Revisão de conceitos |
E o que dizer sobre as unhas e os dentes afiados dos
dinossauros? Esse argumento tem sido utilizado para inferir que eles eram
carnívoros. Mas a simples presença de dentes afiados não mostra a forma como um dinossauro se
comportava ou o tipo de alimento que comia. Hoje, muitos animais têm dentes
afiados e são basicamente vegetarianos. O panda gigante tem dentes afiados como
um carnívoro, mas come somente bambu. Espécies
diferentes de morcegos comem fruta, néctar, insetos, pequenos animais e sangue,
mas seus dentes não indicam claramente o que comem.
O Dr. Henry Morris afirma: “Se características como
unhas e dentes afiados faziam parte do aspecto original, ou eram recessivas e
só se tornaram dominantes mais tarde devido a processos de seleção, ou surgiram
através de mutações depois da Maldição, ou o que for exatamente, precisam de
mais investigação.”[1: p. 78]
É correto então afirmarmos que antes do dilúvio todos os
dinossauros eram herbívoros? A resposta é não! Não podemos afirmar isso pelo
fato de que a Bíblia nos fornece evidências de que naquele tempo quando Noé
pregou o mundo mostrava lentamente os primeiros sinais de decadência devido a
exposição ao pecado (Gen. 6:5, 11-13). É
possível que antes do dilúvio (não sabemos em que período exato) alguns
dinossauros bem como alguns seres humanos já tivessem iniciado a prática da
matança e da ingestão de carne.
Depois do Dilúvio (há
cerca de 4.500 anos), mais especificamente, os sobreviventes dentre os animais terrestres, incluindo possivelmente
alguns dinossauros, saíram da arca e viveram na Terra, juntamente com as
pessoas. Por causa do dilúvio, o ecossistema da Terra mudou bastante. Mudanças
climáticas pós-diluvianas, escassez de alimento, doenças [mutações genéticas
rápidas em uma mesma geração devido à ação de transpósons] e a ação do homem
(caça aos dinossauros) os levaram à extinção. Note que, depois do
dilúvio, Deus disse a Noé que a partir dali os animais o temeriam e o homem poderia
comer da sua carne (Gênesis 9:1-7).
Sendo assim, seres
humanos e dinossauros viveram juntos! É claro que a maior parte dos dinossauros
era herbívora e a ciência já comprovou isso (veja isto e isto). Porém, devido à presença do pecado
e à escassez de alimentos após o dilúvio, possivelmente alguns deles tenham se tornado
carnívoros.
Em 1994, ao estudar fósseis de fezes de
dinossauro, os cientistas foram capazes de determinar a dieta de alguns deles.[2]
Em 2011, um estudo norte-americano analisou 90 espécies de dinossauros e
afirmou que a maior parte deles era vegetariana (assim como sugere uma análise bíblica).[3]
Em 2015, os cientistas descobriram o primeiro terópode herbívoro do jurássico, como o Tyrannosaurus
rex e o Santanaraptor. A partir daí, a
comunidade científica teve que reavaliar uma de suas premissas básicas: a de
que dinossauros como o T-rex
não tinham animais em seu cardápio, mas sim plantas.
Essas pesquisas
contrariam a imagem que Hollywood mostra ao mundo acerca dos terópodes,
dinossauros supostamente carnívoros por essência, e que causam terror ao rasgar
a carne de suas presas com suas poderosas mandíbulas. Anualmente, milhões são
gastos em pesquisas especulativas e que não levam a lugar algum. Muito dinheiro
e tempo seriam economizados se os cientistas simplesmente folheassem um livro milenar chamado Bíblia à procura da verdade sobre a história das origens.
(Everton Alves)
Referências:
[1]
Morris JD. The Young Earth. Green
Forest, AR: Master Books, 1994.
[2] Lucas SG. Dinosaurs: The Textbook. Dubuque, IA: Wm
C. Brown Publishers, 1994, p. 194-196.
[3] Zanno LE, Makovicky PJ. “Herbivorous
ecomorphology and specialization patterns in theropod dinosaur evolution.” Proc Natl Acad Sci U S A. 2011; 108(1): 232-237. http://www.pnas.org/content/108/1/232
[4] Novas FE, Salgado L, Suárez M, Agnolín FL, Ezcurra MD, Chimento NR, de la Cruz R, Isasi MP, Vargas AO, Rubilar-Rogers D. “An enigmatic plant-eating
theropod from the Late Jurassic period of Chile.” Nature. 2015;
522(7556):331-4.
http://www.nature.com/nature/journal/v522/n7556/full/nature14307.html
http://www.nature.com/nature/journal/v522/n7556/full/nature14307.html