sexta-feira, março 29, 2013

Trilobita é o símbolo deste blog

Escolhi o trilobita como símbolo deste blog por, pelo menos, três motivos. Em primeiro lugar, por se tratar de uma criatura e, como tal, ter sido dotado de tremenda complexidade. Os trilobitas, como todos os seres vivos, dependiam de uma quantidade absurda de informação complexa e específica (e não se conhecem mecanismos capazes de originar esse tipo de informação a partir do nada). Cada uma das muitas células de que os trilobitas eram constituídos possuía todas as complexidades reveladas pelos modernos microscópios e instrumentos de pesquisa: DNA enovelado num glóbulo fractal, membrana seletiva, nanomáquinas moleculares e muitos outros constituintes que fazem da célula uma verdadeira fábrica repleta de “setores” e funções.

Em segundo lugar, porque o trilobita esta na base da coluna geológica, no período conhecido como Cambriano (onde ocorre o chamado “big bang da vida”). Abaixo desse estrato geológico não existem seres complexos que pudessem ser considerados ancestrais (ou elos transicionais) do trilobita. Por isso mesmo – por causa desse “surgimento súbito” de um animal tão complexo –, o trilobita se constitui num enigma de complexidade, sob a ótica evolucionista.

E, em terceiro lugar, porque os trilobitas são animais extintos conhecidos apenas por sua forma fóssil. Ou seja, algum evento catastrófico no passado sepultou os trilobitas (e milhões de outros seres vivos) sob toneladas de lama, preservando-os na forma de rocha.

Nota: para comemorar os sete anos do blog Criacionismo, decidi fazer uma “reforma” completa no visual dele e adotar esse símbolo (o trilobita). Obrigado por prestigiar meu trabalho ao longo desses anos. Seja sempre bem-vindo ao blog.

Michelson

Recriação (esboço em vídeo e apresentação em Prezi)



ELE vive! Evidências da ressurreição de Cristo

A especiação confirma a teoria da evolução?

A especiação é o fenômeno natural através do qual novas espécies (ou variedades) do mesmo tipo de animal são formadas. Uma “espécie” é geralmente definida como uma população natural que se cruza ou tem o potencial de se cruzar, e encontra-se reprodutivamente isolada de outros grupos (Ernst Mayr, 1942). A formação de novas espécies ocorre frequentemente quando membros de um grupo estabelecido se separam, impedindo o acasalamento ou o fluxo genético entre os grupos. Quando ocorre uma separação e eles são sujeitos a pressões seletivas distintas, organismos que já foram capazes de se cruzar geneticamente irão, gradualmente, desenvolver barreiras à reprodução. Esse processo resulta em dois ou mais grupos de organismos geneticamente distintos que já não são capazes de se cruzar (espécie).

A especiação é o mecanismo principal responsável pela diversificação dos tipos de plantas e animais (originalmente criados por Deus) para grupos fisicamente distintos. A formação de novas espécies tem sido uma parte frequente da história biológica largamente devido à diversidade ecológica da Terra. Os organismos podem encontrar biomas dramaticamente diferentes após migrações curtas. As mudanças genéticas que levam a cabo essas adaptações podem tornar grupos relacionados em espécies geneticamente incompatíveis de modo a que a fertilização seja impossível.

Identificar a especiação é problemático uma vez que depende da determinação da reprodutibilidade na natureza. Nomes distintos foram dados a espécies supostamente diferentes, só para se descobrir mais tarde que não se tratava disso (isto é, o macho de uma espécie podia fecundar a fêmea de outra, embora não o fizessem de modo frequente). Outros grupos foram tidos como capazes de acasalar em cativeiro, mas nenhuma evidência foi fornecida de que a reprodução natural ocorra.

Apesar dessas dificuldades, a especiação é um quadro técnico importante para se entender a história da vida na Terra, e um dos maiores temas da biologia evolutiva e da biologia da criação. Sempre que ocorre um caso de especiação, a conclusão segue a ciência observacional.

A especiação não produzirá estruturas biológicas radicalmente dissimilares, resultando num animal totalmente diferente – algo que é necessário para que a evolução moléculas-para-homem seja cientificamente válida – mas sim uma diversidade única e abrangente no fenótipo que constitui as espécies animais específicas.

Para além da expressão no fenótipo, qualquer outra conclusão não será suficiente (e nada mais será que uma extrapolação que assume os imaginários milhões de anos).

Nota do blog Darwinismo: Essa é uma forma não muito sutil através da qual os militantes evolucionistas tentam validar sua “religião”, distorcendo a ciência operacional. Como forma de demonstrar como um animal terrestre poderia evoluir para uma baleia (algo cientificamente impossível), os evolucionistas citam casos de animal A que se torna numa variedade de animal... A. Por exemplo, para um evolucionista, o fato de haver variabilidade entre os cavalos ou entre os coelhos é “evidência” de que dinossauros evoluíram para colibris. Segundo eles, tudo o que é preciso para que haja evolução é “mudança”. O problema é que nem toda a mudança é evolutivamente relevante, visto que a teoria da evolução requer um tipo específico de “mudança” – uma que aumente a informação genética da forma de vida. Segundo o que a ciência tem demonstrado, (1) a informação genética, deixada à mercê das forças não inteligentes da natureza, tende a se dissipar e desorganizar (isso é uma aplicação generalizada da Segunda Lei da Termodinâmica à informação), e (2) as mudanças que os cientistas já observaram não envolvem acréscimo de informação genética, mas perda, recombinação ou duplicação de informação que já existe. Portanto, é profundamente irracional o evolucionista usar um evento evolutivamente irrelevante como “evidência” em favor da sua fé em Darwin.

