sexta-feira, outubro 28, 2011

Uma em cada dez jovens atendidas pelo SUS tem DST

Estudo nacional realizado pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/aids, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, indica alta prevalência de infecção por clamídia entre jovens brasileiras atendidas nos serviços públicos de saúde. Ao todo, 2.071 jovens, entre 15 e 24 anos, atendidas em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde), nas cinco macrorregiões (norte, nordeste, sudeste, sul, centro-oeste), participaram do estudo. A prevalência de clamídia entre as jovens avaliadas foi de 9,8%, sendo que 4% delas também tiveram resultado positivo para infecção por gonorreia. A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o bebê na passagem pelo canal do parto.

A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas também pode atingir a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. Se não tratada, é uma das causas da infertilidade masculina e feminina, e pode aumentar de três a seis vezes o risco da infecção pelo HIV.

Segundo o médico Valdir Monteiro Pinto, coordenador do estudo, a mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical, na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite e pneumonia.

Ele alerta que a infecção pode ser assintomática em até 80% das mulheres e em 50% dos homens. Quando os sintomas aparecem, podem ser parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual, dor às relações sexuais, dor no baixo ventre e doença inflamatória pélvica.

Não existe vacina contra a clamídia. A única forma de prevenir a transmissão da bactéria é o sexo seguro [?] com o uso de preservativos. Uma vez instalada a infecção, o tratamento deve ser realizado com o uso de antibióticos específicos e deve incluir o tratamento do parceiro ou parceira para garantir a cura e evitar a reinfecção.

(UOL)

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