de oxigênio impediu que o cérebro entrasse em estado de putrefação.

(Terra)

Brasil tem mais ex-big brothers do que arqueólogos

Na quarta-feira, 30 de março, existirão 169 ex-integrantes do “Big Brother Brasil”. Um número que chama atenção ao ser posto, lado a lado, ao de profissionais com carteira assinada em algumas atividades regulamentadas pelo Ministério do Trabalho: hoje, no Brasil, existem 18 geoquímicos, 34 oceanógrafos, 77 médicos homeopatas e 147 arqueólogos, entre outros ofícios. No entanto, na mesma quarta, alguém estará R$ 1,5 milhão mais rico (ou menos pobre, dependendo do ponto de vista), e não será um desses trabalhadores. Numa edição marcada pela queda da audiência – a média geral era de 27 pontos até o último domingo, enquanto no ano passado esse número chegou a 30,7 e, no “BBB 5”, a 47,2, segundo o Ibope – o “BBB 11” chega ao fim com tipos bem diferentes em busca do prêmio máximo. Até o fechamento desta edição da Revista da TV, Daniel, Diana, Maria e Wesley eram os finalistas. Um deles será eliminado hoje à noite. Em uma análise realizada durante três anos pelo Observatório de Sinais, agência de consultoria especializada em tendências, pesquisa e estudos, foram avaliadas as experiências de ex-participantes de reality shows como o próprio “BBB”. Além disso, o chamado “Dossiê reality” ouviu 2.600 pessoas em cinco capitais do Brasil. Uma das conclusões é simples: ser ex-BBB se tornou, de fato, um ofício. “É uma espécie de profissão. O ‘BBB’ e os realities do mesmo tipo são mais um meio do que um fim. Os programas são tidos como uma plataforma para subir numa posterior carreira”, explica o sociólogo Dario Caldas, diretor do Observatório de Sinais. [...]

(Bog Blog)

Nota: Como disse meu primo Alexandre Santos Silva: “Tanta gente quer entrar no Big Brother. Pra quê? Pra começar uma carreira de ex-BBB? Começar a ser ex?”

RS tinha “dente-de-sabre” herbívoro

A criatura possuía dentes-de-sabre, como os famosos “tigres”, mas não tinha nada de carnívora. O resto da dentição até lembrava a dos mamíferos atuais, com uma diferença crucial: o céu da boca servia para mastigar. Essa anatomia bucal inusitada, nunca vista antes num vertebrado, justifica o nome científico do bicho. O Tiarajudens eccentricus era, de fato, excêntrico - talvez a mais estranha das espécies que povoavam o Rio Grande do Sul há 260 milhões de anos. Um grupo de paleontólogos está apresentando o animal ao mundo hoje, em artigo na prestigiosa revista americana Science. Com 12 centímetros de comprimento e bastante afiados, os caninos parecem máquinas de matar, mas há raros casos de herbívoros com dentes desse tipo, como certos veados asiáticos. Com base nesses exemplos, dá para traçar algumas hipóteses. Os “sabres” poderiam servir para afugentar predadores. Talvez fossem exibidos e/ou empregados durante disputas por poder e parceiros sexuais. Esquisitices à parte, o bicho é importante por mostrar um evento evolutivo [sic] crucial: como surgiram [sic] os especialistas em devorar plantas.

“A alimentação dele envolvia algum tipo de material vegetal fibroso. A gente sabe que não era capim, porque a grama ainda não havia surgido [sic] naquela época. Talvez algo como folhas e caules”, diz Juan Carlos Cisneros, paleontólogo nascido em El Salvador, atualmente na Universidade Federal do Piauí. Ele é o coordenador do estudo, do qual participaram cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da sul-africana Universidade do Witwatersrand.

Timidamente, Cisneros pede que não se use a palavra “réptil” para se referir ao T. eccentricus. De fato, o bicho não cabe nas classificações tradicionais que usamos para as espécies de hoje. Embora tenha algo de lagartão (o tamanho era o de uma capivara), faz parte de um grupo de animais ligados aos avós dos mamíferos, os chamados terápsidos. [...]