Laboratório nos EUA perde amostra de vírus mortal

Um frasco com 1 ml do vírus causador do guanarito, febre hemorrágica transmitida por roedores na Venezuela, foi perdido em um laboratório na Universidade do Texas em Galveston, nos EUA. O presidente da escola de medicina da universidade, David Callender, divulgou uma carta no domingo (23) na qual afirma que uma inspeção no laboratório da instituição constatou a falta do frasco que deveria estar em um congelador lacrado com acesso restrito. Segundo Callender, não há risco de transmissão da doença de pessoa para pessoa. Os CDCs (Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) foram avisados e estão auxiliando as investigações. Para o presidente da instituição, o mais provável é que o frasco tenha sido destruído durante um procedimento normal de esterilização do laboratório. A rede de notícias americana ABC afirma que o FBI está supervisionando as investigações. O Laboratório Nacional de Galveston guarda amostras de alguns dos mais vírus mais perigosos nos EUA.


Nota: Isso mostra como a vida de milhares, talvez milhões de pessoas pode ser colocada em risco de uma hora para outra.[MB]

Jovem se recusa a pisar no nome de Jesus e é suspenso

Um professor universitário sugeriu a seus alunos que escrevessem o nome “Jesus” num pedaço de papel e pisassem sobre ele, como parte de um exercício sobre debates durante uma aula de Comunicação Intercultural. Entretanto, um dos alunos se recusou a fazer o que havia sido pedido pelo professor e foi suspenso pela direção da Florida Atlantic University. O estudante que se recusou a pisar no nome de Jesus é um mórmon, e disse que se sentiu desrespeitado: “Eu não vou ficar sentado em uma classe para ter meus direitos religiosos profanados, e como eu estou sendo punido, vejo realmente dessa forma”, disse Ryan Rotela. Já o professor Deandre Poole alegou que estava tentando ensinar aos alunos uma “lição de debate”, e que isso seria uma forma de forçar os alunos a enxergarem outras perspectivas.

A diretora da universidade afirmou à Fox News que, “como em qualquer lição acadêmica, o exercício foi feito para incentivar os alunos a ver as questões a partir de muitas perspectivas, em relação direta com os objetivos do curso”, e que, “apesar de, por vezes, os temas discutidos poderem ser sensíveis, um ambiente universitário é um espaço para diálogo e debate”, afirmou Noemi Marin.

Suspenso, Rotela, no entanto, se mantém criticando a iniciativa: “Eu disse para o professor: ‘Com todo o respeito à sua autoridade como professor, eu não acredito que o que você nos disse para fazer seja apropriado. Acredito que foi pouco profissional e eu estava profundamente ofendido com o que você me disse para fazer’”, revelou o estudante.

A universidade e o professor Poole defendem-se ainda citando que o exercício é proposto pelo material didático usado nas aulas, e faz parte do livro Comunicação Intercultural: Uma Abordagem Contextual. Edição 5, que trata o exercício como o princípio de uma discussão: “Peça aos alunos para se levantar e colocar o papel no chão, na frente deles com o nome Jesus para cima. Peça aos alunos para pensar sobre isso por um momento. Depois de um breve período de silêncio, instrua-os para a etapa no papel. A maioria hesitará. Pergunte por que eles não podem pisar no papel e discuta a importância dos símbolos na cultura”, diz o texto.

Paul Kengor, diretor executivo do Centro para a Visão e Valores afirmou que essa lição é um exemplo direto de como a sociedade secular tem o cristianismo como um alvo: “Esses são os novos discípulos seculares da ‘diversidade’ e ‘tolerância’- jargões vazios que fazem os liberais e progressistas se sentirem bem, enquanto eles muitas vezes se recusam a tolerar e às vezes até tomar de assalto as crenças cristãs tradicionais e conservadoras”, criticou.

quarta-feira, março 27, 2013

O Universitário Cristão e as Origens

As experiências, desafios e surpresas vivenciados por um estudante de nível superior em universidades públicas podem ser gratificantes: a excelência do corpo docente, a qualidade do ensino e as muitas possibilidades de se envolver em projetos de pesquisa científica, tanto para uma sólida formação profissional, como para uma promissora carreira acadêmica. No entanto, em determinados cursos, o significativo enriquecimento intelectual e acadêmico vem acompanhado de brilhantes exposições em que convincentes argumentos evolucionistas são entusiasticamente apresentados como verdades científicas, juntamente com manifestações intimidadoras que podem coibir o estudante de expor seus próprios argumentos e convicções.

Na verdade, via de regra, o jovem cristão parece não estar preparado para enfrentar os sutis e bem elaborados argumentos apresentados pela estrutura conceitual evolucionista. Na maioria dos casos, sua consciência é despertada para essa perigosa situação somente quando passa a ser desafiada no meio acadêmico das universidades seculares.

Sinceramente preocupado com essa realidade, o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) promove, no campus Engenheiro Coelho, o 12º Simpósio Nacional Adventista de Universitários, como o tema O Universitário Cristão e as Origens. Cientistas e pesquisadores, abertos ao diálogo, nas áreas de biologia, física, geologia, química, teologia e jornalismo, abordarão esse relevante tema, nos dias 24 a 26 de maio de 2013. 

Sem dúvida alguma, ser cristão é ser criacionista. Quando criteriosamente construídos e corretamente compreendidos, os modelos criacionistas das origens revelam notável coerência interna, pois se fundamentam em conhecimentos autênticos (bíblicos, científicos e filosóficos) que se complementam mutuamente.

Por outro lado, os modelos exclusivamente evolucionistas, habilmente construídos – na sua concepção ateísta e, especialmente, na perspectiva teísta –, carecem de evidências (científicas e teológicas) que possam sustentá-los. Mesmo os argumentos filosóficos – presentes (geralmente camuflados) na cosmovisão evolucionista – mostram-se inconsistentes e contraditórios.

