domingo, setembro 27, 2009

Submarino-robô inspirado em peixe-elétrico

Os engenheiros da Universidade de Bath, na Inglaterra, parecem decididos a construir um zoológico robótico. Não satisfeitos com seus robôs saltitantes inspirados em esquilos, gafanhotos e até pulgas, eles agora lançaram mais um robô inspirado em peixes, o Gymnobot. Existem várias abordagens para a criação de peixes robotizados, incluindo os robôs verdadeiramente biomiméticos, que se parecem e se movimentam como peixes, até os submarinos robotizados, que pedem emprestada alguma característica dos peixes para otimizar seu funcionamento. A equipe do professor William Megill adotou essa última abordagem. Inspirando-se no peixe-elétrico da Amazônia, os pesquisadores construíram um submarino e substituíram sua hélice por uma barbatana inferior que se movimenta como a barbatana do peixe. Um sistema de virabrequins, semelhantes ao de um motor de automóvel, faz com que a barbatana ondule de forma precisa, movendo o submarino. O conjunto de virabrequins é movimentado por um motor elétrico. O corpo do submarino é feito de uma estrutura rígida. Apenas a barbatana se movimenta.

O objetivo da pesquisa é criar um robô que seja capaz de filmar e coletar dados da vida marinha nas proximidades da costa, onde a profundidade é muito pequena para os submersíveis tradicionais, movidos por hélices, e cheia de obstáculos, exigindo manobras precisas.

“O peixe-elétrico tem uma barbatana central que se movimenta ao longo do seu corpo e cria uma onda na água que permite que ele nade para frente ou para trás com facilidade”, diz o Dr. Megill. “O Gymnobot imita essa barbatana e cria uma onda na água que o movimenta. Essa forma de propulsão é potencialmente muito mais eficiente do que um propulsor convencional e é mais fácil de controlar em águas rasas próximas à costa”, diz ele.

(Inovação Tecnológica)

Nota: Mais uma vez cientistas gastam tempo e dinheiro para desenvolver mecanismos inspirados no design inteligente da natureza. E há os que querem que acreditemos que o original – do qual o ser humano copia a eficácia – foi resultado de evolução cega.[MB]