(Folha.com)

Nota: Certa vez li ou ouvi (não me lembro onde e nem quando) que leões privados de caça foram vistos usando as presas para triturar e comer raízes. A descoberta do Tiarajudens eccentricus pode lançar luz sobre a afirmação criacionista de que, antes do pecado, todos os seres vivos eram vegetarianos. Assim, o fato de um animal possuir presas não significa necessariamente que as presas tenham aparecido depois, por algum processo de adaptação (o que não é impossível). Elas bem podem ter sido usadas para a alimentação herbívora.[MB]

“Charles Darwin estava errado”

O americano Samuel Bowles, 71 anos, é dono de um currículo invejável. Ph.D em economia pela Universidade Harvard, onde também foi professor durante quase uma década, atualmente ele dirige o Programa de Ciências Comportamentais do Instituto Santa Fé, na capital do Novo México, e leciona na Universidade de Siena, na Itália. Autor de diversos livros, Bowles foi conselheiro econômico em Cuba, na Grécia, do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela e dos ex-candidatos à presidência dos Estados Unidos Robert F. Kennedy e Jesse Jackson. Seus estudos sobre a evolução genética e cultural dos humanos têm repercutido em publicações de prestígio, como as revistas Nature e Science, porque põem em dúvida nada menos do que a teoria da evolução, de Charles Darwin, e a ideia de que os homens são inteiramente egoístas. “O comportamento humano é muito mais complexo do que a teoria da evolução supõe”, diz Bowles. “A seleção natural pode, sim, produzir espécies altruístas e cooperativas.”

O senhor defende a ideia de que a gentileza foi fundamental para a evolução humana. Por quê?

A teoria da sobrevivência do mais gentil é uma crítica à teoria da sobrevivência do mais apto, de Charles Darwin. Diversas pesquisas feitas nos últimos anos, muitas delas por mim, têm mostrado que a seleção natural pode, sim, produzir espécies altruístas e cooperativas – em vez de seres humanos inteiramente egoístas. Darwin estava errado.

Como o senhor chegou a essa conclusão?

Por inúmeros fatores. A maioria das pessoas, em certas situações, é completamente altruísta. Muitas vezes, elas são generosas inclusive com estranhos e são extraordinariamente corajosas ao servir suas nações ou suas famílias. Como quando ocorrem desastres naturais ou para defender uma causa. Essa evidência de que os seres humanos não são inteiramente egoístas tem sido bastante estudada recentemente. Há diversos experimentos feitos em laboratórios que mostram que indivíduos que recebem dinheiro para dividir com outras pessoas, em geral, são generosos. Na maioria das vezes, eles fazem isso anonimamente, quando não estão sendo vigiados. Nesses experimentos, a maioria das pessoas não age de maneira egoísta, como costumávamos imaginar no passado, à luz da teoria da evolução.

Como as pessoas agem?

Às vezes, são incondicionalmente altruístas, do tipo Madre Tereza de Calcutá. Em outros momentos, só são altruístas enquanto outras pessoas do grupo também agem assim. As pessoas têm compromissos morais. Claro que, em muitas situações, agem por interesse próprio. O egoísmo é uma parte importantíssima do repertório humano e não pode ser ignorado. Mas é fundamental ter em mente que o comportamento humano é muito mais complexo do que a teoria da evolução supõe. [Aliás, muitas outras coisas são muito mais complexas do que a teoria da evolução supõe.]

[...] Tenho estudado o comportamento humano durante toda a minha vida. Se assistirmos à tevê, vemos que há muita gente fazendo coisas incríveis e perigosas para defender uma causa. As manifestações nas ruas do Cairo, no Egito, são um claro exemplo. Talvez, muitos economistas se surpreendam porque acreditam que o “homem econômico” é egoísta. Muitos biólogos também, porque acreditam que a seleção natural só é capaz de produzir animais egoístas. Essa interpretação equivocada da teoria de Darwin é mostrada num livro que será lançado em breve, do qual sou coautor, chamado Uma Espécie Cooperativa: Reciprocidade Humana e sua Evolução.

A espécie humana é essencialmente cooperativa?

