Os dados revelaram surpresas |
Plutão
foi por muito tempo um ponto turvo para os terráqueos, mas uma nave espacial da
Nasa conseguiu fornecer [na] quarta-feira as primeiras imagens de alta
resolução do distante planeta-anão após uma histórica missão de aproximação. A
sonda não tripulada New Horizons passou a maior parte de terça-feira tirando
fotografias e recolhendo dados de Plutão, quando passou a apenas 12.430
quilômetros da superfície após uma viagem de nove anos e 5 bilhões de quilômetros.
Essas imagens, que incluem dados coloridos do planeta-anão e algumas de suas
cinco luas, têm dez vezes mais detalhes do que se tinha até agora. Foi a
principal transmissão de dados da missão até o momento. [Uma das fotos] mostra montanhas jovens
do planeta que têm até 3,5 mil metros na superfície gélida de Plutão. Elas se
formaram há cerca de 100 milhões de anos [sic], ainda jovens em relação à [suposta] idade
do sistema solar, que tem [supostos] 4,56 bilhões de anos. Elas podem estar
ainda em formação, segundo a equipe da Nasa. Isso porque há poucas
crateras na imagem, embora a área retratada na foto, que corresponde a 1%
da superfície do planeta, provavelmente
tenha sido atingida por uma série de detritos espaciais durante bilhões de
anos. Essa falta de crateras leva a crer
que essa região sofreu mudanças recentes. “Esta é uma das
superfícies mais jovens do sistema solar”, informou Jeff Moore, do time de
geologia, geofísica e imagem da missão New Horizons.
Os cientistas da missão estão surpresos com a aparente falta de crateras da lua Caronte. [...] relativamente poucas crateras são visíveis, indicando uma superfície relativamente jovem que foi remodelada por atividade geológica, segundo os cientistas.
Os cientistas da missão estão surpresos com a aparente falta de crateras da lua Caronte. [...] relativamente poucas crateras são visíveis, indicando uma superfície relativamente jovem que foi remodelada por atividade geológica, segundo os cientistas.
Nota: É interessante notar como os
pesquisadores erraram feio em vários aspectos relacionados com Plutão. O
tamanho, a cor e, principalmente, a idade do planeta foram incorretamente
estimados. Mas, se levarmos em conta as distâncias dos chamados exoplanetas,
Plutão está bem pertinho. No entanto, os astrônomos se arriscam a descrever
exoplanetas a vários anos-luz daqui. Dizem que alguns até se parecem com a Terra, tendo água, certos gases, tamanho “x”, etc. Se erraram com o vizinho
Plutão, como podem estar tão certos quando se referem a planetas tão distantes?
Esses dados enviados pela sonda New Horizons apenas revelam o quão pouco
sabemos sobre o espaço distante, o quanto há de teorização em
astronomia/cosmologia e como dependemos de observações diretas para fazer boa
ciência.
Outro
dado importante é a ausência de crateras de impacto na superfície de Plutão e
sua “geologia” recente. Nada disso deveria ser esperado num sistema solar de
supostos 4,5 bilhões de anos. Por que o planeta e sua lua não foram cravejados
de crateras como aconteceu com Marte, Vênus e mesmo a nossa lua? Será que os
cometas que visitam o interior do sistema solar vêm mesmo do cinturão de Kuiper
ou da hipotética nuvem de Oort? Os seriam asteroides desgarrados provenientes
da possível destruição de um planeta que poderia ter existido entre Marte e
Júpiter? Se for assim, dá para entender por que os planetas da parte mais
interna do sistema solar foram atingidos: os cometas teriam sido atraídos pela
gravidade do Sol ou dos planetas gigantes, causando estrago nos planetas que
estivessem em seu caminho.
Será
interessante receber mais dados da New Horizons (agora se dirigindo para o
cinturão de Kuiper). E mais interessante ainda será acompanhar as explicações e
justificativas dos cientistas que precisam dos bilhões de anos, especialmente
para continuar sustentando a teoria da evolução. [MB]
Leia também (em inglês): “New Horizons, Pluto, and the age ofsolar system”