terça-feira, maio 28, 2013

Tudo é vaidade mesmo


O que meros 14 anos podem fazer com alguém... As fotos acima, do ator Keanu Reeves, estão separadas exatamente por esse período de tempo. O jovem e poderoso Neo do filme Matrix deu lugar a um senhor rechonchudo, envelhecido e com aspecto descuidado. Há pouco tempo, Reeves estava na lista dos atores que aparentemente não envelhecem. Mas sua aparição recente no Festival de Cannes mudou essa percepção. O tempo foi ingrato também com o galã. Na verdade, o tempo é cruel com todo mundo (nem me atrevo a colocar fotos minhas de hoje e de 15 anos atrás; a barriga consegui segurar um pouco com dieta equilibrada e algum exercício, mas os cabelos... nem o ralo segurou). Isso evidencia o fato de que a juventude é efêmera e de que devemos investir em valores que permanecem, na formação do caráter, nos relacionamentos.

Infelizmente, a mídia focaliza muito nos atributos exteriores que em pouco tempo se deterioram, e aqueles que vivem para e de aparências acabam um dia não mais se reconhecendo no espelho e se dando conta de que perderam tempo com o que não se pode reter. Vêm a frustração, o saudosismo e a infelicidade.

O rei Salomão foi alguém que, talvez mais do que qualquer outro ser humano, desfrutou do que este mundo oferece: prazeres, fama, poder, riquezas, beleza. Mas um dia, já idoso, percebeu que tudo isso não passa de vaidade (Ec 1:2), de futilidades que não preenchem o vazio do coração – talvez a conclusão mais sábia de sua longa e desperdiçada vida. Por isso mesmo a Bíblia nos incentiva a investir nosso tesouro no “banco celestial” (Mt 6:19). Este é o maior e o melhor investimento que podemos fazer: em nossa espiritualidade, em nosso caráter. Esses, sim, permanecem para sempre.

Se eu investir apenas no corpo, perderei meu tempo, pois um dia, fatal e literalmente, ele se acaba, vira pó. Mas, se investir na vida eterna, um dia terei um novo corpo (cf. 1Co 15), imortal, recapilarizado (rs) e eternamente jovem.

No que você prefere investir?

Michelson Borges

Nota: Veja abaixo mais alguns exemplos da tirania do tempo.



Sophia Loren: essa não é do “meu tempo”, mas foi musa da geração do meu pai


Cybill Sheppherd: essa já é do “meu tempo”. Quando criança, assisti algumas vezes ao seriado A Gata e o Rato (1985). A gata também envelheceu


Mickey Rourke: foi sex symbol nos anos 1980. Foi


Kirstie Allen: outra estrela que foi a queridinha de muitos filmes (teve participação em Jornada nas Estrelas 2, em 1982, e em Olha Quem Está Falando, de 1989, entre várias outras produções)