A ideia vai "pegando" |
O trabalho do comércio aos domingos e feriados é um dos fatores
responsáveis pela desestabilização da família e da constante e consequente
perda de filhos e filhas (de trabalhadores) para o mundo da violência, das
drogas, da prostituição e da marginalidade. A opinião é da nova diretoria da
Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul (Fetracom/MS),
entidade que representa mais de 100 mil trabalhadores no Estado, empossada na
sexta-feira e que quer mudar esse quadro, acabando com o trabalho no comércio
nesses dias em que a família poderia ficar unida para se fortalecer. “Lamentavelmente,
nos dias de hoje, dificilmente pais e filhos se encontram nos finais de semana
para se integrar e aparar qualquer ameaça à sua estabilidade. O pior é que a
sociedade e principalmente as nossas autoridades ainda não se deram conta disso
e, portanto, não entendem a gravidade desse esfacelamento da família que o
comércio, mais que qualquer outro segmento, provoca”, afirmou Pedro Lima, o
novo presidente da Fetracom/MS, durante sua posse, na presença de autoridades
do Estado e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).
Levi Fernandes Pinto, presidente da confederação (CNTC) e
Lourival Figueiredo Melho, primeiro-secretário da entidade, vieram para a
solenidade de posse. O fim do trabalho aos domingos é uma das bandeiras de luta
da confederação e que será empunhada com mais garra, a partir de agora, pela Fetracom/MS,
garante Pedro Lima.
A entidade pretende
desenvolver campanhas de conscientização da opinião publica sobre a importância
de acabar com o trabalho aos domingos. “Acreditamos que alguns segmentos são
necessários, mas o comércio não, pois estudos comprovam que as pessoas que
fazem compras aos domingos e feriados poderiam muito bem fazê-lo em qualquer
outro dia da semana. Ou seja, não procede a informação de que as vendas
aumentam com a abertura do comércio aos domingos”, afirmou Lima, que preside
também o Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados.
Pedro Lima lembra que a
família é a célula da sociedade e que o trabalho, o lazer e outras atividades
existem para seu fortalecimento. O problema é que há muito tempo o trabalho vem
afastando o marido, a mulher e os filhos, a cada dia. “Nossas autoridades
deveriam ver isso e procurar ajudar a reverter esse processo e impedir,
consequentemente, o aumento da marginalidade em nossas cidades e estados
brasileiros”, apelou o novo presidente da Fetracom/MS. [...]
Nota: O argumento é simpático, lógico e está
ganhando cada vez mais apoio. O dia é que está errado. O dia de descanso, dia
da família sempre foi o sábado (confira). [MB]