Exatamente. A questão central não é por que pessoas egoístas agem de maneira generosa, mas como a genética e a evolução cultural produziram uma espécie em que um número substancial de pessoas se sacrifica para manter as normas éticas e para ajudar, inclusive, pessoas estranhas. A seleção natural e a transmissão genética de pais para filhos podem, sim, produzir espécies cooperativas. Os primeiros seres humanos – de 50 mil anos atrás, dez mil anos atrás e assim por diante – viveram em condições adversas, de variações climáticas e desafios diante de outros grupos, em que indivíduos egoístas teriam sido bastante prejudiciais na competição pela sobrevivência. Os grupos mais cooperativos foram mais capazes de se reproduzir em larga escala. Creio que essa foi a razão de a espécie humana ter se tornado cooperativa. [Como esse cenário é fictício, poderiam ser dadas outras explicações para esse comportamento humano, sem se partir do mito para justificar o altruísmo.]

[...] O que sabemos é que, em geral, menos de um terço das pessoas é egoísta. Ao contrário do que diz o senso comum, as sociedades mais avançadas economicamente – como os Estados Unidos e países europeus – não são mais nem menos egoístas do que países africanos, asiáticos ou latino-americanos.

A teoria da sobrevivência do mais apto e a da sobrevivência do mais gentil é mais ou menos presente, dependendo da sociedade estudada?

Não há uma única sociedade que eu estudei e onde experimentos tenham sido feitos que tenham confirmado a hipótese do “homem econômico egoísta”. Posso dizer, com certeza absoluta, que não há uma única sociedade já descoberta na qual os pressupostos dos economistas ou os da seleção natural – de que a espécie humana é inteiramente egoísta – tenham sido confirmados. O que temos são vários graus e diferentes tipos de altruísmo coexistindo com o autointeresse. [...]

De acordo com a sua teoria, como o comportamento altruísta influenciou a evolução cultural e genética dos humanos?

A pessoa é altruísta, de acordo com biólogos e também segundo a minha definição, se ajuda os outros sacrificando a si mesma. Para os biólogos, isso significa ajudar as outras pessoas a se adaptar, produzir mais crianças e cuidar delas até que elas próprias possam se reproduzir. Para os biólogos, no entanto, esse tipo de sacrifício só seria possível entre irmãos ou parentes próximos. Porque, se a pessoa abrir mão do próprio sucesso reprodutivo para ajudar um desconhecido, seu tipo altruísta é eliminado. O problema é que essa teoria desconsidera uma questão importantíssima: seres humanos vivem em grupos e nós sobrevivemos por causa disso. Se estivéssemos num grupo em que todos são egoístas, ele funcionaria precariamente e acabaria extinto. [...]

(IstoÉ)

Leia também: “Evolución de sapos desafía la teoría de Darwin” (um bom exemplo de diversificação de baixo nível [microevolução] tido como “evolução”).

Palestra: "Resiliência"

Clique aqui para fazer o download gratuito.

Fóssil conserva anatomia de criatura


Um fóssil de 525 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] descoberto na província chinesa de Yunnan contém detalhes anatômicos raros de uma criatura marinha, o Galeaplumosus abilus, que pertence ao filo dos hemicordados. Bem preservado, o fóssil possui uma carapaça que protege partes mais delicadas como vários pares de tentáculos que foram usados para coletar alimentos - os plânctons. A descoberta, retratada na versão on-line do Current Biology, pode dar indicações sobre a evolução dos vertebrados.

(Folha.com)

Nota: Antes de conseguirem "indicações sobre a evolução dos vertebrados", os cientistas poderiam explicar qual foi o evento catastrófico que preservou tão bem tantos milhões de fósseis de inúmeras espécies de todos os tamanhos em todas as partes do mundo.[MB]

sexta-feira, março 25, 2011

O que mostra o melhor exemplo de “evolução”?

Desde a época de Darwin, os biólogos reconhecem a evolução da vida. Porém, nos últimos 25 anos, alguns pesquisadores argumentam que certos organismos são melhores em evoluir do que outros pelas diferenças de seus genomas. As espécies com menos probabilidade de evoluir, em contraste, são rígidas demais para tirar vantagem das novas mutações ou para encontrar novas soluções para a sobrevivência. Muitos biólogos concordam que a capacidade de evoluir faz sentido na teoria. No entanto, encontrar evidências no mundo natural tem se mostrado difícil. Parte do problema é que a seleção natural pode levar um longo tempo para agir numa espécie. Também é difícil para os pesquisadores identificarem as mutações por trás da evolução. Mas na edição mais recente da Science, uma equipe de pesquisadores relata um exemplo detalhado sobre a capacidade evolutiva em ação, que ocorreu bem diante de seus olhos num laboratório. “Acho um trabalho brilhante”, diz um dos pesquisadores líderes sobre a capacidade evolutiva, Massimo Pigliucci, professor do Lehman College no Bronx, Nova York.

