Materialismo não explica |
É de se esperar que as explicações
científicas acerca das maravilhas da mente humana e do cérebro encontrem
respostas na teoria da evolução de Charles Darwin por meio dos mecanismos de
seleção natural. Porém, não é bem o caso. Para Darwin, a mente foi um
enorme problema por resolver. A única coisa que ele disse sobre isso
invalida todas as suas hipóteses sobre a teoria evolutiva, que foi o produto (convicção)
de sua mente. Em 1881, após refletir sobre o assunto, ele escreveu a
William Graham: “Comigo a terrível dúvida
sempre surge se as convicções da mente humana, as quais foram desenvolvidas a
partir da mente de animais inferiores, são de algum valor ou de todo confiáveis. Qualquer
um confiaria nas convicções da mente de um macaco, se houvesse alguma convicção
em tal mente?” [3]
Ainda assim, recentemente o biólogo
neodarwinista Richard Dawkins afirmou: “É tremendamente
difícil definir o que é consciência. Não existe consenso sobre isso. Mas, obviamente,
a consciência evoluiu como uma propriedade emergente dos cérebros. Nós, seres
humanos, temos consciência. Portanto, é certo que, em algum momento, nossos
ancestrais obrigatoriamente desenvolveram consciência.”[4: p. 16]
O filósofo da mente John Searle
já havia feito a seguinte alegação: “Sabemos que a
consciência [...] é causada por processos neurobiológicos bem específicos. Nós
não sabemos os detalhes de como o cérebro faz isso, mas sabemos, por exemplo,
que se você interferir com os processos de determinadas maneiras - anestesia geral, ou um golpe na cabeça, por exemplo - o paciente fica inconsciente.”[5] Por sua vez, o neuropsicólogo
Barry Beyerstein disse em uma entrevista que, “assim como os rins produzem
urina, o cérebro produz a consciência”.[6]
No
entanto, novas evidências têm contestado esse conceito clássico. Um novo
campo de pesquisa tem surgido: a neurociência não materialista. Pesquisadores
que a defendem dizem que “a mente
existe e usa o cérebro, mas não é a mesma coisa que o cérebro”.[7: p. 358] Esse campo de pesquisa
tem contribuído para a compreensão de uma mente imaterial e separada do corpo,
mas que ao mesmo tempo é capaz de controlá-lo por meio da dinâmica
eletroquímica do cérebro, e usar as informações coletadas pelos sistemas
sensoriais disponíveis.
Mas em que
os neurocientistas não materialistas se baseiam para fazer suas afirmações? Os
argumentos seguem duas linhas de evidência. A primeira vem do fato de que
certas manifestações de estados mentais (não físicos) podem influenciar os
estados do cérebro; e a segunda está relacionada à ausência de uma explicação
materialista contemporânea satisfatória para a chamada experiência consciente.
Beauregard
e O’leary, proponentes do design
inteligente, afirmam que estados e conteúdos mentais comprovadamente afetam
estados cerebrais.[7] De fato, em 2006, outro estudo já havia verificado que
experiências subjetivas mudam a química do cérebro.[8] Os autores desse estudo
demonstraram que nossa experiência subjetiva de interagir com o rosto de outras
pessoas afeta uma região do córtex relacionada à percepção facial no cérebro do
receptor.
Isso quer dizer que as
mentes não poderiam estar totalmente instanciadas (criadas) no cérebro, nem nas
relações deste com o ambiente e nem em nenhum lugar de nosso mundo físico. Mas o que vem a ser a mente? O que é a
consciência? Seria a “alma” de um ser humano? Seria o fôlego de vida? Ou a sua
fonte vital? Para os autores, as chamadas experiências religiosas, espirituais e místicas (EREM) podem realmente acontecer.
Em 2006, impulsionados por
sua curiosidade sobre o que está acontecendo com o cérebro durante as EREM, Beauregard e Paquette estudaram as experiências espirituais de freiras carmelitas.[9]
Para tanto, eles se utilizaram de estudo de imagem por ressonância
magnética funcional (fMRI) com o objetivo de identificar os correlatos neurais
durante as EREM. Os pesquisadores descobriram uma coleção de áreas do cérebro
que estavam mais ativadas durante as experiências, chegando à conclusão de que é mais provável que as freiras
estivessem enfrentando diretamente realidades fora de si mesmas (além do
cérebro material).