Você mesmo, ou algum amigo especial, está enfrentando dificuldades no contexto da controvérsia evolucionismo x criacionismo? Você concorda ou discorda das considerações sobre modelos criacionistas e evolucionistas, acima expostas? Não está na hora de maior aprofundamento nesse tema relevante? Vamos aproveitar as oportunidades que o 12° Simpósio Universitário oferece!      

Mais informações aqui.

Experiência faz neurocirurgião defender alma imortal

Um neurocirurgião americano nunca acreditou em vida após a morte até passar por uma experiência dramática. Ele entrou em coma profundo, teve visões [sic] de uma espécie de paraíso, e voltou convencido de que existe vida do outro lado. O que existe depois que a vida acaba? Para o neurocirurgião Alexander Eben, a morte sempre significou o fim de tudo. Ele entende do assunto: foi professor da escola de medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e há mais de 25 anos estuda o cérebro. Sempre tinha uma explicação científica para os relatos dos pacientes que voltavam do coma com histórias de jornadas fora do corpo para lugares desconhecidos. Até que ele próprio vivenciou uma delas. E agora afirma: existe vida após a morte.

Era 10 de novembro de 2008. O doutor Alexander é levado às pressas para o hospital, com fortes dores de cabeça. Ao chegar lá, é imediatamente internado na UTI. Em poucas horas já estava em coma profundo. Ele havia contraído uma forma rara de meningite. Quando o doutor Alexander entrou no hospital os médicos disseram à família que a possibilidade de ele sobreviver seria muito baixa. Ele ficou em coma profundo por sete dias. E foi durante esse período que o doutor Alexander afirma ter tido a experiência mais fantástica que um ser humano pode ter.

“Na jornada que eu tive não existia corpo, apenas a minha consciência”, diz o médico. “Meu cérebro não funcionava. Eu não me lembrava de nada da minha vida pessoal, meus filhos, ou quem eu era.”

Ele escreveu um livro para relatar sua experiência de quase morte. E conta que primeiro foi levado para um ambiente escuro, lamacento e em seguida chegou a um lugar bonito e tranquilo. “Um vale extenso, muito verde, cheio de flores e repleto de borboletas”, diz ele. Ele conta que viu também um espírito lindo, uma mulher com uma roupa simples e com asas. Ela me disse: ‘Você vai ser amado para sempre, não há nada a temer, nós vamos cuidar de você.’”

Perguntamos ao doutor Alexander se ele viu Deus. Ele disse que sim: “Deus estava em tudo ao meu redor, ele estava lá o tempo todo.”

Um pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora participa do maior estudo mundial já feito sobre as experiências de quase morte. “Os estudos mostram que apenas 10%, uma em cada dez pessoas que tiveram uma ressuscitação bem-sucedida relatam experiência de quase morte. Os pacientes que vivenciaram uma experiência de quase morte tendem a ter ao longo do tempo, por exemplo, aumento da satisfação com a vida, tendem a ter diminuição do medo da morte, maior apreciação da espiritualidade, maior apreciação da natureza”, afirma o professor de psiquiatria da Universidade de Juiz de Fora Alexander Moreira-Almeida.

“A morte é uma transição, não é o fim de tudo”, resume o doutor Alexander. “Minha jornada serviu para me mostrar que a consciência existe além do corpo, e ela é muito mais rica fora dele. Isso pode significar que nossa alma, nosso espírito, seria eterno.”[...]

O doutor Alexander diz que por dois anos tentou achar uma explicação científica para o que aconteceu com ele e com esses outros pacientes. “Queria saber se tudo podia ser uma ilusão produzida de alguma forma pelo cérebro, conversei com colegas da área e cheguei à conclusão de que não há como que explicar. Não foi alucinação, não foi sonho.”

Mas nem todos concordam. O professor de neurociências da Universidade de Columbia, Dean Mobbs, diz que é difícil acreditar num desligamento completo do cérebro. E que mesmo no caso do doutor Alexander, outras áreas do cérebro podem ter permanecido ativas, provocando as sensações que ele descreve.

“Nosso cérebro é muito bom em transformar a realidade. Em um acidente, como um trauma na cabeça, os caminhos do cérebro podem ser danificados, mas é possível que ele encontre outras maneiras de identificar os sinais que vêm de fora e criar uma nova experiência como a da quase morte, por exemplo. O uso de fortes analgésicos e a baixa oxigenação do cérebro durante estados de coma podem explicar que luzes e sons estranhos sejam percebidos pela mente. E a sensação de estar fora do corpo já foi induzida artificialmente em muitas pesquisas. Eu acho que essas experiências de quase morte na realidade são uma forma de o cérebro lidar com um trauma.”

A ciência ainda não tem respostas conclusivas sobre as experiências de quase morte. “A grande discussão que existe hoje é: a mente é um produto do cérebro, o cérebro produz a mente; ou a mente é algo além do cérebro, mas que se relaciona com o cérebro”, questiona Alexander.

Independentemente do que tenha acontecido,  diz a esposa do doutor Alexander, para ela, que ficou ao lado do leito do hospital esperando o marido voltar, o final foi feliz. “Quando chegamos em casa e sentamos no sofá, não acreditei que ele estava junto comigo de novo.”


Nota: Quando as pessoas vivenciam eventos sobrenaturais, mesmo aquelas que têm formação científica costumam hesitar em suas convicções. Por isso, nossa fé na Revelação divina deve estar mais do que alicerçada. Devemos crer na Palavra de Deus acima das sensações, acima das teses da ciência, acima de tudo. Nossa segurança reside nisso. Se não estudarmos a Bíblia hoje, enquanto podemos fazer isso, o que garante que não seremos enganados pela mentira envolvente e convincente de que “a alma é imortal” e de que “é possível se comunicar com os mortos”?[MB]

domingo, março 24, 2013

Deus não é como a fada do dente

Hoje fui surpreendido com uma “notícia” no mínimo inusitada publicada no site do jornal Folha de S. PauloO título: “‘Deus é como a fada do dente’, diz jovem criado em família de adventistas do sétimo dia.” Das duas uma: ou a Folha está sem matérias relevantes para publicar neste domingo, ou quis mesmo fazer uma provocação gratuita e sem sentido. A reportagem fala de um jovem de 19 anos chamado Guilherme Dangel e diz que ele “não achava certo que uma professora do colégio público onde estudava começasse suas aulas recitando um salmo da Bíblia. Liderou um protesto para que a laicidade do ensino fosse respeitada. A manifestação deu certo. A professora, evangélica, trocou a oração por um minuto de silêncio. Guilherme passou a se reunir com ateus e ativistas a favor da separação entre religião e Estado”.