O novo estudo surgiu a partir do experimento contínuo mais duradouro sobre a evolução, iniciado em 1988 quando Richard E. Lenski, hoje na Universidade do Estado de Michigan, colocou em 12 frascos cópias idênticas de Escherichia coli. Ele e seus colegas cultivaram a bactéria com uma dieta escassa de glicose desde então. Ao longo das 52 mil gerações, a bactéria se adaptou ao ambiente peculiar. A cada 500 gerações, Lenski e seus colegas congelam algumas das bactérias, que podem ser aquecidas para serem comparadas a seus descendentes evoluídos [melhor seria dizer “adaptado”].

Lenski e seus colegas selecionaram uma das 12 linhagens para um estudo mais próximo. “Queríamos rastrear a ordem nas quais as mutações apareciam e tirar um sentido disso”, conta. Os cientistas observaram que, após 500 gerações, dois tipos de E. coli eram dominantes no frasco, cada uma com um conjunto distinto de mutações. No entanto, após mil gerações, apenas um tipo permaneceu. Lenski e seus colegas o batizaram de “ganhadores”.

Eles quiseram demonstrar o curso dessa vitória sobre os perdedores e aqueceram ambos os tipos da 500ª geração, e fizeram com que competissem entre si. Os cientistas esperavam que o resultado fosse uma conclusão inevitável: os vencedores já estariam mostrando sua superioridade. Ainda assim, o experimento foi feito em nome da exatidão. “Queríamos colocar os pingos nos is”, explica Lenski.

Para surpresa dos pesquisadores, eles estavam errados. Na 500ª geração, os supostos perdedores eram muito superiores, crescendo 6,5% mais rápido do que os que seriam vencedores. Nesse ritmo, eles levariam os supostos vencedores à extinção em 350 gerações. [...]

(Folha.com)

Nota: Antes de mais nada, é bom destacar o fato de que a pesquisa acima lida apenas com a diversificação de baixo nível (“microevolução”), já que, depois de milhares de gerações, as bactérias continuam sendo bactérias. Como sempre, falta esclarecer ao leitor o que os cientistas e os jornalistas querem dizer quando empregam o termo “evolução”. Além disso, a admissão inicial de que “encontrar evidências [de evolução] no mundo natural tem se mostrado difícil” é bem-vinda.[MB]

Criacionistas realizam encontro em abril em Brasília

A Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) promove, nos próximos dias 1º e 2 de abril, mais uma edição do seminário “A Filosofia das Origens”, desta vez na capital federal, Brasília. O local será o auditório Ulysses Guimarães, da Universidade Paulista (Unip). Estão confirmadas as presenças de especialistas como o médico Carlos Gama Michel, a engenheira eletricista Daniela Simonini Teixeira, o físico Eduardo Lütz, o geólogo Marcos Natal de Souza Costa, o farmacêutico Marcus Vinicius da Silva Coimbra, a bióloga Queila de Souza Garcia, e o químico Tarcísio Vieira. A grade de palestras pode ser vista aqui. Para os que se interessam em saber mais sobre o conflito entre criacionismo e evolucionismo, na edição de dezembro de 2010 da Revista Adventista foi publicado um artigo intitulado “Criacionismo e Evolucionismo”, de autoria do geólogo Nahor Neves Souza Jr., doutor em Engenharia pela USP, diretor da filial brasileira do Geoscience Research Institute e professor no Centro Universitário Adventista (Unasp), campus Engenheiro Coelho, SP. No artigo, o geólogo define o criacionismo bíblico, faz a diferenciação exata em relação ao evolucionismo e ainda relaciona, com informações provenientes de pesquisas, as recentes catástrofes (como terremotos e tsunamis) com o dilúvio registrado no livro de Gênesis. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.