Mas, além dessas, existem outras
evidências de que a consciência e o Self
(autoconsciência) não são meramente um processo físico do cérebro? Um estudo
realizado pelo neurocirurgião Wilder Penfield estimulou eletricamente o cérebro
de pacientes com epilepsia e descobriu que podia levá-los a mover o braço ou a
perna, virar a cabeça ou os olhos, falar ou engolir. Invariavelmente, o
paciente iria responder, dizendo: “Eu não fiz isso. Você fez.”[10, 11] O
Dr. Penfield acrescenta: “O paciente pensa em si mesmo como tendo uma
existência separada de seu corpo”, e “não importa o quanto [se estimule] o
córtex cerebral, [...] não há nenhum lugar [...] onde a estimulação
elétrica fará com que um paciente acredite ou decida [algo].”[10,
11] Isso
porque essas funções são originárias do Self,
não do cérebro.
Roger Sperry e colaboradores
estudaram a diferença entre os hemisférios cerebrais esquerdo e direito e
descobriram também que a mente tem um poder causal independente das atividades
do cérebro, o que os levou a concluir que o materialismo era falso.[10,
12] Outro
estudo mostrou um atraso entre o tempo de um choque elétrico aplicado na pele, sua
chegada ao córtex cerebral e a percepção de autoconsciência da pessoa.[10, 13] Isso
sugere que a experiência subjetiva é mais do que apenas uma máquina que reage
aos estímulos recebidos pelo cérebro. O autor do estudo, Laurence
Wood, disse que por essas e outras razões é que “muitos cientistas do cérebro têm
sido obrigados a postular a existência de uma mente imaterial, mesmo que eles
não tenham uma crença em vida pós-morte”.
A
neurociência tem contribuído significativamente com geração de dados
neurofuncionais relativos às EREM. Andrew Newberg é considerado o pai de um
novo ramo da neurociência que estuda os efeitos da espiritualidade no cérebro:
a neuroteologia. Em 2009, ele publicou os resultados de uma pesquisa realizada
ao longo de 15 anos. Foi analisada, por meio de tomografia cerebral – tomógrafo
por SPECT -, a atividade do cérebro de religiosos
de diversas crenças e ateus durante uma EREM (oração e meditação).[14] Foram
observados diferentes padrões de atividades neuronais entre crentes em um ser
inteligente (chamando-o de Deus) e não crentes. Para Newberg, “Deus pode modificar seu cérebro, não importa se
você é cristão ou judeu, mulçumano ou hinduísta, agnóstico ou ateu”; ademais,
o cérebro é programado para acreditar em Deus, fato considerado fundamental
para a sobrevivência da espécie humana.
Outra
linha de pesquisa está associada à investigação dos fenômenos mediúnicos em
que, supostamente, a consciência e a volição do médium estão atenuadas ou mesmo
dissociadas. Em 2012, um estudo analisou
o fluxo sanguíneo cerebral (CBF) de dez médiuns brasileiros durante a prática
de psicografia.[15] O método utilizado foi o de neuroimageamento por meio da tomografia por emissão de fóton único. Os resultados
mostraram uma diminuição na atividade nas redes atencionais durante a EREM, o
que levou os cientistas a considerar mente e cérebro como coisas diferentes ao
dizer que devemos “melhorar a nossa compreensão da mente e sua relação com o
cérebro”.[15: p. 7]
Além disso, existe uma linha de pesquisa na Neurociência não materialista
relacionada às experiências de quase morte (EQM). Em 2013, um estudo norte-americano afirmou
que EQM são tipos de EREM vívidas, realísticas, que frequentemente promovem
mudanças profundas na vida de pessoas que estiveram fisiológica ou
psicologicamente próximas da morte.[16] As EQM por vezes ocorrem durante uma
parada cardíaca, na ausência de atividade cerebral detectável. Os autores da
pesquisa revisaram estudos prospectivos e descobriram uma incidência média de
10% a 20% de EQM induzidas por paradas cardíacas.
