quinta-feira, novembro 22, 2012

Crescimento da aids entre os jovens preocupa

O crescimento da aids entre os jovens, especificamente entre os homossexuais, é uma das “grandes preocupações” do Ministério da Saúde, afirmou nesta terça-feira (20) o ministro Alexandre Padilha. “Essa geração não acompanhou o início da luta contra a aids nem perdeu ídolos por causa da doença, por isso a importância da sensibilização”, argumentou Padilha. A faixa entre 15 e 24 anos merece atenção no controle do HIV porque concentra boa parte das pessoas recém-infectadas. Entre os soropositivos nessa faixa etária, os homossexuais representam uma parcela cada vez maior. Em 2002, eles eram pouco menos de 40%. De acordo com os novos dados apresentados pelo Ministério, eles já ultrapassam os 50%.

Por isso, os jovens são um público-alvo importante do programa “Fique Sabendo”, que vai oferecer testes rápidos para detectar HIV, hepatite e sífilis. A meta do Ministério da Saúde é examinar 500 mil pessoas no período. Para atingir esse público específico, o Ministério pretende levar a campanha de mobilização para locais frequentados por jovens – com atenção especial para os homossexuais –, como boates e bares. Além disso, a campanha será feita nas redes sociais, assim como no rádio e na televisão.

Entre 2005 e 2011, o número de exames rápidos feitos no país aumentou de 528 mil para 2,3 milhões, pelo programa “Fique Sabendo”. Só neste ano, de janeiro a setembro, foram distribuídas 2,1 milhões de unidades, e a expectativa do governo é encerrar 2012 com uma remessa de 2,9 milhões de testes só para detectar o vírus da aids.

Cerca de 38 mil casos são diagnosticados anualmente no país. Quanto antes é descoberto o vírus, mais eficaz é o tratamento. Segundo o Ministério, cerca de 70% das pessoas que tomam o coquetel antirretroviral apresentam cargas virais indetectáveis. [...]

Atualmente, cerca de 530 mil pessoas estão com o vírus HIV no país. Dessas, 217 mil estão em tratamento e 130 mil ainda não sabem que tem a doença, segundo o ministério. “Nossa meta com a campanha é fazer com que pessoas que façam parte desses 130 mil tomem conhecimento e comecem a se tratar”, disse o ministro. [...]


Nota: Para o governo, basta tratar os infectados e pregar que o sexo seguro se consegue com o preservativo. Isso tem seu lugar, evidentemente, mas não consiste no ataque da causa. A causa é o “sexo livre”, cujos resultados não se limitam à contaminação pelo HIV (leia aqui e aqui). Enquanto as autoridades não tiverem coragem de dizer com todas as letras (ao contrário do que “dizem” as novelas, os seriados e os filmes) que o estilo de vida dos jovens está errado (sexo casual, baladas regadas a álcool e drogas, “ficar”, etc.), problemas como esse e outros somente tenderão a crescer. Um bom (mau) exemplo é a foto da campanha acima, acompanhada da frase: "Cada vez que você dorme com alguém, você dorme com o passado dela." Isso é a pura verdade (tanto no aspecto físico quanto no psicológico/emocional). Mas qual é a solução apontada para isso? Fazer teste de HIV. Não, a solução é defender e ensinar o verdadeiro sexo seguro: entre duas pessoas casadas que se preservaram uma para a outra para viver a sexualidade dentro do casamento e exclusivamente nele.[MB]