(Felipe Lemos, ASN)

Telescópios da Nasa fotografam nebulosa quadrada

Ninguém sabe realmente dizer como uma nebulosa toma a forma de um quadrado, mas esse é justamente o caso da MWC 922. Uma das hipóteses diz que uma estrela, ou um conjunto de estrelas, que está no centro do sistema estelar expele cones de gases durante a fase final de desenvolvimento, originando esse peculiar feitio. Com base em evidências científicas, os pesquisadores especulam que a MWC 922 pode se transformar, um dia, em uma supernova. A foto, divulgada nesta quarta-feira pela Nasa (agência espacial americana), foi feita pelos telescópios espaciais Hale, na Califórnia, e Keck-2, no Havaí.

(Folha.com)


Leia também: "Astrônomos encontram nebulosa em forma de DNA"

quinta-feira, março 24, 2011

Você pode ser descendente de marcianos, diz o MIT

Um grupo de cientistas americanos vem desenvolvendo um instrumento para analisar a possível existência de organismos vivos com genes comuns em Marte e na Terra, informou na quarta-feira o Massachusetts Institute of Technology (MIT). A pesquisa, denominada “Busca de Genomas Extraterrestres” (SETG), é levada a cabo dentro do Departamento de Ciências Terrestres, Planetárias e Atmosféricas do MIT. As premissas das quais o estudo parte são que o clima na Terra e em Marte eram muito similares na origem do sistema solar, que várias rochas marcianas viajaram à Terra fruto do choque de asteroides e que evidências indicam que alguns micróbios podem sobreviver os milhões de anos de distância [?] entre os dois planetas. Além disso, segundo o MIT, a dinâmica orbital indica que é 100 vezes mais fácil viajar de Marte à Terra do que o contrário. O resto da teoria, se for comprovada, levantaria a possibilidade de os seres humanos serem descendentes de organismos marcianos. [Uau! De descendentes de símios, agora também podemos ser descendentes de marcianos! O que os naturalistas não fazem para descartar o Criador... – MB]

O aparelho desenvolvido pela equipe do MIT, capitaneado pelos pesquisadores Christopher Carr e Clarisa Lui, será desenvolvido para recolher amostras do solo marciano e isolar micróbios existentes ou restos de micróbios, para depois separar o material genético e analisar as sequências genéticas. [É bom lembrar que análises do solo e de rochas marcianos feitas no passado não indicaram qualquer indício de vida em Marte. E mesmo que esses indícios fossem descobertos – o que duvido –, o que provariam? Que a vida foi criada em algum momento, com toda a sua complexidade inerente. O mysterium tremendum continuaria. Os cientistas apenas conseguiriam jogar a batata quente para fora da Terra. – MB]

Posteriormente, essas sequências seriam comparadas [note como já praticamente se assume que as tais sequências serão descobertas] para buscar sinais de padrões quase universais entre todas as formas de vida conhecidas. Embora reconheça que é uma pesquisa “a longo prazo” [ou ad infinitum], Carr indicou que, já que “poderíamos estar relacionados com a vida em Marte, pelo menos deveríamos ir e ver se existe vida relacionada com a nossa”. [Já que existem evidências de design inteligente na criação, de que um dilúvio cobriu toda a superfície da Terra e de que a Bíblia pode sugerir linhas de pesquisa, especialmente na área da arqueologia, poderíamos destinar verbas para pesquisar essas possibilidades. Que tal?]

A equipe do MIT afirmou que pode levar cerca de dois anos para desenvolver o protótipo do SETG, mas que, uma vez desenvolvido, seria factível integrá-lo como uma broca em um veículo espacial de uma futura missão que viaje à superfície de Marte para recolher estas mostras. [Ou seja, emprego garantido por mais alguns bons anos.]

Desde que os dois módulos Viking da Nasa aterrissaram em Marte em 1976, nunca mais foram enviados instrumentos à superfície marciana para buscar evidências de vida.

Já o astrobiólogo Christopher McKay, do Centro de Pesquisa da Nasa-Ames, na Califórnia, afirmou que “é plausível que a vida em Marte esteja relacionada com a vida na Terra e, portanto, compartilhemos genética”. [Ficção por ficção, ainda prefiro Star Trek.]