Já seria meio estranho todo esse destaque para um rapaz que se insurgiu contra o “proselitismo” da professora (garanto que se ela lesse reflexões humanistas ou qualquer outro tipo de texto, quem sabe de Dawkins, não haveria problema), mas o que vem a seguir torna ainda mais estranha essa pauta enviesada: “Criado em uma família de adventistas do sétimo dia, Guilherme não sabe, exatamente, desde quando é ateu, nem se lembra da última vez em que compareceu a um culto religioso. Foi por uma amiga que ouviu falar pela primeira vez no ateísmo. Usou a rede social Orkut para se informar melhor sobre a orientação, e a abraçou desde então. ‘Não acho que tudo no mundo tenha uma explicação’, defende Guilherme. ‘A crença em Deus é um conforto. Não tenho nada contra quem acredita, mas, para mim, ele é um pouco como a fada do dente.’”

Será que o fato de o moço abandonar a fé para abraçar o ateísmo torna a pauta tão relevante assim? E os casos ainda mais importantes de descrentes famosos, como Francis Collins e Antony Flew (para mencionar dois), que fizeram o caminho inverso depois de muito estudar e acumular experiência na vida, por que não recebem destaque? Histórias de ex-ateus não são tão relevantes ou há uma agenda por trás desse tipo de reportagem publicada pela Folha?

Guilherme comete o clássico erro de confundir estado laico com estado ateu, que, pelo visto, é o que ele quer. Num estado laico, deve, de fato, haver separação entre igreja e Estado (e isso é defendido pela Igreja Adventista), mas não pode haver proibição de as pessoas partilharem sua fé ou a falta dela. Mesmo que se discorde do fato de a professora querer partilhar com os alunos textos inspiracionais reconhecidos por incontáveis pessoas ao longo da história (quase clássicos da literatura religiosa), não se pode dizer que isso é proselitismo que viole o princípio do Estado laico.

Segundo a Folha, “Guilherme afirma não sofrer preconceito por parte dos amigos nem nos empregos pelos quais passou - durante um ano e meio, dividiu as aulas com um estágio na EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e o trabalho numa empresa de telemarketing. Mas ele não esteve isento de xingamentos na escola: ‘Já fui chamado de anticristo, idiota, herege - herege é um clássico’, brinca.”

Aí já se trata de desrespeito (quase como querer impedir a professora de partilhar algo de que ela gosta, não se tratando de proselitismo). Ninguém merece ser xingado ou discriminado por causa de sua fé ou da ausência dela. Estado laico é isto mesmo: um Estado no qual todos possam ter e manifestar em paz suas ideologias.

Finalmente, segundo o jornal, o moço “vê o Brasil como um lugar pouco afeito aos que não acreditam em Deus”. Se ele tivesse continuado na Igreja Adventista, veria como é ainda mais difícil ser criacionista num país de maioria absoluta evolucionista (afinal, 60% dos brasileiros acreditam em Deus e em Darwin).

Guilherme tem a vida toda pela frente. Muito para estudar e muito para amadurecer. Poderá mudar de ideia, eventualmente. Quem sabe até voltar às suas origens. Mas, se isso acontecer, será que a Folha vai se interessar?

Quando li essa reportagem despropositada, me lembrei de um texto do pastor evangélico Ed René Kivitz, que vale a pena ser relido neste momento (fiz apenas uma adaptação: troquei bicho-papão por fada do dente):

Não conheço nenhum adulto que acredita em fada do dente.
Não conheço nenhuma civilização baseada em fada do dente.
Não conheço nenhuma religião que considere a fada do dente um ser divino.
Nunca ouvi uma pessoa dizer que foi transformada pela fada do dente.
A fada do dente não constitui o dilema existencial humano desde sempre.
Nenhuma tradição de pensamento humano se ocupa com a fada do dente.
Nenhum gênio da humanidade viveu atormentado por causa da fada do dente.
A fada do dente não se sustenta num texto considerado sagrado por mais da metade da população mundial, escrito ao longo de dois mil anos, por 40 autores diferentes.
Não existe quem atribua a existência do Universo à fada do dente.
Jamais alguém defendeu sua fé na fada do dente com a própria vida.
Nenhuma das virtudes humanas é associada à fada do dente.
A fada do dente não é uma crença universal e atemporal.
A fada do dente não ajuda a explicar o mundo em que vivo.
A fada do dente não ajuda a explicar a complexidade da raça humana.
A fada do dente não ajuda a explicar o homem que sou.

Nota 1: Com esta reportagem (clique aqui), o jornal Gazeta do Povo prova que sabe escolher pautas mais relevantes sobre pessoas que realmente fizeram diferença na vida de quem precisava.

Nota 2: Vale a pena relembrar uma citação de Noam Chomsky: “A primeira coisa que se deve fazer é preocupar-se com seu cérebro. A segunda é abstrair-se de todo esse sistema [de doutrinamento]. Existe um momento em que isso se torna um reflexo de ler a primeira página do L. A. Times em busca dos enganos e das distorções, um reflexo de recolocar tudo aquilo em uma espécie de quadro racional. Para chegar a esse ponto, é preciso ainda reconhecer que o Estado, as corporações, as mídias e assim por diante o consideram um inimigo: então, você deve aprender a se defender. Se tivéssemos um verdadeiro sistema de educação, daríamos cursos de autodefesa intelectual.”