Para os cientistas, pessoas
que passaram por EQM são mais propensas a mudanças de vida positivas que podem
durar muitos anos após a experiência do que aquelas que não a tiveram.[16] Eles
concluem que as teorias materialistas da mente não são capazes de explicar como
pessoas que tiveram EQM podem vivenciar − enquanto seu coração está parado e
sua atividade cerebral aparentemente ausente - pensamentos vívidos e
complexos e adquirir informações verídicas a respeito de objetos ou eventos
distantes de seus corpos. Segundo essa linha de pesquisa, as EQM em paradas
cardíacas sugerem que a mente não é gerada pelo cérebro e não está confinada a
ele ou ao corpo.
Por
outro lado, a Neurociência não materialista pode fornecer outra explicação para
essas EQM, tais como ser resultado da diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro,
o que provocaria alterações momentâneas na mente. Conforme o neurocientista norte-americano
Kevin Nelson afirmou em uma entrevista: “Em casos de quase morte, os estados de
consciência podem se misturar, provocando reações como paralisia e alucinações.”[17]
Ao
mesmo passo em que o Dr. Nelson provê uma alternativa científica para as EQM, o
neurocientista não descarta o papel da fé e da espiritualidade.[18] Ele
acrescenta que, “mesmo se soubéssemos o que faz cada molécula cerebral durante
uma experiência de quase morte, ou qualquer outra experiência, o mistério da
espiritualidade continuaria”.[17] Nelson revela como nosso cérebro cria essas
visões e diz que, apesar de tudo, ainda espera que exista vida após a morte.
A
física quântica é outra das linhas de pesquisa da Neurociência não física, a
qual nos diz que a realidade não é fixa – partículas subatômicas só passam a
existir quando elas são observadas. Assim, em
2013, um
estudo norte-americano analisou a consciência por meio de
vários tipos de sistemas ópticos de dupla fenda.[19] A mecânica quântica, linha
tomada como base para o estudo, sugere que exista uma consciência, e que ela
pode desempenhar um papel fundamental na forma como o mundo físico se
manifesta. Isso não significa que a consciência humana, literalmente, “criaria”
a realidade, mas ela sugere que há mais consciência do que está implícito hoje
nos livros didáticos.
Para os autores, o ato
de observar um objeto cotidiano influenciaria as suas propriedades. Devido ao fato
de o objeto quântico ser extremamente reativo ao ato de observação, essa
sensibilidade será constatada sempre que um objeto quântico for medido, afirmam
os autores.[19] O ato de medir a sensibilidade de um objeto faz com que o
comportamento das ondas quânticas mude o comportamento das partículas. Os
autores salientam que foram realizados três experimentos: dois em que as
pessoas tentaram influenciar objetos mentalmente em seu laboratório, e um
envolvendo um teste semelhante realizado online.
Todos os três experimentos mostraram resultados positivos consistentes com a
proposta de von Neumann (pai da Física Quântica) e com pesquisas anteriores.
Em 2014, um estudo realizado por um neurocientista pró-design inteligente explicou que o
materialismo científico ainda é influente em certas esferas acadêmicas.[2] O
autor examinou várias linhas de evidência empírica mostrando que o materialismo
é incompleto e obsoleto. As evidências levantadas indicam que os humanos não
podem ser reduzidos a impotentes máquinas biofísicas, uma vez que a psique
influencia fortemente a atividade do cérebro e do corpo, e pode operar telossomaticamente.
Com base nessas evidências, o autor elaborou e propôs a Teoria da Psychelementarity (ainda
sem tradução).
Essa teoria sugere que a
psique desempenha um papel primordial na forma como o Universo funciona, o
equivalente a matéria, energia e espaço-tempo.[2] Além
disso, afirma que a psique não pode ser reduzida a processos físicos ou a uma
posição reducionista. A teoria abrange uma série de fenômenos psicofísicos supostamente
bem estudados, que são reinterpretados à luz de uma perspectiva
pós-materialista. Também inclui fenômenos anômalos que são rejeitados pelos
materialistas.