(Folha.com)

Nota: Deve estar sobrando dinheiro no MIT, pois eles investem até em pesquisas sem objeto de estudo, como essa busca de “genomas extraterrestres”. Depois o pessoal do design inteligente é que é irracional por querer demonstrar que existem evidências (bem concretas) de um projeto inteligente por trás da complexidade informacional da vida (informação sempre depende uma fonte informante). Mas, como Deus não pode existir (posição assumida a priori pelos naturalistas), esqueça pesquisas que deem uma pontinha de razão para a existência do sobrenatural.[MB]

Quando Ele vier, encontrará fé na Terra?

Uma pesquisa baseada em dados do censo e projeções de nove países ricos constatou que a religião poderá ser extinta nessas nações. Analisando censos colhidos desde o século 19, o estudo identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirma não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia e Suíça. Através de um modelo de progressão matemática, o estudo, divulgado em um encontro da American Physical Society, na cidade americana de Dallas, indica que o número de pessoas com religião vai praticamente deixar de existir nesses países. “Em muitas democracias seculares modernas, há uma crescente tendência de pessoas que se identificam como não tendo uma religião; na Holanda, o índice foi de 40%, e o mais elevado foi o registrado na República Checa, que chegou a 60%”, afirmou Richard Wiener, da Research Corporation for Science Advancement, do departamento de física da Universidade do Arizona.

O estudo projetou que na Holanda, por exemplo, até 2050, 70% dos holandeses não estarão seguindo religião alguma.

A pesquisa seguiu um modelo de dinâmica não linear que tenta levar em conta fatores sociais que influenciam uma pessoa a fazer parte de um grupo não religioso. A equipe constatou que esses parâmetros eram semelhantes nos vários países pesquisados, resultando na indicação de que a religião neles está a caminho da extinção.

“É um resultado bastante sugestivo”, disse Wiener. “É interessante que um modelo tão simples analise esses dados... e possa sugerir uma tendência.” “É óbvio que cada indivíduo é bem mais complicado, mas talvez isso se ajuste naturalmente”, disse ele.

(Estadão)

Nota: Até na descrença os seres humanos cumprem a profecia bíblica: “Quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?” (Lc18:8).[MB]

Leia também: “Religião: espécie em extinção”

Mecanismo molecular da fecundação

Um mecanismo molecular que ajuda o espermatozoide humano a detectar e chegar até os óvulos está descrito em dois artigos publicados nesta quinta-feira (17/3) no site da revista Nature. De acordo com a publicação científica, as pesquisas destacam o papel de um inusitado canal de íons e poderá ajudar no desenvolvimento de novas classes de anticoncepcionais não hormonais. Os estudos independentes foram conduzidos pelo grupo de Yuriy Kirichok, na Universidade da Califórnia em San Francisco, Estados Unidos, e por Benjamin Kaupp, do Center of Advanced European Studies and Research, e colegas. Células do cúmulos (que envolvem os óvulos) liberam progesterona, que induz o influxo de íons de Ca2+ (cálcio) nos espermatozoides. A progesterona é um hormônio esteroide produzido, a partir da puberdade, pelo corpo lúteo (que também libera estrógeno) e pela placenta durante a gravidez. O influxo de íons de Ca2+ leva a um aumento na atividade dos espermatozoides e estimula o movimento da célula reprodutiva masculina em direção ao óvulo.

Os novos estudos ajudam a esclarecer os mecanismos desse processo. Os dois grupos demonstraram que a progesterona ativa um canal de cálcio sensitivo ao pH chamado CatSper, o que causa um rápido influxo de íons de cálcio nos espermatozoides.

Como outros hormônios esteroides, a progesterona atua normalmente por meio de um receptor intracelular, mas as novas pesquisas destacam que, nos espermatozoides, o hormônio feminino pode sinalizar por meio de um mecanismo não genômico.

Se a ativação do CatSper é o único efeito da progesterona na sinalização de Ca2+ é algo que futuras pesquisas poderão esclarecer.

