A
humanidade tem grande potencial para se matar ou para morrer “naturalmente”. Pelo
menos é o que sugerem as duas reportagens abaixo:
Embora
muita gente sem dúvida não considere isso, digamos, uma “boa ideia”, um grupo
de pesquisadores chineses resolveu criar variáveis letais do vírus da gripe. O
experimento, feito no Instituto de Pesquisa Veterinária Harin (China), combinou
o vírus H5N1, da gripe aviária (que é letal para humanos, mas não é transmitido
facilmente), e o vírus H1N1, facilmente transmissível entre humanos. Esse tipo
de mistura ocorre naturalmente quando dois tipos de vírus infectam uma mesma
célula e trocam material genético entre si, gerando “híbridos”.
“Os
estudos demonstraram que o vírus H5N1 tem o potencial de se tornar
transmissível entre mamíferos ao se combinar com vírus influenza humanos”,
explica a pesquisadora Hualan Chen. “Isso nos mostra que devemos dar mais
atenção ao surgimento na natureza de tais vírus transmissíveis entre mamíferos
para prevenir uma possível pandemia causada por vírus H5N1.”
Embora
tenha sido realizada em um laboratório com elevado nível de segurança, o
experimento foi criticado por diversos cientistas, pois há o risco de amostras dos híbridos “escaparem” e iniciarem uma
pandemia. Em 2011, pesquisadores do Centro Médico Erasmo (Holanda) e da
Universidade de Wisconsin (EUA) criaram uma versão do H5N1 que podia ser
transmitida entre furões. O estudo foi suspenso. Resta saber se o mesmo
acontecerá no caso atual.
Em
entrevista publicada nesta semana no site americano CNBC, o
cientista Alan Christianson, fundador do centro de
pesquisa Integrative Health Care, alertou a comunidade médica para a
existência de um tipo de gonorreia descrito como “mais mortal que o vírus da
aids” e cobrou urgência do Congresso do país para liberar US$ 54 milhões
na busca por drogas que possam combatê-lo. Segundo Christianson,
a “supergonorreia” H041 foi diagnosticada pela primeira vez em 2009, em
uma prostituta japonesa. A doença chamou atenção pela rápida proliferação e a
resistência a medicamentos.
Desde
então, o cientista afirma que já houve casos confirmados em ao menos três
diferentes regiões do mundo: na Noruega e nos Estados americanos do Havaí e da
Califórnia. O Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na
sigla em inglês), porém, nega que a enfermidade tenha sido encontrada fora
do Japão e desmente que já tenha causado alguma morte.
De
acordo com as pesquisas de Christianson, o H041 poderia ser mais devastador que
o vírus da aids, que mata cerca de 30 milhões anualmente em todo o
mundo: “Esse tipo de gonorreia pode provocar mortes em poucos dias e é extremamente
contagiosa. Há riscos maiores que os da aids, pois é uma bactéria mais
agressiva e que pode afetar muitos rapidamente. É um potencial desastre”,
declarou.
Causada
pela bactéria gonococci, a gonorreia é uma doença sexualmente transmissível
(DST) que costuma reagir bem a tratamentos. Sua nova variação, no entanto,
teria sofrido uma mutação genética que a torna resistente. Além
de feridas por todo o corpo, a complicação pode levar à infertilidade e
morte, caso não seja tratada e entre na corrente sanguínea.
(Terra)
Nota: A primeira notícia mostra como vivemos num mundo à beira do caos - basta que um vírus ou bactéria mortal escape de algum laboratório e dê origem a uma pandemia fora de controle num mundo globalizado. A segunda deixa claro que a batalha contra as doenças sexualmente transmissíveis está sendo perdida e que o sexo verdadeiramente seguro é unicamente aquele praticado no contexto do casamento monogâmico e heterossexual.[MB]
Nota: A primeira notícia mostra como vivemos num mundo à beira do caos - basta que um vírus ou bactéria mortal escape de algum laboratório e dê origem a uma pandemia fora de controle num mundo globalizado. A segunda deixa claro que a batalha contra as doenças sexualmente transmissíveis está sendo perdida e que o sexo verdadeiramente seguro é unicamente aquele praticado no contexto do casamento monogâmico e heterossexual.[MB]