Recriação (comentário)

Ideia central 1: A morte substituta de Jesus e a criação de um novo coração no pecador arrependido (Sl 51:10) não fariam muito sentido se este mundo permanecesse para sempre como uma eterna mancha de pecado no Universo de Deus. Assim, a volta de Jesus, a recriação do mundo e o estabelecimento da Nova Terra (2Pe 3:13; Ap 21:1-5) são a culminação da esperança cristã e a confirmação dos atos criadores de Deus. Segundo as previsões da ciência, daqui a alguns bilhões de anos, o Universo terá fim, ou no grande colapso de toda a matéria num superburaco negro, ou na expansão contínua de tudo, num universo sem energia disponível, frio e morto. A Bíblia, por outro lado, embora admita que este mundo terá fim, fala de esperança e garante que o fim será o começo da eternidade em um mundo feito novamente perfeito. 

Ideia central 2: De acordo com Isaías 26:19, Daniel 12:2 e muitos outros textos, uma das grandes esperanças apresentadas na Bíblia é a ressurreição dos que morreram em Cristo. Em 1 Coríntios 15:52-58, isso fica muito claro. O autor da Lição escreveu: “A ressurreição dos justos na segunda vinda de Jesus acontecerá instantaneamente. Assim como aconteceu com a primeira criação da humanidade, este será um evento sobrenatural, no qual Deus fará tudo. Esse conceito está em evidente contradição com a evolução teísta. Afinal, se Deus não usará milhões de anos de evolução para nos recriar, mas fará isso num instante, então Ele certamente poderia nos haver criado sem a evolução na primeira criação. Assim, como ocorre com todas as outras coisas na Bíblia, a esperança da ressurreição é mais uma evidência bíblica que refuta a evolução teísta.”

Ideia central 3: Apocalipse 5:10 afirma que os redimidos serão “reino e sacerdotes” de Deus. Isso mostra que nosso domínio sobre a Terra, perdido com o pecado, será restaurado. “A ideia de sacerdócio traz consigo a implicação de proporcionar a comunicação entre Deus e as outras criaturas, talvez até com as criaturas de outros mundos criados, que nunca conheceram a experiência do pecado nem a miséria que ela traz”, sugere o autor da Lição. Outra restauração terá que ver com nossa relação com os animais (Is 65:25 e 11:6-9). Mas a principal restauração, sem dúvida, será da relação dos humanos com seu Criador, a quem verão face a face (Ap 22:3-5).

Para refletir

1. Embora a morte de Cristo na cruz e a concessão de um novo coração ao pecador arrependido sejam eventos importantíssimos, o que constitui a culminação da esperança cristã?
2. Quais os cenários do fim apresentados pela ciência e o que diz a Bíblia?
3. Por que a ressurreição dos justos contradiz a evolução teísta?
4. Que restaurações terão lugar após a volta de Jesus?


sábado, março 23, 2013

Deus criou o Universo

Clique aqui para ver a apresentação em Prezi.

“Bola de fogo” cruza o céu dos EUA

Uma “bola de fogo” cruzou o céu da costa leste dos Estados Unidos na noite desta sexta-feira (22). Segundo veículos de mídia americanos, trata-se de um meteoro. Uma reportagem da rede CBS DC afirma que o meteoro foi visto também nos Estados do Delaware e de Nova Jersey, por volta das 19h53 (hora local). A câmera de segurança de um estacionamento em Seaford, no Delaware, registrou imagens do momento exato em que a “bola de fogo” cruza o céu da cidade. De acordo com o especialista Bill Cook, chefe do escritório de Meio Ambiente da Nasa (Agência Especial Norte-Americana), o fenômeno “parece ser um evento único de meteoro”. Baseado nas imagens do vídeo, o especialista diz ainda que a bola de fogo parece “se movimentar para o sudeste” do país.

O meteorologista Dan Satterfield , ouvido pela rede de TV WBOC, também falou em meteoro e disse, citando testemunhas, que ele se partiu em três pedaços e se dissipou rapidamente no espaço. Baseado nesses relatos, o especialista adiantou que, “ao que parece, ele não chegou a atingir o chão”. Outras testemunhas relataram à CBS DC terem ouvido um estampido.

Em fevereiro, um meteoro que passou sobre a região russa de Tcheliabinsk, nos montes Urais, deixou mais de mil pessoas feridas.

sexta-feira, março 22, 2013

Criação e evangelho (esboço em vídeo)

O Cético: máquinas moleculares

Clique na tirinha para vê-la ampliada.

quinta-feira, março 21, 2013

Peça encontrada em carvão de “300 milhões de anos”

Ao acender fogo na chaminé, um habitante de Vladivostok descobriu uma cremalheira de metal presa em carvão. O homem entregou o achado extraordinário a cientistas da cidade. Após uma análise minuciosa, os pesquisadores concluíram que a peça tem uma idade de 300 milhões de anos [sic] e foi fabricada por um ser vivo [descoberta semelhante ocorreu anos atrás]. Mas cientistas não podem responder quem foi seu autor. Um artefato estranho em carvão não é um caso único para nossos tempos. Tais achados extraordinários colocam cientistas num impasse por destruir diversas concepções fundamentais da ciência contemporânea. O primeiro artefato foi achado em 1851 nos Estados Unidos, em Massachusetts, durante os serviços de explosão numa pedreira. O vaso de prata e zinco foi feito no Período Cambriano, que começou há 500 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. Em 1912, em Oklahoma, foi encontrada em carvão uma marmita de ferro, cuja idade é de 312 milhões de anos [sic]. Em 1974, foi achada em areia na Romênia uma peça de alumínio de destino desconhecido. A peça, parecida com martelo ou apoio de pouso do vaivém espacial Apollo, não podia ser fabricada por um humano, porque data do Período Jurássico.