Foi confrontando essa
constante rejeição que, em 2014, oito cientistas internacionais de diversas
áreas, incluindo o cientista psiquiátrico brasileiro Alexander Moreira-Almeida, publicaram o “Manifesto
pela ciência pós-materialista”, aberto para assinaturas.[20] Trata-se de um convite direto para que a ciência não
se deixe emperrar pelo dogmatismo que se formou em torno do paradigma
convencionalmente chamado de “materialismo científico”. O manifesto reconhece
os tremendos avanços da ciência materialista, mas admite que a dominância dessa
filosofia nos meios acadêmicos e universitários chegou a ponto de ser
prejudicial, em especial ao estudo da consciência e da espiritualidade.
De fato, é incrível o poder que o
materialismo científico tem nas academias e o seu discurso reduzido à matéria.
Mas se realmente apenas a matéria existisse, então seríamos capazes de pegar
toda a matéria do corpo humano e, a partir dela, criar vida. Como Geisler e
Turek afirmam: “Certamente existe na vida alguma coisa além do material. Que
materialista pode explicar por que um corpo está vivo e o outro está morto? Ambos
contêm os mesmos elementos químicos. Por que um corpo está vivo num minuto e
morre no minuto seguinte? Que combinação de materiais pode ser responsável pela
consciência?”[21: p. 96]
Como o filósofo Geoffrey
Madell disse: “O surgimento da consciência, então, é um mistério ao qual o
materialismo falha em fornecer uma resposta.”[22: p. 141] Assim, as evidências indicam que a mente é o
agente mais eficaz de mudança para o cérebro. É certo que existem várias linhas
de pesquisa, e estudos produzidos a partir delas, acerca da ciência do cérebro
imaterial na literatura disponível. Entretanto, neste artigo, procuramos
apresentar apenas algumas dessas linhas.
Todavia,
vale ressaltar que, embora a neurociência
não materialista ainda não consiga responder a todas as perguntas relacionadas
ao efeito placebo ou aos problemas psicológicos incapacitantes graves, tais como as fobias e o transtorno
obsessivo-compulsivo, ela libera o cientista para
estudar a questão, abrindo portas para novas investigações sobre como a mente
funciona e para o futuro da pesquisa em Neurociência.
Por outro lado, ainda resta muita coisa por descobrir, uma vez que as pesquisas nessa área ainda são incipientes e superficiais. Não há consenso, mesmo dentro da comunidade tedeísta, sobre como o cérebro foi projetado para interagir com os demais subsistemas
do nosso corpo, ou se o cérebro realmente produz a consciência (hipótese físico-materialista) ou se mente e cérebro são entidades separadas (hipótese dualista). No entanto, há uma terceira hipótese, uma proposta intermediária entre essas duas acima, ainda pouco explorada, que pode trazer algumas respostas interessantes, à luz
dos novos dados, para a comunidade científica. Você quer saber de qual hipótese estou falando? Leia a segunda edição da Origem em Revista que estamos preparando para você e que trará uma matéria interessantíssima intitulada “.............”, assinada pelo neurocientista Roberto Lenz Betz.
Por outro lado, ainda resta muita coisa por descobrir, uma vez que as pesquisas nessa área ainda são incipientes e superficiais. Não há consenso, mesmo dentro da comunidade tedeísta, sobre como o cérebro foi projetado para interagir com os demais subsistemas
do nosso corpo, ou se o cérebro realmente produz a consciência (hipótese físico-materialista) ou se mente e cérebro são entidades separadas (hipótese dualista). No entanto, há uma terceira hipótese, uma proposta intermediária entre essas duas acima, ainda pouco explorada, que pode trazer algumas respostas interessantes, à luz
dos novos dados, para a comunidade científica. Você quer saber de qual hipótese estou falando? Leia a segunda edição da Origem em Revista que estamos preparando para você e que trará uma matéria interessantíssima intitulada “.............”, assinada pelo neurocientista Roberto Lenz Betz.
(Everton Alves)
Referências:
[1] Hoppen NHF. As neurociências no Brasil
de 2006 a 2013, indexada na Web of Science: produção científica, colaboração e
impacto. Dissertação (Comunicação e Informação). Porto Alegre: UFRGS, 2014.
