Quem
nunca ouviu dizer que as mulheres se perdem com mais facilidade do que os
homens porque, lá no tempo das cavernas, elas ficavam em casa enquanto eles
saiam pelas redondezas para explorar o espaço e procurar comida? Essa
justificativa se baseia em processos evolutivos [fictícios] para explicar que a
natureza fez dos homens seres mais capazes de chegarem à festa de fim de ano da
empresa sem precisar recorrer ao Google Maps. Mas, e se esse tipo de pensamento
estiver incorreto e equivocado? Afinal, se os homens realmente possuem um gene
ou outro tipo de mecanismo biológico que os faz mais bem localizados, em algum
momento da história da humanidade esse elemento teria que ser compartilhado com
as mulheres. Pensando nessa questão, o neurocientista e biólogo evolucionista Justin
Rhodes fez um vídeo divertido e muito explicativo em que derruba esse mito
[finalmente, alguém admite que histórias “das cavernas” podem ser mito] e
explica quais são os reais motivos que fazem com que homens e mulheres sejam
diferentes quando o assunto é localização.
E
a explicação é muito simples: testosterona. No organismo masculino, o hormônio
seria responsável por alguns efeitos colaterais. Entre eles, estariam a acne, a
calvície e algumas pequenas alterações nas partes do cérebro que são
responsáveis pela localização. De acordo com o pesquisador, isso é suficiente
para que os homens tenham alguma vantagem na hora de chegar a um local
desconhecido.
No
entanto, o pesquisador deixa claro que esse fator não é determinante e é
possível encontrar mulheres que se localizam com mais facilidade do que os
homens. De qualquer maneira, se eles realmente tiverem vantagem nesse assunto,
nunca é demais lembrar que é apenas por acaso, por um deslize da natureza [sic].
(Toda Ela)
Nota:
As diferenças entre homens e mulheres não são, portanto, fruto da fictícia e
mitológica história das cavernas. Mas seriam
apenas “deslizes da natureza”, como sugere Rhodes? Como é biólogo
evolucionista, o pesquisador não vai admitir que a complementaridade dos
gêneros aponta, sim, para design
inteligente e proposital. Ele vai preferir sempre (a menos que reconheça seu
erro) optar pelo acaso e pelo “deslize” como “explicação”. Mas o problema
aumenta quando se consideram outros tipos de diferenças e complementaridades,
como as diferenças sexuais, por exemplo. Qual a origem dos sexos? Como puderam “surgir” sistemas reprodutores tão diferenciados
e tão plenamente compatíveis? Outro “deslize da natureza”?[MB]