O recente artefato de Vladivostok voltou a surpreender os cientistas. O carvão em que foi achada a peça extraordinária foi trazido para a cidade da Khakássia e tem uma idade de 300 milhões de anos [sic]. Por isso os cientistas concluíram que a peça metálica deve ter a mesma idade.

Quando pesquisadores quebraram com cuidado o fragmento de carvão, eles descobriram uma peça [...] de sete centímetros de comprimento, feita de uma liga de alumínio (98%) e magnésio (2%). O alumínio puro é muito raro na natureza e foi feita uma suposição de que a peça tenha origem artificial. Ao mesmo tempo, a liga não ordinária permitiu explicar o bom estado de conservação do artefato. O alumínio puro produz uma película resistente de óxidos na superfície, que impede a corrosão. Em resultado, a liga com o teor de alumínio de 98% resiste a altas pressões, temperaturas extremas e a um meio ambiente agressivo.

Foi ponderada a possibilidade de origem espacial do alumínio. Graças ao estudo de meteoritos, a ciência conhece a existência do alumínio-26 extraterrestre que se desintegra no magnésio-26. Nomeadamente a presença de 2% do magnésio na liga pode testemunhar a origem espacial da peça. Mas para confirmar essa hipótese é necessário efetuar uma série de pesquisas adicionais.


O último detalhe que chocou os cientistas foi uma semelhança descomunal da peça com uma cremalheira contemporânea. É difícil imaginar que a natureza poderia criar um objeto com seis dentes de forma regular com espaços iguais entre eles. Ao mesmo tempo, os espaços são extraordinariamente largos em relação aos dentes. Provavelmente, essa cremalheira fosse uma parte de um mecanismo complexo. Peças semelhantes são utilizadas em microscópios contemporâneos e outros aparelhos. Pergunta-se, então, como tal peça complicada poderia ser fabricada por um humano há muitos milhões de anos?

Quando se tornou conhecido o achado, falou-se imediatamente que a peça pertenceria a um OVNI. Mas cientistas preferem não fazer declarações sensacionais antes de estudar adicionalmente o objeto encontrado.

(Voz da Rússia)

Nota: É interessante notar como os pesquisadores, diante de um artefato indiscutivelmente fabricado por alguém inteligente, rapidamente concluem pelo óbvio: o objeto foi criado. Mas o que ele faz incrustado em carvão com supostos 300 milhões de anos? Das duas uma: ou a datação é falha (como sempre temos dito) ou extraterrestres o fabricaram. Claro que os evolucionistas preferem optar pela segunda "explicação", uma vez que não vão admitir que o método de datação é tão frágil, nem vão admitir que houvesse seres humanos num passado tão remoto; e muito menos darão o braço a torcer para os criacionistas, admitindo duas coisas ao mesmo tempo: (1) a Terra não é tão antiga e (2) os seres humanos do passado eram tão inteligentes que foram capazes de fabricar peças de ligas metálicas. Esses mesmos cientistas que não admitem que um simples pedaço de metal moldado pudesse ser fruto do acaso dizem isso quando analisam ultracomplexas máquinas moleculares presentes em todos os seres vivos. Vai entender...[MB]

Pesquisadores brasileiros investigam “cérebro mediúnico”

Em ação inédita, pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (EUA), se uniram para realizar uma investigação sobre o que revela o cérebro mediúnico durante o transe. Foram selecionados dez médiuns brasileiros, quatro homens e seis mulheres, que aceitaram participar do experimento voluntariamente. Entre os pré-requisitos, não ter nenhum transtorno mental ou fazer uso de medicação psiquiátrica.

O estudo - realizado em 2008 e que só teve os resultados revelados agora – utilizou o método conhecido por Spect ou Tomografia Computadorizada de Emissão de Fóton Único e mapeou a atividade do cérebro com o fluxo sanguíneo durante o transe da psicografia. As conclusões surpreenderam os pesquisadores: durante a psicografia os cérebros ativaram menos as áreas relacionadas ao planejamento e à criatividade. O resultado é compatível com a posição defendida pelos médiuns de que a autoria das psicografias não é deles, mas sim dos espíritos que supostamente enviam as mensagens.

O psiquiatra e coautor do estudo Alexander Moreira-Almeida, que recebeu o Prêmio Top Ten Cited, como o primeiro autor do artigo mais citado na Revista Brasileira de Psiquiatria (RBP), com Francisco Lotufo Neto e Harold G. Koenig, explica que esse foi o primeiro estudo realizado no mundo sobre experiências mediúnicas com a investigação do cérebro. “A pesquisa vai permitir testar a hipótese materialista de que a personalidade seja um produto do cérebro”, explica.

Sobre a suposta teoria de que a ciência poderá ajudar a justiça a desvendar crimes, Alexander Moreira-Almeida diz que a análise do funcionamento do cérebro dos médiuns merece mais estudo e atenção, contudo, o primeiro passo já foi dado. “É preciso investigar seriamente, mas estamos no caminho certo. Ainda não é possível afirmar o que poderá ajudar no futuro, mas agora destacamos que o Brasil está preparado para atuar nessa área”, finalizou.

Conheça aqui o artigo científico, que em apenas quatro dias atingiu o número de 3.699 acessos. Leia aqui a matéria publicada na revista Época sobre o estudo.


Nota: Parece que os cientistas finalmente terão que lidar com evidências do sobrenatural, ou precisarão encontrar uma boa explicação para esse comportamento do cérebro dos médiuns. O problema é que a conclusão poderá ser a de que realmente seja possível contatar os “espíritos”, mas a ciência não será capaz de dizer quem são esses espíritos. Assim, os espíritas poderão contar com um argumento que ajudará a revestir sua doutrina de um caráter “científico”. Quem dera houvesse verbas para pesquisas relacionadas com o criacionismo...[MB]

quarta-feira, março 20, 2013

A teoria da evolução através da seleção natural já era!