(Agência Fapesp)

Nota: Sempre me chama atenção o fato de não serem mencionadas “explicações” darwinistas para certos processos, quando o assunto envolve complexidade em níveis extremos (o mesmo ocorre com o sensacional artigo “Por que a mãe não rejeita o feto”, que eu comentei aqui). Afinal, como explicar que um mecanismo como o descrito acima tenha “evoluído” (surgido) no corpo da mulher a fim de orientar os espermatozoides que são produzidos no corpo masculino? Como explicar essa evolução simultânea de gametas tão interdependentes e perfeitamente compatíveis desde sempre? Se você optar pelo design inteligente, estará argumentando com base no pensamento lógico de que um projeto elaborado pressupõe um projetista. Se optar pelo acaso cego, terá que, forçosamente, admitir que é mais crente do que os criacionistas.[MB]

Leia também: "Quando os espermatozoides 'surgiram'?" e "A fantástica interação óvulo-espermatozoide"

quarta-feira, março 23, 2011

Overdose de tragédias

Como se não bastassem o terremoto, tsunami e acidente nuclear no Japão para nos aterrorizar, a guerra na Líbia agora nos introduz a um novo inferno, em tempo real na telinha, 24 horas por dia. Mas aguarde pela próxima atração, como se costuma dizer nos comerciais – vem mais por aí! No Bahrein, tanques e tropas sauditas vêm violentamente reprimindo ativistas pró-democracia; no Egito, a Irmandade Muçulmana está se aproximando do poder; no Iêmen, as forças de segurança, disparando dos telhados, já mataram dezenas de manifestantes; na Síria, tropas estão atirando em multidões de civis, e as notícias vindas de Israel e dos territórios palestinos semana passada fariam qualquer um perder o sono. Estes são tempos que esvaziam a alma. É difícil saber o que é pior: acompanhar as calamidades ou ignorar o noticiário. Somos levados a crer que a boa cidadania exige que sejamos pessoas bem informadas, acompanhando atentamente o que está acontecendo no mundo. Temos tantas opções de distração – Charlie Sheen, o casamento de William e Kate, Sarah Palin, etc. – que se quisermos, podemos usar toda a nossa banda-larga para permanecer na mais santa ignorância. Aqueles que evitam as informações vazias e buscam as notícias verdadeiramente importantes, ganham como prêmio de consolação a sensação de ter se tornado um espectador impotente, por dentro das coisas, mas absolutamente exausto. Eu esqueci de mencionar o terrorismo?

A tentação é desligar, fazer um jejum midiático, declarar um shabat digital, puxar as cobertas sobre nossas cabeças. No entanto, tal estratégia de sobrevivência, se por um lado é perfeitamente razoável, por outro é exatamente o que os tiranos e canalhas querem. Ignorância não é felicidade, é escravidão. Quanto menos se sabe dos fatos, mais fácil é a manipulação, que termina a nos induzir a deixar de lado nossos próprios interesses, explorando nossas fragilidades emocionais.

Não há nada como pão e circo para frear o descontentamento, não há nada como a desinformação e a paranoia para manchar a reputação da ciência e do bom jornalismo, não há nada como um oligarca para transformar a amnésia em algo rentável para seus interesses.

O que parece diferente hoje em dia é que o virtuoso desejo de estar bem informado também é a fonte do seu próprio descontentamento. Quanto mais você sabe, menos você quer saber. Talvez a vida não examinada não valha a pena, mas será que a vida examinada – o mundo examinado – vale todos os antidepressivos que ingerimos? A busca pela informação parece ter se tornado uma espécie de doença autoimune: ela pretende combater os problemas do mundo, mas acaba atacando você.

As mídias sociais só pioraram tudo isso. Sou sempre surpreendido pela frequência com que as pessoas me perguntam se estou no Facebook ou no Twitter. Quando eu digo que sim, elas respondem: “Bem, suponho que você tenha que estar, por causa da sua profissão.” Dizem isso como se eu estivesse correndo algum risco ao participar dessas novas mídias, como se eu fosse uma espécie de exterminador inalando pesticidas – neste caso, a fumaça da trivialidade: “Por que você quer saber cada vez que alguém que você conhece vai ao banheiro?”, poderiam perguntar.

Acho difícil convencer as pessoas que não usam as redes sociais de que o que mais as caracteriza não é a banalidade, mas a densidade de informações. Claro, há uma abundância de Justin Biebers entupindo as artérias do mundo virtual. Mas o que eu mais aproveito no Facebook e no Twitter são links – uma enxurrada de links para notícias e opiniões a apenas um clique, o que representa um aumento exponencial na quantidade de informação que vejo, leio e guardo na memória. Boa parte dessa informação (as coisas que eu realmente leio) me engrandece.

