sexta-feira, maio 24, 2013

A Ciência e a Revelação

“Diz o insensato no seu coração: Não há Deus.” Salmo 14:1

“Há homens que pensam ter feito maravilhosas descobertas na ciência. Eles citam as opiniões de eruditos como se as considerassem infalíveis, e ensinam as deduções da ciência como verdades que não podem ser contestadas. E a Palavra de Deus, que é dada como lâmpada para os pés do viajante enfastiado do mundo, é julgada por esse padrão e achada em falta.

“A pesquisa científica em que esses homens se acham empenhados demonstrou ser um laço para eles. Obscureceu-lhes a mente, e eles se desviaram para o ceticismo. Têm uma sensação de poder e, em vez de olhar para a Fonte de toda sabedoria, eles se gloriam no conhecimento superficial que talvez tenham obtido. Exaltaram sua sabedoria humana em oposição à sabedoria do grande e poderoso Deus, e ousaram entrar em conflito com Ele. A Palavra inspirada declara que esses homens são ‘insensatos’.

“Deus tem permitido que uma torrente de luz irradie sobre o mundo nas descobertas na ciência e na arte; quando, porém, supostos cientistas falam e escrevem sobre esses assuntos meramente do ponto de vista humano, certamente chegam a conclusões erradas. Os maiores intelectos, se não forem guiados pela Palavra de Deus em suas pesquisas, ficarão desnorteados em suas tentativas para descobrir as relações da ciência e da revelação. O Criador e Suas obras estão além da compreensão deles; e como não conseguem explicá-los pelas leis naturais, a história bíblica é considerada duvidosa. Os que duvidam da veracidade dos relatos do Antigo e do Novo Testamentos serão levados um passo além e duvidarão da existência de Deus; e então, tendo abandonado sua âncora, irão de encontro às rochas da incredulidade. Moisés escreveu sob a orientação do Espírito de Deus, e as teorias geológicas corretas jamais alegarão terem sido feitas descobertas que não podem ser harmonizadas com as declarações dele. A ideia em que muitos tropeçam, a saber, que Deus não criou a matéria quando trouxe o mundo à existência, limita o poder do Santo de Israel.

“Muitos, quando são incapazes de medir o Criador e Suas obras por seu imperfeito conhecimento da ciência, duvidam da existência de Deus e atribuem infinito poder à natureza. [...] A Bíblia não deve ser provada pelas ideias dos homens de ciência, mas a ciência é que deve ser submetida à prova desse padrão infalível.”

(Ellen G. White, Signs of the Times, 13 de março de 1884)