Recentes descobertas sobre o DNA estão forçando a revisão drástica da teoria da evolução de Darwin. São três descobertas dentro de pesquisas científicas relacionadas com o DNA, o código da vida. Essas descobertas estão forçando um reexame radical de ideias previamente aceitas de como se originou a vida e como mudou em complexidade e variedade ao longo do tempo:

1. A descoberta de que todos os genomas em vários organismos diversos mostram que 30% dos genes não têm uma história evolucionária detectável. Os cientistas nomearam esses genes de Orphan.

2. Pesquisas em epigenética estão revelando que grande quantidade de mecanismos moleculares nas células afeta a expressão de genes e pode inibir totalmente sua expressão. Isso pode ser passado para a próxima geração.

3. Análise matemática do DNA parece ter revelado códigos detalhados escondidos dentro da estrutura do DNA. Esses padrões matemáticos não têm nenhuma função biológica concebível, e podem sugerir a evidência de que a origem do DNA foi intencional e planejada.

Enquanto isso, a Nomenklatura científica tupiniquim fica escrevendo cartas chorando as pitangas para o presidente da Academia Brasileira de Ciências, ou então assinando manifestos deplorando o avanço da teoria do Design Inteligente no Brasil. Senhores, a falência epistêmica da teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionários é uma questão científica que precisa ser debatida. 

Tentar desviar o foco da gravidade paradigmática em biologia evolucionária é querer tapar o Sol das evidências contrárias a Darwin no contexto de justificação teórica com uma peneira furada da retórica do naturalismo/materialismo metodológico que posa como se fosse a própria ciência. Nada mais falso! Isso é desonestidade acadêmica – 171 epistêmico! 

Ao debate, Srs., pois Darwin kaput! Que venga la nueva teoría de evolución – a Síntese Evolutiva Ampliada (ou Estendida), que, pasme, somente será anunciada em 2020!

Fóssil de baleia achado em Iguape teria 2 mil anos

Os fósseis de uma baleia azul (Balaenoptera musculus) encontrados em uma praia de Iguape, no litoral de São Paulo, em agosto do ano passado, foram oficialmente datados e são de dois mil anos atrás. Alunos e pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São Vicente, no litoral de São Paulo, são os responsáveis pelos fósseis. O professor Francisco Buchmann, que comandou a equipe, disse que inicialmente a previsão é que o fóssil estivesse no local há pelo menos seis mil anos, mas um estudo americano revelou a verdadeira data em que a baleia encalhou na praia em Iguape.

Segundo Buchmann, os pesquisadores acreditavam que a baleia tinha vivido há seis mil anos porque sabiam que nessa data houve uma grande variação do mar, que provocou fortes erosões no litoral. “Mas foi uma variação de dois mil anos atrás que provocou o encalhe da baleia. As variações pararam e a praia cobriu a baleia”, explica o professor.

Para realizar a datação oficial, eles mandaram pedaços do fóssil para serem analisados nos Estados Unidos. “Para não ter dúvidas mandamos duas amostras iguais, pedaços do crânio, cerca de 100 gramas”, falou Buchmann.

O professor explica que a datação é feita por carbono 14. Essa substância encontrada no ar é absorvida por todos os seres vivos tanto quanto o carbono normal (carbono 12) de maneira constante durante quase todo o tempo [o que acaba não sendo constante é o decaimento do C14, devido a fatores externos]. Quando o ser vivo morre, ele para de absorver carbono e continua a decair o número de átomos e este não é mais reposto. “A relação entre carbono 12 e carbono 14 me diz a idade do material”, disse ele. O resultado das duas amostras foi igual. O estudo determinou que a baleia viveu há dois mil anos, com uma margem de erro de 30 anos para mais ou para menos.

Buchmann pretende levar a datação oficial do fóssil, encontrado em Iguape, para um Congresso em Natal. Após as discussões sobre a pesquisa científica, a ideia é publicar a descoberta em uma revista da área de paleontologia. Além disso, o pesquisador e os alunos da Unesp de São Vicente continuarão fazendo visitas ao local onde o fóssil da baleia azul foi encontrado. “Nós continuamos monitorando aquela área,  houve variações muito fortes. No inverno podem aparecer mais coisas, mais ossos, mais baleias, porque as tempestades erodem a região”, disse Buchmann.

Um morador da cidade encontrou o objeto na areia da praia e avisou a equipe do Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São Vicente. O professor da área e oceanógrafo Francisco Buchmann foi até a praia do Leste, em Iguape, e constatou que o material se tratava de ossos de uma baleia, em processo de fossilização. No local havia parte do crânio da baleia, parte da mandíbula, escápula, vértebras, costelas e uma parte do ouvido característica da baleia azul (Balaenoptera musculus), o que pôde definir a espécie do animal.

Ele e 25 alunos do curso de Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro ficaram no local entre os dias 22 de agosto e 2 de setembro para realizar a escavação. O primeiro passo foi retirar grandes pedaços de troncos de árvores que estavam em cima do crânio do animal. Logo depois, foi feita uma barricada feita com sacos de areia para que o mar não avançasse e cobrisse novamente os fósseis.

Um gerador de energia elétrica e uma bomba submersa foram usados para retirar a água dentro da escavação. Depois de diversas etapas desse processo, os alunos e o professor conseguiram um guincho elétrico, um tripé e uma talha para a retirada dos ossos menores e elevação do crânio acima das ondas. Eles tiveram que construir uma espécie de estrada na areia para poder remover o crânio da praia e colocá-lo no caminhão, que levou os ossos e colocou em frente a um dos laboratórios de pesquisa, na sede da universidade em São Vicente.