[2] Beauregard M. “The Primordial Psyche.” Journal of Consciousness Studies 2014;
21(7–8):132-57.
[3] Charles Darwin to
William Graham, Darwin Correspondence Project, Letter No. 13230, dated July
3rd, 1881. Disponível em: http://www.darwinproject.ac.uk/entry-13230
[4] Entrevista concedida
por Richard Dawkins. “Maravilhe-se com o universo” [27 Mai. 2015].
Entrevistador: André Petry. Revista Veja, edição
2.427, ano 48, n 21, 2015.
[5] Réplica de John Searle ao artigo de David
J. Chalmers: “‘Consciousness and the Philosophers’: An Exchange” [Mai. 1997]. The
New York Review of Books, 1997. Disponível em: http://www.nybooks.com/articles/archives/1997/may/15/consciousness-and-the-philosophers-an-exchange/
[6] Entrevista concedida por Barry
Beyerstein. “Do Brains make minds?” Série: Closer to Truth. Entrevistador e escritor do programa: Dr. Robert Lawrence Kuhn. Produzido
pela Fundação Kuhn e Getzels Gordon Productions, 2000. Disponível em:
[7] Beauregard M, O’Leary D. The Spiritual Brain: A Neuroscientist’s
Case for the Existence of the Soul. New York: HarperCollins, 2007.
[8] Kanwisher N, Yovel G. “The fusiform face area: a
cortical region specialized for the perception of faces.” Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci. 2006; 361(1476): 2.109-2.128.
[9] Beauregard M, Paquette V. “Neural correlates of a
mystical experience in Carmelite nuns.” Neurosci
Lett. 2006; 405(3):186-90.
[10] Strobel L. The Case for a Creator: A
Journalist Investigates Scientific Evidence That Points Toward God.
Grand Rapids, Michigan: Zondervan, 2009. Disponível em: http://verticallivingministries.com/2012/10/05/do-we-have-souls-lee-strobel-interviews-dr-j-p-moreland/
[11] Penfield W. Mystery
of the Mind: A Critical Study of Consciousness and the Human Brain. New
Jersey: Princeton University Press, 2015.
[12] Sperry R. “Changed
Concepts of Brain and Consciousness: Some Value Implications.” Journal of Religion & Science 1985;
20(1):41-57.
[13] Wood LW. “Recent Brain Research and the Mind-Body Dilemma.” The Asbury Theological Journal 1986;
41(1):37-78.
[14] Newberg A, Waldman MR. Como Deus Pode Mudar Sua
Mente: Um Diálogo entre Fé e Neurociência. Tradutor: Júlio de Andrade Filho. Rio de Janeiro: Editora Prumo, 2009.
[15] Peres JF, Moreira-Almeida A, Caixeta L, Leao F,
Newberg A. “Neuroimaging during Trance State: A Contribution to the Study of
Dissociation.” PLoS One. 2012; 7(11): e49360.
[16] Trent-Von Haesler N, Beauregard M. “Near-death
experiences in cardiac arrest: implications for the concept of non-local mind.”
Arch. Clin. Psychiatry 2013;
40(5):197-202.
[17] Entrevista
concedida por Kevin Nelson. “A neurociência
da espiritualidade” [Jan. 2011]. Entrevistadora: Natalia Cuminale. Seção: Corpo e Mente. VEJA.com -
Ciência, 2011. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-ciencia-da-espiritualidade
[18]
Nelson K. The Spiritual Doorway in the Brain – a Neurologist’s Search for
the God Experience. New York, NY: Dutton, 2011.
[19] Radin D, Michel L, Johnston J, Delorme A. “Psychophysical
interactions with a double-slit interference pattern.” Physics Essays 2013;
26(4): 553-66.
[20] Beauregard M, Schwartz GE, Miller L, Dossey L, Moreira-Almeida A, Schlitz M, Sheldrake R, Tart C. “Manifesto for a
Post-Materialist Science.” Explore (NY),
2014; 10(5):272-4.
[21] Geisler NL, Turek F. Não tenho fé suficiente para ser ateu.
São Paulo: Editora Vida, 2006.
[22] Madell GC. Mind and Materialism. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1988.