Isso é ao mesmo tempo uma boa notícia (eu sei ainda mais), e uma má notícia (eu me sinto ainda pior). Mas na medida em que sou viciado em seguir todas as narrativas sobre tragédias ao redor do planeta, prefiro que as dores de cabeça adquiridas sejam as mais bem fundamentadas possíveis.

Não há comparação entre o sofrimento do povo japonês e a angústia de ler sobre este sofrimento. À distância, a Líbia gera conflitos por vezes violentos entre nossos ideais e nossos interesses; lá, é uma simples questão de vida ou morte.

O risco não é confundirmos nossas ansiedades com as catástrofes, é confundirmos o processo de sermos informados com a nossa própria capacitação, assim como confundirmos a nossa exaustão com a derrota. A cidadania implica em fazermos alguma coisa e não simplesmente assistirmos aos acontecimentos. Os manifestantes em Tahrir Square, no Cairo, sabem disso. O antídoto para a overdose de informação não é menos informação. É mais participação.

(Marty Kaplan para o Huffington Post, republicado pelo Opinião e Notícia)

Nota: Somente os tapadores do sol das evidências com a peneira da descrença é que não percebem que há algo indiscutivelmente muito errado com este mundo. Jesus breve voltará![MB]

Novo filme desserviço: “Sexo Sem Compromisso”

Depois de ler a notícia “Livros e filmes podem afetar dinâmica do cérebro adolescente” (leia aqui), me deparei com esta indicação de filme: “A atriz Natalie Portman começou 2011 com tudo. Vencedora do Globo de Ouro e do Oscar na categoria Melhor Atriz pelo filme Cisne Negro, ela ainda aparece mais duas vezes nas telonas de cinema no primeiro semestre do ano: ao lado de Anthony Hopkins, na aventura Thor, e contracenando com Ashton Kutcher na comédia romântica Sexo Sem Compromisso. Portman interpreta Emma, uma jovem médica solteira e bem resolvida. Sem tempo para encontrar um grande amor, ela conta com Adam (Kutcher), seu melhor amigo, para dividir histórias e momentos. No entanto, uma transa sem compromisso é o primeiro passo para a transformação dessa amizade. Gostando da válvula de escape que um relacionamento sem cobranças proporciona, eles estabelecem uma série de regras: sem ciúme, sem esperanças, sem brigas, sem flores, sem apelidos e sem olhos nos olhos. Mas, quando a vontade de estar perto e saber o que o outro está fazendo aparecem, assim como os sentimentos além da amizade, resta esperar para ver quem será o primeiro a se entregar.”

Nota: Numa época em que tanto se fala em doenças sexualmente transmissíveis (aliás, pesquisa recente mostrou que 50% dos homens brasileiros e norte-americanos têm o vírus HPV, que causa câncer de colo de útero e é transmitido sexualmente) e se sabe que o sexo sem compromisso e romantismo causa depressão e baixa autoestima, um filme como esse é um verdadeiro desserviço, para dizer o mínimo. Os famosos (e imitáveis) Natalie Portman e Ashton Kutcher, sem dúvida, influenciarão muitos adolescentes e jovens com o estilo de vida proposto pelo filme. Portman encantou a muitos jovens e fãs da franquia Star Wars como a princesa Padmé, é vegetariana e tem origem judaica. No filme, parece que depois de fazer sexo sem compromisso como “válvula de escape”, os personagens acabam descobrindo que querem algo mais. Alguns dirão que aí está a lição... Pois é, o vampiro (vampirismo = satanismo) de “Crepúsculo” também é um “bom moço”, pois respeita sua amada virgem. Débora Secco interpreta no cinema a ex-garota de programa Bruna Surfistinha e promove a prostituição. Não interessa que a verdadeira “Bruna” tenha se arrependido dessa vida < link >. Essas produções fazem algo parecido com a atitude daqueles que se convertem e, ao testemunhar disso, dão mais destaque ao que fizeram no passado, em seus tempos de vida dissoluta, do que ao que Jesus fez na vida deles. Infelizmente, na mídia secular os valores estão tremendamente distorcidos e muitas pessoas mentalmente anestesiadas não mais se dão conta disso. Fuja disso e paute sua vida por textos bíblicos como Romanos 12:2 e Filipenses 4:8.[MB]