Segundo Buchmann, provavelmente a baleia [tenha encalhado] numa antiga praia quando o nível do mar era muito acima do que vemos atualmente. Muito tempo depois, houve a variação da linha de costa devido à erosão costeira, o que expôs o crânio e ossos ao ambiente de água salgada. Ele estima que a baleia pesava entre 20 e 30 toneladas.

Os alunos ficaram acampados e puderam participar de toda a parte prática da profissão.
As oito peças estão sendo restauradas e preservadas pelo especialista. Uma parte de um fóssil foi encaminhada aos Estados Unidos para análise.


Nota: Para o leitor Claudionir Furtado, o trecho interessante na matéria é este: “Segundo Buchmann, os pesquisadores acreditavam que a baleia tinha vivido há seis mil anos porque sabiam que nessa data houve uma grande variação do mar, que provocou fortes erosões no litoral. ‘Mas foi uma variação de dois mil anos atrás que provocou o encalhe da baleia. As variações pararam e a praia cobriu a baleia.’” Para Furtado, “é interessante como a realidade às vezes aparece nas entrelinhas, mas é lamentável que as entrelinhas muitas vezes não são ‘enxergadas’ pelos que as leem. O que seria essa ‘grande variação do mar’?” E propõe: “Uns falam em seis mil... Outros em dois... Vamos ficar com a metade: quatro mil anos. Tá bom, né? Ou seja, ficamos com a época do dilúvio; ficamos com a Bíblia.”

Os argumentos falaciosos de Hélio Schwartsman

Eu achava que Schwartsman um cara preocupado com a verdade. Achava. Mas depois de ler o seu último texto, “A religião tem futuro?”, deparei-me com a constatação de que os fatos podem ser distorcidos, isso em um tempo em que esses mesmos fatos podem ser consultados com um clique.

Vejamos, o caro colunista da Folha de S. Paulo começa com uma análise científica segundo a qual, devido ao fato de a crença estar mais associada aos lobos temporais que ao córtex pré-frontal, indicaria isso que a fé, segundo Hélio, seria resultante de emoções, paranoias, delírios ou de qualquer outra coisa que tente diminuir o ato de crer. É como se o crente vivesse 24 horas por dia utilizando somente essa área
específica do cérebro.

Isso me leva aos terríveis experimentos científicos que os nazistas faziam nos judeus esperando que o cérebro de suas vítimas fosse diferente. Ou, ainda, me remete à ideia daqueles que aprovavam e incentivavam a segregação racial e o racismo e que se utilizavam dos mesmos argumentos, de que o cérebro do branco seria maior que o do negro. Será que Hélio espera que no futuro se possa separar os ateus dos crentes pelo tamanho do cérebro? Mesmo que não haja nenhuma diferença?

Note a última linha da segunda coluna: “Isso significa que, enquanto contarmos com uma boa variedade de seres humanos, alguns deles deverão permanecer obstinadamente crentes.” Qual o problema, Hélio? Obstinadamente crente? Oras, eu poderia dizer: Obstinadamente ateu? Olhando para essa frase, percebo que a vida de seu autor consiste em obstinadamente fazer os outros “crer” no que ele “não crê”. Isso não é irônico?

Prosseguindo com a distorção dos fatos, ele diz que a Europa, hoje rica e desenvolvida (sobretudo a Suécia, que ele cita), deve a isso seu ateísmo, que ela “professaria”, mas, como veremos adiante, isso não passa de um mito ateu.

Não me valendo de pesquisas solitárias de Phil Zuckerman, mas do censo do Reino da Suécia, percebi – mas Hélio fechou os olhos para isso – que em 2012 o percentual de suecos que eram membros da Igreja da Suécia era de 67,5%. Segundo o Instituto de Pesquisa da Comissão Europeia, 23% dos suecos são ateus. Os outros 76% acreditam em Deus ou em “algum espírito ou força vital”. Oras, Hélio, você não pode somar os 23% de ateus junto aos 53% que acreditam na espiritualidade ou em uma “força maior”,
já que os primeiros nem acreditam que exista alma ou espírito! Há outras pesquisas que indicam que existem apenas 17% de ateus na Suécia.

Outro mito tem que ver com o grau de desenvolvimento na Suécia e em países pobres, como Bangladesh, Níger e Iêmen. Hélio, você deveria pesquisar mais a fundo e ver que o tipo de sociedade que existe na Suécia, assim como na Noruega, Dinamarca, Holanda e Alemanha, se deve em grande medida à Reforma Protestante que, segundo Max Weber, impulsionou as economias e as liberdades daqueles países. Não foi o ateísmo que os fez se tornarem ricos e pacíficos, foi a Reforma Protestante. O ateísmo chegou depois, de carona com o liberalismo e o secularismo.

Por que você não fala da Coreia do Norte? Comparar países como a Suécia, que tem bases cristãs sólidas, com países nos quais a guerra foi o prato principal, e depois dizer
que a religião é fator básico dessas ocorrências, é ser desleal.

É seguro dizer que os avós dos suecos medianos atuais foram luteranos devotos e seus ancestrais foram fervorosos cristãos dedicados por mais de 800 anos. Os suecos herdaram uma forte tradição ética luterana, incluindo as proibições contra o assassinato e o roubo. Se isso vai mudar quanto mais o tempo passar e a Suécia vai se descaracterizar e se destruir no humanismo secular em outras poucas gerações, teremos que esperar e ver.

Sua última frase, na qual diz que pobreza é questão de sobrevivência, não de opção, só pode vir de cabeças que nunca saíram dos livros de filosofia e foram para os becos e favelas.

(Valderi Felizado da Silva, em reação ao artigo “A religião tem futuro?”, de 19/3/13, publicado na Folha.com)

Leia também: "O cruz credo do Schwartsman" e "Náufragos num mar de cosmovisões"